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COMÉRCIO ELETRÔNICO

Carolina Palavicini, Charlyze Rossetto, Daniela Barp Coffy, Eduarda Kélen Valsoler, Eduardo Luiz
Rocha, Kelyn Cristina Machado Kubiak, Luís Antônio Tomazelli, Luiza Santina Lazaretti de Souza,
Willian Dino Castanho.
Introdução

● Evolução tecnológica possibilita o surgimento de novas relações de


consumo.
● Conceito: modalidade de comércio virtual, onde os negócios são realizados
via dispositivos e plataformas eletrônicas, podendo ser acessados pelo
computador, tablet, celular ou notebook, em qualquer lugar do mundo.
Decreto nº 7.962/13

● Dispõe sobre a contratação no comércio eletrônico:

“Art. 1º Este Decreto regulamenta a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, para


dispor sobre a contratação no comércio eletrônico, abrangendo os seguintes aspectos:
I - informações claras a respeito do produto, serviço e do fornecedor;
II - atendimento facilitado ao consumidor; e
III - respeito ao direito de arrependimento.”
Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014)
“Art. 2º A disciplina do uso da internet no Brasil tem como fundamento o respeito à liberdade
de expressão, bem como:
[...]
V - a livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa do consumidor;”
Jurisprudência
● REsp 1.444.008-RS - provedores de busca, como Buscapé, Shopping UOL, etc., não realizam
qualquer intermediação entre o consumidor e o fornecedor e, portanto, não respondem por
qualquer vício da mercadoria.
● REsp 1.737.428-RS - a venda de ingressos de espetáculos na internet deve ser feita por meio
de mais de uma intermediadora e é vedada a cobrança de taxa de conveniência, sob pena de
incorrer em prática abusiva.
● REsp 1.786.157-SP - a instituição bancária não possui responsabilidade por produto não
entregue quando o pagamento foi realizado por meio de boleto bancário, se não houve
defeito na prestação do serviço bancário, pois nessas circunstâncias, o banco não faz parte
da cadeia de fornecimento do referido produto não entregue.
Novo paradigma na forma de fazer comércio

● Quando olhando para o e-commerce atualmente, podemos perceber que e


verificar que este foi o setor que mais cresceu durante a pandemia.
● Assim, após mais um ano de pandemia, há a consolidação de novos hábitos,
como as compras online, o envio de presentes via Correios ou
transportadoras, o uso de cartões digitais, o entendimento da facilidade de
compra sem a necessidade de desperdício de tempo em trânsito e filas, e
diversos benefícios que foram compreendidos pelos consumidores, não
deixarão de fazer parte de suas rotinas e escolhas quando a pandemia
finalmente acabar.
DIREITO DE ARREPENDIMENTO
Art. 49 do CDC

“Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar


de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a
contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do
estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio.

Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o direito de arrependimento


previsto neste artigo, os valores eventualmente pagos, a qualquer título, durante o
prazo de reflexão, serão devolvidos, de imediato, monetariamente atualizados.”
Lei 14.010/2020

“Art. 8º Até 30 de outubro de 2020, fica suspensa a aplicação do art. 49 do


Código de Defesa do Consumidor na hipótese de entrega domiciliar (delivery) de
produtos perecíveis ou de consumo imediato e de medicamentos.”
Jurisprudência

REsp 1.340.640-RJ - como se pode extrair da leitura do parágrafo primeiro do


artigo 49 do CDC, são de responsabilidade do fornecedor, não podendo ser
repassados ao consumidor mesmo que o contrato assim preveja
SAC
Conceito

“Art. 2º Para os fins deste Decreto, compreende-se por SAC o serviço de


atendimento telefônico das prestadoras de serviços regulados que tenham como
finalidade resolver as demandas dos consumidores sobre informação, dúvida,
reclamação, suspensão ou cancelamento de contratos e de serviços.

