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Regras para propaganda eleitoral na Internet em 2020

As regras para propaganda eleitoral na Internet em 2020 vão ficando mais


claras, na medida em que o TSE regulamenta alguns pontos que ainda não
estavam bem definidos.

No dia 6 de outubro de 2017, o Presidente da República sancionou a Lei


nº 13.488, que trouxe diversas alterações na Lei nº 9.504, de 30 de
setembro de 1997, que estabelece normas eleitorais.

Dentre as diversas modificações, há uma importante mudança relativa ao


uso da Internet para fins de propaganda eleitoral, que promete modificar
radicalmente o marketing político na Internet, e em especial nas redes
sociais.

Ao longo da última década, a Internet vem ganhando cada vez mais


importância nas campanhas eleitorais. A cada nova eleição, a Justiça
Eleitoral amplia as possibilidades de uso de plataformas online para a
divulgação de candidatos, partidos e campanhas.

Com o fim das doações de pessoas jurídicas a candidatos, definido por


decisão do Supremo Tribunal Federal (ADI 4650) – ratificada pela Lei nº
13.165/2015 – e com a sempre crescente popularização das mídias sociais,
as campanhas online tendem a ser cada vez mais decisivas.

O Congresso Nacional, até mesmo diante da preocupação com a escassez de


recursos para campanhas, teve a sensibilidade de ampliar as
possibilidades de uso do marketing político nas mídias sociais para fins eleitorais,
com regras que já serão válidas nas próximas eleições.

Entre as regras para propaganda eleitoral na Internet em 2020, que já


foram aplicadas na campanha de 2018, destacamos as seguintes:

1 – Impulsionamento de conteúdo nas mídias sociais e outras plataformas


2 – Controle de gastos nas campanhas feitas pela Internet
3 – Proibição do uso de fakes e robôs
4 – Remoção de conteúdo nos meios digitais
5 – Direito de resposta

Vejamos então cada um destes itens para podermos adaptar as ações de


marketing político digital as novas regras.

Principais mudanças nas regras para propaganda eleitoral na Internet em


2020

Abaixo trazemos um resumo das principais alterações introduzidas na lei


eleitoral, no que diz respeito ao marketing político na Internet durante
o período eleitoral.
1 – Impulsionamento de conteúdo nas mídias sociais e outras plataformas

A mudança mais significativa nas regras para propaganda eleitoral na


Internet em 2020 do ponto de vista do marketing político digital, é sem
sombra de dúvida a possibilidade de impulsionamento de publicações.

A redação original do Artigo 57-C da Lei nº 9.504/1997, também conhecida


como Lei das Eleições, proibia qualquer forma de propaganda para na
Internet durante o período eleitoral.

Com a nova redação da lei, este tipo de propaganda passa a ser permitido
quando for utilizado com o único objetivo de impulsionar o alcance de
publicações.

Isso quer dizer que o conteúdo publicado oficialmente como propaganda


eleitoral, pode ser impulsionado, como no caso do Twitter, Facebook e
Instagram, através de pagamento, desde que este impulsionamento seja
contratado diretamente junto às plataformas de mídias sociais.

Outra novidade, é que além das formas tradicionais de impulsionamento de


conteúdos nas mídias sociais, a Lei Eleitoral estabelece, no §2º do
Artigo 26, que o pagamento feito a ferramentas de busca para ter
prioridade nos resultados é considerado impulsionamento.

Ou seja, fica portanto liberado o uso de mídia paga para impulsionar as


publicações em mídias sociais, e também para garantir posições de
destaque nas páginas de respostas dos grande buscadores, como o Google,
através de anúncios contratados no Google Ads.

A compra de palavras-chave nos buscadores passa a ser permitida durante


a campanha eleitoral, desde que respeitados os demais dispositivos
legais.

Ainda adaptando-se às novas regras e opções de propaganda eleitoral na


Internet, o §5º do Artigo 39 passa a incluir entre os crimes eleitorais
a publicidade online inserida ou o seu impulsionamento na data da
eleição.

A lei entretanto diz que podem permanecer online os impulsionamentos e


os conteúdos já contratados antes dessa data, o que diga-se de passagem,
é uma baita brecha.

Para ficar atento aos prazos, é importante que você conheça o calendário
eleitoral 2020, para não infringir nenhuma de suas diretrizes.

2 – Controle de gastos nas campanhas feitas pela Internet

Visando manter um certo controle sobre as contas de campanha,


principalmente aquelas veiculadas no ambiente online, a possibilidade de
impulsionamento de conteúdo eleitoral ficará restrita às campanhas
oficiais.
Além disso, a existência da prática de impulsionamento de conteúdos deve
ficar clara ao eleitor, como geralmente já acontece, quando as
plataformas de mídias sociais acrescentam a palavra “Patrocinado” à
publicação.

Por outro lado, a nova redação da Lei Eleitoral passa a incluir os


custos contratados com o impulsionamento de conteúdos dentre os gastos
eleitorais sujeitos a registro e aos limites legais.

A campanha é obrigada também a declarar à Justiça Eleitoral quais foram


as ferramentas que receberam recursos utilizados para o impulsionamento
de campanhas eleitorais na Internet, da mesma forma como é exigida de
outros canais e modalidades de marketing.

Outro item importante exposto nas novas regras para propaganda eleitoral
na Internet em 2020 é que a contratação deve ser feita,
obrigatoriamente, pela campanha ou seus responsáveis e diretamente junto
à ferramenta responsável pelo impulsionamento.

Além de todas estas questões, somente poderá ser contratado o serviço de


impulsionamento junto a empresas com sede e foro no Brasil, ou com
filial, sucursal, escritório, estabelecimento ou representante
legalmente estabelecido no país, como em outros casos referentes ao
marketing político online.

3 – Proibição do uso de fakes e robôs

A novas regras para propaganda eleitoral na Internet em 2020 também


trouxeram três importantes dispositivos para garantir a lealdade dentre
as campanhas eleitorais.

O primeiro deles é o combate aos já conhecidos perfis fake, ao proibir a


veiculação de conteúdos de cunho eleitoral por meio de cadastro em
serviços online com a intenção de falsear identidade.

As Fake News nas eleições municipais de 2020, serão certamente um grande problema,
como nas eleições passadas, mas o sistema eleitoral vem se aperfeiçoando
para combater este tipo de problema.

O outro é a restrição do impulsionamento de conteúdos eleitorais às


ferramentas disponibilizadas pelos provedores de aplicação diretamente
contratados.

Com isso, é vedado o uso de outros dispositivos ou programas, tais como


robôs, notoriamente conhecidos por distorcer a repercussão de conteúdo.

Por último, a Lei Eleitoral estabelece que o uso do recurso de


impulsionamento somente pode ser utilizado com a finalidade de promoção
ou benefício dos próprios candidatos ou suas agremiações.

Na prática, fica proibido, portanto, o uso de impulsionamento para


campanhas que visem somente denegrir a imagem de outros candidatos, na
estratégia que ficou conhecida entre os profissionais de marketing como
“desconstrução de candidatura”, tão usada nas eleições passadas nos
meios digitais.

4 – Remoção de conteúdo nos meios digitais

Os provedores de aplicações na internet que disponibilizarem o recurso


de impulsionamento pago de conteúdo serão obrigados a ter um canal de
comunicação com seus usuários.

Por outro lado, a responsabilidade por danos causados pelo conteúdo


impulsionado somente pode ser atribuída aos provedores se deixarem de
tornar indisponível conteúdo que tenha sido apontado como infringente
pela Justiça Eleitoral no prazo por ela determinado, respeitados os
limites técnicos do serviço.

