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RA:821110714
A1- Direito Digital
Atualmente é comum nos depararmos com notícias na mídia relatando ataques cibernéticos
à sites públicos e privados. O Brasil sofreu mais de 100 bilhões de tentativas de ataques
cibernéticos no último ano
(https://jornal.usp.br/radio-usp/brasil-sofreu-mais-de-100-bilhoes-de-tentativas-de-ataques-ci
berneticos-no-ultimo-ano/ - acessado em 24/09/2023). Muitos desses ataques têm como
alvos dados pessoais tratados pelas organizações empresariais. Devido à crescente
dependência da tecnologia e à quantidade de dados digitais armazenados, as informações
pessoais se tornaram um ativo valioso para os criminosos cibernéticos. Isso porque esses
dados podem conter conteúdo confidencial sobre indivíduos, passível de uso de diversas
formas maliciosas para benefício próprio, como roubo de identidade, fraude financeira,
engenharia social, extorsão, comercialização em mercados ilegais, acesso ilegítimo a
contas online, entre outras.
(https://febrabantech.febraban.org.br/especialista/renato-opice-blum/ataques-ciberneticos-e-
a-importancia-do-plano-de-resposta-a-incidentes-de-seguranca-com-dados-pessoais -
acesso em 24/09/2023).
Por exemplo, os cookies são algoritmos que armazenam pequenos arquivos de texto
e informações de navegação em um determinado endereço. Eles são salvos no dispositivo
utilizado e só são ativados durante a navegação.
Além disso, eles também ajudam na rastreabilidade do usuário pela web, dentro de
parâmetros específicos. Com a técnica de retargeting, é possível exibir anúncios
personalizados da marca em outros sites, o que se torna uma excelente oportunidade de
impactar as pessoas, mesmo quando elas saem do seu próprio site.
Resposta:
Nas relações de trabalho, há constantemente o tratamento de dados dos
empregados e demais prestadores de serviços em todas as fases da contratação: Na
pré-contratação: com a obtenção de dados de identificação, currículo, referências do
candidato à vaga de emprego, dentre outros; durante o contrato de trabalho: dados para
registro de empregados, dados bancários para pagamento de salários, filiação sindical,
dados relativos à saúde como exames ocupacionais, atestados médicos, dentre outros e
após o término do contrato de trabalho: com o armazenamento das informações dos
antigos empregados para fins trabalhistas, previdenciários e para disponibilização aos
órgãos públicos de fiscalização.
Entendemos, portanto, que a LGPD deve ser aplicada também às relações de
emprego para proteção dos dados pessoais dos empregados. Note-se que, de acordo com
a legislação, o empregado é titular dos dados pessoais que serão objeto de tratamento e o
empregador corresponde ao controlador, que é a pessoa natural ou jurídica, de direito
público ou privado, a quem competem as decisões referentes ao tratamento de dados
pessoais.
É essencial promover treinamentos para os funcionários encarregados de lidar com
dados pessoais dos trabalhadores, especialmente nos departamentos de recursos
humanos. Além de estabelecer a obrigação de confidencialidade, é necessário definir as
possíveis consequências para o uso inadequado dos dados por parte do funcionário
responsável. Nesse sentido, as empresas podem adotar práticas de "compliance" para
capacitar seus funcionários sobre o manejo adequado de dados pessoais.