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LEGISLAÇÃO

ESPECIAL
Lei n. 7.716/1989 – Crimes Resultantes de
Preconceitos de Raça ou de Cor

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.716/1989 – Crimes Resultantes de Preconceitos de Raça ou de Cor
Douglas Vargas

Sumário
Lei n. 7.716/1989 – Crimes Resultantes de Preconceitos de Raça ou de Cor. ...............................3
Introdução.............................................................................................................................................................................3
Condutas Atingidas pela Lei em Estudo..............................................................................................................3
Homofobia e Transfobia – STF. . ................................................................................................................................5
Dos Crimes............................................................................................................................................................................7
Impedimento de Acesso a Cargo na Administração Pública...................................................................9
Sexo e Estado Civil...........................................................................................................................................................9
Obstar o Acesso a Emprego em Empresa Privada..................................................................................... 10
Art. 5º ao art. 14.............................................................................................................................................................. 10
Pratica, Indução ou Incitação ao Preconceito. ...............................................................................................12
Nazismo................................................................................................................................................................................13
Observações Finais.. ......................................................................................................................................................14
Prescrição & Fiança.. .....................................................................................................................................................14
Resumo.................................................................................................................................................................................15
Questões de Concurso.................................................................................................................................................17
Gabarito...............................................................................................................................................................................25
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................26

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LEI N. 7.716/1989 – CRIMES RESULTANTES DE


PRECONCEITOS DE RAÇA OU DE COR
Olá, querido(a) aluno(a)!
Na aula de hoje, estudaremos a Lei n. 7.716/1989.
Estatisticamente, a legislação penal extravagante costuma apresentar uma incidência me-
nor do que a parte especial do Código Penal, mas em nosso curso iremos focar em todos os
aspectos possíveis.
Ao final, como de praxe, faremos uma lista de exercícios com questões mistas. Espero que
tenham um estudo proveitoso.
Lembrando que estou sempre às ordens dos senhores no fórum de dúvidas e também
nas redes sociais (@teoriainterativa no Instagram). Contem comigo caso precisem de alguma
orientação!
Bons estudos!

Introdução
A Lei n. 7.716/1989 define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor.
O legislador, ao editar tal diploma legal, buscou evitar a discriminação, que consiste na
remoção de possibilidades e na imposição de prejuízos diversos à vítima em razão de determi-
nadas características que essa possui.
Fundamenta-se, portanto, a punição daquele que prejudica, através de tratamento diferen-
ciado, uma pessoa de determinada raça, nação, estado, município ou religião.

Condutas Atingidas pela Lei em Estudo


Art. 1º Serão punidos, na forma desta lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de
raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Considera-se autoridade, para os efeitos desta lei,

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quem exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil, ou militar, ainda que transitoria-
mente e sem remuneração.

Primeiramente, precisamos entender a diferença jurídica entre os termos raça e etnia:

Eventualmente, pode ser que o examinador não faça a diferenciação entre raça e etnia. Se o
fizer, no entanto, será seguindo as orientações acima!

Procedência
Seguindo em frente, precisamos fazer a diferenciação entre as espécies de procedência:

A discriminação em razão da procedência nacional, portanto, também enseja a responsa-


bilização criminal do autor. Já houve, inclusive, caso notório ocorrido no ano de 2010, no qual a
autora foi condenada à pena de 1 ano e 5 meses de reclusão, que acabou convertida em pena
restritiva de direitos:

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Homofobia e Transfobia – STF


Um aspecto jurisprudencial extremamente importante para o seu estudo está na questão
da homofobia e da transfobia no âmbito da Lei n. 7.716/1989.
Originariamente, o legislador se omitiu quanto à discriminação em razão da homofobia e
da transfobia.
Nesse sentido, a posição anterior do STF (Inq. 3590/DF) se direcionava no sentido de que
o disposto no art. 20 da Lei n. 7.716/1989 não alcançava a discriminação ou preconceito de-
corrente de opção sexual.

O disposto no art. 20 da Lei n. 7.716/1989 tipi fica o crime de discriminação ou preconceito consi-
derada a raça, a cor, a etnia, a religião ou a procedência nacional, não alcançando a decorrente de
opção sexual.
Inq. 3590 DF (STF)

Entretanto, em junho de 2019 o STF reviu sua posição ao julgar a ADO 26 e o Mandado de
Injunção 4.733, reconhecendo a mora do Congresso Nacional em editar lei que criminalize os
atos de homofobia e transfobia:

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Nesse sentido, o STF fixou a tese de que, até que o CN aprove lei específica para tanto,
condutas homofóbicas e transfóbicas podem ser igualadas aos crimes de racismo.
A Suprema Corte reconheceu a omissão do CN em legislar sobre o tema, ao passo que
entendeu a compatibilidade das condutas de homofobia e transfobia com as previsões da Lei
n. 7.716/1989.
Nesse sentido, é muito importante que você faça a leitura dos trechos de destaque de
ambas as decisões (em sede de ADO e do Mandado de Injunção), haja vista que não raro os
examinadores utilizam o texto dos julgados na elaboração de assertivas. Vejamos:

Por maioria e nessa extensão, julgou-a procedente, com eficácia geral e efeito vinculante, para:
a) reconhecer o estado de mora inconstitucional do Congresso Nacional na implementação da
prestação legislativa destinada a cumprir o mandado de incriminação a que se referem os incisos
XLI e XLII do art. 5º da Constituição, para efeito de proteção penal aos integrantes do grupo LGBT;
b) declarar, em consequência, a existência de omissão normativa inconstitucional do Poder Legis-
lativo da União;
c) cientificar o Congresso Nacional, para os fins e efeitos a que se refere o art. 103, § 2º, da Consti-
tuição c/c o art. 12-H, caput, da Lei n. 9.868/99;
d) dar interpretação conforme à Constituição, em face dos mandados constitucionais de incrimi-
nação inscritos nos incisos XLI e XLII do art. 5º da Carta Política, para enquadrar a homofobia e a
transfobia, qualquer que seja a forma de sua manifestação, nos diversos tipos penais definidos na
Lei n. 7.716/1989, até que sobrevenha legislação autônoma, editada pelo Congresso Nacional, seja
por considerar-se, nos termos deste voto, que as práticas homotransfóbicas qualificam-se como
espécies do gênero racismo, na dimensão de racismo social consagrada pelo Supremo Tribunal
Federal no julgamento plenário do HC 82.424/RS (caso Ellwanger), na medida em que tais condutas
importam em atos de segregação que inferiorizam membros integrantes do grupo LGBT, em razão
de sua orientação sexual ou de sua identidade de gênero, seja, ainda, porque tais comportamentos
de homotransfobia ajustam-se ao conceito de atos de discriminação e de ofensa a direitos e liber-
dades fundamentais daqueles que compõem o grupo vulnerável em questão; […]
[…] Em seguida, por maioria, fixou-se a seguinte tese:
1. Até que sobrevenha lei emanada do Congresso Nacional destinada a implementar os mandados
de criminalização definidos nos incisos XLI e XLII do art. 5º da Constituição da República, as con-
dutas homofóbicas e transfóbicas, reais ou supostas, que envolvem aversão odiosa à orientação
sexual ou à identidade de gênero de alguém, por traduzirem expressões de racismo, compreendido
este em sua dimensão social, ajustam-se, por identidade de razão e mediante adequação típica,
aos preceitos primários de incriminação definidos na Lei n. 7.716, de 08/01/1989, constituindo,
também, na hipótese de homicídio doloso, circunstância que o qualifica, por configurar motivo
torpe (Código Penal, art. 121, § 2º, I, “in fine”);
2. A repressão penal à prática da homotransfobia não alcança nem restringe ou limita o exercício
da liberdade religiosa, qualquer que seja a denominação confessional professada, a cujos fiéis e mi-
nistros (sacerdotes, pastores, rabinos, mulás ou clérigos muçulmanos e líderes ou celebrantes das
religiões afro-brasileiras, entre outros) é assegurado o direito de pregar e de divulgar, livremente, pela
palavra, pela imagem ou por qualquer outro meio, o seu pensamento e de externar suas convicções

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de acordo com o que se contiver em seus livros e códigos sagrados, bem assim o de ensinar segun-
do sua orientação doutrinária e/ou teológica, podendo buscar e conquistar prosélitos e praticar os
atos de culto e respectiva liturgia, independentemente do espaço, público ou privado, de sua atua-
ção individual ou coletiva, desde que tais manifestações não configurem discurso de ódio, assim
entendidas aquelas exteriorizações que incitem a discriminação, a hostilidade ou a violência contra
pessoas em razão de sua orientação sexual ou de sua identidade de gênero;
3. O conceito de racismo, compreendido em sua dimensão social, projeta-se para além de aspectos
estritamente biológicos ou fenotípicos, pois resulta, enquanto manifestação de poder, de uma cons-
trução de índole histórico-cultural motivada pelo objetivo de justificar a desigualdade e destinada ao
controle ideológico, à dominação política, à subjugação social e à negação da alteridade, da dignida-
de e da humanidade daqueles que, por integrarem grupo vulnerável (LGBTI+) e por não pertencerem
ao estamento que detém posição de hegemonia em uma dada estrutura social, são considerados
estranhos e diferentes, degradados à condição de marginais do ordenamento jurídico, expostos, em
consequência de odiosa inferiorização e de perversa estigmatização, a uma injusta e lesiva situação
de exclusão do sistema geral de proteção do direito […]
ADO 26/STF
Decisão: […] Por maioria, julgou procedente o mandado de injunção para
(i) reconhecer a mora inconstitucional do Congresso Nacional e;
(ii) aplicar, com efeitos prospectivos, até que o Congresso Nacional venha a legislar a respeito, a Lei
n. 7.716/1989 a fim de estender a tipificação prevista para os crimes resultantes de discriminação
ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional à discriminação por orientação
sexual ou identidade de gênero, nos termos do voto do Relator [..]
MI 4.733/STF

Caro(a) aluno(a): assim passamos a conhecer as disposições básicas legais e a jurispru-


dência mais recente sobre os temas básicos para a correta interpretação da Lei n. 7.716/1989.
Passamos agora à segunda fase de nossa aula: o estudo dos crimes em espécie.