A multa pela prática de propaganda na internet em desacordo com a lei é


de R$ 5.000,00 a R$ 30.000,00, ou o dobro do valor despendido na
infração, caso este supere o limite máximo da multa.

Estão sujeitos a ela o responsável pelo conteúdo e, também, o


beneficiário da infração, caso tenha conhecimento comprovado da
violação.

Conforme o parágrafo anterior, o provedor de aplicações somente estará


sujeito a multa em caso de descumprimento de ordem judicial de
indisponibilização de conteúdo.

5 – Direito de resposta

No caso do direito de resposta, a nova redação da lei manteve o


princípio de que a repercussão do direito de resposta deve servir-se dos
mesmos meios utilizados para divulgar o conteúdo infringente.

Segundo este princípio, as novas regras para a propaganda eleitoral na


Internet em 2020, estabelecem que o direito de resposta deverá adotar o
mesmo impulsionamento usado no conteúdo infringente.

Já a suspensão de acesso ao conteúdo informativo dos sites e blogs que


deixarem de cumprir as disposições da lei, antes de 24 horas, passa a
ser de no máximo 24 horas, a ser definida proporcionalmente à gravidade
da infração cometida, no âmbito e nos limites técnicos de cada
aplicação.

Conclusão

No que diz respeito à propaganda eleitoral na Internet, a reforma


eleitoral mostrou-se preocupada em reconhecer a inevitável e crescente
migração das campanhas para o ambiente online.

O marketing político digital nas eleições de 2020 ficará mais adequado


ao atual momento tecnológico e por isso, acreditamos que as movas regras
para propaganda eleitoral na Internet em 2020 irão enriquecer o debate
público.

A maioria dos candidatos lançam mão das redes sociais para criarem
pontos de contato e relacionamento com os eleitores e seria
contraditório restringir o uso destes canais, ou de alguma forma
prejudicar o alcance das campanhas, justamente durante o período
eleitoral.

A lei estabelece que o Tribunal Superior Eleitoral irá regulamentar a


propaganda na Internet, de acordo com o cenário e as ferramentas
tecnológicas existentes, além de formular e divulgar regras de boas
práticas nesse ambiente.

Dessa forma, a Justiça Eleitoral poderá manter legislação sobre propaganda política
na Internet sempre atualizada, independente dos novos mecanismos online que
venham a ser criados.

Portanto, as normas eleitorais já aplicáveis às eleições de 2020 na Internet


trazem um indiscutível avanço ao permitir o uso benéfico de mídias
sociais para informar o eleitor acerca das suas possibilidades de
exercício do direito de voto, ajudando a consolidar a democracia no
país.
Marketing político em mídias sociais
A ideia da utilização de ações de marketing político nas mídias
sociais já está nos projetos de vários candidatos este ano, mas a
pergunta é: Será que candidatos e equipes de campanha estão preparados
para enfrentar o desafio das mídias sociais?

Se levarmos em consideração o que vimos nas últimas eleições, podemos


dizer que ainda não. Parece que os candidatos entenderam que marketing
eleitoral nas mídias sociais seria apenas uma questão de jogar para o
formato digital, peças criadas para o marketing político convencional, o
que certamente não é o caminho.

A implementação de uma campanha política nas mídias sociais, na verdade


é o segundo passo de uma decisão anterior, a de ter uma presença digital
séria e bem estruturada. O uso das mídias sociais em uma campanha
eleitoral é uma complementação de outras ações de presença digital como,
por exemplo, a criação de um site ou blog onde o candidato possa
apresentar seu perfil detalhado, ideias, propostas e programa de
governo.

Em nosso curso de marketing político nas mídias sociais, sempre citamos a importância da


integração das ações nessas mídias com outras ações da campanha visando
a criação de uma sinergia entre as diversas ações.

A base do marketing político nas mídias sociais

O marketing político nas mídias sociais parte do pressuposto da criação


de um relacionamento mais próximo entre o candidato e seu eleitorado, já
que é essencialmente, marketing de relacionamento.

É essa a ideia das redes sociais, criar um canal rápido, fácil e barato


para que o candidato possa dialogar com os eleitores e eles com os
candidatos.

É essa última parte que faz toda a diferença nas campanhas de marketing
eleitoral nas mídias sociais; o retorno do candidato para os eleitores e
o uso desse feedback como base para o refinamento de propostas de
campanha.

O uso das mídias sociais em uma campanha eleitoral nas mídias sociais só


faz sentido se houver plena consciência por parte do candidato e sua
equipe, que questionamentos nesse canal precisam ser respondidos, ou
seja, é vital que haja interação entre as duas partes. O eleitor digital exige
uma resposta para seus questionamentos e o silêncio por parte do
candidato é um sinal imediato de desrespeito com esse eleitor.

Interações com os eleitores através dos canais de mídias sociais são uma
fonte interminável de sugestões e novos pontos de vista que
retroalimentam a campanha de marketing eleitoral. É através delas que o
candidato e sua equipe conseguem ter uma visão mais clara dos
sentimentos e anseios da população e quais propostas são simpáticas ou
não ao eleitorado.
O marketing político nas mídias sociais é um termômetro da campanha
fornecendo o melhor retorno que você poderia conseguir.

O marketing político nas mídias sociais parte de dois posicionamentos


básicos em relação à audiência nas redes sociais:

Interação com o eleitor – A troca de informações e opiniões entre


candidato e eleitores sobre as questões do dia a dia. A construção
colaborativa e em tempo real de propostas de governo através da
participação dos eleitores através dos diversos canais digitais.

Engajamento da audiência – O engajamento se reflete através da


participação dos participantes da mídia social como repassadores das
mensagens de campanha. A criação e consolidação de uma militância
digital capaz de multiplicar o público impactado pelas mensagens
enviadas e defender os elementos da proposta de governo.

Sem estes elementos a campanha de marketing político nas mídias sociais


não fará o mínimo sentido já que em primeiro lugar, não terá caráter
elucidativo e em segundo lugar não resultará em nenhum acréscimo de
valor à proposta inicial.

A importância das mídias sociais no marketing político eleitoral

Não se iluda; ter um perfil em uma rede social não vai garantir a


eleição de ninguém. O que realmente elege um candidato é uma ação de
marketing digital planejada e estritamente sincronizada com outras ações da
campanha, inclusive as do marketing convencional.

Planejamento estratégico digital em campanhas eleitorais


O planejamento estratégico digital da campanha de Barack Obama
impressiona pela sequencia bem dosada das ações que proporciona
oportunidades de engajamento a todo o momento fazendo dela não apenas
uma campanha de divulgação, mas também um movimento de participação
político eleitoral. O slogan Are You In? transcende a mensagem e provoca
uma verdadeira convocação do eleitor a participar de forma ativa no
processo de conquista eleitoral.

Fica claro para os profissionais de marketing político digital o cuidado com o


planejamento estratégico da campanha eleitoral à medida que cada ação
de marketing político se encaixa perfeitamente em uma sequencia lógica
de apelo ao engajamento. Os marqueteiros de Barack Obama não querem apenas
o voto do eleitor, mas também sua participação como cabos eleitorais do
atual presidente.
Em cada detalhe evidências do planejamento estratégico digital

Por um dever de ofício, acompanho e participo da campanha eleitoral


de Barack Obama e tenho percebido o grau de coordenação das ações de
marketing de sua equipe. Cada email que recebo e outras ações que visam
criar um contato direto e pessoal com o eleitor, denotam uma integração
total com o planejamento macro da campanha. Isso é planejamento
estratégico digital em uma campanha de marketing político.

