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O autor foi surpreendido com o protesto em seu CPF/CNPJ, na qual desconhece o réu
que o protestou.
Via de regra, o caso se origina de dívidas com bancos, e eles acabam “vendendo” essa
dívida, porque no seu entender não vale mais a pena insistir na cobrança. Legalmente,
essas dívidas estão prescritas, e já não podem mais serem cobradas judicialmente. E
por esta razão, o banco desfaz-se da dívida, transferindo-a (cessão do crédito) para
terceiros. O que é uma prática legal.
Isto acontece porque nos contratos, existem a cláusula da cessão de dívida, a outras
instituições. E, ao banco interessa "vender" porque isso entra como prejuízo no seu
balanço.
Frisamos que a lei não proíbe a cobrança informal da dívida prescrita, vez que, se o
consumidor voluntariamente quiser pagar essa dívida, mesmo sabendo que está
prescrita, de livre e espontânea vontade, pode fazer isto sem problemas.
Neste ponto, judicialmente não pode haver cobranças aos consumidores, porque o juiz
é obrigado a conhecer de ofício a prescrição.
Cria essa falsa impressão de que a dívida é legitima ou legal, pelo fato de estar
negativada ou pelo fato de estar protestada.
Esses cobradores ilegais, utilizam-se desses protestos para inscrever os cidadãos junto
aos órgãos de proteção ao crédito. O que também não pode, em razão do que dispõe o
artigo 43 do Código de Defesa do Consumidor (CDC - lei nº 8.078/90), onde se
encontram as dívidas que podem ser negativas. Ou seja, estabelece que as
informações que podem constar nos Bancos de Dados e Cadastros de Consumidores,
são aquelas com até 05 anos da sua origem.
Após 05 anos da origem da dívida, o consumidor só paga se ele quiser, se ele não
quiser não é obrigado a pagar.
Todo consumidor cobrado tem o direito de saber a origem da dívida. É direito básico do
consumidor, a discriminação detalhada da origem da dívida, fato não ocorrido.
Assim sendo, não resta outra alternativa ao autor, senão a de buscar a prestação
jurisdicional, o que o faz agora, através do presente pedido liminar de cancelamento de
protesto c/c indenização e a retirada de seu nome dos órgãos cadastrais informados.