Dos Crimes
Passaremos agora a analisar os crimes previstos na Lei n. 7.716. Mas antes de mais nada,
é importante observar o seguinte:

Os delitos da lei em estudo tratam, via de regra, de atos de SEGREGAÇÃO.

Ou seja, tratar de forma diferente os indivíduos em razão de sua religião, raça, etnia ou
procedência. O autor vai negar, obstar, impedir o indivíduo de fazer algo em razão de suas ca-
racterísticas pessoais!
Dessa forma, note que as ofensas praticadas contra o indivíduo em razão de sua raça irão
configurar INJURIA RACIAL e não um delito de RACISMO propriamente dito!

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Obs.:
 Observação importante: O STJ e o STF têm reconhecido a equiparação do delito de injú-
ria racial ao delito de racismo quanto à imprescritibilidade e inafiançabilidade do delito.

Nesse sentido, confira recente julgado do STJ, citando NUCCI:

É de se destacar o seguinte ponto da decisão:

De acordo com o magistério de Guilherme de Souza Nucci, com o advento da Lei n.9.459/97, in-
troduzindo a denominada injúria racial, criou-se mais um delito no cenário do racismo, portanto,
imprescritível, inafiançável e sujeito à pena de reclusão.

Ressalte-se, ainda, que a referida decisão foi ratificada pelo STF, não em razão do mérito,
mas por considerar que a referida questão não pode ser objeto de reanálise na suprema corte:

No ponto, tem-se que a própria questão referente à imprescritibilidade é insuscetível de reaprecia-


ção por se tratar de matéria infraconstitucional, e foi, repise-se, objeto de profunda análise pelo STJ,
como salientado pela Procuradoria-Geral da República.
STF: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 983.531 DISTRITO FEDERAL

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A doutrina é crítica da referida decisão, haja vista entender que o rol da Lei n. 7.716/1989
é taxativo, e que há também um problema quanto à existência de delito imprescritível no qual
pode ocorrer a decadência em razão da inércia da vítima quanto à representação. Note que, de
todo modo, usualmente a posição jurisprudencial costuma ser objeto de prova da forma com
que foi prolatada pelos tribunais superiores.
A referida posição do STJ, inclusive, já foi cobrada em concurso público, em sua literalidade:
“A injúria racial é um delito inserido no panorama constitucional do crime de racismo, sen-
do considerado imprescritível, inafiançável e sujeito à pena de reclusão.”1
Uma vez que você não vai mais confundir a injuria racial com o racismo, podemos passar à
análise dos tipos penais propriamente ditos.

Impedimento de Acesso a Cargo na Administração Pública


Art. 3º Impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a qualquer cargo da Admi-
nistração Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de serviços públicos.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, por motivo de discriminação de raça, cor, etnia, reli-
gião ou procedência nacional, obstar a promoção funcional.
Pena – reclusão de dois a cinco anos.

A primeira conduta é a do agente que, em razão da raça, etnia, religião ou procedência do


indivíduo, obsta ou impede seu acesso a cargo da Administração Direta ou Indireta ou a con-
cessionárias de serviços públicos, quando devidamente habilitado.
Há ainda a previsão de conduta equiparada quando o indivíduo já é servidor público mas é
preterido em relação a uma promoção em razão de preconceito.

Obs.: A tentativa é admissível.


 O sujeito ativo é qualquer pessoa ligada à administração direta ou indireta. Trata-se,
portanto, de crime próprio.

Sexo e Estado Civil


A discriminação em razão do sexo ou estado civil do indivíduo incorre em contravenção
penal (ressalvadas as hipótese previstas na ADO anteriormente mencionada), a qual está pre-
vista no art. 8º da Lei n. 7.437/1985:

Art. 8º Obstar o acesso de alguém a qualquer cargo público civil ou militar, por preconceito de raça,
de cor, de sexo ou de estado civil.
Pena – perda do cargo, depois de apurada a responsabilidade em inquérito regular, para o funcioná-
rio dirigente da repartição de que dependa a inscrição no concurso de habilitação dos candidatos.

1
Banca: CESPE Órgão: DPE-AC Prova: CESPE - DPE-AC - Defensor Público.
Letra c.

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Obstar o Acesso a Emprego em Empresa Privada


Art. 4º Negar ou obstar emprego em empresa privada.
§ 1º Incorre na mesma pena quem, por motivo de discriminação de raça ou de cor ou práticas resul-
tantes do preconceito de descendência ou origem nacional ou étnica:
I – deixar de conceder os equipamentos necessários ao empregado em igualdade de condições
com os demais trabalhadores;
II – impedir a ascensão funcional do empregado ou obstar outra forma de benefício profissional;
III – proporcionar ao empregado tratamento diferenciado no ambiente de trabalho, especialmente
quanto ao salário.
§ 2º Ficará sujeito às penas de multa e de prestação de serviços à comunidade, incluindo atividades
de promoção da igualdade racial, quem, em anúncios ou qualquer outra forma de recrutamento de
trabalhadores, exigir aspectos de aparência próprios de raça ou etnia para emprego cujas atividades
não justifiquem essas exigências.
Pena – reclusão de dois a cinco anos.

Enquanto o art. 3º cuida da conduta de negar ou obstar o acesso a cargo ou promoção na


administração pública, o art. 4º faz o mesmo, porém no âmbito privado.
Na mesma esteira do artigo anterior, a discriminação em razão do sexo ou estado civil do
indivíduo, no caso em análise, também pode incorrer em contravenção penal, prevista no art.
9º da Lei n. 7.437/1985:

Art. 9º Negar emprego ou trabalho a alguém em autarquia, sociedade de economia mista, empresa
concessionária de serviço público ou empresa privada, por preconceito de raça, de cor, de sexo ou
de estado civil.
Pena – prisão simples, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa de 1 (uma) a 3 (três) vezes o maior va-
lor de referência (MVR), no caso de empresa privada; perda do cargo para o responsável pela recusa,
no caso de autarquia, sociedade de economia mista e empresa concessionária de serviço público.

Art. 5º ao art. 14
Os delitos do art. 5º ao 14 tratam basicamente da mesma conduta: Recusar ou impedir
acesso do indivíduo a determinados estabelecimentos ou serviços.
Façamos, no entanto, a leitura de cada um dos casos, que são muito semelhantes:
Recusa ou impedimento de acesso a estabelecimento comercial

Art. 5º Recusar ou impedir acesso a estabelecimento comercial, negando-se a servir, atender ou


receber cliente ou comprador.
Pena – reclusão de um a três anos.

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Recusa ou impedimento de ingresso em estabelecimento de ensino

Art. 6º Recusar, negar ou impedir a inscrição ou ingresso de aluno em estabelecimento de ensino


público ou privado de qualquer grau.
Pena – reclusão de três a cinco anos.
Parágrafo único. Se o crime for praticado contra menor de dezoito anos a pena é agravada de 1/3
(um terço).

Cuidado com a causa específica de aumento de pena para o art. 6º, quando o crime é praticado
contra menor de 18 anos.

Impedimento de acesso a hotel, pensão ou estalagem

Art. 7º Impedir o acesso ou recusar hospedagem em hotel, pensão, estalagem, ou qualquer estabe-
lecimento similar.
Pena – reclusão de três a cinco anos.

Impedimento de acesso a restaurantes, bares e locais semelhantes

Art. 8º Impedir o acesso ou recusar atendimento em restaurantes, bares, confeitarias, ou locais


semelhantes abertos ao público.
Pena – reclusão de um a três anos.

Impedimento de acesso a estabelecimentos esportivos e similares

Art. 9º Impedir o acesso ou recusar atendimento em estabelecimentos esportivos, casas de diver-


sões, ou clubes sociais abertos ao público.
Pena – reclusão de um a três anos.

