Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Valores fundamentais
Não são monovalentes (não são exclusivos de um único ramo do direito, ex. princípio da
legalidade, que são aplicado em outros ramos).
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
LEGALIDADE
Cidadão – art.5, II CF: Ninguém será obrigado fazer ou deixar de fazer senão em virtude
de Lei.
Agente Público – art.37 da CF: O agente publico so pode fazer o que a Lei autoriza
Reserva legal: Lei em sentido formal ( Poder Legislativo – feito pelo Congresso).
(reserva legal):
1) Criar entidades (CF, art. 37, XIX) ou órgãos públicos (CF, art. 61, § 1º, II, e);
2) Criação de cargos, empregos ou funções públicas – art. 61, § 1º, II a;
3) Contratação temporária por prazo determinado – art. 37, IX, CF;
4) Requisitos para ocupação de cargos públicos – art. 37, I, CF;
5) Situações em que estrangeiro pode ocupar cargo público – art. 37, I, CF;
6) Reserva da vagas e critérios de admissão para pessoas portadoras de deficiência em
concursos públicos – art. 37, VIII, CF;
7) Exercício do direito de greve pelo servidor público – art. 37, VII, CF;
8) Fixação e alteração de remuneração e subsídio – art. 37, X, CF.
EXCEÇÕES A LEGALIDADE
Mas a medida provisória (Segundo Celso Antônio de Melo): a medida provisória não é lei, mas
tem força de lei, mas regulamenta questões para o direito administrativo. Medida provisória
pode criar cargos públicos, autarquia, autorizar empresa estatal.
PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE
A Administração deve evitar praticar ato visando fim diverso da Lei. As condutas da
Administração devem ser impessoais. Não deve ser privilegiado o interesse de uma pessoa em
detrimento da coletividade. Ex. dever de fazer concurso publico, licitação,etc.
Não pode praticar o ato a fim diverso do que a Lei determinou. O ato tem uma finalidade
específica, se usar par outro fim esta violando a impessoalidade. Então, se estou fazendo uma
remoção de servidor, como forma de punição. Servidor da Lei 8.012 não tem remoção para
punir, está violando o princípio.
O princípio da impessoalidade pode ser confundido com o princípio da finalidade: o fim publico
deve prevalecer. Deve ser praticado ato visando sempre o interesse público e não o interesse
do particular.
A publicidade tem que ser impessoal, caráter impessoal, conforme art.37, §1°, CF: “A
publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter
caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes,
símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores
públicos.” Nem mesmo SLOGAN ou frase de campanha.
PRINCÍPIO DA MORALIDADE
A moral administrativa tem o mesmo conceito da moral comum? Não, a moral é moral jurídica.
A moral da sociedade é diferente da moral da administração.
Ex. servidor não pode receber presentes, mas pode brinde (valor fixado em decreto e dado
para várias pessoas para não configurar presente).
Sumula Vinculante n°13 do STF –Vedada o Nepotismo/ Nepotismo cruzado = essa Súmula
Vinculante se aplica aos cargos técnico, porém, essa Sumula Vinculante NÃO SE APLICA AOS
CARGOS POLÍTICO.
Ex. O presidente da república pode nomear o irmão para ministro de estado (cargo político).
Mas o ministro não pode nomear um parente dele (ex. irmao) para ser assessor, pois o
assessor passa a ser um cargo técnico. O cargo político é o ministro.
O prefeito pode nomear seu irmao para ser secretário (cargo politico)
Pessoa nomeada para ser secretario de saúde que não entende nada de saúde, deve ser
afastado, pois é cargo técnico.
O STF entendeu que Conselheiro de Tribunal de Contas é um cargo técnico e não político.
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
Publicidade é a divulgação oficial dos atos para produção dos seus efeitos (publicação -
eficácia). E demais atos que demonstre aparência da Administração Pública
Ex. nomeação de servidor, deve ser publicado em diário oficial por a Lei exigir.
Obs: a Voz do Brasil (radio), não se esgota a publicidade com a Voz do Brasil. Logo, não é
suficiente para atender a publicidade, pois não tem o alcance necessário. Portanto não esgota
o princípio da publicidade só com a divulgação na Voz do Brasil.
O que adianta dar publicidade se o conteúdo não tem clareza? O que adianta eu divulgar um
contracheque do servidor no portal da transparência, se aquilo é uma bagunça, não
conseguindo entender nada, qual é o valor final, se tem desconto, com desconto???
