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Autor:
Fabiano Pereira
02 de Setembro de 2022
Sumário
APRESENTAÇÃO ...................................................................................................................................... 3
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TSE (Analista Judiciário) Passo Estratégico de Direito Eleitoral - 2022 (Pré-Edital)
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APRESENTAÇÃO
Olá!
A aula de hoje versará sobre dois temas que não são cobradas frequentemente em provas,
mas, quando isso acontece, o índice de erros acaba sendo muito grande: arrecadação e aplicação
de recursos em campanhas eleitorais e prestação de contas.
Lembre-se de que no Passo Estratégico o nosso objetivo é focar nos tópicos mais relevantes
e com maior probabilidade de cobrança em prova. Assim, este material deve ser utilizado em
conjunto com o curso completo, para permitir a absorção de todos os detalhes relativos ao tema
estudado.
Caso você ainda tenha alguma dúvida sobre a organização ou funcionamento do curso, fique à
vontade para esclarecê-las por meio das minhas redes sociais ou do fórum do aluno:
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ANÁLISE ESTATÍSTICA
A fim de que você possa se preparar com mais eficiência e garantir o maior número possível
de acertos no dia da prova, nada mais coerente do que estudar o estilo da banca examinadora.
Entretanto, conforme afirmei nas aulas anteriores, ainda não sabemos qual será a banca
examinadora do Concurso Unificado que será organizado pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Diante disso, optei por fazer a análise estatística levando em consideração as principais
bancas que organizam concursos públicos no Brasil, pois, assim, podemos nos preparar para
qualquer situação provável no concurso unificado.
Analisando-se as questões sobre o tema da aula de hoje, adianto que geralmente são bem
básicas e focadas no texto literal da legislação. Portanto, mais do que nunca é essencial efetuar a
leitura da Lei 9.504/1997, na íntegra.
Para revisar e ficar bem preparado no conteúdo abordado pela Lei 9.504/1997,
especialmente entre os artigos 17 e 32, lembre-se de realizar uma leitura de todos os dispositivos
mencionados, assim como observar o roteiro abaixo:
1. Cuidado para não confundir o Fundo Partidário com o Fundo Especial de Financiamento
de Campanha (também chamado de Fundo Eleitoral). O primeiro está disciplinado na Lei
9.096/1995 e tem por finalidade custear as despesas gerais de manutenção dos partidos políticos.
O segundo consta na Lei 9.504/1997 e tem o propósito de financiar as campanhas eleitorais de
partidos e candidatos.
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1.1. O art. 16-C da Lei 9.504/1997 dispõe que o Fundo Especial de Financiamento de
Campanha (FEFC) é constituído por dotações orçamentárias da União em ano eleitoral, em valor ao
menos equivalente: I - ao definido pelo Tribunal Superior Eleitoral, a cada eleição, com base nos
parâmetros definidos em lei; II - ao percentual do montante total dos recursos da reserva específica
a programações decorrentes de emendas de bancada estadual impositiva, que será encaminhado
no projeto de lei orçamentária anual.
1.2. Por sua vez, o fundo partidário é composto pelos recursos mencionados no art. 38 da Lei
9.096/1995, a saber: I - multas e penalidades pecuniárias aplicadas nos termos do Código Eleitoral e
leis conexas; II - recursos financeiros que lhe forem destinados por lei, em caráter permanente ou
eventual; III - doações de pessoa física ou jurídica, efetuadas por intermédio de depósitos bancários
diretamente na conta do Fundo Partidário; IV - dotações orçamentárias da União em valor nunca
inferior, cada ano, ao número de eleitores inscritos em 31 de dezembro do ano anterior ao da
proposta orçamentária, multiplicados por trinta e cinco centavos de real, em valores de agosto de
1995.
1.3.1. Nos quinze dias subsequentes ao depósito, o Tribunal Superior Eleitoral divulgará o
montante de recursos disponíveis no Fundo Eleitoral
1.3.2. Os recursos do fundo eleitoral ficarão à disposição do partido político somente após
a definição de critérios para a sua distribuição, os quais, aprovados pela maioria absoluta dos
membros do órgão de direção da executiva nacional do partido, serão divulgados publicamente.
Muita atenção aos responder às questões de prova, pois a banca pode simplesmente
excluir a expressão “absoluta”, afirmando que a definição dos critérios poderia ocorrer
por maioria simples, o que não é verdade!