Além do uso magistral das mídias sociais e todos os recursos e


oportunidades que elas oferecem em a uma campanha de marketing político eleitoral,
percebe-se a prefeita integração das diversas outras armas que compõem o
arsenal do marketing digital como e-mail marketing perfeitamente
alinhado com o momento da campanha, auto responders e outras formas de
ação que mostram claramente que não existe iniciativa isolada ou que não
tenha sido meticulosamente elaborada.

Já sei que alguns puristas do marketing digital vão me atirar pedras por
estar elogiando o uso robôs para responder a algumas interações dos
eleitores, mas depois que eles pensarem bem, concordarão que em
uma campanha política envolvendo milhões de eleitores, não existe outra
forma. É justamente ai que entra o planejamento estratégico digital na
campanha. Como utilizar sistemas automáticos de relacionamento digital
eleitoral sem perder o toque de relacionamento pessoal tão necessário a
uma campanha de marketing político eleitoral na Internet.

Situando o planejamento estratégico digital na campanha eleitoral

Marketing político digital exige planejamento, estratégia e antecipação.


Não adianta chegar a dois meses da eleição e ai sim querer criar uma
presença digital para aproveitar uma parcela do eleitorado que só cresce
no Brasil. A candidatura que enveredar por este caminho, certamente
estará fadada ao fracasso. Não é por acaso que colocamos a questão do
planejamento estratégico digital em destaque no início do nosso curso de
marketing político digital. Sem ele, o resto não faz o mínimo sentido.

Por isso, #FicaaDica, antes de pensar em criar um blog para o candidato,


um perfil no Twitter ou uma página no Facebook, dedique seu tempo ao
planejamento estratégico digital da campanha, porque é ele que ganhará a
eleição.
Fake News nas eleições municipais de 2020
Já existe uma série de questionamentos em torno das Fake News nas
eleições municipais de 2020, que ao que tudo indica, será um dos maiores
desafios a serem enfrentados.

A divulgação de conteúdos falsos nas redes sociais e outros canais


digitais nas disputas municipais de 2020 vem preocupando especialistas
no assunto em diversos setores.

Esta questão foi objeto do debate no seminário Internet, Desinformação e


Democracia, promovido pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil.

Durante o evento foram discutidas propostas para o enfrentamento das


fake News nas eleições municipais de 2020 nas plataformas digitais.

A advogada e integrante do CGI, Flávia Lefévre, manifestou preocupação


com o poder das plataformas e com a capacidade econômica em escala
mundial.

Ela destacou que a minirreforma eleitoral restringiu a propaganda paga


na internet apenas a grandes plataformas, especialmente Facebook e
Google.

A especialista defendeu a necessidade de criação de mecanismos que


diminuam a influência do peso econômico nas redes, uma vez que
candidatos com mais recursos passaram a ter mais chances de veicular
anúncios nas plataformas.

Violações das regras eleitorais

O ex-ministro do Tribunal Superior, Eleitoral, Henrique Neves, destacou


a complexidade de tratamento das Fake News nas eleições de 2020.

Ele lembrou que a análise de violações na propaganda eleitoral será


feita por 2.800 juízes das zonas eleitorais responsáveis pelas disputas
municipais nas diferentes regiões do país.
O total de candidatos, estimou Neves, em função das mudanças nas
eleições para vereador em 2020, deve passar dos 500 mil em todo o
Brasil.

“A eleição municipal é muito mais complicada de ser feita do que a


nacional. Você vai ter um universo menor, municípios com 20 mil pessoas,
onde uma Fale News pode se espalhar mais rapidamente. É importante uma
qualificação para que os juízes, Ministério Público e advogados saibam
lidar com o problema”, afirmou.

Facebook e as Fake News

Outra preocupação em relação às Fake News nas eleições municipais de


2020 vem do uso do Facebook para a disseminação de notícias falsas sobre
os candidatos.

Marcos Tourinho, diretor de políticas do Facebook para eleições na


América Latina, apresentou as iniciativas da empresa para “garantir a
integridade das disputas eleitorais”, como têm sido implantadas em
pleitos nos últimos anos e que serão adotadas em eleições deste ano,
como na Argentina e na Bolívia.

Tourinho explicou que em função da importância do marketing político no Facebook,


a empresa empreende ações para reduzir contas falsas e o alcance de
notícias identificadas como falsas por checadores no newsfeed.

A empresa também e disponibiliza informações sobre anúncios políticos,


como a exigência de confirmação de identidade, a disponibilização de
quem pagou e que segmentos populacionais receberam as peças.

Foram atacados os incentivos financeiros para atores maliciosos,


reduzindo o alcance de publicações que visam atrair usuários para sites
com anúncios e mantendo centros de monitoramento para dar respostas a
mensagens enganosas, de acordo com o diretor.
Questionado, disse que a empresa não aprovou nenhuma nova medida para as
eleições de 2020 no Brasil e que será feito um esforço em torno da
diversidade e fragmentação do pleito.

WhatsApp no marketing político eleitoral

Um canal digital que também preocupa bastante em relação à disseminação


de Fake News nas eleições municipais de 2020 é o WhatsApp.

João Brant, pesquisador do Observatório Latino Americano de Regulação,


Meios e Convergência, observou que o combate à desinformação nas
eleições de 2020 passa pelo enfrentamento do problema no WhatsApp.

O marketing político no WhatsApp se tornou uma realidade nas eleições de


2018 e apesar de ser uma rede social de mensagens privadas, permite a
difusão em massa de informações, como nos grupos de até 256 integrantes,
de forma obscura e utilizando o anonimato, “enterrando o debate
político”.

Para evitar o uso a plataforma nas próximas eleições, o pesquisador


defendeu uma série de medidas.

“Em 2020, vamos ver o problema de 2018 em 5.500 municípios. As


plataformas têm responsabilidade e têm que atuar, garantindo
transparência. É preciso, por exemplo, mudar o padrão de autoria no
Whatsapp, viabilizar a identificação de responsáveis por mensagens que
violem os códigos Penal e Civil e constranger práticas reincidentes de
desinformação.”

Desinformação é mais danosa que as Fake News

A professora Madeleine de Cock Buning, diretora do grupo de


especialistas em desinformação da Comissão Europeia, ressaltou que não
há apenas uma solução que dê conta do problema.
“Não há bala de prata. É um problema com várias faces. E tem que ter uma
solução multidimensional. O nosso trabalho é definir o escopo do
problema e formular recomendações”, disse.

O uso do termo desinformação, segundo a professora, é mais preciso do


que Fake News, nome apropriado por alguns políticos e seus apoiadores
para desvalorizar notícias que os desagradam. “Nosso trabalho é definir
o escopo do problema e formular recomendações”, afirmou.

O documento elaborado pelo grupo da União Europeia indica que a


desinformação não será combatida se não houver um ambiente plural e
diverso, com diferentes fontes de informação disponíveis aos cidadãos.

A promoção passa pelo empoderamento, tanto dos jornalistas e veículos


profissionais de notícias, quanto dos próprios usuários. Iniciativas de
formação – “alfabetização midiática” – fundamentais para que as pessoas
tenham uma postura mais crítica, não acreditem ou não repassem as
mensagens automaticamente.

Ainda para Madeleine, a disseminação de notícias falsas está vinculada à


desconfiança no conjunto das instituições, gerando um desinteresse no
que elas apresentam como verdade.

“Em muitos casos, pessoas preferem acreditar naquilo que confirma suas
opiniões, evitando posições críticas”, completou a especialista.

Todo este cuidado em relação às Fake News nas eleições municipais de


2020 faz sentido, já que o uso deste expediente vem ganhando proporções
mundiais, e infelizmente ainda temos muitos candidatos e grupos de apoio
que se valem dele.

