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Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.

078/1990)

O Código de Defesa do Consumidor dispõe sobre a proteção do consumidor, além de

outras providências. No que diz respeito ao e-commerce, merece destaque o artigo 49,

caput e parágrafo único, que trata sobre o direito de arrependimento. Segundo este

dispositivo legal, o consumidor pode desistir do contrato, no prazo de sete dias a

contar da sua assinatura ou do ato do recebimento do produto ou serviço, sempre que

a contratação for realizada fora do estabelecimento comercial. Neste sentido, se o

cliente exercer o direito de arrependimento, os valores pagos deverão ser devolvidos

imediatamente ao consumidor, com a devida atualização monetária.

É importante salientar que há época da consagração do Código de Defesa do

Consumidor não era possível imaginar o surgimento do comércio eletrônico, portanto,

o direito de arrependimento não deve ser encarado como absoluto. É fato que o texto

normativo deixou de trazer limites ao exercício do direito de arrependimento, causando

certo desequilíbrio na relação entre fornecedor e consumidor.

A Lei é clara na garantia da segurança ao consumidor durante e após a compra,

entretanto, não raro são os casos de abusos cometidos por parte do consumidor,

restando ao judiciário dirimir individualmente sobre o abuso de direito. Portanto, para

que o direito de arrependimento seja exercido de forma eficaz, é necessário que, no

momento da compra de produtos e/ou serviços, as Políticas de Troca e de

Arrependimento do Fornecedor sejam observadas, a fim de evitar eventual litígio.


Lei do E-Commerce (Decreto Federal nº 7.962/2013)

Este decreto dispõe especificamente sobre a contratação no comércio eletrônico.

Segundo o artigo 1º, serão abrangidos os seguintes aspectos: (i) informações claras a

respeito do produto, serviço e do fornecedor; (ii) atendimento facilitado ao consumidor;

assim como, (iii) o respeito ao direito de arrependimento. Importante destacar que, em

conformidade com o artigo 7º, o descumprimento das condutas descritas ao longo do

decreto permite a aplicação das sanções previstas no artigo 56 da Lei nº 8.078/1990.

Assim como o Código de Defesa do Consumidor, este decreto estabelece a

necessidade de que as informações disponibilizadas no site sejam claras e precisas,

com a descrição na oferta das características essenciais do produto ou serviço,

inclusive com a informação clara sobre os possíveis riscos à saúde e à segurança.

Além disso, deve ser discriminado o preço do produto ou serviço, assim como

eventuais despesas adicionais ou acessórias, como o frete para entrega ou algum

seguro necessário. Ainda é importante que o e-commerce informe as modalidades de

pagamento disponíveis em sua plataforma, bem como, a forma e o prazo da execução

do serviço ou da entrega ou disponibilização do produto.

Outro ponto importante levantado pelo Decreto Federal, em seu artigo 4º, inciso I, é a

necessidade de apresentação de um sumário do contrato antes da finalização da

contratação, contendo as informações necessárias para o pleno exercício do direito de

escolha do consumidor, com destaque para as cláusulas que os limitem. Ou seja,

antes da conclusão da compra no e-commerce, é indispensável a apresentação deste

resumo, com todas as opções e características da compra, de modo a alertar o

consumidor sobre eventuais regras que limitem os seus direitos.

Lei da Transparência (Lei nº 12.741/2012)

Essa Lei fala a respeito das medidas de esclarecimento ao consumidor, de que trata o

artigo 150, parágrafo 5º, da Constituição Federal. Ela prevê a necessidade de

divulgação do valor estimado de imposto pago no ato da compra direto nos cupons
fiscais. Quando estamos falando a respeito do e-commerce, não existe uma previsão

específica a respeito do tema.

Marco Civil da Internet (Lei nº 12.965/2014)

O Marco Civil da Internet, criado em 2014, estabelece os princípios, garantias, direitos

e deveres para o uso da internet no Brasil e, no que diz respeito ao comércio

eletrônico, acaba regulando, principalmente o uso de ferramentas como cookies e

marketing direcionado, ou seja, ferramentas utilizadas para recolher informações dos

consumidores, de modo otimizar o oferecimento de ofertas. O Marco Civil exige o

consentimento do consumidor para que haja essa coleta de dados.

Lei Estadual (nº 3.669/2001) Rio de Janeiro/ Lei Estadual (nº 13.747/2009) São
Paulo

Existem algumas Leis Estaduais que estabelecem regras para a entrega dos produtos

comercializados eletronicamente. No Rio de Janeiro existe previsão legal no sentido

de que as empresas que fornecem produtos ou serviços no território estadual devem

informar ao consumidor a data e o horário da entrega do produto ou serviço, no ato da

contratação, sob pena de aplicação de multa. Essa legislação não faz nenhuma

distinção entre o comércio tradicional e o e-commerce. Já em São Paulo, a Lei

Estadual prevê a necessidade de os fornecedores informarem a data e o turno

(manhã/tarde/noite) em que o produto ou serviço será entregue. Essa Lei ainda proíbe

a cobrança adicional pela entrega agendada.

