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Remuneração

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITOS POLÍTICOS:
ARTIGO 14 ATÉ PARÁGRAFO 6

Akihito Allan Hirata

concursos
Direito Constitucional
Direitos Políticos - Artigo 14 até parágrafo 6

Apresentação
Olá estudante,

Me chamo Akihito Hirata, sou mestrando em Direitos Fundamentais e Democracia


pelo Centro Universitário Autônomo do Brasil (Unibrasil), pós graduado em Direito Constitucional
pela PUC-PR. Possuo graduação em Direito pela Universidade Estadual de Londrina (1993). Tenho
experiência na área de Direito, com ênfase em Direito Constitucional.

Sumário
DOS DIREITOS POLÍTICOS..............................................................................................................3

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Direito Constitucional
Direitos Políticos - Artigo 14 até parágrafo 6

Olá, guerreiro, tudo bem? Mais um assunto importante para a sua prova. Vamos
que vamos. Tudo de bom, sempre. Eu, vc e o Aprova Concursos para alcançar o
seu objetivo.

DOS DIREITOS POLÍTICOS

Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com
valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:

I. plebiscito;
II. referendo;
III. iniciativa popular.

Doutrina
Sufrágio é universal quando assegurado o direito de votar a todos os nacionais,
independentemente da exigência de quaisquer requisitos, tais como condições
culturais ou econômica, etc.
Sufrágio censitário é aquele que somente outorga o direito de voto aqueles que
preencherem ceras qualificações econômicas.
Sufrágio capacitário é aquele que só outorga o direito de voto aos indivíduos
dotados de certas características especiais, notadamente de natureza intelectual.
(Vicente Paulo, Curso de Direito Constitucional Descomplicado).

Sufrágio é o direito de votar e ser votado.


Voto é o ato de por meio do qual se exercita o sufrágio, ou seja, o direito de votar e
ser votado.
Escrutínio é o modo, a maneira, a forma pela qual se exercita o voto (Pedro Lenza,
Direito Constitucional Esquematizado).

§ 1º - O alistamento eleitoral e o voto são:

I. obrigatórios para os maiores de dezoito anos;


II. facultativos para:
a. os analfabetos;
b. os maiores de setenta anos;
c. os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

Importante você lembrar as situações em que o voto é facultativo.


Os analfabetos podem votar, mas, não estão obrigados a votar. Sempre vêm pergun-
tas afirmando que os analfabetos são proibidos de votar. O que é errado.

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Direitos Políticos - Artigo 14 até parágrafo 6

O voto é facultativo aos maiores de 70 anos. Cuidado, sempre vêm perguntas tro-
cando esta idade.
E o voto será facultativo entre 16 e 18 anos. Pergunta dizendo que o voto é facul-
tativo aos menores de 18 anos, o que é errado. Tem que ter entre 16 e 18 anos.

CESPE.2006. São obrigatórios o alistamento eleitoral e o voto de brasileiros natos emancipados com
16 anos de idade.
Resposta: Errado.

CESPE.2006. O maior de 16 anos e menor de 18 anos de idade que efetuar seu alistamento eleitoral,
ainda assim, não está obrigado a votar.
Resposta: Certa.

§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os ESTRANGEIROS e, durante o período do serviço


militar obrigatório, os CONSCRITOS.
Razoável, você perceber que o estrangeiro não pode decidir os nossos caminhos.
Também não poderá votar o conscrito. Este é quem está fazendo o serviço militar obrigatório,
o chamado recruta.

“... Alistamento. Policiais militares. CF, art. 14, par.2. Os policiais militares, em qualquer
nível de carreira são alistáveis, tendo em vista a inexistência de vedação legal”.(TSE)

“os estrangeiros não adquirem direitos políticos, só atribuídos a brasileiros natos e


naturalizados. Portanto, não são alistáveis eleitores nem, por conseqüência, podem
votar ou ser votados. Por isso também é que não podem ser membros de partidos
políticos, que é uma prerrogativa da cidadania".(José Afonso da Silva)

§ 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei:

I. a nacionalidade brasileira;
II. o pleno exercício dos direitos políticos;
III. o alistamento eleitoral;
IV. o domicílio eleitoral na circunscrição;
V. a filiação partidária;

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Para lembrar estas cinco primeiras condições lembre o macete:

BRASILEIRO PLENAMENTE FALIDO

Nacionalidade BRASILEIRA
PLENO exercício dos Direitos Políticos
Filiação Partidária
ALIstamento Eleitoral
DOmicílio Eleitoral na Circunscrição

VI. a idade mínima de:


a. trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b. trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c. vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito,
Vice-Prefeito e juiz de paz;
d. dezoito anos para Vereador.
Para lembrarmos a idade para poder ser candidato lembre-se do número de telefone

35 30 21 18

“A idade mínima constitucionalmente estabelecida como condi-


ção de elegibilidade é verificada tendo por referência a data da
posse” (lei 9504/97, art.11, par.2. / Res.21.608 e Res. 22.156.)
Cuidado. No caso do vereador deve ser o pedido do registro da candidatura, e não posse.

CESPE. É requisito de elegibilidade o domicílio eleitoral no local da eleição por no mínimo dois anos.
Resposta: Errada.

§ 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.


§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e
quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para
um único período subseqüente.

O parágrafo trata da ideia de reeleição. Importante você lembrar que estamos tratando do
chefe do executivo.
É comum uma questão trocar esta situação e colocar um membro do legislativo.
A regra menciona o chefe do executivo. Neste caso, ele pode ser eleito e reeleito para um
único mandado subsequente. Em se tratando de um membro do legislativo, não existem
limites de reeleição. Você deve conhecer deputados do seu estado ou ainda, vereadores que
estão no cargo a vários mandatos.

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Outra ideia fundamental que você precisa lembrar é que para ser candidato à reeleição o chefe
do executivo não precisa renunciar ou nem se afastar. Ele poderá ser candidato à reeleição
estando no cargo.

Jurisprudência
STF – RE n.366.488/SP, rel. Min. Carlos VElloso (DJ 28.10.2005): Vice-Governador
eleito duas vezes para o cargo de Vice-Governador. No segundo mandato de vice,
sucedeu o titular. Certo que, no seu primeiro mandato de vice, teria substituído o
Governador. Possibilidade de reeleger-se ao cargo de Governador, porque o exer-
cício da titularidade do cargo dá-se mediante eleição ou por sucessão. Somente
quando sucedeu o titular é que passou a exercer o seu primeiro mandato como
titular do cargo. Inteligência do disposto no art. 5, do art. 14 da CF.
“A inelegibilidade do Prefeito municipal que pretende candidatar-se a Vice-Prefeito
do mesmo Município, para o período administrativo subseqüente, subsiste plena-
mente, ainda que o seu afastamento definitivo da chefia do Executivo local tenha
ocorrido no semestre anterior à realização das eleições. A interpretação teleológica
do art. 14, § 5º, da Constituição objetiva impedir que se consume qualquer com-
portamento fraudulento que, lesando o postulado da irreelegibilidade do Prefeito
municipal, viabilize, ainda que por via indireta, o acesso do Chefe do Poder Executi-
vo local a um segundo mandato, cujo exercício, em período imediatamente sucessi-
vo, lhe é categoricamente vedado pela norma constitucional.” (RE 158.564, Rel. Min.
Celso de Mello, julgamento em 9-3-93, DJ de 30-4-93)

§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado


e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis
meses antes do pleito.

Neste parágrafo temos o chefe do executivo que é candidato a outro cargo, neste caso ele
deverá renunciar. Perceba, não é afastamento, será renúncia. Caso, ele não seja eleito, não
terá mais o cargo.
O prazo que o chefe do executivo deve renunciar é sempre cobrado em provas. Você não
pode esquecer que ele tem que renunciar até seis meses antes do pleito.

“Presidente da Câmara Municipal que substitui ou sucede o Prefeito nos seis meses
anteriores ao pleito é inelegível para o cargo de vereador. CF, art. 14, § 6º. Inapli-
cabilidade das regras dos §§ 5º e 7º do art. 14, CF.” (RE 345.822, Rel. Min. Carlos
Velloso, julgamento em 18-11-03, DJ de 12-12-03)

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