Impedimento de acesso a salões de cabeleireiros e similares

Art. 10. Impedir o acesso ou recusar atendimento em salões de cabeleireiros, barbearias, termas ou
casas de massagem ou estabelecimento com as mesmas finalidades.
Pena – reclusão de um a três anos.

Impedimento de acesso a entradas sociais e elevadores

Art. 11. Impedir o acesso às entradas sociais em edifícios públicos ou residenciais e elevadores ou
escada de acesso aos mesmos:
Pena – reclusão de um a três anos.

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Impedimento de acesso a transportes em geral

Art. 12. Impedir o acesso ou uso de transportes públicos, como aviões, navios barcas, barcos, ôni-
bus, trens, metrô ou qualquer outro meio de transporte concedido.
Pena – reclusão de um a três anos.

Impedimento de acesso ao serviço nas Forças Armadas

Art. 13. Impedir ou obstar o acesso de alguém ao serviço em qualquer ramo das Forças Armadas.
Pena – reclusão de dois a quatro anos.

Impedimento ou óbice de casamento ou convivência familiar

Art. 14. Impedir ou obstar, por qualquer meio ou forma, o casamento ou convivência familiar e so-
cial.
Pena – reclusão de dois a quatro anos.

Ao analisar os delitos acima, é possível notar claramente a intenção do legislador de impe-


dir a prática de atos de segregação.
Veja que não há menção a ofensas ou injúria: apenas a atos que possam impedir o acesso
de um indivíduo a algum tipo de lugar ou serviço com base apenas em suas características de
raça, cor, religião e procedência.

Pratica, Indução ou Incitação ao Preconceito


Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou
procedência nacional.
Pena – reclusão de um a três anos e multa.

O mais extenso artigo da lei trata da conduta de incitação e divulgação de condutas discri-
minatórias.
Infelizmente, ainda temos o desgosto de testemunhar casos desse tipo ainda em tempos
atuais, como ocorreu na cidade americana de Charlottesville:

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Nazismo
O art. 20º possui previsão expressa sobre o nazismo. Entretanto, note que o legislador afir-
mou que o indivíduo deve fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos para fins de
divulgação do nazismo.

§ 1º Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou


propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo.
Pena – reclusão de dois a cinco anos e multa.

Tal determinação trata do chamado dolo específico, de modo que deve haver a intenção
do autor de divulgar o nazismo com sua conduta. Se não houver, não se caracteriza o delito
do art. 20º.
Forma Qualificada
Segundo a doutrina, o parágrafo 2º do art. 20 apresenta a forma qualificada do delito:

§ 2º Se qualquer dos crimes previstos no caput é cometido por intermédio dos meios de comunica-
ção social ou publicação de qualquer natureza:
Pena – reclusão de dois a cinco anos e multa.

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Medidas Específicas & Efeitos da Condenação


Por fim, o art. 20 apresenta medidas específicas que podem ser determinadas pelo magis-
trado para o caso da forma qualificada do delito, bem como um efeito específico da condenação:

§ 3º No caso do parágrafo anterior, o juiz poderá determinar, ouvido o Ministério Público ou a pedido
deste, ainda antes do inquérito policial, sob pena de desobediência:
I – o recolhimento imediato ou a busca e apreensão dos exemplares do material respectivo;
II – a cessação das respectivas transmissões radiofônicas ou televisivas.
II – a cessação das respectivas transmissões radiofônicas, televisivas, eletrônicas ou da publicação
por qualquer meio;
III – a interdição das respectivas mensagens ou páginas de informação na rede mundial de compu-
tadores.
§ 4º Na hipótese do § 2º, constitui efeito da condenação, após o trânsito em julgado da decisão, a
destruição do material apreendido.

Observações Finais
Primeiramente, merece especial destaque o art. 16 do diploma legal em estudo, que prevê
como efeito da condenação a perda do cargo ou função pública, para o servidor público, e a
suspensão do funcionamento do estabelecimento particular que se encontre envolvido na prá-
tica de racismo:

Art. 16. Constitui efeito da condenação a perda do cargo ou função pública, para o servidor público,
e a suspensão do funcionamento do estabelecimento particular por prazo não superior a três meses.

Ressalte-se, ainda, que o legislador previu que tais efeitos não são automáticos, devendo
ser declarados pelo magistrado de forma MOTIVADA:

Art. 18. Os efeitos de que tratam os arts. 16 e 17 desta Lei não são automáticos, devendo ser moti-
vadamente declarados na sentença.

Prescrição & Fiança


Caro(a) aluno(a): lembre-se que por previsão constitucional, os delitos relacionados ao ra-
cismo são inafiançáveis e imprescritíveis.
Entretanto, segundo o STF, tal previsão não impede a concessão de liberdade provisória
sem fiança.

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RESUMO
Lei n. 7.716/1989
• A Lei n. 7.716/1989 define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor.
• Diferença jurídica entre os termos raça e etnia:

• Procedência:

• A Lei n. 7.716 não faz referência ao preconceito em razão da opção sexual do indivíduo.
• Os delitos previstos na lei em estudo tratam de atos de SEGREGAÇÃO.
• Dessa forma, note que as ofensas praticadas contra o indivíduo em razão de sua raça
irão configurar INJURIA RACIAL e não um delito de RACISMO propriamente dito!

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• O art. 16 do diploma legal em estudo, que prevê como efeito da condenação a perda do
cargo ou função pública, para o servidor público, e a suspensão do funcionamento do
estabelecimento particular que se encontre envolvido na prática de racismo
• Tais efeitos não são automáticos, devendo ser declarados pelo magistrado de forma
MOTIVADA:
• Os delitos relacionados ao racismo são inafiançáveis e imprescritíveis.
• Segundo o STF, tal previsão não impede a concessão de liberdade provisória sem fiança.

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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (Q1944875/UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ/FUNPAR NC UFPR/FUNPAR NC/
UFPR/PC-PR/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL/2021) Sobre a possibilidade de incidência da
Lei n. 7.716/1989 às condutas homofóbicas ou transfóbicas, de acordo com o entendimen-
to atual do STF, firmado no julgamento da Ação Direta de inconstitucionalidade por Omissão
(ADO) n. 26, considere as seguintes afirmativas:
1. Até que o Congresso Nacional edite lei específica, as condutas homofóbicas e transfóbicas,
reais ou supostas, se enquadram nos crimes previstos na Lei n. 7.716/1989.
2. O exercício da liberdade religiosa pode caracterizar a prática de homotransfobia caso venha
a configurar discurso de ódio.
3. O conceito de racismo ultrapassa aspectos estritamente biológicos ou fenotípicos e alcança
comportamentos de negação da dignidade e da humanidade daqueles que integram os grupos
vulneráveis vítimas da homotransfobia.
4. É típica a conduta de quem, por homofobia ou transfobia, recusa ou impede acesso a esta-
belecimento comercial, negando-se a servir, atender ou receber cliente ou comprador.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
b) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.

002. (Q1853119/DIREITO PENAL LEGISLAÇÃO ESPECIAL/INSTITUTO BRASILEIRO DE


GESTÃO E PESQUISA/SEJUSP-MG/ASSISTENTE EXECUTIVO DE DEFESA SOCIAL/ÁREA:
AUXILIAR EDUCACIONAL/2021) De acordo com a Lei que define os crimes resultantes de
preconceito de raça ou de cor (n. 7.716/1989), impedir ou obstar o acesso de alguém, devida-
mente habilitado, a qualquer cargo da administração direta ou indireta, bem como das conces-
sionárias de serviços públicos ocasionará uma pena de:
a) Reclusão de dois a cinco anos.
b) Reclusão de um a três anos.
c) Reclusão de dois a quatro anos.
d) Reclusão de um a quatro anos.

003. (Q1896650/DIREITO PENAL LEGISLAÇÃO ESPECIAL/INSTITUTO BRASILEIRO DE


APOIO E DESENVOLVIMENTO EXECUTIVO/IBADE/IAPEN-AC/AUXILIAR ADMINISTRATI-
VO/2021) Conforme a Lei n. 7.716, de 05/01/1989, que define os crimes resultantes de precon-
ceito de raça ou de cor, assinale a alternativa que conste um crime punido na forma desta lei.