1.3.3. A Lei 9.504/1997, em seu art. 16-D, afirma que os recursos do Fundo Especial de
Financiamento de Campanha (FEFC), para o primeiro turno das eleições, serão distribuídos entre os
partidos políticos, obedecidos os seguintes critérios:
I - 2% (dois por cento), divididos igualitariamente entre todos os partidos com estatutos registrados no
Tribunal Superior Eleitoral;
II - 35% (trinta e cinco por cento), divididos entre os partidos que tenham pelo menos um representante
na Câmara dos Deputados, na proporção do percentual de votos por eles obtidos na última eleição geral
para a Câmara dos Deputados;
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III - 48% (quarenta e oito por cento), divididos entre os partidos, na proporção do número de
representantes na Câmara dos Deputados, consideradas as legendas dos titulares. É importante
esclarecer que o § 3º do art. 16-D, acrescentado pela Lei 13.877/19, dispõe que “a distribuição dos
recursos entre os partidos terá por base o número de representantes eleitos para a Câmara dos Deputados
na última eleição geral, ressalvados os casos dos detentores de mandato que migraram em razão de o
partido pelo qual foram eleitos não ter cumprido os requisitos previstos no § 3º do art. 17 da Constituição
Federal.
IV - 15% (quinze por cento), divididos entre os partidos, na proporção do número de representantes no
Senado Federal, consideradas as legendas dos titulares. O § 4º do art. 16-D, acrescentado pela Lei
13.877/19, dispõe que Para fins do disposto no inciso IV do caput deste artigo, a distribuição dos recursos
entre os partidos terá por base o número de representantes eleitos para o Senado Federal na última eleição
geral, bem como os Senadores filiados ao partido que, na data da última eleição geral, encontravam-se no
1º (primeiro) quadriênio de seus mandatos.
2. A Lei 9.504/1997, em seu art. 18, dispõe que os limites de gastos de campanha serão
definidos em lei e divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral em cada pleito. Nas eleições de 2018,
por exemplo, foi fixado o limite de gastos de R$ 70.000.000,00 (setenta milhões de reais) no primeiro
turno, para a disputa do cargo de Presidente da República. Para o segundo turno, foi fixado o
montante de R$ 35.000.000,00 (trinta e cinco milhões de reais), o que totalizou R$ 105.000.000,00
(cento e cinco milhões de reais) para cada candidato que disputou o segundo turno das eleições
presidenciais.
2.1. A fim de garantir que o limite de gastos seja efetivamente observado, tratou o art. 18-B
da Lei 9.504/1997 de dispor que “o descumprimento dos limites de gastos fixados para cada
campanha acarretará o pagamento de multa em valor equivalente a 100% (cem por cento) da
quantia que ultrapassar o limite estabelecido, sem prejuízo da apuração da ocorrência de abuso do
poder econômico”.
o A competência para processar e julgar representação por doação acima do limite legal
é do juízo do domicílio do doador.
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O candidato poderá usar recursos próprios em sua campanha até o total de 10% (dez por
cento) dos limites previstos para gastos de campanha no cargo em que concorrer.
2.4. A Lei 9.504/1997, em seu art. 22, dispõe que “é obrigatório para o partido e para os
candidatos abrir conta bancária específica para registrar todo o movimento financeiro da
campanha”. Entretanto, destaca-se que essa obrigatoriedade não se aplica aos casos de candidatura
para Prefeito e Vereador em Municípios onde não haja agência bancária ou posto de atendimento
bancário.
2.4.1. De qualquer forma, ainda que o candidato ou partido político estejam dispensados da
abertura de conta corrente na hipótese mencionada, permanece a obrigatoriedade de prestação das
contas de campanha.
2.4.2 Deve ficar claro que antes de abrir a conta corrente bancária o candidato deve obter
o CNPJ, que será fornecido pela Justiça Eleitoral, em até 3 (três) dias úteis após o recebimento do
pedido de registro da candidatura.
2.5. A Lei 13.488/2017 introduziu, no art. 22-A, § 3º, da Lei 9.504/1997, importante
mecanismo de arrecadação de recursos para o financiamento coletivo das campanhas eleitorais: o
crowdfunding, que nada mais é do que uma “vaquinha virtual” coordenada por sites especializados
nesse tipo de atividade.
2.5.1. Desde o dia 15 de maio do ano eleitoral, é facultada aos pré-candidatos a
arrecadação prévia de recursos por meio do crowdfunding, mas a liberação de recursos por parte
das entidades arrecadadoras fica condicionada ao registro da candidatura, e a realização de
despesas de campanha deverá observar o calendário eleitoral. Caso não seja efetivado o registro
da candidatura, as entidades arrecadadoras deverão devolver os valores arrecadados aos
doadores.
2.6. O art. 26 da Lei 9.504/1997 dispõe sobre o rol de despesas consideradas como gastos
eleitorais. Para responder às questões de prova, é imprescindível memorizar todas as hipóteses,
pois as bancas adoram cobrá-las: I – confecção de material impresso de qualquer natureza e
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2.7. A Lei 9.504/1997, em seu art. 27, afirma que “qualquer eleitor poderá realizar gastos,
em apoio a candidato de sua preferência, até a quantia equivalente a um mil UFIR, não sujeitos a
contabilização, desde que não reembolsados”. Em outras palavras, significa que o eleitor pode
realizar gastos em favor do seu candidato de preferência, com ou sem o respectivo conhecimento
deste, até o limite de R$ 1.064,10 (um mil, sessenta e quatro reais e dez centavos), sem a
necessidade de contabilização das despesas.
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3. Todos os partidos político e candidatos que participarem do pleito eleitoral estão obrigados
a encaminhar à Justiça Eleitoral, até o trigésimo dia posterior à realização das eleições, o conjunto
das prestações de contas. Caso ocorra segundo turno, o encaminhamento da prestação de contas,
referente aos 2 (dois) turnos, deverá ser feito até o vigésimo dia posterior à sua realização.
3.2. A competência para análise e julgamento das prestações de contas deve observar a
seguinte regra:
3.3. A Lei 9.504/1997, em seu art. 29, § 4º, afirma que os partidos políticos, as coligações e os
candidatos são obrigados, durante as campanhas eleitorais, a divulgar em sítio criado pela Justiça
Eleitoral para esse fim na rede mundial de computadores (internet): I - os recursos em dinheiro
recebidos para financiamento de sua campanha eleitoral, em até 72 (setenta e duas) horas de seu
recebimento; II - no dia 15 de setembro, relatório discriminando as transferências do Fundo
Partidário, os recursos em dinheiro e os estimáveis em dinheiro recebidos, bem como os gastos
realizados.
3.4. Doação estimável em dinheiro é aquela que não é feita por meio de pecúnia (dinheiro),
mas por um bem que possui valor financeiro, devendo ser feitas mediante recibo, devidamente
assinado pelo doador, exceto nas seguintes hipóteses:
I - a cessão de bens móveis, limitada ao valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) por pessoa
cedente – é possível a cessão de um ponto comercial, por exemplo, cujo valor estimado do
aluguel não ultrapasse o montante de R$ 4.000,00 (quatro mil reais).
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3.5. Os gastos com passagens aéreas efetuados nas campanhas eleitorais serão
comprovados mediante a apresentação de fatura ou duplicata emitida por agência de viagem,
quando for o caso, desde que informados os beneficiários, as datas e os itinerários, vedada a
exigência de apresentação de qualquer outro documento para esse fim.
3.6.1. O art. 29, § 9º, da Lei 9.504/1997, dispõe que a Justiça Eleitoral adotará sistema
simplificado de prestação de contas para candidatos que apresentarem movimentação financeira
correspondente a, no máximo, R$ 20.000,00 (vinte mil reais), atualizados monetariamente, a cada
eleição, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC da Fundação Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística - IBGE ou por índice que o substituir.
Além disso, a prestação de contas será feita sempre pelo sistema simplificado nas eleições
para Prefeito e Vereador de Municípios com menos de cinquenta mil eleitores.
3.7. A Lei 9.504/1997, em seu art. 29, § 3º, afirma que eventuais débitos de campanha não
quitados até a data de apresentação da prestação de contas poderão ser assumidos pelo partido
político, por decisão do seu órgão nacional de direção partidária. Nesse caso, o órgão partidário
da respectiva circunscrição eleitoral passará a responder por todas as dívidas solidariamente com
o candidato, hipótese em que a existência do débito não poderá ser considerada como causa para
a rejeição das contas.
3.9. Erros formais ou materiais irrelevantes no conjunto da prestação de contas, que não
comprometam o seu resultado, não acarretarão a rejeição das contas e a cominação de sanção,
principalmente quando for possível corrigi-los.
3.10. Da decisão que julgar as contas prestadas pelos candidatos caberá recurso ao órgão
superior da Justiça Eleitoral, no prazo de 3 (três) dias, a contar da publicação no Diário Oficial. Se a
decisão for proferida pelo Juiz Eleitoral, por exemplo, o recurso deverá ser proposto perante o
Tribunal Regional Eleitoral. Caso este seja o responsável originariamente pela decisão, o recurso
deve ser proposto para o Tribunal Superior Eleitoral.
3.11. Caso exista sobra de recursos financeiros ao final da campanha, esta deverá ser
declarada na prestação de contas e, após julgamento de todos os recursos, transferida ao
respectivo órgão partidário, nos seguintes termos:
3.12. Até cento e oitenta dias após a diplomação, os candidatos ou partidos conservarão
a documentação concernente a suas contas. Estando pendente de julgamento qualquer
processo judicial relativo às contas, a documentação a elas concernente deverá ser conservada
até a decisão final.
APOSTA ESTRATÉGICA
No que se refere à segunda parte da Lei 9.504/1997, acreditamos que a banca irá se limitar à
cobrança dos dispositivos legais, sem qualquer tipo de aprofundamento. Todavia, isso não o exime
de fazer a leitura do PDF, para se atentar a todos os detalhes.
Diante disso, selecionei algumas informações que reputo essenciais:
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Da arrecadação e
aplicação de recursos
Prestação de contas
Erros formais e materiais corrigidos não Até cento e oitenta dias após a diplomação, os
autorizam a rejeição das contas e a cominação candidatos ou partidos conservarão a
de sanção a candidato ou partido. documentação concernente a suas contas.
QUESTÕES ESTRATÉGICAS
Nesta seção, apresentamos e comentamos uma amostra de questões objetivas selecionadas
estrategicamente: são questões com nível de dificuldade semelhante ao que você deve esperar para
a sua prova e que, em conjunto, abordam os principais pontos do assunto.
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A ideia, aqui, não é que você fixe o conteúdo por meio de uma bateria extensa de questões,
mas que você faça uma boa revisão global do assunto a partir de, relativamente, poucas questões.
A) As prestações de contas dos candidatos às eleições proporcionais serão feitas pelo comitê
financeiro ou pelo próprio candidato.
C) A Justiça Eleitoral adotará sistema simplificado de prestação de contas para candidatos que
apresentarem movimentação financeira correspondente a, no máximo, R$ 20.000,00 (vinte mil
reais), atualizados monetariamente, a cada eleição, pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor – INPC da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE ou por
índice que o substituir.
D) As prestações de contas dos candidatos às eleições majoritárias serão feitas por intermédio
do comitê financeiro, devendo ser acompanhadas dos extratos das contas bancárias referentes
à movimentação dos recursos financeiros usados na campanha e da relação dos cheques
recebidos, com a indicação dos respectivos números, valores e emitentes.
E) Os valores transferidos pelos partidos políticos oriundos de doações não serão registrados
na prestação de contas dos candidatos como transferência dos partidos, nem na prestação de
contas dos partidos, como transferência aos candidatos.
Comentários
A) Nos termos do art. 28, §2º, da Lei nº 9.504/1997, “as prestações de contas dos candidatos às
eleições proporcionais serão feitas pelo próprio candidato”. A figura do comitê financeiro, que
anteriormente constava em vários dispositivos da Lei 9.504/1997, foi extinta pela Lei 13.165/2015.
Assertiva incorreta.
B) O enunciado da alternativa faz referência ao texto antigo, que foi revogado pela Lei 13.165/2015.
Atualmente, o art. 28, §4º, I e II, da Lei nº 9504/1997, dispõe expressamente que os partidos
políticos, as coligações e os candidatos são obrigados a promover divulgação em sítio criado pela
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C) Ao responder às questões de prova, lembre-se de que a Lei 9.504/1997 faz referência a dois
sistemas de prestação de contas de campanha: o ordinário (comum), que exige a apresentação de
toda a documentação impressa, bem como dados detalhados de todas as receitas/despesas de
campanha; o simplificado, para movimentação financeira correspondente a, no máximo, R$
20.000,00 (vinte mil reais) e eleições municipais em cidades com menos de cinquenta mil eleitores.
Assertiva correta.
D) O art. 28, §1º, da Lei 9.504/1997, estabelece que as prestações de contas dos candidatos às
eleições majoritárias serão feitas pelo próprio candidato e não por comitê financeiro, que foram
extintos com o advento da Lei 13.165/2015. Assertiva incorreta.
Gabarito: “C”.
Considerando os recursos disponíveis, decidiram que seriam incluídos, como gastos eleitorais,
sujeitos, portanto, aos limites fixados em lei,
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A) I, II e III.
B) II e IV.
C) I e III.
D) I.
E) IV.
Comentários
Item I - Incorreto. Nos termos do art. 26, § 1º, III, da Lei 9.504/1997, as despesas com alimentação
e hospedagem do próprio candidato NÃO são consideradas gastos eleitorais e também não se
sujeitam à prestação de contas.
Item II - Incorreto. O art. 39, § 6º, da Lei 9.504/1997, veda expressamente a possibilidade de
confecção, utilização, distribuição de camisetas, chaveiros, bonés, canetas, brindes, cestas básicas
ou quaisquer outros bens ou materiais que possam proporcionar vantagem ao eleitor durante a
campanha.
Item III - Incorreto. É proibida a realização de showmício e de evento assemelhado para promoção
de candidatos, bem como a apresentação de artistas, remunerada ou não, com a finalidade de
animar comício e reunião eleitoral.
Item IV - Correto. O art. 26, XII, da Lei 9.504/1997, classifica como gasto eleitoral, sujeito a registro
e aos limites fixados em lei, a realização de pesquisas ou testes pré-eleitorais.
Gabarito: “E”.
I. Os limites de gastos de campanha serão definidos em lei e divulgados pelo Tribunal Superior
Eleitoral.
II. É facultativo para o partido e para os candidatos abrir conta bancária específica para registrar
todo o movimento financeiro da campanha.
III. Aos candidatos é facultada a inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ.
A) I e II.
B) I e IV.
C) II e III.
D) III e IV.
Comentários
Item I - Correto. Nos termos do art. 18 da Lei 9.504/1997, “os limites de gastos de campanha serão
definidos em lei e divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral”.
Item II - Incorreto. O art. 22 da Lei 9.504/1997 dispõe que “é OBRIGATÓRIO para o partido e para
os candidatos abrir conta bancária específica para registrar todo o movimento financeiro da
campanha”, salvo quando não existir agência ou correspondente bancário no município.
Item III - Incorreto. O art. 22-A, da Lei 9.504/1997, impõe aos candidatos a obrigação de se
inscreverem no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ. A propósito, as contas correntes de
campanha serão abertas com a numeração do CNPJ e não do CPF do candidato.
Item IV - Correto. Conforme previsão do art. 26, XII, da Lei 9.504/1997, a realização de pesquisas ou
testes pré-eleitorais são considerados gastos eleitorais, sujeitos a registro e aos limites fixados em
lei.
Gabarito: “B”.
Comentários
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O art. 18-B, da Lei 9.504/1997, estabelece que “o descumprimento dos limites de gastos fixados para
cada campanha acarretará o pagamento de multa em valor equivalente a 100% (cem por cento) da
quantia que ultrapassar o limite estabelecido, sem prejuízo da apuração da ocorrência de abuso do
poder econômico.”
Gabarito: “C”.
A) hierárquicos.
B) materiais.
C) estatutários.
D) percentuais.
E) destinatários.
Comentários
Erros formais ou materiais irrelevantes no conjunto da prestação de contas, que não comprometam
o seu resultado, não acarretarão a rejeição das contas e a cominação de sanção, principalmente
quando for possível corrigi-los.
Deve ficar claro que se os erros formais e/ou materiais comprometerem a análise geral das
prestações de contas, ou forem praticados por manifesta má-fé, podem ensejar a respectiva
desaprovação e a aplicação das penalidades cabíveis aos responsáveis.
Gabarito: “B”.
B) pela aprovação com ressalvas, quando verificadas falhas que não lhes comprometam a
regularidade.
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D) pela não prestação, quando não apresentadas as contas após a notificação emitida pela
Justiça Eleitoral, na qual constará a obrigação expressa de prestar as suas contas, no prazo de
setenta e duas horas.
E) pela não rejeição das contas que, na sua prestação, apresentarem erros formais ou materiais
irrelevantes que não comprometam o seu resultado.
Comentários
a) Nos termos do art. 30, I, da Lei 9.504/1997, a Justiça Eleitoral verificará a regularidade das contas
de campanha, decidindo pela aprovação, quando estiverem regulares. Assertiva correta.
b) O art. 30, II, da Lei 9.504/1997, determina que a Justiça Eleitoral verificará a regularidade das
contas de campanha, decidindo pela aprovação com ressalvas, quando verificadas falhas que não
lhes comprometam a regularidade. Assertiva correta.
c) O art. 30, III, da Lei 9.504/1997, estabelece que a Justiça Eleitoral verificará a regularidade das
contas de campanha, decidindo pela desaprovação, quando verificadas falhas que lhes
comprometam a regularidade. Todavia, deve ficar claro que a desaprovação de contas de campanha
não enseja a declaração de inelegibilidade do candidato. Assertiva incorreta.
d) De acordo com o disposto no art. 30, IV, da Lei 9.504/1997, a Justiça Eleitoral verificará a
regularidade das contas de campanha, decidindo pela não prestação, quando não apresentadas as
contas após a notificação emitida pela Justiça Eleitoral, na qual constará a obrigação expressa de
prestar as suas contas, no prazo de setenta e duas horas. Assertiva correta.
e) Segundo o disposto no art. 30, § 2º, da Lei 9.504/1997, “erros formais e materiais corrigidos não
autorizam a rejeição das contas e a cominação de sanção a candidato ou partido”. Assertiva correta.
Gabarito: “C”.
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Comentários
a) Caso exista sobra de recursos financeiros ao final da campanha, esta deverá ser declarada na
prestação de contas e, após julgamento de todos os recursos, transferida ao partido. Assertiva
incorreta. ==13272f==
b) Nos termos do art. 22 da Lei 9.504/1997 é obrigatório aos partidos e candidatos abrir conta
bancária específica para registrar todo o movimento financeiro da campanha. Caso ocorra o uso de
recursos financeiros para pagamentos de gastos eleitorais que não provenham da conta específica,
a prestação de contas do partido ou candidato será desaprovada. Além disso, comprovando-se
abuso de poder econômico ocorrerá o cancelamento do registro da candidatura ou cassado o
diploma, se já houver sido outorgado. Assertiva incorreta.
c) Eis a disposição contida expressamente no art. 29, § 2º, da Lei 9.504/1997. A propósito, destaca-
se que todos os candidatos devem apresentar as suas prestações de contas para a Justiça Eleitoral,
porém, a prioridade de análise recairá sob os candidatos eleitos, que, caso não a apresentem, não
poderão ser diplomados. Assertiva correta.
d) Nos termos do art. 29, § 2º, da Lei 9.504/1997, as divulgações obrigatórias para partidos políticos,
coligações e candidatos serão realizadas em sítio da rede mundial de computadores criado pela
Justiça Eleitoral. Assertiva incorreta.
e) Nos termos do art. 28, § 11, da Lei 9.504/1997, o sistema simplificado será utilizado nas prestações
de contas dos candidatos que apresentaram movimentação financeira correspondente a, no
máximo, R$20.000,00 (vinte mil reais). Todavia, nas eleições para Prefeito e Vereador, de Municípios
com menos de cinquenta mil eleitores, a prestação de contas será feita sempre pelo sistema
simplificado, independentemente do valor das despesas. Assertiva incorreta.
Gabarito: “C”.
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D) Caso, no exame das contas, seja constatado recurso de origem não mencionada, o partido
ficará sujeito à suspensão do repasse de novas quotas do Fundo Partidário.
Comentários
b) O art. 32, § 4º, da Lei 9.096/1995, estabelece que os órgãos partidários municipais que não hajam
movimentado recursos financeiros ou arrecadado bens estimáveis em dinheiro ficam desobrigados
de prestar contas à Justiça Eleitoral e de enviar declarações de isenção, declarações de débitos e
créditos tributários federais ou demonstrativos contábeis à Receita Federal do Brasil. Assertiva
incorreta.
c) Nos termos do art. 32, § 5º, da Lei 9.096/1995, a desaprovação da prestação de contas do partido
não ensejará sanção alguma que o impeça de participar do pleito eleitoral. Assertiva incorreta.
d) No caso de recursos de origem não mencionada ou esclarecida, fica suspenso o recebimento das
quotas do Fundo Partidário até que o esclarecimento seja aceito pela Justiça Eleitoral, conforme
determina o art. 36, I, da Lei 9.096/1995. Assertiva correta.
e) O art. 31, IV, da Lei 9.096/1995, veda a possibilidade de partidos receberem recursos de entidade
de classe ou sindical (são pessoas jurídicas). Assertiva incorreta.
Gabarito: “D”.
A) e a entidade esportiva J poderão fazer a doação, desde que limitada a 10% dos rendimentos
brutos auferidos por cada um deles no ano anterior à eleição.
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C) poderá fazer a doação, desde que limitada a 10% dos rendimentos brutos auferidos por ele
no ano anterior à eleição, sendo vedada a doação pela entidade esportiva J.
D) poderá fazer a doação de qualquer quantia, sem limitação, sendo vedada a doação pela
entidade esportiva J.
E) poderá fazer a doação, desde que limitada a 20% dos rendimentos brutos auferidos por ele
no ano anterior à eleição, sendo vedada a doação pela entidade esportiva J.
Comentários
Sebastião poderá fazer doações em dinheiro ou estimáveis em dinheiro para campanhas eleitorais,
desde que observados os limites estabelecidos no art. 23 da Lei 9.504/1997, pois é pessoa física. O
art. 23, § 1º, da Lei 9.504/1997, dispõe que as doações de pessoas física para campanha são limitadas
a 10% (dez por cento) dos rendimentos brutos auferidos pelo doador no ano anterior à eleição.
Por sua vez, o simples fato de a entidade esportiva J caracterizar-se como pessoa jurídica a impede
de realizar doações para candidatos e/ou partidos políticos durante as campanhas eleitorais.
Gabarito: “C”.
B) A prestação de contas, no caso das eleições proporcionais, deve ser efetivada pelo próprio
candidato.
D) Dispensa-se a prestação de contas das cessões de bens móveis de cada cedente até o limite
de R$ 40.000.
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Comentários
a) Erros formais e materiais corrigidos não autorizam a rejeição das contas e a cominação de sanção
a candidato ou partido, nos termos do art. 30, § 2º, da Lei 9.504/1997. Assertiva incorreta.
b) Nos termos do art. 28, §2º, da Lei 9.096/1995, “as prestações de contas dos candidatos às eleições
proporcionais serão feitas pelo próprio candidato”. Assertiva correta.
e) As doações e contribuições oriundas de pessoas físicas ficam limitadas a 10% (dez por cento) dos
rendimentos brutos auferidos pelo doador no ano anterior à eleição. Por sua vez, as doações por
pessoas jurídicas são vedadas pela lei. Assertiva incorreta.
Gabarito: “B”.
D) O registro de candidato expulso de seu partido até a data da eleição está sujeito a
cancelamento, que deve ser solicitado pelo partido que o expulsou e decretado pela justiça
eleitoral.
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E) Embora seja assegurado aos partidos políticos, a cada eleição, o direito de manter os
números que lhe foram atribuídos na eleição anterior, essa garantia se estende aos candidatos
eleitos na última eleição.
Comentários
a) Não há qualquer dispositivo legal que obrigue os partidos políticos a custearem as despesas de
campanha de seus candidatos. Ademais, as agremiações não são responsáveis pela fixação do limite
de gastos nas campanhas, atribuição que compete ao Tribunal Superior Eleitoral. Assertiva incorreta.
b) O candidato é solidariamente responsável com a pessoa indicada para administrar sua campanha
pela veracidade das informações financeiras e contábeis, devendo ambos assinar a respectiva
prestação de contas, nos termos do art. 21 da Lei 9.504/1997. Assertiva incorreta.