Resguardada a liberdade de expressão, o fato é que no ano passado, as


notícias falsas nas eleições ocuparam lugar de destaque em toda a
imprensa, chamando inclusive atenção do Tribunal Superior Eleitoral –
TSE, que organizou diversos grupos para tentar fazer com que o direito
eleitoral fosse respeitado.
Recentemente o TSE lançou um vídeo muito interessante sobre o combate a
desinformação nas eleições de 2020 que vale a pena divulgar.

Temos certeza que, infelizmente e apesar dos esforços da justiça


eleitoral, este ainda será um assunto recorrente na nossa seção Eleições
Municipais 2020 na Internet nos próximos meses.

A questão das Fake News nas eleições municipais de 2020 ainda vai dar
muito o que falar e você pode acompanhar o desenrolar deste tema,
assinando a nossa Newsletter.

Legislação sobre propaganda política na Internet

Conhecer a legislação sobre propaganda política na Internet é o primeiro


passo para qualquer pessoa ou partido que deseje criar uma campanha de
marketing político online.

As campanhas de marketing político na Internet, desde a edição da lei


9.504, de 30 de setembro de 1997, conhecida como a Lei das Eleições,
possui regras próprias.

Principais itens da legislação sobre propaganda política na Internet

Abaixo reproduzimos os principais artigo da legislação sobre propaganda


política na internet divulgada pelo TSE em seu capítulo sobre Propaganda
na Internet.

Art. 57-A – É permitida a propaganda eleitoral na internet, nos termos


desta Lei, após o dia 15 de agosto do ano da eleição.
Art. 57-B – A propaganda eleitoral na internet poderá ser realizada nas
seguintes formas:

I – em sítio do candidato, com endereço eletrônico comunicado à Justiça


Eleitoral e hospedado, direta ou indiretamente, em provedor de serviço
de internet estabelecido no País;

II – em sítio do partido ou da coligação, com endereço eletrônico


comunicado à Justiça Eleitoral e hospedado, direta ou indiretamente, em
provedor de serviço de internet estabelecido no País;

III – por meio de mensagem eletrônica para endereços cadastrados


gratuitamente pelo candidato, partido ou coligação;

IV – por meio de blogs, redes sociais, sítios de mensagens instantâneas


e aplicações de internet assemelhadas cujo conteúdo seja gerado ou
editado por:

1.a) candidatos, partidos ou coligações; ou

2.b) qualquer pessoa natural, desde que não contrate


impulsionamento de conteúdos.

1o Os endereços eletrônicos das aplicações de que trata este


artigo, salvo aqueles de iniciativa de pessoa natural, deverão
ser comunicados à Justiça Eleitoral, podendo ser mantidos durante
todo o pleito eleitoral os mesmos endereços eletrônicos em uso
antes do início da propaganda eleitoral.

2o Não é admitida a veiculação de conteúdos de cunho eleitoral


mediante cadastro de usuário de aplicação de internet com a
intenção de falsear identidade.

3o É vedada a utilização de impulsionamento de conteúdos e


ferramentas digitais não disponibilizadas pelo provedor da
aplicação de internet, ainda que gratuitas, para alterar o teor
ou a repercussão de propaganda eleitoral, tanto próprios quanto
de terceiros.

4o O provedor de aplicação de internet que possibilite o


impulsionamento pago de conteúdos deverá contar com canal de
comunicação com seus usuários e somente poderá ser
responsabilizado por danos decorrentes do conteúdo impulsionado
se, após ordem judicial específica, não tomar as providências
para, no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço e dentro do
prazo assinalado, tornar indisponível o conteúdo apontado como
infringente pela Justiça Eleitoral.

5o A violação do disposto neste artigo sujeita o usuário


responsável pelo conteúdo e, quando comprovado seu prévio
conhecimento, o beneficiário, à multa no valor de R$ 5.000,00
(cinco mil reais) a R$ 30.000,00 (trinta mil reais) ou em valor
equivalente ao dobro da quantia despendida, se esse cálculo
superar o limite máximo da multa.

Art. 57-C – É vedada a veiculação de qualquer tipo de propaganda


eleitoral paga na internet, excetuado o impulsionamento de conteúdos,
desde que identificado de forma inequívoca como tal e contratado
exclusivamente por partidos, coligações e candidatos e seus
representantes.

1o É vedada, ainda que gratuitamente, a veiculação de propaganda


eleitoral na internet, em sítios:

I – de pessoas jurídicas, com ou sem fins lucrativos;

II – oficiais ou hospedados por órgãos ou entidades da administração


pública direta ou indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios.

2o A violação do disposto neste artigo sujeita o responsável


pela divulgação da propaganda ou pelo impulsionamento de
conteúdos e, quando comprovado seu prévio conhecimento, o
beneficiário, à multa no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a
R$ 30.000,00 (trinta mil reais) ou em valor equivalente ao dobro
da quantia despendida, se esse cálculo superar o limite máximo da
multa.

3o O  impulsionamento de que trata o caput deste artigo deverá


ser contratado diretamente com provedor da aplicação de internet
com sede e foro no País, ou de sua filial, sucursal, escritório,
estabelecimento ou representante legalmente estabelecido no País
e apenas com o fim de promover ou beneficiar candidatos ou suas
agremiações.

Art. 57-D – É livre a manifestação do pensamento, vedado o anonimato


durante a campanha eleitoral, por meio da rede mundial de computadores –
internet, assegurado o direito de resposta, nos termos das
alíneas a, b e c do inciso IV do § 3o do art. 58 e do 58-A, e por outros
meios de comunicação interpessoal mediante mensagem eletrônica.

1o Vetado

2o A violação do disposto neste artigo sujeitará o responsável


pela divulgação da propaganda e, quando comprovado seu prévio
conhecimento, o beneficiário à multa no valor de R$ 5.000,00
(cinco mil reais) a R$ 30.000,00 (trinta mil reais).

3oSem prejuízo das sanções civis e criminais aplicáveis ao


responsável, a Justiça Eleitoral poderá determinar, por
solicitação do ofendido, a retirada de publicações que contenham
agressões ou ataques a candidatos em sítios da internet,
inclusive redes sociais.

Art. 57-E – São vedadas às pessoas relacionadas no art. 24 a utilização,


doação ou cessão de cadastro eletrônico de seus clientes, em favor de
candidatos, partidos ou coligações.

1o É proibida a venda de cadastro de endereços eletrônicos.


2o A violação do disposto neste artigo sujeita o responsável
pela divulgação da propaganda e, quando comprovado seu prévio
conhecimento, o beneficiário à multa no valor de R$ 5.000,00
(cinco mil reais) a R$ 30.000,00 (trinta mil reais).

Art. 57-F – Aplicam-se ao provedor de conteúdo e de serviços multimídia


que hospeda a divulgação da propaganda eleitoral de candidato, de
partido ou de coligação as penalidades previstas nesta Lei, se, no prazo
determinado pela Justiça Eleitoral, contado a partir da notificação de
decisão sobre a existência de propaganda irregular, não tomar
providências para a cessação dessa divulgação.

Parágrafo único.  O provedor de conteúdo ou de serviços multimídia só


será considerado responsável pela divulgação da propaganda se a
publicação do material for comprovadamente de seu prévio conhecimento.

Art. 57-G – As mensagens eletrônicas enviadas por candidato, partido ou


coligação, por qualquer meio, deverão dispor de mecanismo que permita
seu descadastramento pelo destinatário, obrigado o remetente a
providenciá-lo no prazo de quarenta e oito horas.