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a) Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime


b) Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido,
por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer
o que ela não manda
c) Expor alguém, por meio de relações sexuais ou qualquer ato libidinoso, a contágio de molés-
tia venérea, de que sabe ou deve saber que está contaminado
d) Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e, por qual-
quer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono
e) Impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a qualquer cargo da Admi-
nistração Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de serviços públicos

004. (Q1660446/DIREITO PENAL CRIMES RESULTANTES DE PRECONCEITO DE RAÇA OU


COR/LEI N. 7.716/1989/INSTITUTO AMERICANO DE DESENVOLVIMENTO/IADES/IADES/
PM-PA/PRAÇA DA POLÍCIA MILITAR/FEMININO/2021) A Lei n. 7.716/1989 dispõe acerca
dos crimes resultantes de preconceito, criminalizando uma série de condutas. Com base nisso,
suponha que um professor da rede pública estadual impeça um aluno, em razão da sua etnia,
de ingressar em estabelecimento de ensino público. Considerando essa situação e conforme
o disposto na referida lei, assinale a alternativa correta.
a) Nesse caso, o professor poderá ser condenado por crime disposto na lei supracitada e,
como efeito dessa condenação, poderá perder seu cargo por decisão motivada na sentença
b) No caso mencionado não se observa a ocorrência de nenhum crime, na medida em que as
instituições de ensino são absolutamente livres para impedir o ingresso de determinados alu-
nos em seus espaços, independentemente dos motivos.
c) Nesse caso, o professor poderá ser condenado por crime disposto na referida lei e, como
efeito dessa condenação, perderá automaticamente seu cargo.
d) No caso descrito, o professor poderá ser condenado por crime disposto na referenciada lei,
mas terá sua pena reduzida por ter cometido o crime no exercício da função.
e) Nesse caso, o professor poderá ser condenado por crime disposto na citada lei, mas jamais
poderá perder o respectivo cargo em virtude dos efeitos da condenação desse crime.

005. (Q1785343/DIREITO PENAL LEGISLAÇÃO ESPECIAL/INSTITUTO AOCP/INSTITUTO


AOCP/PC-PA/INVESTIGADOR DE POLÍCIA CIVIL/2021) Adolfo, objetivando a divulgação do
nazismo, distribuiu pelas ruas de seu município distintivos e ornamentos que utilizavam a cruz
suástica. Diante do caso hipotético exposto, bem como considerando as disposições da Lei n.
7.716/1989, Adolfo, se condenado, estará sujeito à pena de
a) detenção de seis meses a dois anos e multa.
b) detenção de dois a quatro anos e multa.
c) reclusão de um a três anos e multa.
d) reclusão de dois a cinco anos e multa.
e) reclusão de três a oito anos e multa.

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006. (Q1893544/DIREITO PENAL CRIMES RESULTANTES DE PRECONCEITO DE RAÇA OU


COR/LEI N. 7.716/1989/INSTITUTO BRASILEIRO DE APOIO E DESENVOLVIMENTO EXE-
CUTIVO/IBADE/IAPEN-AC/PSICÓLOGO/2021) Conforme a Lei n. 7.716, de 05/01/1989, que
define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor, assinale a alternativa CORRETA.
Será punido, na forma da Lei supramencionada, os crimes resultantes de discriminação ou
preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Considera-se crime na forma
desta Lei:
a) cometer injúria racial.
b) incitar ódio na rede mundial de computadores.
c) negar ou obstar emprego em empresa privada.
d) praticar crime de tortura.
e) Incentivar a inscrição ou ingresso de aluno em estabelecimento de ensino público ou priva-
do de qualquer grau.

007. (Q2033747/DIREITO PENAL LEGISLAÇÃO ESPECIAL/FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/


FGV/PM-CE/SOLDADO/2021) Populares solicitaram que uma guarnição da polícia militar
comparecesse ao restaurante XX. Lá chegando, constataram que o segurança do estabeleci-
mento estava negando o ingresso de um grupo de pessoas de cor negra, sob o argumento de
que parte do restaurante estava ocupada pelos seguidores de determinada religião que consi-
derava pecado a convivência interracial.
À luz desse quadro, os policiais militares devem
a) prender o segurança do estabelecimento em razão da prática de crime.
b) orientar os envolvidos a buscar uma solução de caráter conciliatório.
c) informar ao segurança que apenas o eventual uso da força caracterizaria a prática de crime.
d) assegurar que o grupo de pessoas de cor negra possa ingressar no restaurante em ou-
tro horário.
e) orientar o grupo de pessoas de cor negra a procurar outro restaurante, em respeito à liber-
dade religiosa.

008. (Q1894244/DIREITO PENAL CRIMES RESULTANTES DE PRECONCEITO DE RAÇA OU


COR/LEI N. 7.716/1989/INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL, CULTURAL
E ASSISTENCIAL NACIONAL/IDECAN/IDECAN/PC-CE/ESCRIVÃO/2021) Aparecida é dona
de um restaurante e dispôs como regra em seu estabelecimento comercial a recusa no atendi-
mento de clientes de raça negra ou cor preta. Nessa hipótese, Aparecida pratica
a) crime de injúria preconceituosa.
b) um indiferente penal, mas terá responsabilidade civil e caberá indenização.
c) crime de racismo.
d) crime contra as relações de consumo.
e) crime de calúnia preconceituosa

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009. (CESPE/CEBRASPE/UNB/PM-CE/PRIMEIRO TENENTE) Configura crime o ato de vei-


cular ornamento ou propaganda que utilize a cruz suástica ou gamada, com a finalidade de
divulgação do nazismo.

010. (CESPE/CEBRASPE/UNB/CEBRASPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL) Consti-


tui crime o fato de determinado clube social recusar a admissão de um cidadão em razão de
preconceito de raça, salvo se o respectivo estatuto atribuir à diretoria a faculdade de recusar
propostas de admissão, sem declinação de motivos.

011. (MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA) Responde pela prática do crime de injúria racial, dis-
posto no § 3º do art. 140 do Código Penal Brasileiro e não pelo art. 20 da Lei n. 7.716/1989 (Dis-
criminação Racial) pessoa que ofende uma só pessoa, chamando-lhe de macaco e negro sujo.

012. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/TÉCNICO LEGISLATIVO) Conforme a lei que pre-


vê condutas discriminatórias, cometerá crime de discriminação ou preconceito o agente que
impedir o acesso de idoso a edifício público pelas entradas sociais.

013. (CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA LEGISLATIVO) Caso uma manicure, emprega-


da de um salão de beleza, recuse atendimento a uma cliente apenas por esta ser de origem
africana, e essa cliente, ofendida, deixe o estabelecimento, tal recusa tipificará o crime de ra-
cismo./CESPE

014. (CESPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL) Constitui crime o fato de determinado


clube social recusar a admissão de um cidadão em razão de preconceito de raça, salvo se o
respectivo estatuto atribuir à diretoria a faculdade de recusar propostas de admissão, sem
declinação de motivos.

015. (CESPE/AGU/ADVOGADO DA UNIÃO) O fato de um empresário, por preconceito em rela-


ção à cor de determinado empregado, impedir a sua ascensão funcional na empresa, configu-
rará delito contra a organização do trabalho, e não crime resultante de preconceito.

016. (CESPE/ABIN/OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA) Considere que uma jovem atriz


negra atue em campanha televisiva promovida por órgão público para a prevenção da AIDS,
transmita a seguinte mensagem: “eu peço ao meu último parceiro que faça um teste”. Nessa
situação, ainda que não tenha havido a intenção de associar a disseminação da doença à raça
negra, restam violados os direitos à imagem da mulher negra brasileira, o que configura, em
tese, crime de racismo.

017. (CESPE/MPU/TÉCNICO DE APOIO ESPECIALIZADO) Considere que Tânia, proprietária


de um salão de beleza especializado em penteados afros, recuse atendimento a determinada

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pessoa de pele branca e cabelos ruivos, sob a justificativa de o atendimento, no salão, restrin-
gir-se a afrodescendentes. Nessa situação, a conduta de Tânia não constitui crime, visto que,
sendo proprietária do estabelecimento, ela tem o direito de restringir o atendimento a determi-
nados clientes.

018. (CESPE/MPU/TÉCNICO DE APOIO ESPECIALIZADO) Pratica crime decorrente de dis-


criminação racial, apenado com reclusão de um a três anos, o síndico que proíbe a circulação,
nos elevadores sociais de edifício residencial, de todos os empregados domésticos que traba-
lham para os condôminos.

019. (CESPE/TJ-CE/OFICIAL DE JUSTIÇA) Alguém que diga que “um advogado negro não
está capacitado para trabalhar em tribunal” comete o crime de racismo, cuja punição indepen-
de da vontade do ofendido, uma vez que o racismo é crime de ação pública incondicionada.

020. (CESPE/MPE-RR/OFICIAL DE PROMOTORIA) É crime praticar ou incitar a discriminação


ou o preconceito em razão de preferência esportiva.

021. (IBFC/EMBASA/ENGENHEIRO) Assinale a alternativa correta de acordo com as previ-


sões expressas da Lei Federal n. 7.716, de 5 de janeiro de 1989, que define os crimes resultan-
tes de preconceito de raça ou de cor.
a) É crime impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a qualquer cargo da
Administração Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de serviços públicos.
b) É contravenção penal impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a
qualquer cargo da Administração Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de
serviços públicos.
c) É mero ilícito administrativo impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado,
a qualquer cargo da Administração Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de
serviços públicos.
d) É mero ilícito civil impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a qualquer
cargo da Administração Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de serviços públicos.

