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PROJETO DE LEI Nº 14.

693, DE 2023

Dos graduandos em Direito da UNIFG

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Este projeto de lei tem como objetivo


regulamentar o comércio eletrônico no
Brasil, garantindo a segurança,
transparência e proteção dos direitos
dos consumidores, bem como fomentar
a iniciativa livre e a competitividade no
setor, em conformidade com a
legislação vigente.

O Congresso Nacional decreta:

Artigo 1º - Esta lei estabelece normas para o funcionamento e a


regulamentação do comércio eletrônico (E-commerce) no Brasil, em
conformidade com a Constituição Federal de 1988, o Código de Defesa do
Consumidor, o Código de Processo Civil e o Direito Civil.

Artigo 2º - Entende-se como comércio eletrônico a atividade comercial


realizada por meio da internet, que envolve a oferta e a comercialização de
bens e serviços.
Artigo 3º - As disposições desta lei aplicam-se a todos os fornecedores de
bens e serviços que atuem no ambiente virtual, seja por meio de plataformas
próprias ou em marketplaces.

Artigo 4º - Os fornecedores devem garantir ao consumidor informações claras


e precisas sobre os produtos ou serviços oferecidos, incluindo características,
preço, prazo de entrega e eventuais restrições à comercialização.

Artigo 5º - Fica vedada a prática de publicidade enganosa, abusiva ou que


induza o consumidor a erro, sujeitando o infrator às deliberações previstas no
CDC.

Artigo 6º - É obrigatório o fornecimento de meios de contato direto entre o


fornecedor e o consumidor, facilitando a comunicação e a resolução de
eventuais problemas.

Artigo 7º - Os fornecedores devem adotar medidas para garantir a segurança


e a confidencialidade dos dados pessoais dos consumidores, conforme
legislação vigente.

Artigo 8º - O fornecedor é responsável pela entrega dos produtos ou execução


dos serviços no prazo estipulado, sob pena de aplicação das avaliações
previstas no CDC.

Artigo 9º - Fica garantido ao consumidor o direito de reclamação, no prazo de


7 dias após a obtenção do produto ou contratação do serviço, com a devolução
do valor pago.
Artigo 10º - Os marketplaces e plataformas de intermediação de vendas são
solidariamente responsáveis pelos danos causados aos consumidores em
decorrência de produtos ou serviços defeituosos ou inadequados.

Artigo 11º - É proibida a comercialização de produtos ou serviços que violem a


legislação vigente, bem como aqueles que possam causar danos à saúde ou à
segurança dos consumidores.

Artigo 12º - Os fornecedores devem disponibilizar meios de pagamento


seguros e garantir a integridade das informações financeiras dos
consumidores.

Artigo 13º - Fica exigida a obrigação de emissão de nota fiscal nas transações
realizadas por meio de comércio eletrônico, em conformidade com a legislação
tributária vigente.

Artigo 14º - As avaliações administrativas e civis em caso de descumprimento


das disposições desta lei serão aplicadas em conformidade com a legislação
consumerista vigente.

Artigo 15º - Os órgãos competentes terão a atribuição de fiscalizar e


monitorizar o cumprimento das disposições desta lei, aplicando as avaliações
cabíveis em caso de irregularidades.

Artigo 16º - Esta lei entrará em vigor 180 dias após sua publicação.
JUSTIFICATIVA:

O presente Projeto de Lei visa estabelecer normas para o funcionamento e


regulamentação do comércio eletrônico (E-commerce) no Brasil, de acordo
com os princípios estabelecidos na Constituição Federal de 1988, o Código de
Defesa do Consumidor, o Código de Processo Civil e o Direito Civil.
Considerando a crescente importância do comércio eletrônico na economia
brasileira, é essencial criar um arcabouço legal que promova a segurança, a
transparência e a proteção dos direitos dos consumidores, bem como a
competitividade e a confiança no ambiente digital.

1. Proteção dos Consumidores

A proposta regulamentar tem como prioridade a proteção dos consumidores.


Estabelecendo regras claras sobre informações, prazos de entrega, formas de
pagamento e direitos de reclamação, o projeto busca garantir que os
consumidores tenham acesso a produtos e serviços de qualidade, sem
desrespeito aos seus direitos fundamentais.

2. Combate à Publicidade Enganosa e Práticas Abusivas

A proibição de práticas publicitárias enganosas ou abusivas é uma medida


crucial para garantir a transparência e a integridade nas transações comerciais
eletrônicas. A proposta de legislação visa coibir a veiculação de informações
falsas ou que induzam o consumidor a erro, protegendo assim a sua confiança
e garantindo uma concorrência leal no mercado digital.

3. Responsabilidade Solidária dos Marketplaces

Ao estabelecer a responsabilidade solidária dos marketplaces e plataformas de


intermediação de vendas, o projeto busca garantir que esses intermediários
assumam sua parcela de responsabilidade pelos danos causados aos
consumidores. Esta medida visa evitar que práticas comerciais desleais
prejudiquem os direitos dos consumidores e incentivem a oferta de produtos e
serviços de qualidade.
4. Segurança e Proteção de Dados

A exigência de medidas para garantir a segurança e confidencialidade dos


dados pessoais dos consumidores atende a uma demanda crescente por
privacidade e proteção de informações sensíveis. O projeto propõe a adoção
de práticas que evitem o vazamento ou o uso indevido de dados, promovendo
a confiança dos consumidores no ambiente virtual, conforme prevê a Lei nº
13.709 (Lei Geral de Proteção de Dados - LGPD)

5. Fomento à Competitividade e à Concorrência Leal

Ao proibir a comercialização de produtos ou serviços que violem a legislação


vigente ou que possam causar danos à saúde ou à segurança dos
consumidores, o projeto contribui para a manutenção de um ambiente
competitivamente saudável. Esta medida é essencial para proteger os
interesses dos consumidores e fomentar a inovação e a concorrência leal no
setor.

Conclusão

Diante do exposto, o presente Projeto de Lei representa um avanço


significativo na regulamentação do comércio eletrônico no Brasil. Por meio de
suas disposições, busca-se equilibrar os interesses dos consumidores e
fornecedores, promovendo um ambiente digital seguro, transparente e propício
ao desenvolvimento econômico sustentável. Assim, a aprovação deste projeto
se mostra essencial para a consolidação de um comércio eletrônico ético e
responsável no país.

Sala de Sessões, 04 de Outubro de 2023

Deputados:
Paulo Cesar Ribeiro Silva
Liliana
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