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Direito do

Consumidor
Daniele, Janaina e Tainara
O Direito do Consumidor é uma área do direito que tem como
objetivo principal equilibrar as relações de consumo, garantindo a
proteção e os direitos dos consumidores em transações comerciais.
No Brasil, o Código de Defesa do Consumidor (CDC) promulgado
em 1990 é a legislação fundamental que regula essa área. Ele
estabelece uma série de direitos, responsabilidades e mecanismos
de reparação para os consumidores, visando assegurar que eles
sejam tratados de maneira justa e segura no mercado. O CDC
abrange uma ampla gama de questões, desde a qualidade e
segurança dos produtos e serviços, passando pela publicidade
enganosa até a regulamentação de contratos de consumo. Além
disso ele prevê ações judiciais e administrativas para proteger os
interesses dos consumidores em caso de descumprimento das
normas estabelecidas.

INTRODUÇÃO
CONSUMO

Primeira forma mais conhecida de


controle sobre a relação consumidora foi
por meio do códigode Hamurabi,
inspirado na ideologia da regulação das
trocas.

seu objetivo é estabelecer a


organização na relação comercial
No Brasil
As relações de consumo começaram a ser
objeto de preocupação a partir da década de
1970. O cenário apresentado na época era de
um país de capitalismo periférico, tendo um
grande aumento da produção industrial,
alavancando os níveis de consumo, gerando
aumento populacional e o aumento da zona
urbana.
Com o desenvolvimento e a necessidade de
consumo, somado as sucessíveis crises
econômicas, os brasileiros se depararam com
a necessidade de regular as relações de
consumo
REGULAMENTAÇÃO Década 1970
É criada a Associação de Defesa do consumidor.
Em Porto Alegre

1978
Criado o Procom( programa de proteção e defesa
do consumidor) de São Paulo por uma lei Estadual.

1985
Criado o concelho nacional de defesa do
consumidor por meio do decreto 91.469

11 de Setembro 1990
Aprovado em 11/ set/ 1990 o código de defesa do
consumidor lei 8.078
CDC

O CDC estabeleceu um novo patamar de


boa-fé e qualidade nas relações privadas no
Brasil e constrói um sistema de normas e
princípios para proteger e efetivar o Direito.

Trouxe para o Direito brasileiro o que havia


de mais moderno no que diz respeito o
Direito do consumidor, servindo de
inspiração para legislação de outros países..
CONSUMIDOR

O consumidor, conforme definido no Código


(Lei 8.078/90), é qualquer pessoa física ou
jurídica que adquire produtos ou serviços
como destinatário final, ou seja, para
consumo próprio e não para revenda.
Assim, sempre que alguém comprar um
imóvel, um carro, ou um brinquedo, sem
intenção de revendê-lo é legalmente
considerado consumidor.
Principios

Princípio da Proteção: Princípio da Informação:


Este princípio visa proteger os Os consumidores têm o direito de receber
consumidores de práticas comerciais informações claras, precisas e completas
desleais e produtos ou serviços que sobre os produtos e serviços que estão
possam representar riscos à sua saúde, adquirindo, permitindo-lhes tomar decisões
segurança ou interesses econômicos. informadas.

Princípio da Transparência: Princípio da Boa Fé:


As empresas devem ser transparentes em Exige que tanto os consumidores quanto
suas práticas comerciais, divulgando os fornecedores atuem com honestidade,
políticas, preços e termos de forma clara, lealdade e ética em todas as transações
promovendo a confiança e a lealdade do comerciais, evitando práticas enganosas.
consumidor.
Principios

Princípio da Equidade: Princípio da Qualidade e Eficiência


Garante que as condições contratuais e as Os produtos e serviços devem atender a
cláusulas não sejam excessivamente padrões de qualidade e eficiência, de
prejudiciais aos consumidores e que haja acordo com as expectativas razoáveis dos
um equilíbrio nas relações comerciais. consumidores.

Princípio da Vulnerabilidade do Princípio da Defesa do Consumidor em


Consumidor: Juízo:
Reconhece que os consumidores muitas Permite aos consumidores recorrer aos
vezes estão em uma posição de tribunais para buscar reparação de danos
desvantagem nas relações comerciais e, ou defender seus direitos, tornando o
portanto, merecem proteção especial. acesso à justiça mais acessível
DIREITO NAS
COMPRAS ONLINE
Quando se trata de compras em lojas virtuais existem
direitos e deveres importantes a serem considerados.

Direitos do Consumidor em Lojas Virtuais:


1. Direito à Informação: Os consumidores têm o direito
de receber informações claras e precisas sobre os
produtos ou serviços oferecidos, incluindo preço,
características, prazo de entrega e políticas de devolução.

2. Direito de Arrependimento: De acordo com o Código


de Defesa do Consumidor os consumidores têm o direito
de se arrepender da compra no prazo de 7 dias a partir
do recebimento do produto, sem necessidade de
justificativa. Nesse caso, o fornecedor deve providenciar
o reembolso.
DIREITO NAS
COMPRAS ONLINE
3. Proteção de Dados: Os consumidores têm o direito à
proteção de seus dados pessoais. As lojas virtuais devem
respeitar as leis de privacidade e proteção de dados,
garantindo a segurança das informações dos clientes.