022. (FCC/TRT 24ª REGIÃO (MS)/TÉCNICO JUDICIÁRIO) O dono de um restaurante recusou


o atendimento a um cidadão em seu estabelecimento, em virtude de sua raça. De acordo com
a Lei n. 7.716/1989, a pena prevista é de
a) interdição do estabelecimento comercial.
b) multa.
c) prestação de serviços à comunidade.
d) reclusão
e) recolhimento domiciliar.

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023. (CONSULPLAN/TJ-MG/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS) De acordo com a Lei n.


7.716/1989, constitui crime
a) fabricar ornamentos que utilizem a cruz suástica.
b) distribuir distintivos que utilizem a cruz suástica.
c) comercializar emblemas que utilizem a cruz gamada, para fins de divulgação do nazismo.
d) fabricar símbolos que utilizem a cruz gamada, para fins de divulgação do cristianismo.

024. (FUNIVERSA/SECRETARIA DA CRIANÇA – DF/ESPECIALISTA SOCIOEDUCATIVO/


ADAPTADA) De acordo com o que dispõe a Lei n. 7.716/1989, assinale a alternativa que apre-
senta situação que não caracteriza crime de discriminação ou preconceito.
a) Dono de loja que, ao perceber o acesso de uma pessoa negra em seu estabelecimento, re-
cuse-se a atendê-la em virtude de sua cor.
b) Porteiro de prédio que impeça o acesso de pessoa pela entrada social, por identificá-la
como procedente de determinada região do país.
c) Patrão que ameace causar a empregado, por meio de palavra, gesto ou qualquer outro meio
simbólico, mal injusto e grave.
d) Gerente que recuse hospedagem em hotel a pessoa em virtude de ela pertencer a determi-
nada etnia.
e) Pai que impeça o casamento da filha em virtude da religião do noivo.

025. (IBFC/PC-SE/ESCRIVÃO/ADAPTADA) A Lei n. 7.716/1989 pune criminalmente algumas


formas de preconceito e discriminação praticados contra a pessoa humana. Recentemente, o
STF reconheceu, em sede de ADO e Mandado de Injunção, a mora do congresso nacional para
legislar sobre o seguinte tipo de discriminação:
a) Religião.
b) Procedência nacional.
c) Etnia.
d) Transfobia e Homofobia.

026. (IBFC/PC-RJ/OFICIAL DE CARTÓRIO) A Lei n. 7.716/1989, que “Define os crimes resul-


tantes de preconceitos de raça ou de cor”, dispõe que constitui discriminação ou preconcei-
to punível:
a) Recusar ou impedir acesso a estabelecimento comercial, negando-se a servir, atender ou
receber cliente ou comprador em decorrência das vestes ousadas que utiliza.
b) Impedir ou obstar, por qualquer meio ou forma, o casamento ou convivência familiar e social
em decorrência da classe social do indivíduo.
c) Impedir ou obstar o acesso de alguém ao serviço em qualquer ramo das Forças Armadas
de forma abstrata.

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d) Negar ou obstar emprego em empresa privada à pessoa portadora de necessidades


especiais.
e) Obstar promoção funcional de servidor da Administração Pública em decorrência de raça,
cor, etnia, religião ou procedência nacional.

027. (VUNESP/TJ-SP/ADVOGADO) Nos termos da Lei n. 7.716/1989, a qual versa sobre deli-
tos de preconceito ou discriminação racial, pratica crime aquele que, em virtude de preconceito
de raça, impede ou obsta.
a) o acesso de alguém a restaurantes, bares, confeitarias ou locais semelhantes, ainda que não
abertos ao público.
b) o acesso de alguém aos veículos de transportes públicos e privados, como aviões, navios,
barcos, ônibus, trens, metrô ou qualquer outro meio de transporte.
c) o acesso ou recusa atendimento de alguém em estabelecimentos esportivos, casas de di-
versões ou clubes sociais, ainda que não abertos ao público.
d) o casamento de alguém, por qualquer meio ou forma, excluindo-se outros modos de convi-
vência familiar e social.
e) o acesso de alguém às entradas sociais de edifícios públicos ou residenciais, bem como aos
elevadores ou às escadas desses locais.

028. (FCC/PGE-BA/ANALISTA DE PROCURADORIA) Em relação ao agente que é preso em


flagrante delito pela prática de crime de racismo, é correto afirmar:
a) A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão,
nos termos da lei.
b) A lei considera crime inafiançável e insuscetível de graça ou anistia a prática do racismo, por
ele respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-lo, se omitirem.
c) A lei considera crime inafiançável e insuscetível de graça ou anistia a prática do racismo, por
ele respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-lo, se omitirem; deven-
do cumprir a pena integralmente em regime fechado.
d) A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão
que deverá ser cumprida integralmente em regime fechado.
e) A autoridade policial poderá conceder a fiança quando a pena privativa de liberdade, pre-
vista na lei, for igual ou inferior a quatro anos; cabendo ao Juiz a concessão da fiança nos
demais casos.

029. (MPT/PROCURADOR DO TRABALHO) NÃO constitui crime previsto na Lei n. 7.716/1989,


que tipifica os ilícitos resultantes de preconceito:
a) Impedir o acesso ou recusar atendimento em restaurantes, bares, confeitarias, ou locais
semelhantes abertos ao público.

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b) Impedir o acesso às entradas sociais em edifícios públicos ou residenciais e elevadores ou


escada de acesso aos mesmos.
c) Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou pro-
cedência nacional.
d) Ofender ou ameaçar alguém, por palavra, gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de cau-
sar- lhe mal injusto e grave, em virtude de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.

030. (FCC/TRT 1ª REGIÃO (RJ)/TÉCNICO JUDICIÁRIO) Lauro é proprietário de uma lancho-


nete. Admitia em seu estabelecimento a frequência de pessoas da raça negra, mas recusava-
-se a servi-las. A conduta de Lauro
a) só configura crime de discriminação racial se colocar em situação vexatória a freguesia.
b) não configura crime de discriminação racial, pois Lauro admitia em seu estabelecimento a
frequência de pessoas da raça negra.
c) não configura crime de discriminação racial, pois Lauro é livre para servir a clientela de acor-
do com as suas preferências.
d) configura modalidade de crime de discriminação racial.
e) só configura crime de discriminação racial se a conduta for ostensiva e houver solicitação
expressa de atendimento por quem esteja nessa situação.

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GABARITO
1. e
2. a
3. e
4. a
5. d
6. c
7. a
8. c
9. C
10. E
11. C
12. E
13. C
14. E
15. E
16. E
17. E
18. E
19. E
20. E
21. a
22. d
23. c
24. c
25. d
26. e
27. e
28. a
29. d
30. d

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GABARITO COMENTADO
001. (Q1944875/UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ/FUNPAR NC UFPR/FUNPAR NC/
UFPR/PC-PR/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL/2021) Sobre a possibilidade de incidência da
Lei n. 7.716/1989 às condutas homofóbicas ou transfóbicas, de acordo com o entendimen-
to atual do STF, firmado no julgamento da Ação Direta de inconstitucionalidade por Omissão
(ADO) n. 26, considere as seguintes afirmativas:
1. Até que o Congresso Nacional edite lei específica, as condutas homofóbicas e transfóbicas,
reais ou supostas, se enquadram nos crimes previstos na Lei n. 7.716/1989.
2. O exercício da liberdade religiosa pode caracterizar a prática de homotransfobia caso venha
a configurar discurso de ódio.
3. O conceito de racismo ultrapassa aspectos estritamente biológicos ou fenotípicos e alcança
comportamentos de negação da dignidade e da humanidade daqueles que integram os grupos
vulneráveis vítimas da homotransfobia.
4. É típica a conduta de quem, por homofobia ou transfobia, recusa ou impede acesso a esta-
belecimento comercial, negando-se a servir, atender ou receber cliente ou comprador.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
b) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.

Conforme estudamos, em razão da ADO discutida no âmbito do STF, até que a mora do Con-
gresso Nacional cesse e o referido órgão legislativo edite lei adequada sobre o tema, as con-
dutas homofóbicas ou transfóbicas passam a ingressão rol equiparado àquele previsto na Lei
n. 7.716/1989.
Nesse sentido, todas as afirmações (1,2,3 e 4) estão corretas e alinhadas à jurisprudên-
cia do STF.
Letra e.

002. (Q1853119/DIREITO PENAL LEGISLAÇÃO ESPECIAL/INSTITUTO BRASILEIRO DE


GESTÃO E PESQUISA/SEJUSP-MG/ASSISTENTE EXECUTIVO DE DEFESA SOCIAL/ÁREA:
AUXILIAR EDUCACIONAL/2021) De acordo com a Lei que define os crimes resultantes de
preconceito de raça ou de cor (n. 7.716/1989), impedir ou obstar o acesso de alguém, devida-
mente habilitado, a qualquer cargo da administração direta ou indireta, bem como das conces-
sionárias de serviços públicos ocasionará uma pena de:

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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.716/1989 – Crimes Resultantes de Preconceitos de Raça ou de Cor
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a) Reclusão de dois a cinco anos.


b) Reclusão de um a três anos.
c) Reclusão de dois a quatro anos.
d) Reclusão de um a quatro anos.