Lei Geral de Proteção de Dados (Lei nº 13.709/2018)

Mais recente, essa Lei entra em vigor no próximo ano e prevê a necessidade de

informar ao cliente sobre quais dados pessoais serão recolhidos e qual a finalidade da

atividade envolvendo-os, além de outras obrigações. Com isso, não será mais

suficiente o simples consentimento do consumidor para a coleta e armazenamento dos

seus dados, tal como determinado pelo Marco Civil da Internet, mas também será

necessário informar e detalhar ao consumidor, de maneira clara, o motivo pelo qual

eles serão coletados e armazenados.


Com essa alteração, é importante que os e-commerces alterem suas políticas de

privacidade para que se adequem a essas novas previsões legais. Em alguns casos,

inclusive, será necessária a renovação dessa autorização do consumidor para a coleta

e armazenamento de dados, como no caso de dados relacionados ao estado de saúde

do consumidor, de suas convicções políticas, bem como, orientação sexual.

Curiosidades sobre o e-commerce


Certamente, quem deseja conhecer o mercado de vendas
na internet através de lojas virtuais e e-commerce fica
surpreso com algumas curiosidades.

E-Bay
O primeiro produto anunciado no E-bay, em 1995, foi uma
caneta laser quebrada. O programador Pierre Omydiar fez
um código experimental ao que seria uma espécie de loja
virtual, e para testar sua ideia, anunciou sua própria caneta
laser quebrada.
O item foi vendido por cerca de quinze dólares. Podemos
afirmar que este é, sem dúvida, um case de sucesso, já
que, mesmo o produto sendo danificado não foi devolvido
ou reembolsado, e a empresa ainda é excelência em
vendas pela internet até hoje.

Google
Quando o Google nasceu, nos anos 90, o objetivo original
da gigante era acabar com o spam dos próprios
anunciantes. O Google veio para tentar democratizar todo o
processo e tornar o conteúdo prevalecer sobre todo o resto.

O Google se tornou o maior mecanismo de pesquisa do


mundo e continua crescendo. Existem diversas ferramentas
que a empresa oferece aos seus usuários.

O Google Adwords é uma iniciativa um tanto curiosa, pois,


através de um site o usuário pode fazer publicidade e
propaganda online. Com um meio de pagamento por clique
é possível vender muito através de lojas online, utilizando o
Adwords.

Amazon
A maior loja virtual do mundo, a Amazon, só começou a
arrecadar lucros oito anos após seu início. Apesar de ter
começado a vender em 1995, a empresa só começou a
lucrar mesmo em 2003, quando teve um lucro médio de 5
milhões de dólares.

O primeiro livro vendido na Amazon foi Fluid Concepts And


Creatives Analogies de Douglas R. Hofstadter, que ainda é
vendido na plataforma Hoje a Amazon é de longe a maior
loja online existente no mundo.
Groupon
O famoso modelo de compras coletivas nasceu na China.
Grupos de consumidores se reuniam em lojas físicas a fim
de negociar descontos para compras em grandes volumes.
A ideia ganhou força e foi parar na internet e, em 2008,
surgiu o maior site de compras coletivas, o Groupon.

Ainda em seu momento de glória, em 2010, o Groupon


recusou uma oferta de compra de 6 bilhões de dólares feita
pela gigante Google. O valor de mercado da empresa, hoje
está na casa dos 4 bilhões de dólares.

Não há duvidas que o mercado de vendas online cresceu e


cresce com a ajuda dessas empresas. No entanto, todo
esse resultado não é fácil de ser alcançado, mas vale a
pena para quem deseja trabalhar na internet.

Blockbuster
No início dos anos 2000, surgiu uma pequena start up
chamada Netflix. No entanto, naquela época, a Blockbuster
ainda era forte no negócio de videoclube e não acreditavm
que um modelo modesto de pagamento mensal.

Algo que permitisse alugar qualquer filme que você queria


contra outro que fosse forçado a pagar uma vez para cada
filme, fosse ser superado. Então, eles deixaram a
oportunidade escapar.

Antes de afundarem em 2010, a Blockbuster tentou entrar


no mundo do e-commerce usando o mesmo método de
pagamento por assinatura (muito popular hoje em dia).

Em 2006 eles conseguiram exceder seus objetivos, e


alcançaram a marca de 2 milhões de assinantes em
apenas alguns meses.

No ano seguinte, a Blockbuster registrou uma perda de


meio milhão de assinaturas, um evento que começou no
mercado digital e, em apenas alguns anos, a empresa
deixou de existir.

Grande parte da população já fez alguma compra em


algum tipo de e-commerce. As razões para se procurar
uma loja virtual são as mais variadas, desde a facilidade
em pesquisar preços, até na comodidade de entrega e
economia de tempo.

No Brasil há diversas empresas atuando neste mercado,


desde pequenos empresários, até grandes empresas que
investem pesado em seus e-commerce para atrair e
fidelizar cada vez mais clientes em suas plataformas.

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