CP

Parte geral

 Legítima defesa doo agente de segurança que repele agressão a vítima refém de crime

Art.25 (...)

Parágrafo único. Observados os requisitos previstos no caput deste artigo, considera-se

também em legítima defesa o agente de segurança pública que repele agressão ou
risco de agressão a vítima mantida refém durante a prática de crimes.

Mudança: quando se tratar de agente de segurança pública agindo em legítima defesa

de vítima mantida refém o fundamento será o § único

 Legitimidade e competência para a execução da pena de multa

Art. 51. Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será executada

perante o juiz da execução penal e será considerada dívida de valor, aplicáveis as
normas relativas à dívida ativa da Fazenda Pública, inclusive no que concerne às
causas interruptivas e suspensivas da prescrição.

Aplicação imediata  remeça ao Juízo da Execução Penal

Mudança: o então atual entendimento do STF acerca do tema foi positivado em parte.
Porém, não há que se falar em legitimidade subsidiária da Fazenda Pública
Antes
STF: a legitimidade é do MP, pois a multa possui natureza de sanção
penal prevista na CF, sendo que sua natureza não pode ser alterada
por meio de lei ordinária. Ademais, a CF prevê a competência do MP
para promover a ação penal pública
Caso a execução não fosse proposta pelo MP em 90 dias caberia à
Fazenda efetuar a cobrança
Restou superada a súmula 521 do STJ: A legitimidade para a execução fiscal de
multa pendente de pagamento imposta em sentença condenatória é exclusiva
da Procuradoria da Fazenda Pública
 Limite de cumprimento das penas privativas de liberdade

Art. 75. O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser
superior a 40 (quarenta) anos.
§1° Quando o agente for condenado a penas privativas de liberdade cuja soma seja
superior a 40 (quarenta) anos, devem elas ser unificadas para atender ao limite
máximo deste artigo.
§2° Sobrevindo condenação por fato posterior ao início do cumprimento da pena, far-
se-á nova unificação, desprezando-se, para esse fim, o período de pena já cumprido.

Aplicação: direito material  novatio legis in pejus

 Livramento condicional
o Parte geral CP - Não cometimento de falta grave nos últimos 12 meses como
requisito do livramento condicional
 Art. 83. O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena
privativa de liberdade igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que:
(...)
lI-cumprida mais da metade se o condenado for reincidente em crime doloso;
III - comprovado: (Redação dada pela Lei n. 13:964, de 2019) a) bom
comportamento durante a execução da pena;
b) não cometimento de falta grave nos últimos 12 (doze) meses

o Vedação da concessão do livramento condicional para reincidente em crime

hediondo ou equiparado, ou crime hediondo ou equiparado com resultado
morte

Art. 112. (...)

VI - 50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for:
a) condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado
morte, se for primário, vedado o livramento condicional;
(...)
VIII - 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime
hediondo ou equiparado com resultado morte, vedado o livramento
condicional.
 Confisco alargado de bens

Art. 91-A. Na hipótese de condenação por infrações às quais a lei comine pena
máxima superior a 6 (seis) anos de reclusão, poderá ser decretada a perda, como
produto ou proveito do crime, dos bens correspondentes à diferença entre o valor do
patrimônio do condenado e aquele que seja compatível com o seu rendimento lícito.
§ 1º Para efeito da perda prevista no caput deste artigo, entende-se por patrimônio
do condenado todos os bens:
I - de sua titularidade, ou em relação aos quais ele tenha o domínio e o benefício
direto ou indireto, na data da infração penal ou recebidos posteriormente;
II - transferidos a terceiros a título gratuito ou mediante contraprestação irrisória, a
partir do início da atividade criminal.
§ 2º O condenado poderá demonstrar a inexistência da incompatibilidade ou a
procedência lícita do patrimônio.
§ 3º A perda prevista neste artigo deverá ser requerida expressamente pelo
Ministério Público, por ocasião do oferecimento da denúncia, com indicação da
diferença apurada.
§ 4º Na sentença condenatória, o juiz deve declarar o valor da diferença apurada e
especificar os bens cuja perda for decretada.
§ 5º Os instrumentos utilizados para a prática de crimes por organizações criminosas
e milícias deverão ser declarados perdidos em favor da União ou do Estado,
dependendo da Justiça onde tramita a ação penal, ainda que NÃO ponham em
perigo a segurança das pessoas, a moral ou a ordem pública, nem ofereçam sério
risco de ser utilizados para o cometimento de novos crimes.