Parágrafo único. Excluem-se do âmbito de aplicação deste Decreto a oferta e a


contratação de produtos e serviços realizadas por telefone.”
Paradigma normativo

O Decreto 6.523, de 31 de julho de 2008, que com base no CDC fixou normas
gerais sobre o SAC, o tornou obrigatório.
Principais normas
As principais normas da lei do SAC são:
a) Definição do tempo de espera, a lei do SAC estipulou o tempo máximo de espera para
o cliente ser transferido a um atendente;
b) A lei do SAC exige que o consumidor tenha acesso ao SAC sem pagar por isso, ou
seja, a ligação deve ser gratuita;
c) Agilidade na resolução de reclamações e cancelamentos;
d) Cancelamento imediato do serviço;
Principais normas

e) Acompanhamento de demanda, o primeiro atendente que teve contato com o


cliente deve registrar a sua demanda.

f) Acessibilidade para pessoas com deficiência;

g) Proibição de anúncios, durante o tempo de espera, a não ser que houver


consentimento por parte do consumidor, está proibida a divulgação de
mensagens publicitárias;

h) Funcionará 24 horas todos os dias.


Referências
Ávila, Marília; SAMPAIO, Silvia. A suspensão do direito de arrependimento do artigo 49 do CDC. Conjur, 2020.
Disponível em: https://www.conjur.com.br/2020-jun-17/garantias-consumo-suspensao-direito-arrependimento-cdc.
Acesso em: 07, junho de 2021.

BESSA, Leonardo Roscoe; MOURA, Walter José Faiad. Manual do Direito do Consumidor. 4 edição. Brasilia: Escola
Nacional de Defesa do Consumidor, 2014.

BRASIL. DECRETO Nº 6.523, DE 31 DE JULHO DE 2008. Disponível em:


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/decreto/d6523.htm. Acesso em: 09 de junho de 2021.

BRASIL. Lei nº 14.010 de 10 de junho de 2020. Dispõe sobre o Regime Jurídico Emergencial e Transitório das
relações jurídicas de Direito Privado (RJET) no período da pandemia do coronavírus (Covid-19). Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/L14010.htm. Acesso em: 07, junho de 2021.
CLIO, Hugo. A maior entrega do Mercado Livre. ISTOÉ Dinheiro. 13 de novembro de 2020. Disponível em:
https://www.istoedinheiro.com.br/a-maior-entrega-do-mercado-livre. Acesso em: 07 de junho de 2021.

DIREITO AO ARREPENDIMENTO DE COMPRA. Tj Distrito Federal, 2015. Disponível em:


<https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/campanhas-e-produtos/direito-facil/edicao-semanal/direito-ao-arrependimento-de-compra>. Acesso
em: 07, junho de 2021.

GARCIA, Reynaldo. Entenda o que é a Lei do Sac. Blog do Reynaldo, 2021. Disponível em:
https://blog.guiacontato.com.br/entenda-o-que-e-a-lei-do-sac-e-saiba-como-melhorar-seu-atendimento/. Acesso em: 09 de junho de 2021.

LAMOUNIER, Jordana. A suspensão da aplicabilidade do art. 49 do CDC e a lei 14.010/2020. OAB Goiás, 2020. Disponível em:
https://www.oabgo.org.br/oab/teses-e-debates/artigo/a-suspensao-da-aplicabilidade-do-art-49-do-cdc-e-a-lei-14-010-2020/. Acesso em: 07, junho de
2021.

TEIXEIRA, Tarcisio. Comércio eletrônico: conforme o Marco Civil da Internet e a regulamentação do e-commerce no Brasil. São Paulo: Saraiva, 2015.

VILELA, Luiza. E-commerce: o setor que cresceu 75% em meio à pandemia. Novarejo. 19 de fevereiro de 2021. Disponível em:
https://www.consumidormoderno.com.br/2021/02/19/e-commerce-setor-cresceu-75-crise-coronavirus/. Acesso em: 07 de junho de 2021.

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