Infelizmente algumas bancas examinadoras ainda se limitam a cobrar a pena aplicável aos
delitos. Não há como fugir disso.
Correta é a assertiva “A” em razão do art. 3º da lei em estudo, o qual estabelece que impedir ou
obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a qualquer cargo da Administração Direta
ou Indireta, bem como das concessionárias de serviços públicos sujeita-se a pena de reclusão
de dois a cinco anos.
Letra a.

003. (Q1896650/DIREITO PENAL LEGISLAÇÃO ESPECIAL/INSTITUTO BRASILEIRO DE


APOIO E DESENVOLVIMENTO EXECUTIVO/IBADE/IAPEN-AC/AUXILIAR ADMINISTRATI-
VO/2021) Conforme a Lei n. 7.716, de 05/01/1989, que define os crimes resultantes de precon-
ceito de raça ou de cor, assinale a alternativa que conste um crime punido na forma desta lei.
a) Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime
b) Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido,
por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer
o que ela não manda
c) Expor alguém, por meio de relações sexuais ou qualquer ato libidinoso, a contágio de molés-
tia venérea, de que sabe ou deve saber que está contaminado
d) Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e, por qual-
quer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono
e) Impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a qualquer cargo da Admi-
nistração Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de serviços públicos

O examinador arrolou outros crimes (Calúnia, constrangimento ilegal, entre outros) misturando
com a única conduta prevista na Lei n. 7.716, a qual está adequadamente narrada na letra “E”.
Lembre-se, quando você não se lembrar claramente dos tipos penais, que a esmagadora maio-
ria dos crimes previstos na Lei n. 7.716 tratam de atos de segregação, nos quais o indivíduo
tem seu acesso impedido a algum serviço ou oportunidade em razão de sua etnia ou outro
fator arrolado em lei e na jurisprudência do STF.
Letra e.

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004. (Q1660446/DIREITO PENAL CRIMES RESULTANTES DE PRECONCEITO DE RAÇA OU


COR/LEI N. 7.716/1989/INSTITUTO AMERICANO DE DESENVOLVIMENTO/IADES/IADES/
PM-PA/PRAÇA DA POLÍCIA MILITAR/FEMININO/2021) A Lei n. 7.716/1989 dispõe acerca
dos crimes resultantes de preconceito, criminalizando uma série de condutas. Com base nisso,
suponha que um professor da rede pública estadual impeça um aluno, em razão da sua etnia,
de ingressar em estabelecimento de ensino público. Considerando essa situação e conforme
o disposto na referida lei, assinale a alternativa correta.
a) Nesse caso, o professor poderá ser condenado por crime disposto na lei supracitada e,
como efeito dessa condenação, poderá perder seu cargo por decisão motivada na sentença
b) No caso mencionado não se observa a ocorrência de nenhum crime, na medida em que as
instituições de ensino são absolutamente livres para impedir o ingresso de determinados alu-
nos em seus espaços, independentemente dos motivos.
c) Nesse caso, o professor poderá ser condenado por crime disposto na referida lei e, como
efeito dessa condenação, perderá automaticamente seu cargo.
d) No caso descrito, o professor poderá ser condenado por crime disposto na referenciada lei,
mas terá sua pena reduzida por ter cometido o crime no exercício da função.
e) Nesse caso, o professor poderá ser condenado por crime disposto na citada lei, mas jamais
poderá perder o respectivo cargo em virtude dos efeitos da condenação desse crime.

Vejamos:
a) Certa. Item amparado em três artigos da lei em estudo:

Art. 6º Recusar, negar ou impedir a inscrição ou ingresso de aluno em estabelecimento de ensino


público ou privado de qualquer grau.
Pena – reclusão de três a cinco anos.
Art. 16. Constitui efeito da condenação a perda do cargo ou função pública, para o servidor públi-
co, e a suspensão do funcionamento do estabelecimento particular por prazo não superior a três
meses.
Art. 18. Os efeitos de que tratam os arts. 16 e 17 desta Lei não são automáticos, devendo ser moti-
vadamente declarados na sentença.

b) Errada. Há sim crime, conforme art. 6º da lei.


c) Errada. O efeito não é automático.
d) Errada. Não há redução de pena.
e) Errada. Há possibilidade de perda do cargo.
Letra a.

005. (Q1785343/DIREITO PENAL LEGISLAÇÃO ESPECIAL/INSTITUTO AOCP/INSTITUTO


AOCP/PC-PA/INVESTIGADOR DE POLÍCIA CIVIL/2021) Adolfo, objetivando a divulgação do

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nazismo, distribuiu pelas ruas de seu município distintivos e ornamentos que utilizavam a cruz
suástica. Diante do caso hipotético exposto, bem como considerando as disposições da Lei n.
7.716/1989, Adolfo, se condenado, estará sujeito à pena de
a) detenção de seis meses a dois anos e multa.
b) detenção de dois a quatro anos e multa.
c) reclusão de um a três anos e multa.
d) reclusão de dois a cinco anos e multa.
e) reclusão de três a oito anos e multa.

Culpem a mensagem (e não seu professor, o mensageiro). Não é minha culpa que as bancas
insistem na cobrança de pena em uma temática como a legislação especial. Infelizmente,
temos que lidar com esse tipo de questão (a meu ver, injusta, e que não privilegia o aluno de-
dicado). Mas faz parte.
Dessa vez estamos diante do art. 20, § 1º da Lei n. 7.716/1989:

Art. 20, § 1º, da Lei n. 7.716/1989: “Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emble-
mas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de
divulgação do nazismo” tem como Pena/reclusão de dois a cinco anos e multa.
Letra d.

006. (Q1893544/DIREITO PENAL CRIMES RESULTANTES DE PRECONCEITO DE RAÇA OU


COR/LEI N. 7.716/1989/INSTITUTO BRASILEIRO DE APOIO E DESENVOLVIMENTO EXE-
CUTIVO/IBADE/IAPEN-AC/PSICÓLOGO/2021) Conforme a Lei n. 7.716, de 05/01/1989, que
define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor, assinale a alternativa CORRETA.
Será punido, na forma da Lei supramencionada, os crimes resultantes de discriminação ou precon-
ceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Considera-se crime na forma desta Lei:
a) cometer injúria racial.
b) incitar ódio na rede mundial de computadores.
c) negar ou obstar emprego em empresa privada.
d) praticar crime de tortura.
e) Incentivar a inscrição ou ingresso de aluno em estabelecimento de ensino público ou priva-
do de qualquer grau.

Dessa vez, a única conduta que encontra amparo legal no âmbito da Lei n. 7.746 é a conduta
prevista na assertiva C, a qual ingressa na tipificação do art. 4º:

Art. 4º Negar ou obstar emprego em empresa privada.


Pena – reclusão de dois a cinco anos.
Letra c.

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007. (Q2033747/DIREITO PENAL LEGISLAÇÃO ESPECIAL/FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/


FGV/PM-CE/SOLDADO/2021) Populares solicitaram que uma guarnição da polícia militar
comparecesse ao restaurante XX. Lá chegando, constataram que o segurança do estabeleci-
mento estava negando o ingresso de um grupo de pessoas de cor negra, sob o argumento de
que parte do restaurante estava ocupada pelos seguidores de determinada religião que consi-
derava pecado a convivência interracial.
À luz desse quadro, os policiais militares devem
a) prender o segurança do estabelecimento em razão da prática de crime.
b) orientar os envolvidos a buscar uma solução de caráter conciliatório.
c) informar ao segurança que apenas o eventual uso da força caracterizaria a prática de crime.
d) assegurar que o grupo de pessoas de cor negra possa ingressar no restaurante em ou-
tro horário.
e) orientar o grupo de pessoas de cor negra a procurar outro restaurante, em respeito à liber-
dade religiosa.

Claramente o ato praticado pelo segurança é ato de segregação obstando o ingresso das pes-
soas em razão de sua cor, configurando crime previsto no art. 8º da lei em estudo:

Art. 8º Impedir o acesso ou recusar atendimento em restaurantes, bares, confeitarias, ou locais


semelhantes abertos ao público.
Pena – reclusão de um a três anos.

Não há outra resposta senão a prisão em flagrante em razão da prática de crime.


Letra a.

008. (Q1894244/DIREITO PENAL CRIMES RESULTANTES DE PRECONCEITO DE RAÇA OU


COR/LEI N. 7.716/1989/INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL, CULTURAL
E ASSISTENCIAL NACIONAL/IDECAN/IDECAN/PC-CE/ESCRIVÃO/2021) Aparecida é dona
de um restaurante e dispôs como regra em seu estabelecimento comercial a recusa no atendi-
mento de clientes de raça negra ou cor preta. Nessa hipótese, Aparecida pratica
a) crime de injúria preconceituosa.
b) um indiferente penal, mas terá responsabilidade civil e caberá indenização.
c) crime de racismo.
d) crime contra as relações de consumo.
e) crime de calúnia preconceituosa

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Mais uma conduta na mesma esteira da questão anterior: o ato praticado é ato de segregação
obstando o ingresso das pessoas em razão de sua cor, configurando crime previsto no art. 8º
da lei em estudo:

Art. 8º Impedir o acesso ou recusar atendimento em restaurantes, bares, confeitarias, ou locais


semelhantes abertos ao público.
Pena – reclusão de um a três anos.