Parágrafo único.  Mensagens eletrônicas enviadas após o término do prazo


previsto no caput sujeitam os responsáveis ao pagamento de multa no
valor de R$ 100,00 (cem reais), por mensagem.

Art. 57-H – Sem prejuízo das demais sanções legais cabíveis, será
punido, com multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 30.000,00
(trinta mil reais), quem realizar propaganda eleitoral na internet,
atribuindo indevidamente sua autoria a terceiro, inclusive a candidato,
partido ou coligação.

1oConstitui crime a contratação direta ou indireta de grupo de


pessoas com a finalidade específica de emitir mensagens ou
comentários na internet para ofender a honra ou denegrir a imagem
de candidato, partido ou coligação, punível com detenção de 2
(dois) a 4 (quatro) anos e multa de R$ 15.000,00 (quinze mil
reais) a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).
2oIgualmente incorrem em crime, punível com detenção de 6 (seis)
meses a 1 (um) ano, com alternativa de prestação de serviços à
comunidade pelo mesmo período, e multa de R$ 5.000,00 (cinco mil
reais) a R$ 30.000,00 (trinta mil reais), as pessoas contratadas
na forma do § 1o.

Art. 57-I – A requerimento de candidato, partido ou coligação, observado


o rito previsto no art. 96 desta Lei, a Justiça Eleitoral poderá
determinar, no âmbito e nos limites técnicos de cada aplicação de
internet, a suspensão do acesso a todo conteúdo veiculado que deixar de
cumprir as disposições desta Lei, devendo o número de horas de suspensão
ser definida proporcionalmente à gravidade da infração cometida em cada
caso, observado o limite máximo de vinte e quatro horas.

1o A cada reiteração de conduta, será duplicado o período de


suspensão.

2o No período de suspensão a que se refere este artigo, a


empresa informará, a todos os usuários que tentarem acessar seus
serviços, que se encontra temporariamente inoperante por
desobediência à legislação eleitoral.

Art. 57-J – O Tribunal Superior Eleitoral regulamentará o disposto nos


arts. 57-A a 57-I desta Lei de acordo com o cenário e as ferramentas
tecnológicas existentes em cada momento eleitoral e promoverá, para os
veículos, partidos e demais entidades interessadas, a formulação e a
ampla divulgação de regras de boas práticas relativas a campanhas
eleitorais na internet.

A importância de entender a legislação sobre propaganda política na

Internet

Entender cada item desta lei é importante, pois é necessário adequar as


ações de marketing às regras eleitorais. Por isso, em nosso Curso de
Marketing Político nas Redes Sociais, fizemos questão de dedicar um módulo inteiro
a esta questão.
Caso você deseje se aprofundar nas questões legais e outros pontos que
envolvem legislação sobre propaganda política na Internet, basta que
você acesse aqui no site, a nossa seção de Legislação.

Conhecendo a legislação sobre propaganda política na Internet você não


correrá o risco de infringi-la, mesmo que não intencionalmente, e
comprometer todos os seus esforços de marketing político digital.
Mantenha-se em dia assinando a nossa Newsletter.

Planejamento da campanha de marketing político digital

A etapa do planejamento da campanha de marketing político digital é uma


das mais críticas para o sucesso de uma presença digital nas próximas
eleições em 2020.

Da mesma forma que uma campanha de marketing no ambiente físico precisa


ser detalhadamente planejada planejada, em se tratando de marketing
político na Internet, a coisa também funciona na base do método e
planejamento estratégico antecipado.

Embora não se possa ter um mapa bem definido das coligações e outros
arranjos políticos, em termos de definição de estratégias de marketing
político digital, podemos sim deixar a estratégia, ferramentas e pessoal
preparados para quando estiver tudo acertado.
Se o candidato já tem um site, o Google Analytics certamente será uma
fonte quase inesgotável de informações sobre o eleitorado na campanha
anterior e suas tendências atuais.

Se nosso político 2.0 está entrando em cena agora, ainda há tempo de


gerar alguns dados estatísticos antes do início da batalha.

Planejamento da campanha de marketing político digital

Vamos então ver o que já  podemos fazer em termos de planejamento da campanha
de marketing político digital para não sermos pressionados pelos fatos e perdermos
a chance de nos preparar adequadamente.

Busque pessoal capacitado

O marketing político digital é coisa séria e por isso, é preciso ter gente qualificada
a frente da campanha. São duas as opções, formar gente da própria equipe
ou terceirizar o serviço. Nos dois casos é preciso pensar nisso desde
já.

A qualificação em marketing digital, neste caso é essencial. No marketing moderno


não há mais espaço para amadores e curiosos. Infelizmente, o que vemos é
muita gente se fantasiando de “digital” e agindo como se estivesse em
uma esquina distribuindo panfletos.

Prepare as ferramentas de base

Algumas ferramentas básicas como o site do candidato e seu blog, podem


ser desenhadas desde já para que possa ser bem estruturado e tenha tempo
para ajustes, que se façam necessários.

A importância do blog no marketing político digital é inquestionável,


por isso, olhe com carinho para essa área.
Minha indicação é que o site e blog sejam feitos na plataforma WordPress
para facilitar a manutenção e ser de fácil atualização. Um detalhe
importante é ficar atento para uma template responsiva para não ter
problemas com os smartphones e tablets.

Planejamento da campanha de marketing político digital

Projeto de SEO da campanha

Outra coisa que deve ser feita com muita antecedência é o trabalho
de SEO no marketing político. Por definição, o processo de otimização de sites
já é um processo demorado e por isso deve ser iniciado logo nos
primeiros momentos de campanha.

Como pela Lei 9.504 é vedado o uso de mídia paga no marketing político


digital, entre outras limitações, para ser encontrado no Google, só
mesmo com um bom trabalho de SEO no site e blog da campanha.

Elabore um calendário editorial

A campanha eleitoral de 2020 pode estar longe, mas isso não impede que
você comece a preparar um calendário editorial de acordo com o
calendário eleitoral, de forma a alinhar a pauta aos momentos de
campanha.

Crie também uma rotina editorial para que a equipe tenha metas de
atualização conhecidas previamente, evitando assim atropelos na criação
de conteúdo e consequentemente, material pobre em sua essência.

Produção de conteúdo

Outro trabalho que deve começar desde cedo. Conteúdo é tudo em termos de
redes sociais e ferramentas de busca. Mesmo sem dados concretos para
trabalhar, já é possível montar pelo menos esboços de publicações para
apoio à campanha.

Postagens para blogs e mensagens de mobilização e divulgação no Twitter


e Facebook também podem ser planejados desde já para dar mais dinâmica
na hora do “vamos ver” eleitoral. Não se esqueça de criar também
um protocolo de SEO para garantir visibilidade no Google e outros
buscadores.

Produção de aplicativos

O uso de aplicativos para redes sociais deve ser uma das principais
tendências das campanhas de 2020 em função da popularização dos
smartphone e outros dispositivos móveis. Portanto, essa é outra arma a
ser definida desde já, principalmente porque o mercado esta carente de
profissionais de desenvolvimento, o que pode atrasar sua criação.

Se faltarem dados de identificação visual como definição de partido e


número, não tem problema. Estes itens podem ser rápido e facilmente
incorporados quando houver uma definição.

Aprendizado das ferramentas

Na área de mídias sociais, por exemplo, existe muito a ser feito em


termos de conhecimento de ferramentas digitais. É preciso ter gente
capacitada em mídias sociais e também com intimidade com as ferramentas
com as quais vão trabalhar.

No caso do monitoramento de mídias sociais, é importante que a equipe


esteja familiarizada com o funcionamento e recursos oferecidos pelo
sistema que será adotado.