Inversão do ônus da prova?  não haverá, em homenagem ao princípio da presunção

de inocência, de modo que caberá à acusação demonstrar a incompatibilidade do
patrimônio com os rendimentos lícitos
 - à defesa, é facultado demonstrar a compatibilidade do patrimônio com os
rendimentos lícitos
Ato de transferência coercitiva de bens ao patrimônio da União, que pode ocorrer
como PRD ou efeito da condenação
Aqui se trata de efeito da condenação
Antes:
- Confisco tradicional (regra): restrito aos instrumentos do crime, de posse
ilícita, e do proveito do crime
- Confisco por equivalência (exceção): perda de bens ou valores equivalentes
ao produto ou proveito do crime, que dele provem
- Aplicação residual
Agora: quando o delito for apenado com pena máxima de 6 anos de reclusão, bastará
a demonstração de que o condenado possui um patrimônio incompatível com o seu
rendimento lícito, que não tenham origem lícita comprovada
- Não há necessidade de demonstração da vinculação do valor ou bem do
condenado a qualquer prática criminosa específica
- Trabalha-se com a ideia de que o condenado teria cometido outros ilícitos
para além
- efeito específico: Não automático, por é necessário o requerimento do MP

Requisitos

- Cominação de pena máxima superior a 6 anos

- Devem ser consideradas as causas de aumento no máximo, e as de

diminuição no mínimo de diminuição

- Incompatibilidade do patrimônio real do condenado cm seu rendimento lícito

Necessidade de transito em julgado?

Correntes

- Dispensável: pois é o entendimento mais compatível com o propósito do

pacote anticrime

- Necessário: dado seu caráter sancionatório e irreversível, além de levar em

conta a orientação firmada pelo STF quanto à inconstitucionalidade da
execução provisória da pena.

INCONSTITUCIONALIDADE?

- Pode ser aplicado em crimes que não produzem diretamente efeitos

patrimoniais  violação ao DIREITO À PROPRIEDADE

- Aplicação de pena dom relação a fatos pelos quais não foi condenado 
violação ao PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA

- Permite que a reprimenda extrapole o fato pelo qual houve condenação 

violação à INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA e ao PRINCÍPIO DA CORRELAÇÃO

 Novas causa suspensivas da prescrição

Art. 116. Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre:
 II - enquanto o agente cumpre pena no exterior;
III - na pendência de embargos de declaração ou de recursos aos Tribunais
Superiores, quando inadmissíveis; e
IV - enquanto não cumprido ou não rescindido o acordo de não persecução penal.

Inadmissíveis: relacionado ao juízo de admissibilidade

Direito material: não retroagirá, pois se trata de legis gravior

Parte especial

 Roubo circunstanciado pelo emprego de arma branca e pelo emprego de arma de fogo
de uso restrito ou proibido
Art. 157 (...)
§2º (...)
VII - se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma branca;
(...) § 2º-B. Se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma de fogo
de uso restrito ou proibido, aplica-se em dobro a pena prevista no caput deste artigo.

Lei penal no tempo

- Texto original: aumento de 1/3
- Lei nº 13.654/18: não configura majorante
- lei mais favorável: será possível a aplicação da lei intermediária, pois
mais favorável, se aplicando aos fatos ocorridos antes ou durante sua
vigência
- Pacote anticrime: aumento de 1/3
 Ação penal no crime de estelionato

CPP

 Juiz das garantias

 Acordo de não persecução penal