4. Atendimento ao Consumidor: As empresas devem


oferecer canais de atendimento eficazes para solucionar
dúvidas e problemas dos consumidores, como um SAC
(Serviço de Atendimento ao Consumidor) eficiente.
DEVERES
1. Pagar pelo Produto ou Serviço: O consumidor deve
cumprir com o pagamento dos produtos ou serviços
adquiridos, de acordo com as condições estabelecidas no
momento da compra.

2. Manter Documentação: É importante que o consumidor


guarde comprovantes de compra, registros de conversas
com o vendedor e outras documentações relevantes, caso
seja necessário resolver algum conflito.
Os fornecedores sejam eles empresas ou indivíduos têm responsabilidades no
comércio eletrônico. A responsabilidade civil envolve a obrigação de reparar eventuais
danos causados aos consumidores. No contexto do comércio eletrônico, os
fornecedores são responsáveis por:

1. Entregar o Produto Conforme Anunciado: Os produtos ou serviços devem


corresponder às descrições fornecidas no momento da compra. Caso contrário, o
fornecedor pode ser responsabilizado por publicidade enganosa.

2. Garantir a Segurança dos Dados: Os fornecedores devem adotar medidas de


segurança para proteger os dados dos consumidores, evitando vazamentos de
informações pessoais.

3. Resolver Problemas de Entrega e Devolução: Em casos de atrasos na entrega ou


produtos defeituosos, os fornecedores têm o dever de resolver esses problemas de
forma rápida e eficaz.

4. Oferecer Garantias: Em muitos casos, os produtos vendidos online têm garantias.


Os fornecedores devem cumprir essas garantias, garantindo a reparação ou
substituição de produtos com defeitos.
RESPONSABILIDADE
CIVIL DO FORNECEDOR:
O Direito do Consumidor estabelece um equilíbrio
entre os direitos e deveres dos consumidores e
fornecedores no comércio eletrônico, garantindo a
proteção dos consumidores e promovendo relações
de consumo justas e transparentes. É fundamental
que tanto os consumidores quanto os fornecedores
estejam cientes desses direitos e deveres para garantir
uma experiência de compra segura e satisfatória.
.
DIREITO AO AREPENDIMENTO

O direito de arrependimento encontra-se previsto no


artigo 49 do Código de Defesa do
Consumidor, sendo aplicado nas vendas realizadas fora
do estabelecimento
Empresarial. Ou seja, as vendas que são realizadas de
forma online. E por ser de forma online o consumidor
não consegue visualizar ou examinar o produto
adequadamente justamente por não ter contato efetivo
com o produto ou serviço. E muitas vezes o consumidor
se encontra no momento da compra vulnerável ficando
assim exposto a praticas abusivas e por isso se
fundamenta a necessidade de proteção do consumidor
através do exercício do direito de
arrependimento, justamente pela impossibilidade de
contato físico com o produto ou serviço.
DIREITOS
o consumidor pode desistir do negócio realizado no prazo de reflexão de 7 (sete)
dias, a contar de sua assinatura ou do recebimento do produto/serviço
.Leonardo Roscoe Bessa expõe que, especificamente, quanto à compra por telefone
ou por Internet, a contagem inicia-se a partir do ato de recebimento do produto e
não do dia da solicitação (contratação)
o direito de desistir do contrato independe de qualquer vício do produto ou serviço,
posto que, “não se trata de defeitos que oportunizam a rescisão contratual.”
O artigo 51 do CDC19, enumera um rol de cláusulas abusivas consideradas nulas de
pleno direito, dentre elas, faz referência à devolução dos valores pagos pelo
consumidor, garantidos pelo parágrafo único do artigo 49. Devem, então, ser
restituídos integralmente pelo fornecedor, e com atualização monetária, sendo
considerada abusiva e, portanto, nula qualquer cláusula que impossibilite essa
restituição ou que imponha qualquer ônus ao consumidor pela sua desistência.
CONCLUSÃO
A Internet produziu uma revolução para o comércio, fomentando a economia
ao movimentar bilhões de reais no comercio digital. Além disso o acesso a
internet se tornou mais democrático permitindo que pessoas de baixa renda
tivessem acesso a serviços digitas aumentando assim o consumo de produtos
pela internet. No entanto, com a revolução digital também surgiram novas
formas de agressão ao direito do consumidor, sendo assim necessário uma
atualização legislativa com relação a atos abusivos feitos no ambiente digital,
no entanto os conflitos oriundos da contratação eletrônica ainda são feitos
com fundamento na interpretação doutrinária e jurisprudencial. Nesse
contexto, cabe dizer também que o consumidor não é obrigado a ficar com
nenhum produto podendo assim pedir reembolso no prazo de 7 dias E o
fornecedor virtual não pode fazer do comércio eletrônico um meio de
manipulação, através do marketing direto e agressivo de produtos e serviços.

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