Há, sem dúvidas, crime de racismo.


Letra c.

009. (CESPE/CEBRASPE/UNB/PM-CE/PRIMEIRO TENENTE) Configura crime o ato de vei-


cular ornamento ou propaganda que utilize a cruz suástica ou gamada, com a finalidade de
divulgação do nazismo.

Conforme previsto na Lei n. 7.716/1989: art. 20, § 1º Fabricar, comercializar, distribuir ou veicu-
lar símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica
ou gamada, para fins de divulgação do nazismo.
Certo.

010. (CESPE/CEBRASPE/UNB/CEBRASPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL) Consti-


tui crime o fato de determinado clube social recusar a admissão de um cidadão em razão de
preconceito de raça, salvo se o respectivo estatuto atribuir à diretoria a faculdade de recusar
propostas de admissão, sem declinação de motivos.

Não há qualquer ressalva. Conforme narra a assertiva, a recusa da admissão se deu em ra-
zão de preconceito de raça. Há crime, e não há qualquer admissibilidade jurídica de exceção
para o caso.
Errado.

011. (MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA) Responde pela prática do crime de injúria racial, dis-
posto no § 3º do art. 140 do Código Penal Brasileiro e não pelo art. 20 da Lei n. 7.716/1989 (Dis-
criminação Racial) pessoa que ofende uma só pessoa, chamando-lhe de macaco e negro sujo.

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Exatamente! Conforme estudamos, nesse caso, estamos diante do crime de injuria racial, a
qual tem vítima certa e o objetivo de injuriar – não configurando ato de segregação.
Certo.

012. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/TÉCNICO LEGISLATIVO) Conforme a lei que pre-


vê condutas discriminatórias, cometerá crime de discriminação ou preconceito o agente que
impedir o acesso de idoso a edifício público pelas entradas sociais.

Cuidado. Embora igualmente repugnantes, a discriminação e segregação em razão da IDADE


não integram o rol taxativo da Lei n. 7.716, que só dispõe sobre o preconceito de raça, cor, et-
nia, religião e procedência nacional.
Errado.

013. (CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA LEGISLATIVO) Caso uma manicure, emprega-


da de um salão de beleza, recuse atendimento a uma cliente apenas por esta ser de origem
africana, e essa cliente, ofendida, deixe o estabelecimento, tal recusa tipificará o crime de ra-
cismo./CESPE

Com certeza. Nesse caso estamos diante de um ato de segregação (através da negativa de
prestação de serviço) em razão da origem da vítima – o que configura racismo nos termos da
Lei n. 7.716/1989!
Certo.

014. (CESPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL) Constitui crime o fato de determinado


clube social recusar a admissão de um cidadão em razão de preconceito de raça, salvo se o
respectivo estatuto atribuir à diretoria a faculdade de recusar propostas de admissão, sem
declinação de motivos.

Oras, se isso fosse possível, um mero estatuto iria se sobrepor a lei, e permitir a prática de
racismo em determinados ambientes. Dessa forma, é claro que a exceção apresentada pelo
examinador é ilícita e irá sim configurar um dos delitos que estudamos na aula de hoje.
Errado.

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015. (CESPE/AGU/ADVOGADO DA UNIÃO) O fato de um empresário, por preconceito em rela-


ção à cor de determinado empregado, impedir a sua ascensão funcional na empresa, configu-
rará delito contra a organização do trabalho, e não crime resultante de preconceito.

Não mesmo! Nesse caso, configura-se sim crime previsto no art. 4º da Lei n. 7.716/1989 – não
se tratando de mero crime contra a organização do trabalho.
Errado.

016. (CESPE/ABIN/OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA) Considere que uma jovem atriz


negra atue em campanha televisiva promovida por órgão público para a prevenção da AIDS,
transmita a seguinte mensagem: “eu peço ao meu último parceiro que faça um teste”. Nessa
situação, ainda que não tenha havido a intenção de associar a disseminação da doença à raça
negra, restam violados os direitos à imagem da mulher negra brasileira, o que configura, em
tese, crime de racismo.

Lembre-se: Racismo é ato de SEGREGAÇÃO, o qual consiste em obstar o acesso, em condições


de igualdade, a algo determinado, em razão da raça da vítima. Nesse caso, a associação suge-
rida pelo examinador não é suficiente para configurar nenhum dos delitos da Lei n. 7.716/1989.
Errado.

017. (CESPE/MPU/TÉCNICO DE APOIO ESPECIALIZADO) Considere que Tânia, proprietária


de um salão de beleza especializado em penteados afros, recuse atendimento a determinada
pessoa de pele branca e cabelos ruivos, sob a justificativa de o atendimento, no salão, restrin-
gir-se a afrodescendentes. Nessa situação, a conduta de Tânia não constitui crime, visto que,
sendo proprietária do estabelecimento, ela tem o direito de restringir o atendimento a determi-
nados clientes.

Mas é claro que não! Mesmo como proprietária do estabelecimento, Tânia deve respeitar a lei
e a igualdade prevista em nosso ordenamento jurídico. Tal recusa de atendimento iria configu-
rar ato de segregação dos clientes de pele branca e cabelos ruivos, configurando racismo nos
termos da Lei n. 7.716/1989.
Errado.

018. (CESPE/MPU/TÉCNICO DE APOIO ESPECIALIZADO) Pratica crime decorrente de dis-


criminação racial, apenado com reclusão de um a três anos, o síndico que proíbe a circulação,
nos elevadores sociais de edifício residencial, de todos os empregados domésticos que traba-
lham para os condôminos.

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Nesse caso, embora o síndico tenha praticado um ato de segregação (ao separar os emprega-
dos através da restrição de elevadores), note que não há previsão para delito de discriminação
racial com base na atividade laboral exercida pela pessoa, de modo que não se configura a
tipicidade exigida na Lei n. 7.716/1989.
Errado.

019. (CESPE/TJ-CE/OFICIAL DE JUSTIÇA) Alguém que diga que “um advogado negro não
está capacitado para trabalhar em tribunal” comete o crime de racismo, cuja punição indepen-
de da vontade do ofendido, uma vez que o racismo é crime de ação pública incondicionada.

Negativo. Muito embora a conduta do indivíduo não apresente uma vítima DETERMINADA
(como em regra é necessário para a configuração de injúria racial), também não configura um
ato efetivo de segregação (haja vista que não foi vedado o acesso de pessoa negra em nenhu-
ma das modalidades previstas na Lei n. 7.716/1989). Por mais repugnante que seja a conduta
apresentada pelo examinador, não é suficiente para configurar o delito de racismo.
Já se fosse vedado o acesso de advogados negros à um determinado local, por exemplo, no
caso concreto, aí sim estaríamos diante de delito previsto na Lei n. 7.716/1989.
Errado.

020. (CESPE/MPE-RR/OFICIAL DE PROMOTORIA) É crime praticar ou incitar a discriminação


ou o preconceito em razão de preferência esportiva.

A preferência esportiva não integra o rol da Lei n. 7.716/1989 para a configuração do crime
de racismo.
Lembre-se: O diploma em estudo trata de raça, cor, procedência, etnia e religião!
Errado.

021. (IBFC/EMBASA/ENGENHEIRO) Assinale a alternativa correta de acordo com as previ-


sões expressas da Lei Federal n. 7.716, de 5 de janeiro de 1989, que define os crimes resultan-
tes de preconceito de raça ou de cor.
a) É crime impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a qualquer cargo da
Administração Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de serviços públicos.
b) É contravenção penal impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a
qualquer cargo da Administração Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de
serviços públicos.

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c) É mero ilícito administrativo impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado,


a qualquer cargo da Administração Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de
serviços públicos.
d) É mero ilícito civil impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a qualquer
cargo da Administração Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de serviços públicos.

Nos termos do art. 3º da Lei n. 7.716/1989, a conduta de impedir ou obstar o acesso de alguém,
devidamente habilitado, a qualquer cargo da Administração Direta ou Indireta, bem como das con-
cessionárias de serviços públicos é crime, como bem asseverado pelo examinador na assertiva A.
Letra a.

022. (FCC/TRT 24ª REGIÃO (MS)/TÉCNICO JUDICIÁRIO) O dono de um restaurante recusou


o atendimento a um cidadão em seu estabelecimento, em virtude de sua raça. De acordo com
a Lei n. 7.716/1989, a pena prevista é de
a) interdição do estabelecimento comercial.
b) multa.
c) prestação de serviços à comunidade.
d) reclusão
e) recolhimento domiciliar.