Como você vê, a preparação de uma campanha de marketing político digital


é cheia de detalhes, portanto, antecipe-se e aumente suas chances.
O planejamento da campanha de marketing político digital é fundamental
para o sucesso de uma candidatura. Mantenha-se atualizado assinando o
nosso Boletim Informativo.

A vez do marketing digital eleitoral

Não há como negar que o marketing digital eleitoral é uma realidade na


política no mundo todo.

No Brasil isso ganha ainda mais importância em função da popularização


do acesso à Internet e o uso das redes sociais como forma de pesquisa e
troca de opiniões.

O marketing político passa por um momento de mudanças radicais e é


imprescindível que políticos e coordenadores de campanhas eleitorais
tomem consciência das consequências dessas mudanças em termos
de marketing político digital.

Nas eleições de 2018 o TSE já deixou claras as regras para o marketing


digital eleitoral, agora cabe aos candidatos e suas equipes se
estruturarem para a disputa no ambiente online

A realidade do marketing digital eleitoral

Uma campanha de marketing político moderna não pode ignorar ao mais de


80 milhões de internautas no Brasil. É um contingente eleitoral que faz
muita diferença seja para uma para uma campanha eleitoral majoritária ou
proporcional.

Em nosso curso de marketing político digital chamamos atenção para o potencial dessa


fatia da população que encontra da Internet a respostas para as dúvidas
na hora de votar.

Pesquisas apontam que mais de 45% do eleitorado chega no dia da eleição


sem ter uma definição de voto.

É exatamente nesse cenário que, em um trabalho final de convencimento, o


marketing digital eleitoral se faz presente para esclarecer e orientar o
eleitor, tendo como canal principal as mídias sociais.

Redes sociais dominantes no Brasil como Facebook, Twitter e até mesmo o


Instagram se tornaram referências na hora de votar, formando opiniões e
apontando os problemas que afetam o dia a dia do eleitor e por isso
passaram a fazer parte do ferramental do marketing político digital.

Em função disso, se torna obrigatório em uma campanha de marketing


digital eleitoral uma forte atuação nas mídias sociais para que os
candidatos possam levar ao publico suas plataformas, ideias,
posicionamentos e realizações.

O marketing político digital passou a fazer parte de qualquer campanha


eleitoral moderna.

O eleitor e a Internet

O próprio eleitor mudou. Ele não espera por informações da forma passiva
que assumia antigamente.

Atualmente o eleitorado busca na Internet a informação que precisa, e se


o candidato não tem uma estratégia de marketing político na Internet ele
simplesmente se coloca de fora do leque de opções.
Esse é um cenário novo com o qual as campanhas de marketing
eleitoral devem se preocupar e se preparar caso não queiram amargar o
sabor da derrota nas urnas.

O grande desafio das campanhas de marketing digital eleitoral é entender


esse novo eleitor e montar mecanismos que vão ao encontro dessa
necessidade de informações.

O posicionamento dos candidatos na Internet deverá ser adaptado para


essa nova mídia, que antes de tudo deve ser entendida pelos
coordenadores de campanha, pois é um ambiente bastante diferente do
encontrado nas campanhas de marketing político tradicionais.

O novo eleitor trata o marketing político eleitoral de forma seletiva.


Ele busca conteúdo que seja realmente relevante para sua decisão de voto
em qualquer campanha de marketing eleitoral na Internet.

O desafio do marketing digital eleitoral nas novas mídias

Criar uma campanha de marketing digital eleitoral não é mais uma opção e


sim uma imposição do eleitorado.

Para ser eficiente esta ação precisa de planejamento estratégico digital


e execução feita por profissionais gabaritados com pleno conhecimento
das ferramentas disponíveis no web marketing atual.

Não adianta juntar uma monte de peças do marketing convencional,


digitalizar tudo e depois chamar isso de campanha de “marketing digital
eleitoral”. Isso simplesmente é uma colcha de retalhos.

Uma verdadeira campanha de marketing digital eleitoral envolve pesquisa


do público-alvo, planejamento de mídia, cronograma e mensuração de
resultados. Improvisos? Nem pensar.

Os candidatos e coordenadores de campanhas nas eleições de 2020 deverão


se preparar para apresentar de forma clara suas propostas nos diversos
canais da Internet e principalmente, interagir diretamente com seus
eleitores, o que não estão muito acostumados.

Tentar usar a Web como um mero palanque eleitoral digital, sem criar
laços verdadeiros com o eleitorado não é ter uma campanha de marketing
digital eleitoral. Mantenha-se atualizado assinando a nossa Newsletter.

Qual a diferença entre marketing político e marketing


eleitoral

Não saber a diferença entre o marketing político e marketing


eleitoral tem custado a muita gente valiosos votos que podem decidir uma
eleição.

Além disso, ignorar a diferença entre estes dois conceitos também


aumenta sensivelmente o custo das campanhas.

Não estamos falando apenas de uma questão de nomenclatura. A diferença


entre marketing político e marketing eleitoral envolve questões como
estratégia, conteúdo e muito mais.

Por isso, vamos discutir neste artigo as características de cada uma


dessas dimensões do marketing voltado para ações políticas.

O que é Marketing Político?

Para deixarmos bem claro qual a diferença entre marketing político e


marketing eleitoral, vamos começar por definir o primeiro.
O Marketing Político, ou marketing de governança, como também é
conhecido, é composto por um conjunto de ações que visam divulgar as
ações de um detentor de cargo eletivo durante a duração do seu mandato.

O Marketing Político é composto de ações permanentes com o objetivo de


criar junto ao público, uma imagem que será usada tanto em futuras
disputas eleitorais, como também em situações em que o apoio popular é
necessário para se atingir um determinado objetivo político ou social,
como na propositura de novas leis ou reforma da legislação existente,
por exemplo.

Marketing político é o segmento específico dentro da comunicação


mercadológica voltada para o ambiente político e ou eleitoral, que visa
estreitar a relação de expectativa de um determinado grupo de pessoas em
relação às questões que envolvem seu cotidiano e a materialização da
mesma em um candidato, um governo, um partido ou um grupo político.
– Wikipédia

O Marketing Político é uma estratégia de longo prazo, que tem como objetivo
principal a criação e divulgação de uma marca pessoal que será a base
das futuras ações.

A função desta estratégia apresentar realizações e propostas, além de


adequar o detentor de cargo eletivo ou postulante, ao seu eleitorado em
potencial, conquistando mais votas para a sua base.

O objetivo em um primeiro momento compatibilizar o discursos com os


anseios do eleitorado e tornar a pessoa conhecida de um número cada vez
maior de eleitores na sua área de influência, de forma a conquistar o
apoio destes eleitores para sua ações políticas e eleitorais.

O marketing político precisa ser contínuo e por isso, principalmente nos


dias de hoje, quando a informação domina a sociedade, é preciso ter uma
equipe constantemente cuidando desse aspecto da vida pública.

Entre os objetivos e características do marketing político, devemos


ressaltar:
Criação de uma imagem, um trabalho de branding do detentor de
cargo político, suas propostas e realizações;

Comunicação contínua com os eleitores de forma a reforçar laços


e conquistar novos simpatizantes para campanhas eleitorais
futuras;

Uma estratégia de longo prazo que ao longo do seu


desenvolvimento ajuda a entender melhor o eleitorado.

Aqui se percebe nitidamente a diferença entre uma estratégia de


marketing político e o marketing eleitoral. O marketing político é
contínuo, enquanto o marketing eleitoral é focado em um determinado
espaço de tempo.

O que é Marketing Eleitoral

O Marketing Eleitoral, diferentemente do marketing político puro e


simples, tem como foco, única e exclusivamente as ações de comunicação e
divulgação voltadas para um determinado pleito.