Exceções da Publicidade
Exceções 01: art. 5º, XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de
seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei,
sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança
da sociedade e do Estado;
LAC – Lei de acesso de acesso a informação – Lei 12.527/11: permite a restrição de alguns atos,
em determinados prazos, informações secretas, ultrassecreta, reserva, e depois ganha
publicidade.
PRINCÍPIO DA EFICIENCIA
Os atos têm que ser prestados com presteza, perfeição, rendimento e com melhor custo-
benefício.
O princípio da eficiência era implícito na CF. E com a emenda 19/98 foi acrescentado o princípio
da eficiência na CF.
PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS NA CF
PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO
Significa que é a identificação dos fatos e fundamentos jurídicos que autorizaram a conduta
administrativa.
Ex.01. Quando um servidor é demitido vem assim: tendo em vista da infração que o servidor
cometeu: tal. Tendo em vista que a Lei determina que tem que ser demitido, estou demitindo o
servidor.
Ex.02. a multa de transito: no dia, local, aquela hora o sujeito praticou aquela conduta, essa
conduta é uma infração, estamos multando você.
O motivo é antecedente a prática do ato. O motivo aconteceu antes. É uma situação fática e
jurídica que gera o ato. Quando o ato é praticado apresenta os motivos, quando acontece as
apresentações dos motivos acontece a motivação.
Quando o servidor é demitido, por ter praticado alguma agressão, esse é o motivo que gerou a
demissão. Quando acontece a demissão vem as justificativas e a justificativa é a motivação.
TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES: Significa que quanto um ato for motivado, ele só
será válido se os motivos apresentados forem verdadeiros.
Se a motivação é falsa, inexistente, não tem relação com os motivos, o ato passa ser um ato
ilegal. Ex. aplica uma demissão a um servidor, que é cargo em comissão e o Administrador
passa a apresentar motivos falsos. Cargo em Comissão não precisa nem motivar, bastaria dizer:
exonero fulano de tal. Em sequência, ao fazer a motivação o Administrador passa a fazer
motivos falsos: chegava atrasado, incompetente, etc. Logo, como o Administrador apresentou
motivos falsos o ato passa ser um ato ilegal, em razão da teoria dos motivos determinantes.
Logo, é anulada a demissão.
Todo ato que tenha uma motivação, se aplica a teoria dos motivos determinantes.
Ex. o caso da Dilma que nomeou o Lula como ministro para safar da Justiça. A intenção viciada
gera anulação. Móvel é o que pensa o indivíduo.
Todo ato tem que ser motivado?? Não, por exemplo a nomeação e exoneração de cargos em
comissão.
Motivação por referência ou motivação aliunde ou per relationem É a motivação com base em
laudos, pareceres, ou relatórios anteriores emitidos como forma de suprimento da motivação e
tem fundamento no art.50, §1° da Lei 9.984/1999.
Para que uma conduta seja proporcional ela tem que ter:
Quando houver conflito entre o interesse publico e o interesse privado, prevalece o interesse
público.
O interesse público secundário só será válido quando coincidir com o interesse publico
primário.
Art.173 da CF: O Estado só pode criar empresa publica ou economia mista para explorar
atividade econômica em razão da segurança nacional ou em relevante interesse coletivo da
sociedade (interesse primário).
Prevalece no concurso publico que esse principio existe, servindo de base para o regime
jurídico administrativo.
O interesse publico é indisponível, ou seja, a autoridade não pode mão de satisfazer o interesse
da coletividade. Ex. não pode deixar de fazer concurso para escolher os melhores candidatos.
Não pode deixar de fazer licitação, para não deixar de escolher a melhor proposta.
PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA/SINDICABILIDADE:
Poder de:
- Revogação: ato legal que deixou de ser conveniente
Tutela é da Administração Direta para a Administração Indireta, ex. União com Ministério da
Economia que tem uma autarquia vinculada esse ministério, quando o ministério faz essa
supervisão ministerial, para que essa entidade não atue fora dos limites que resultaram sua
criação, é o controle de tutela: onde não há hierarquia.
Sindicabilidade significa que a administração está sujeita a controle, como controle dos
próprios atos (ela mesma fazendo), ou controle do Poder Judiciário.
Sumula 346, STF: A administração publica pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.
Sumula 473, STF: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios
que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os
casos, a apreciação judicial.
Art.5º, LV: “ aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”.
Sumula vinculante nº5, STF: A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo
disciplinar não ofende a CF.