Essa questão é um absurdo – mas infelizmente o assunto pode ser cobrado dessa forma. A
conduta do dono de restaurante configura efetivamente o crime de racismo, para o qual a pena
prevista é a de reclusão, de um a três anos.
Letra d.

023. (CONSULPLAN/TJ-MG/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS) De acordo com a Lei n.


7.716/1989, constitui crime
a) fabricar ornamentos que utilizem a cruz suástica.
b) distribuir distintivos que utilizem a cruz suástica.
c) comercializar emblemas que utilizem a cruz gamada, para fins de divulgação do nazismo.
d) fabricar símbolos que utilizem a cruz gamada, para fins de divulgação do cristianismo.

Segundo o art. 20 da Lei n. 7.716/1989, é crime:

Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou
procedência nacional
§ 1º Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos, pro-
paganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo.
Letra c.

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024. (FUNIVERSA/SECRETARIA DA CRIANÇA – DF/ESPECIALISTA SOCIOEDUCATIVO/


ADAPTADA) De acordo com o que dispõe a Lein. 7.716/1989, assinale a alternativa que apre-
senta situação que não caracteriza crime de discriminação ou preconceito.
a) Dono de loja que, ao perceber o acesso de uma pessoa negra em seu estabelecimento, re-
cuse-se a atendê-la em virtude de sua cor.
b) Porteiro de prédio que impeça o acesso de pessoa pela entrada social, por identificá-la
como procedente de determinada região do país.
c) Patrão que ameace causar a empregado, por meio de palavra, gesto ou qualquer outro meio
simbólico, mal injusto e grave.
d) Gerente que recuse hospedagem em hotel a pessoa em virtude de ela pertencer a determi-
nada etnia.
e) Pai que impeça o casamento da filha em virtude da religião do noivo.

A conduta prevista no item C não configura nenhum dos delitos em estudo, mas tão somente
o delito de ameaça previsto no Código Penal.
Letra c.

025. (IBFC/PC-SE/ESCRIVÃO/ADAPTADA) A Lei n. 7.716/1989 pune criminalmente algumas


formas de preconceito e discriminação praticados contra a pessoa humana. Recentemente, o
STF reconheceu, em sede de ADO e Mandado de Injunção, a mora do congresso nacional para
legislar sobre o seguinte tipo de discriminação:
a) Religião.
b) Procedência nacional.
c) Etnia.
d) Transfobia e Homofobia.

Conforme já observamos, o STF reconheceu a mora do CN e declarou, até que seja editada
legislação nesse sentido, que as condutas de transfobia e homofobia se enquadram nos pre-
ceitos da Lei n. 7.716/1989.
Letra d.

026. (IBFC/PC-RJ/OFICIAL DE CARTÓRIO) A Lei n. 7.716/1989, que “Define os crimes resul-


tantes de preconceitos de raça ou de cor”, dispõe que constitui discriminação ou preconcei-
to punível:
a) Recusar ou impedir acesso a estabelecimento comercial, negando-se a servir, atender ou
receber cliente ou comprador em decorrência das vestes ousadas que utiliza.

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b) Impedir ou obstar, por qualquer meio ou forma, o casamento ou convivência familiar e social
em decorrência da classe social do indivíduo.
c) Impedir ou obstar o acesso de alguém ao serviço em qualquer ramo das Forças Armadas
de forma abstrata.
d) Negar ou obstar emprego em empresa privada à pessoa portadora de necessidades
especiais.
e) Obstar promoção funcional de servidor da Administração Pública em decorrência de raça,
cor, etnia, religião ou procedência nacional.

A resposta para a questão encontra-se no art. 3º da lei em estudo:

Art. 3º Impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a qualquer cargo da Adminis-
tração Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de serviços públicos.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, por motivo de discriminação de raça, cor, etnia, reli-
gião ou procedência nacional, obstar a promoção funcional.
Pena – reclusão de dois a cinco anos.

Dessa forma, é a assertiva E que nos apresenta uma conduta que configura discriminação pu-
nível nos termos da Lei n. 7.716/1989.
Letra e.

027. (VUNESP/TJ-SP/ADVOGADO) Nos termos da Lei n. 7.716/1989, a qual versa sobre deli-
tos de preconceito ou discriminação racial, pratica crime aquele que, em virtude de preconceito
de raça, impede ou obsta.
a) o acesso de alguém a restaurantes, bares, confeitarias ou locais semelhantes, ainda que não
abertos ao público.
b) o acesso de alguém aos veículos de transportes públicos e privados, como aviões, navios,
barcos, ônibus, trens, metrô ou qualquer outro meio de transporte.
c) o acesso ou recusa atendimento de alguém em estabelecimentos esportivos, casas de di-
versões ou clubes sociais, ainda que não abertos ao público.
d) o casamento de alguém, por qualquer meio ou forma, excluindo-se outros modos de convi-
vência familiar e social.
e) o acesso de alguém às entradas sociais de edifícios públicos ou residenciais, bem como aos
elevadores ou às escadas desses locais.

Novamente estamos diante da conduta de obstar o acesso de alguém às entradas sociais e


elevadores de um edifício – mas dessa vez, em razão de preconceito de raça. Dessa forma, fica
configurado delito de racismo, nos termos da Lei n. 7.716/1989.
Letra e.

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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 7.716/1989 – Crimes Resultantes de Preconceitos de Raça ou de Cor
Douglas Vargas

028. (FCC/PGE-BA/ANALISTA DE PROCURADORIA) Em relação ao agente que é preso em


flagrante delito pela prática de crime de racismo, é correto afirmar:
a) A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão,
nos termos da lei.
b) A lei considera crime inafiançável e insuscetível de graça ou anistia a prática do racismo, por
ele respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-lo, se omitirem.
c) A lei considera crime inafiançável e insuscetível de graça ou anistia a prática do racismo, por
ele respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-lo, se omitirem; deven-
do cumprir a pena integralmente em regime fechado.
d) A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão
que deverá ser cumprida integralmente em regime fechado.
e) A autoridade policial poderá conceder a fiança quando a pena privativa de liberdade, pre-
vista na lei, for igual ou inferior a quatro anos; cabendo ao Juiz a concessão da fiança nos
demais casos.

Realmente, os delitos de racismo são inafiançáveis e imprescritíveis. Além do mais, todos su-
jeitam o autor à pena de reclusão, de modo que a assertiva A está correta!
Letra a.

029. (MPT/PROCURADOR DO TRABALHO) NÃO constitui crime previsto na Lei n. 7.716/1989,


que tipifica os ilícitos resultantes de preconceito:
a) Impedir o acesso ou recusar atendimento em restaurantes, bares, confeitarias, ou locais
semelhantes abertos ao público.
b) Impedir o acesso às entradas sociais em edifícios públicos ou residenciais e elevadores ou
escada de acesso aos mesmos.
c) Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou pro-
cedência nacional.
d) Ofender ou ameaçar alguém, por palavra, gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de cau-
sar- lhe mal injusto e grave, em virtude de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.

Dentre as condutas apresentadas pelo examinador, não configura delito de preconceito previs-
to na Lei n. 7.716/1989 aquela narrada na assertiva D, haja vista que, embora tenha sido o fato
praticado em razão da raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, não houve um ato de
segregação racial, e sim uma ofensa, a qual poderá configurar o delito de injúria racial.
Letra d.

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Lei n. 7.716/1989 – Crimes Resultantes de Preconceitos de Raça ou de Cor
Douglas Vargas

030. (FCC/TRT 1ª REGIÃO (RJ)/TÉCNICO JUDICIÁRIO) Lauro é proprietário de uma lancho-


nete. Admitia em seu estabelecimento a frequência de pessoas da raça negra, mas recusava-
-se a servi-las. A conduta de Lauro
a) só configura crime de discriminação racial se colocar em situação vexatória a freguesia.
b) não configura crime de discriminação racial, pois Lauro admitia em seu estabelecimento a
frequência de pessoas da raça negra.
c) não configura crime de discriminação racial, pois Lauro é livre para servir a clientela de acor-
do com as suas preferências.
d) configura modalidade de crime de discriminação racial.
e) só configura crime de discriminação racial se a conduta for ostensiva e houver solicitação
expressa de atendimento por quem esteja nessa situação.

Oras: Mas é claro que Lauro praticou um ato de segregação, ao tratar de forma diferente as
pessoas de raça negra em seu estabelecimento. Incidiu claramente na previsão do art. 5º da
Lei n. 7.716/1989, e deverá responder pelo delito de racismo!
Letra d.

Douglas Vargas
Agente da Polícia Civil do Distrito Federal, aprovado em 6º lugar no concurso realizado em 2013. Aprovado
em vários concursos, como Polícia Federal (Escrivão), PCDF (Escrivão e Agente), PRF (Agente), Ministério
da Integração, Ministério da Justiça, BRB e PMDF (Soldado – 2012 e Oficial – 2017).

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