É uma estratégia de curto prazo e objetivo muito bem definido, e


portanto, muito mais fácil de ser analisada e mensurada, do ponto de
vista do marketing digital.

Neste segundo caso, a Wikipédia define o Marketing Eleitoral como


um “conjunto de técnicas que visam tornar um candidato a cargo público
conhecido e aceito no período eleitoral, através de suas propostas e
projetos.”

O marketing eleitoral não pode estar dissociado do marketing político,


pois um complementa o outro, tanto no período pré eleitoral quanto pós.

A história do marketing político mostra que os grandes estrategistas alinham as


duas ações buscando uma sinergia entre elas.
Entre os objetivos e características do marketing eleitoral, devemos
ressaltar:

Estratégia de marketing que visa exclusivamente a eleição para


um determinado cargo público;

Seu foco são ações de marketing e comunicação e serem executadas


durante o período eleitoral;

Por definição é uma estratégia de curto prazo que termina no dia


das eleições, podendo se estender um pouco para a fase de
agradecimentos e manutenção de laços.

Um dos grandes erros de muitos políticos brasileiros é, ao final das


eleições ignorarem as conquistas que tiveram durante o período
eleitoral, para depois tentar retomá-lo nas próximas eleições.

Basicamente, a diferença entre marketing político e marketing eleitoral


está no objetivo e horizonte temporal.

Marketing político ou eleitoral ditando as estratégias?

A diferença entre o marketing político e marketing eleitoral impacta


seriamente as estratégias adotadas nas duas situações e também as formas
de se mensurar seus resultados.

No caso do marketing político, ou marketing de governança, o foco é o


Branding, ou seja a consolidação de uma marca, seja ela pessoal como no
caso dos detentores de cargos públicos ou institucional, como no caso de
partidos.

A grande diferença entre marketing político e marketing eleitoral está


justamente ai. Como no marketing político o objetivo é o Branding, a
verificação de sua eficácia é muito mais subjetiva.
No caso do marketing eleitoral, existe uma “meta de conversão” muito
clara para a campanha eleitoral: a eleição do candidato, bem mais
palpável e facilmente verificada.

Por isso, o marketing eleitoral exige estratégias que sejam mais


pautadas por métricas e KPIs, quando podemos constatar numericamente se as
ações implementadas estão surtindo o efeito desejado ou não.

Agora que você já sabe a diferença entre marketing político e marketing


eleitoral, o que acha de rever suas estratégias e adaptá-las em função
de seus objetivos? Mantenha-se atualizado sobre o marketing político e
eleitoral, assinando a nossa Newsletter.

A história do marketing político e sua evolução

Embora os cases do marketing político sejam recentes, a história do


marketing político remonta à Roma antiga e veio evoluindo com o passar
do tempo, até chegar a seu estado de hoje, onde o marketing político nas
redes sociais domina o cenário eleitoral.

Embora hoje em dia tudo pareça muito midiático nas campanhas eleitorais,
a verdade é que a história do marketing político parece ter nascido com
a própria liderança política em si. De que adianta ser um ótimo líder se
ninguém sabe disso?

O general Júlio Cesar chegava a Roma após suas batalhas, em o que ficou
conhecido como Triunfo, um desfile militar organizado a mando dele
próprio e de seus partidários para enaltecer as realizações do grande
guerreiro, que depois, se transformou em Imperador.
O que era o Triunfo além de um mega evento de marketing político? Os
faraós do antigo Egito construíram pirâmides gigantescas também para
mostrar seu poderio e divulgar suas realizações. Isso não é marketing
político?

Recuando ainda mais no tempo, na antiga Grécia, os políticos dedicavam


horas sem fim à prática da arte da oratória, para exercitarem seus dons
e assim convencerem seus pares a apoiar seus pontos de vista.

A história do marketing político moderno

Sem a tecnologia com a qual contamos hoje em dia, o marketing


político pouco evoluiu desde os primórdios da civilização moderna, mas a
partir do início do século a história do marketing político iria dar uma
guinada violenta.

Se fizermos uma análise comparativa, veremos que a história do marketing


político moderno está intimamente ligada à evolução tecnológica.

Quando Guglielmo Marconi inventou o rádio, pensava basicamente na


comunicação entre embarcações, mas com a evolução, os políticos também
encontraram uma ótima utilidade para essa máquina.

Mussolini em 1925, foi um dos primeiros políticos a usar o rádio para


mobilização das massas. Franklin D. Roosevelt também lançou mão do rádio
em 1933 e Hitler fez dele o principal canal para sua ascensão ao poder
na Alemanha.

Aqui no Brasil, Getúlio Vargas, na década de 30, também lançou mão do


rádio como ferramenta de marketing político, dando o pontapé inicial da
mídia eletrônica na propaganda eleitoral brasileira.

Até aqui, o marketing político tinha apenas agregado a tecnologia ao seu


instrumental, mas a partir da década de cinquenta, o que mudaria seria o
conceito.
A grande virada na história do marketing político moderno

Durante muito tempo o marketing político foi baseado no carisma pessoal


mas em 1952 esse posicionamento teve uma virada radical, mudando o
marketing eleitoral da campanha presidencial americana.

O então candidato à presidência dos Estados Unidos, o general Dwight


Eisenhower decidiu contratar a agência publicitária BBDO para trabalhar
sua imagem durante a campanha eleitoral.

Neste ponto o candidato passou a ser tratado como um produto e não


apenas como uma pessoa de imenso carisma.

A função da BBDO era redirecionar a projeção que Eisenhower havia


conseguido durante o período da Segunda Grande Guerra, para a figura do
administrador eficiente.

Além disso, a BBDO tinha também o desafio de moldar a linguagem do


candidato para as inserções de rádio e TV, dois canais que começavam a
desempenhar um papel decisivo nas eleições presidenciais americanas.

Desse ponto em diante a história do marketing político moderno ganhou


novos contornos e passou a ser o palco de campanhas muito bem
estruturadas com o apoio maciço do rádio e TV, até a chegada das redes
sociais que causaram uma nova revolução.

A mudança causada pela redes sociais

A última grande mudança no marketing político veio com as redes sociais


e tem como ponto de referência a campanha de Barack Obama em 2008.

Os marketeiros de Obama, Jason Ralston e Ben Self, perceberam o incrível


potencial que existia nas mídias sociais e partiram para elas.

Muita gente acredita que Obama ganhou suas últimas eleições por causa
das mídias sociais. Essa é uma visão distorcida dos fatos, pois como já
tivemos a chance de comentar aqui no Eleitor Online, mídias sociais não elegem
ninguém.

A grande sacada da equipe de Obama foi trazer a militância digital, que


naquela época já era grande, para o ambiente físico, fortalecendo sua
campanha política à presidência.

A macro estratégia adotada foi criar laços de relacionamento, uma das


principais funções do marketing político nas redes sociais, e convidar as pessoas
engajadas, para a participação física nos escritórios eleitorais e no
seu próprio dia a dia.

Saiba mais sobre a história do marketing político moderno, suas técnicas


e ferramentas, assinando nosso Boletim Informativo.

Marketing político digital é coisa séria

Sempre alerto que marketing político digital é coisa séria e que não


admite improvisos.

À medida em que as eleições vão se aproximando, vão surgindo “magos” e


“gurus” midiáticos se arvorando de grande conhecimento em marketing
online e prometendo façanhas eleitorais dignas de um case de sucesso,
mas que raramente se concretizam.

São os verdadeiros “Vendedores de Ilusões”, tão comuns nestas épocas,


que podem até fazer algum estardalhaço momentâneo, mas que depois somem
do cenário.

