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Lei é a regra jurídica escrita, instituída pelo legislador, no cumprimento de um mandato outorgado pela comunidade de cidadãos.
Norma é uma regra proibitiva não escrita, que se extrai do espírito dos membros da sociedade, isto é, do senso de justiça do povo.
NORMA PENAL
tipo de norma jurídica com a função específica de definir os crimes com suas respectivas sanções.
• COSTUME - conjunto de normas de comportamento a que pessoas obedecem de maneira uniforme e constante pela convicção de
sua obrigatoriedade.
• Costume contra legem – proibição: o sistema jurídico brasileiro não admite possa uma lei perecer pelo desuso, porquanto, assentado
no princípio da supremacia da lei escrita (fonte principal do direito), sua obrigatoriedade só termina com sua revogação por outra lei.
• Noutros termos, significa que não pode ter existência jurídica o costume "contra legem".
• “Jogo do bicho”, máquina caça-níquel etc.
• Jurisprudência: conjunto de decisões dos tribunais sobre determinada categoria de casos concretos.
A analogia, o costume, os princípios gerais de direito, jurisprudência e doutrina não podem criar, modificar, extinguir condutas puníveis nem
impor penas.
INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA
DECRETO-LEI Nº 4.657/42
Art. 2o Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue.
§ 1o A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule
inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.
§ 2o A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.
§ 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.
• Lei Complementar nº 95/98, art. 9° (cláusula de revogação);
• Decreto nº 4.176/02, art. 21 (cláusula de revogação)
• Art. 9º A cláusula de revogação deverá enumerar, expressamente, as leis ou disposições legais revogadas.
• Art. 21. A cláusula de revogação relacionará, de forma expressa, todas as disposições que serão revogadas com a entrada em vigor
do ato normativo proposto.
Inciso XL, art. 5.º, da CRFB/88: a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu
Art. 3º, CP: A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias
que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.
TEMPO DO CRIME
TEORIA DA AÇÃO OU ATIVIDADE: Crime = momento da conduta (ação ou omissão).
CÓDIGO PENAL, Art. 4.º: Considera-se praticado o crime no momento da ação ou
omissão, ainda que outro seja o momento do resultado
TERRITÓRIO
Solo, subsolo, lagos, rios e mares interiores, mar territorial, plataforma
continental e espaço aéreo.
TERRITORIALIDADE TEMPERADA
Art. 5º, CP: Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito
internacional, ao crime cometido no território nacional.
O Código Penal adotou a TEORIA DA UBIQÜIDADE em seu art. 6.º (considera-se praticado o crime no lugar
em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-
se o resultado).
EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA
Aplica-se, por ficção jurídica e por força da soberania, a lei penal brasileira fora do território brasileiro
aos crimes cometidos:
- contra a vida ou liberdade do Presidente da República (homicídio; Induzimento, instigação ou auxílio a
suicídio; aborto; Constrangimento ilegal; Ameaça; Seqüestro e cárcere privado; etc)
EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA
Ficam sujeitos à lei penal brasileira, embora cometidos no estrangeiro os crimes:
- que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir;
- praticados por brasileiro;
- praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território
estrangeiro e aí não sejam julgados.
PARA ISSO OCORRER, a aplicação da lei penal brasileira depende do concurso das seguintes condições:
a) entrar o agente no território nacional;
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei
mais favorável.
A lei penal brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora
do Brasil, se, reunidas as condições previstas no slide anterior: