Você está na página 1de 17

Centro Universitário da

Amazônia
Curso: Bacharelado em Direito
Aula 04: Alistamento Eleitoral
Disciplina: Tópicos Integradores III – 8NMA
Professora Dra. Nazaré Rebelo
Alistamento Eleitoral
• O alistamento eleitoral é o requerimento para obter título de eleitor (a).
Alistamento Eleitoral
• O alistamento eleitoral é o requerimento para obter título de eleitor (a).
• O que determina a Zona Eleitoral a qual o (a) eleitor (a) está vinculado (a) é
o seu domicílio.
• Todo (a) brasileiro (a) nato (a) ou naturalizado (a), com idade entre 18 e 70
anos e os portugueses que optarem por exercer seus direitos políticos no
Brasil, com base no Tratado da Amizade.
• O alistamento e o voto são facultativos para os (as) analfabetos (as) e para
aqueles (as) com idade entre 16 e 18 anos incompletos ou maiores de 70
anos.
• Para requerer o título de eleitor pela primeira vez, o (a) eleitor (a) deve
comparecer à Zona Eleitoral responsável por seu domicílio.
Alistamento Eleitoral – CRFB/88
Artigo 14 – CRFB/88
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o
período do serviço militar obrigatório, os conscritos.
As elegibilidades e as inelegibilidades como
forma de proteção da sociedade
Qualquer cidadão (ã) pode pretender investidura em cargo eletivo, desde
que atenda às condições constitucionais e legais de elegibilidade e
incompatibilidade e não incida em quaisquer das causas de
inelegibilidade.
As elegibilidades e as inelegibilidades como
forma de proteção da sociedade
Na expressa dicção do texto legal, as condições de elegibilidade e as
causas de inelegibilidade devem ser aferidas no momento da
formalização do pedido de registro da candidatura, ressalvadas as
alterações, fáticas ou jurídicas, supervenientes ao registro que afastem a
inelegibilidade.
Recentemente o Tribunal Superior Eleitoral evoluiu sua jurisprudência
para reconhecer que alterações fáticas ou jurídicas supervenientes ao
registro que beneficiem o (a) candidato (a), sejam as que afastem a
inelegibilidade ou a eventual ausência de condição de elegibilidade,
devem ser admitidas.
As elegibilidades e as inelegibilidades como
forma de proteção da sociedade
A matéria hoje encontra-se sumulada.
Súmula TSE nº 43:As alterações fáticas ou jurídicas supervenientes ao
registro que beneficiem o candidato, nos termos da parte final do art. 11,
§ 10, da Lei n° 9.504/97, também devem ser admitidas para as
condições de elegibilidade. (Publicada no DJE de 24, 27 e 28.6.2016).
Condições de Elegibilidade
O Tribunal Superior Eleitoral adota o seguinte conceito de elegibilidade:
É a capacidade de ser eleito, a qualidade de uma pessoa que é elegível
nas condições permitidas pela legislação.
A elegibilidade é, na restrita precisão legal, o direito do (a) cidadão (ã)
de ser escolhido mediante votação direta ou indireta para representante
do povo ou da comunidade, segundo as condições estabelecidas pela
Constituição e pela legislação eleitoral.
Condições de Elegibilidade
De acordo com a Constituição Federal de 1988, são condições de
elegibilidade:
I – a nacionalidade brasileira
Nos termos do art. 12 da Constituição Federal, são privativos de
brasileiros natos os cargos de Presidente e Vice-Presidente da
República, não havendo ressalva quanto aos cargos em disputa neste
pleito estadual, os quais podem ser disputados por brasileiros
naturalizados.
Condições de Elegibilidade
II – pleno exercício dos direitos políticos
O nacional poderá exercer seus direitos políticos, em sua plenitude – se não
incorrer em nenhuma das hipóteses de perda ou suspensão previstas no art. 15
da CF/88, quais sejam:
(i) cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
(ii) incapacidade civil absoluta;
(iii) condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus
efeitos;
(iv) recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos
termos do art. 5º, VIII; e
(v) improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
Condições de Elegibilidade
III – alistamento eleitoral
Entende-se o alistamento eleitoral como a primeira fase do processo eleitoral.
Trata-se de procedimento administrativo cartorário e compreende dois atos
inconfundíveis: a qualificação e a inscrição do eleitor.
A qualificação é a prova de que o (a) cidadão (ã) satisfaz as exigências legais para
exercer o direito de voto, enquanto que a inscrição faz com que passe a integrar o
Cadastro Nacional de Eleitores da Justiça Eleitoral.
O ato de alistamento é feito por meio de processamento eletrônico e se perfaz pelo
preenchimento do requerimento de alistamento eleitoral (RAE), na forma das
resoluções aplicáveis do TSE (a principal é a Res. 21.538/03) e da legislação
eleitoral.
Através do alistamento o (a) cidadão (ã) adquire seus direitos políticos, tornando-se
titular de direito político ativo (capacidade para votar) e possibilitando sua
elegibilidade e filiação partidária, após a expedição do respectivo título eleitoral.
Condições de Elegibilidade
IV – domicílio eleitoral na circunscrição, ou seja, no Estado do Pará, por pelo
menos 6 (seis) meses antes da eleição, inclusive (desde o dia 7 de abril de 2018)
O Código Eleitoral, no art. 42, parágrafo único, considera o domicílio eleitoral como
“o lugar de residência ou moradia do requerente, e, verificado ter o alistando mais
de uma, considerar-se-á domicílio qualquer delas”. O Código Civil, a seu turno,
conceitua domicílio da pessoa natural o lugar onde ela estabelece a sua residência
com ânimo definitivo (art. 70). Inexiste, pois, coincidência entre o conceito de
domicílio eleitoral e de domicílio civil.
Segundo interpretação do TSE, o domicílio eleitoral abarca não apenas a residência
ou moradia do eleitor, abrangendo, também, aquela localidade com a qual o eleitor
tenha uma vinculação específica, seja na forma de exercício profissional (vínculo
profissional), interesse patrimonial (vínculo patrimonial), reconhecida notoriedade
no meio social daquela comunidade (vínculo social, político e afetivo).
Condições de Elegibilidade
VI – idade mínima
Condições de Elegibilidade
VI – idade mínima
A idade mínima terá por referência a data da posse.
Por fim, consignamos que as condições de elegibilidade não estão
previstas somente no art. 14, § 3º da Constituição Federal, mas também
na Lei nº 9.504/1997 (Lei das Eleições), a qual estabelece, entre outras
condições, que o candidato tenha quitação eleitoral (art. 11, §1º, inciso
VI).
Condições de Inelegibilidade
Além de preencher as condições de elegibilidade, para ter seu registro
deferido e, desta forma, possa ser validamente votado, o candidato deve,
ainda, não incorrer em nenhuma causa de inelegibilidade ou
incompatibilidade.
A restrição da inelegibilidade ao exercício da capacidade eleitoral
passiva (direito de ser votado) pode ter origem:
a) em fatos pessoais;
b) em motivos funcionais;
c) na prática de determinadas condutas.
Condições de Inelegibilidade
A previsão de causas de inelegibilidade visa proteger a probidade
administrativa, a moralidade para o exercício do mandato e a
normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder
econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na
administração direta ou indireta.
As inelegibilidades são de natureza constitucional (art. 14, §§ 4º ao 7º) e
infraconstitucional (previstas na Lei Complementar nº 64/90).
Incompatibilidades
Para concorrer, além de preencher as condições de elegibilidade
(requisitos positivos) e não incorrer em causas de inelegibilidade
(requisitos negativos), deve este ainda não incidir em alguma
incompatibilidade.
Desincompatibilização é o ato pelo qual o (a) pré-candidato (a) se afasta
de um cargo ou função, cujo exercício dentro do prazo definido em lei
gera inelegibilidade.
A legislação eleitoral prevê que, conforme o caso, o afastamento pode se
dar em caráter definitivo ou temporário.

Você também pode gostar