Quando falo que marketing político digital é coisa séria  falo em


conhecimento de causa, não só na área técnicas do marketing online, como
também em relação a outros parâmetros que envolvem uma campanha nesta
área, como legislação e até mesmo nuances que diferem bastante do
marketing digital voltado para outras áreas.

Marketing político digital é para profissionais

A capacitação em marketing digital é um processo longo e demorado, para


o qual não existem atalhos ou “Fórmulas Mágicas” que garantem a
exposição no ambiente online.

A grande dificuldade de encontrar profissionais capacitados no mercado


atual se dá justamente por isso, não existe profissional de marketing
digital formado em uma semana ou dois dias. Esse profissional é fruto de
muito estudo e prática.

Já na etapa de planejamento de uma campanha de marketing político digital, precisamos de


gente capacitada para analisar cenários, orçamento, estratégias e
táticas que podem ou não vir na ser adotadas.

Sem conhecimento técnico profundo e prática, esse planejamento fica


quase impossível e dificilmente se transformará em uma campanha
vitoriosa.

Quando falo que marketing político digital é coisa séria é porque já vi coisas de


arrepiar os cabelos por ai.

Nas eleições passadas, só para citar um caso, soube de uma candidata a


deputada aqui no Rio de Janeiro, que chamou sua manicure para cuidar de
suas mídias sociais, já que ela adorava ficar no Facebook. Dá para
imaginar o resultado.
Falta de preparo é coisa séria no marketing político digital

Não bastasse o insucesso da campanha, os “marqueteiros digitais” de


última hora, não raramente trazem complicações para a imagem do
candidato/partido e até mesmo problemas jurídicos.

A Lei 9.504, conhecida como A Lei das Eleições,  é bem clara quanto aos
limites da propaganda eleitoral na Internet, mas mesmo assim vemos
verdadeiros desatinos sendo praticados nas campanha eleitorais online.

Não raramente, tais desatinos acabam inclusive, causando a cassação da


candidatura. Esse é o custo do improviso e amadorismo no marketing
político eleitoral.

Quando falo que marketing político é coisa séria e que por isso mesmo
precisa de profissionais cada vez mais capacitados, dou como exemplo a
nova legislação sobre propaganda política na Internet.

Com a possibilidade de impulsionamento de publicações, o marketing


político eleitoral digital, passou a trabalhar em um outro patamar. Não
estamos falando apenas de impulsionar publicações no Facebook ou Google
Ads.

Estamos falando em lançar mão destes recursos com a técnica necessária


para impactar o público que realmente interessa ao candidato, e fazer
isso da forma mais econômica possível.

Preparação é fundamental no marketing político

Existem duas opções para um político 2.0:

Contratar uma agência especializada nessa área, e existem várias


muito competentes por aí

Arregimentar ou capacitar profissionais desta área em suas bases


eleitorais ou de assessoria parlamentar, se já tiver um mandato
Em nosso curso voltado para o marketing político digital enfatizo que a equipe precisa
ter conhecimentos que vão muito além da área técnica, abrangendo também
questões como o alinhamento com as ações offline, questões jurídicas e
até mesmo análise da conjuntura política como um todo.

Como você pode ver, marketing político digital é coisa séria e exige
gente competente para seu planejamento e execução. Por isso esqueça o
improviso e comece a se preparar o quanto antes. Mantenha-se atualizado
assinando a nossa Newsletter.

Marketing político em mídias sociais

A ideia da utilização de ações de marketing político nas mídias


sociais já está nos projetos de vários candidatos este ano, mas a
pergunta é: Será que candidatos e equipes de campanha estão preparados
para enfrentar o desafio das mídias sociais?

Se levarmos em consideração o que vimos nas últimas eleições, podemos


dizer que ainda não. Parece que os candidatos entenderam que marketing
eleitoral nas mídias sociais seria apenas uma questão de jogar para o
formato digital, peças criadas para o marketing político convencional, o
que certamente não é o caminho.

A implementação de uma campanha política nas mídias sociais, na verdade


é o segundo passo de uma decisão anterior, a de ter uma presença digital
séria e bem estruturada. O uso das mídias sociais em uma campanha
eleitoral é uma complementação de outras ações de presença digital como,
por exemplo, a criação de um site ou blog onde o candidato possa
apresentar seu perfil detalhado, ideias, propostas e programa de
governo.

Em nosso curso de marketing político nas mídias sociais, sempre citamos a importância da


integração das ações nessas mídias com outras ações da campanha visando
a criação de uma sinergia entre as diversas ações.
A base do marketing político nas mídias sociais

O marketing político nas mídias sociais parte do pressuposto da criação


de um relacionamento mais próximo entre o candidato e seu eleitorado, já
que é essencialmente, marketing de relacionamento.

É essa a ideia das redes sociais, criar um canal rápido, fácil e barato


para que o candidato possa dialogar com os eleitores e eles com os
candidatos.

É essa última parte que faz toda a diferença nas campanhas de marketing
eleitoral nas mídias sociais; o retorno do candidato para os eleitores e
o uso desse feedback como base para o refinamento de propostas de
campanha.

O uso das mídias sociais em uma campanha eleitoral nas mídias sociais só


faz sentido se houver plena consciência por parte do candidato e sua
equipe, que questionamentos nesse canal precisam ser respondidos, ou
seja, é vital que haja interação entre as duas partes. O eleitor digital exige
uma resposta para seus questionamentos e o silêncio por parte do
candidato é um sinal imediato de desrespeito com esse eleitor.

Interações com os eleitores através dos canais de mídias sociais são uma
fonte interminável de sugestões e novos pontos de vista que
retroalimentam a campanha de marketing eleitoral. É através delas que o
candidato e sua equipe conseguem ter uma visão mais clara dos
sentimentos e anseios da população e quais propostas são simpáticas ou
não ao eleitorado.

O marketing político nas mídias sociais é um termômetro da campanha


fornecendo o melhor retorno que você poderia conseguir.

O marketing político nas mídias sociais parte de dois posicionamentos


básicos em relação à audiência nas redes sociais:

Interação com o eleitor – A troca de informações e opiniões entre


candidato e eleitores sobre as questões do dia a dia. A construção
colaborativa e em tempo real de propostas de governo através da
participação dos eleitores através dos diversos canais digitais.

Engajamento da audiência – O engajamento se reflete através da


participação dos participantes da mídia social como repassadores das
mensagens de campanha. A criação e consolidação de uma militância
digital capaz de multiplicar o público impactado pelas mensagens
enviadas e defender os elementos da proposta de governo.

Sem estes elementos a campanha de marketing político nas mídias sociais


não fará o mínimo sentido já que em primeiro lugar, não terá caráter
elucidativo e em segundo lugar não resultará em nenhum acréscimo de
valor à proposta inicial.
A importância das mídias sociais no marketing político eleitoral

Não se iluda; ter um perfil em uma rede social não vai garantir a


eleição de ninguém. O que realmente elege um candidato é uma ação de
marketing digital planejada e estritamente sincronizada com outras ações da
campanha, inclusive as do marketing convencional.

O marketing político digital exige participação ativa do candidato e sua equipe.


O simples fato de criar um perfil nas mídias sociais não significa ter
uma participação nessas mídias, já que a real participação em mídias
sociais se dá através dos processos de interação com o eleitorado.

Concluindo, se você pensa em implementar ações de marketing eleitoral


nas mídias sociais parta do pressuposto de que haverá interação com o
seu público-alvo ou então, essa não poderá ser chamada de ação de
marketing político nas mídias sociais, e os resultados não chegarão nem
perto do que você pretende. Mantenha-se atualizado assinando  a
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