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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

TRABALHO ATPS

A TRIBUTAÇÃO NO COMÉRCIO ELETRÔNICO

ANDREA CIPRIANO DA SILVA

2022

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS


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SUMÁRIO

LISTA DE SIGLAS........................................................................................................3

1. INTRODUÇÃO........................................................................................................4

2. TIPOS DE COMÉRCIO ELETRÔNICO.................................................................6

3. COMO É A TRIBUTAÇÃO NO COMÉRCIO ELETRÔNICO NO BRASIL?...........7

4. CONCLUSÃO.........................................................................................................9

BIBLIGRAFIA..............................................................................................................10
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LISTA DE SIGLAS

b2b – business to business (empresa para empresa)

b2c – business to consumer (empresa para consumidor)

COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social

CTN – Código Tributário Nacional

CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido

e-commerce – eletronic commerce (comércio eletrônico)

ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços

IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados

ioT – internet of things (internet das coisas)

ISS – Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza

IRPJ – Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas

MEI – Microempreendedor individual

PIS – Programa de Integração Social

STN – Sistema Tributário Nacional

www – world wide web (rede de alcance mundial)


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1. INTRODUÇÃO

1.1 O que é comércio eletrônico?

Define-se Comércio Eletrônico, a presença da Tecnologia da Informação para a


execução das etapas de compra e venda de produtos, bens e serviços usando a
world wide web (rede de alcance mundial), ou simplesmente www. Este processo
engloba a escolha do produto ou serviço, a compra, o pagamento e a emissão dos
documentos e notas fiscais. Todo o processo ocorre eletronicamente dentro da world
wide web, e compras de jogos eletrônicos, por exemplo, dentro do comércio
eletrônico (e-commerce), eles são baixados diretamente no disco rígido do seu
videogame ou computador, sem precisar entregar nenhum produto.

O início das plataformas de Comércio Eletrônico ocorreu na década de 90 mas foi


depois dos anos 2000, com a evolução da internet, que começou a ter velocidades
maiores (evoluindo da internet discada, para a banda larga), onde houve a expansão
do comércio eletrônico e que novas oportunidades vêm ocorrendo, nos últimos vinte
anos, vem ganhando a cada dia, novos usuários.

1.2 Qual é a finalidade do comércio eletrônico?

Sua finalidade é ser um ponto de venda onde as lojas podem divulgar produtos,
serviços para que os consumidores possam realizar compras à distância, sendo que,
por exemplo, uma loja no Sul do Brasil, pode vender seu produto para alguém que
more na Paraíba, por exemplo, expandindo as possibilidades do comércio, e para
quem vai comprar, tem a vantagem de não precisar sair de casa. Esta plataforma
pode ou não estar ligada a uma loja física, onde há lojas que possuem as duas
versões e há lojas que são totalmente digitais. Dentro do comércio eletrônico, pode-
se vender de tudo, e as categorias mais comuns são: alimentos e bebidas, casa e
decoração, eletrodomésticos, eletrônicos, esporte e lazer, informática, moda,
telefonia, dentre outros.
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1.3 Quais as vantagem do comércio eletrônico?

Muitas. Para o vendedor, ele pode expandir seus negócios, trazendo visibilidade,
aumentar sua carteira, vender mais. As empresas pequenas o comércio eletrônico
pode ser vantajoso, pois não há necessidade de uma loja física. Para o consumidor,
mais comodidade, pode escolher com calma o produto, ver a opinião de outros
consumidores, poderem comparar preços, e realizar a compra pelo próprio celular,
com poucos cliques. O consumidor do sul pode experimentar alimentos e produtos
do norte e vice-versa.

1.4 E as desvantagens?

No comércio eletrônico há também desvantagens, como o comprador não poder


manusear o produto escolhido, pagar o frete para recebê-lo, que muitas vezes não
está embutido no preço em que é anunciado; e em roupas e calçados, a modelagem
dos mesmos não ser igual gerando descontentamentos e trocas. Muitos vendedores
não descrevem detalhadamente seus produtos, e causam dúvidas aos compradores,
e as fotos podem não ser ricas em detalhes.
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2. TIPOS DE COMÉRCIO ELETRÔNICO

O Business to Consumer, também conhecido como B2C é um dos formatos de


comércio eletrônicos que mais está em expansão. O empresário pode vender
diretamente para o consumidor final produzindo seus produtos ou comprando suas
mercadorias. As decisões são tomadas de forma mais rápida e grandes
possibilidades se abrem. A concorrência é alta e a competitividade é grande.

O Business to Business (B2B) é um tipo de comércio eletrônico entre duas


empresas, onde as possiblidades de lucros são maiores e as exigências do mercado
também.

2.1 O que é tributação?

Para que haja convivência entre seres humanos, faz-se necessário um conjunto de
regras e normas. Tais regras e normas formam um código de leis, onde no Brasil, a
lei máxima se chama Constituição Federal. E dentro da Constituição são criados
emendas à Constituição; Leis complementares; Leis ordinárias, Medidas provisórias,
Decretos legislativos e Resoluções.

Conforme a Constituição Federal, a Emenda Constitucional de 01/12/1965 em seu


artigo 5º, inciso XV, alínea b a responsabilidade de recolher tributos cabe à União,
Estados, Distrito Federal e municípios sem haver prejuízos das respectivas
legislações complementares, supletivas ou regulamentares.

O Sistema Tributário Nacional é regido pela Emenda Constitucional 18 de 1º de


dezembro de 1965, pelas resoluções do Senado Federal e nos limites das
competências em leis federais, estaduais e municipais.

Conforme Vieira, (2015,14) tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em


moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito,
instituída em lei e cobrada por meio de uma atividade administrativa vinculada; onde
os tributos são: impostos, taxas e contribuições de Melhorias.
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3. COMO É A TRIBUTAÇÃO NO COMÉRCIO ELETRÔNICO NO


BRASIL?

No Brasil, embora estejamos perto de uma grande reforma tributária, o comércio


eletrônico tem sido bastante otimista. Conforme pesquisa divulgada pela Ebit/Nilsen,
em 2019, houve um crescimento de 12 por cento durante o primeiro semestre
daquele ano, ocorrendo um faturamento de 26 bilhões de reais. Durante o período
pandêmico, o comércio eletrônico manteve-se vivo, mantendo ativa a economia, e
seguindo esta tendência, onde as pessoas buscam cada dia mais os canais digitais,
para os próximos dois anos a expectativa é ainda maior em maximização de
resultados. Com isto, os principais tributos aplicados são:

 ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços)


 CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido)
 PIS (Programa de Integração Social)
 COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social)
 ISS (Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza)
 IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)
 IRPJ (Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas).

Dentre estes, o mais importante é o ICMS, imposto sobre circulação de mercadorias


e serviços, que incide sobre todas as operações ocorridas no comércio eletrônico.

3.1 Como funcionam a tributação no comércio eletrônico.

Esta tributação é bem semelhante à tributação de uma loja física comum, ocorrendo
poucas diferenças onde o vendedor pode optar pelo imposto simples nacional. Nas
vendas interestaduais de um comércio eletrônico, deve-se prestar atenção à taxa do
ICMS que varia em cada Estado da Federação, sendo esta a principal diferença
para uma loja física.

As empresas que trabalham com comércio eletrônico que elegem a tributação pelo
Simples Nacional contribuem com uma alíquota baseada no faturamento médio dos
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últimos dozes meses, conforme o anexo I da Lei complementar 123/2006. Também


há a possibilidade de a empresa ser enquadrada como MEI (Microempreendedor
individual) facilitando a abertura de um negócio.

Alguns Estados brasileiros concedem benefícios fiscais para empresas que realizam
vendas exclusivamente não presenciais, e tais benefícios podemos citar a
concessão de créditos ou a redução da alíquota. O empresário que vai entrar neste
ramo deve estudar bem as alterações decorrentes na legislação do ICMS.
Chamamos de Droshopping o nome do negócio onde uma empresa que opera no
comércio eletrônico não possui estoque próprio e os produtos são enviados aos
clientes diretamente pelos seus fornecedores, que podem importar mercadorias de
outros países, onde o empresário deve dominar este assunto.
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4. CONCLUSÃO

Podemos concluir que, o comércio eletrônico é um tipo de atividade que veio para
ficar e que ocorrerá grande expansão nos próximos anos, tanto para aqueles que
vendem no local, quanto para quem vende para outros Estados. O uso de
tecnologias inteligentes como drones reduzirá grandiosamente o valor do frete onde
o empresário poderá economizar nas entregas e a internet das coisas, inteligência
artificial disponibilizadas em equipamentos como micro-ondas, geladeiras,
televisões, onde os mesmos acessam a rede mundial de computadores e fazem
operações de compra de forma remota e automática, agilizará para a vida do
consumidor.

Contudo, até 2018, o comércio eletrônico tinha um grande desconforto: era exigido
pagar ICMS para os dois Estados, um para a origem da mercadoria e outro para o
Estado de destino. A Emenda Constitucional 87/2015 alterou a forma de tributação,
onde em operações entre dois Estados os valores do ICMS ficavam cem por cento
para o Estado de destino da operação, pagando apenas um único ICMS, o que
facilitou grandiosamente a vida de muitos empresários.

O Brasil estuda tecnologias para o aprimoramento do comércio eletrônico, e num


futuro muito próximo, as tributações serão mais simplificadas, e com a chegada da
internet das coisas (ioT), qualquer pessoa poderá de seu refrigerador poder
abastecer comprando seus mantimentos por meio de seu próprio aparelho.
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BIBLIGRAFIA

ANJOS, Luiz Cláudio Correia dos. Comércio eletrônico de livros via Internet; estudo
de caso da Livraria Cultura. São Paulo: EAESP/FGV, 1999, 100p. (Dissertação de
Mestrado apresentada ao Curso de Pós-graduação da EAESP/FGV, Área de
Concentração: Mercadologia)

BRASIL, Constituição Federal. Brasília, 1988.

FOLMANN, Melissa (coord). Tributação e direitos fundamentais. Curitiba: Juruá,


2006. 352p.

LANARI, Flávia de Vasconcelos. A tributação do comércio eletrônico. Belo


Horizonte: DelRey, 2005. 284p.

VIEIRA, Max. Escrita Fiscal Básica. Edição Compacta. 2009/2012/2015. Livro


Digital.

https://blog.nubank.com.br/e-commerce-como-funciona-o-comercio-eletronico/

https://abcomm.org/noticias/como-funciona-a-tributacao-no-e-commerce/#:~:text=As
%20empresas%20de%20com%C3%A9rcio%20eletr%C3%B4nico,Lei
%20Complementar%20n%C2%BA%20123%2F006.

https://www.escoladeecommerce.com/artigos/conheca-9-tipos-de-e-commerce-e-
entenda-diferenca-entre-eles/?gclid=EAIaIQobChMI5NGZhL-
69wIVDBXUAR3bsg3SEAAYASAAEgKO2vD_BwE

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