d) Nos termos do art. 14, caput, da Lei 9.504/1997, estão sujeitos ao cancelamento do registro os
candidatos que, até a data da eleição, forem expulsos do partido, em processo no qual seja
assegurada ampla defesa e sejam observadas as normas estatutárias. A propósito, o parágrafo único
ainda determina que o cancelamento do registro do candidato será decretado pela Justiça Eleitoral,
após solicitação do partido. Assertiva correta.
e) Segundo o disposto pelo art. 15, § 1º, da Lei 9.504/1997, aos partidos fica assegurado o direito de
manter os números atribuídos à sua legenda na eleição anterior, e aos candidatos (ainda que não
tenham sido eleitos), nesta hipótese, o direito de manter os números que lhes foram atribuídos na
eleição anterior para o mesmo cargo. Assertiva incorreta.
Gabarito: “D”.
A) É de 20% o limite de gastos com alimentação com as pessoas que prestam serviços às
candidaturas e comitês eleitorais.
B) É de 10% o limite de gastos com aluguel de veículos automotores que prestam serviços às
candidaturas e comitês eleitorais.
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C) Qualquer eleitor poderá realizar gastos, em apoio a candidato de sua preferência, até a
quantia equivalente a um mil UFIR, não sujeitos à contabilização, desde que não reembolsados.
E) Não há limite de gastos para a campanha presidencial, sendo os eventuais abusos objeto de
apuração mediante as ações eleitorais pertinentes.
Comentários
a) O limite quanto ao total do gasto de campanha com alimentação do pessoal que presta serviços
às candidaturas ou aos comitês eleitorais será de 10% (dez por cento), nos termos do art. 26, I, da
Lei 9.504/1997. Assertiva incorreta.
b) O limite quanto ao total do gasto de campanha com aluguel de veículos automotores será de 20%
(vinte por cento), nos termos do art. 26, II, da Lei 9.504/1997. Assertiva incorreta.
c) Eis a exata reprodução do texto do art. 27 da Lei 9.504/1997. Em outras palavras, significa que o
eleitor pode realizar gastos em favor do seu candidato de preferência, com ou sem o respectivo
conhecimento deste, até o limite de R$ 1.064,10 (um mil, sessenta e quatro reais e dez centavos),
sem a necessidade de contabilização das despesas. Assertiva correta.
d) O candidato a cargo eletivo fará, diretamente ou por intermédio de pessoa por ele designada, a
administração financeira de sua campanha usando recursos repassados pelo partido, inclusive os
relativos à cota do Fundo Partidário, recursos próprios ou doações de pessoas físicas, na forma
estabelecida na Lei. Não há qualquer dispositivo legal que fixe o limite de recursos que o partido
político pode transferir para os seus respectivos candidatos. Assertiva incorreta.
e) Nos termos do art. 18 da Lei 9.504/1997, os gastos de campanha, em cada eleição, terão limites
definidos pelo Tribunal Superior Eleitoral com base nos parâmetros definidos em lei. Nas eleições
de 2018, por exemplo, o limite de gastos foi de R$ 105.000.000,00 (cento e cinco milhões de reais),
considerando-se os dois turnos, por candidato. Assertiva incorreta.
Gabarito: “C”.
São questões um pouco mais desafiadoras, porque a redação de seu enunciado não ajuda na
sua resolução, como ocorre nas clássicas questões objetivas.
Além disso, as questões objetivas, em regra, abordam pontos isolados de um dado assunto.
Assim, ao resolver várias questões objetivas, o candidato acaba memorizando pontos isolados do
conteúdo, mas muitas vezes acaba não entendendo como esses pontos se conectam.
Diante disso, buscaremos, na medida do possível, apresentar questões subjetivas que ajudem
você a conectar melhor os diversos pontos do conteúdo.
É importante frisar que não estamos adentrando em um nível de profundidade maior que o
exigido na sua prova, mas apenas permitindo que você compreenda melhor o assunto de modo a
facilitar a resolução de questões objetivas típicas de concursos, ok?
PERGUNTAS
02. No ano de 2019, Doquinha faturou R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) brutos, ao prestar
serviços de pintura e funilaria de veículos para particulares. Após deduzir os custos com aluguel e
demais despesas correntes, constatou que havia faturado o valor líquido de R$ 100.000,00 (cem
mil reais) líquidos. Ao ser informado de que poderia realizar doações para candidatos nas eleições
de 2020, decidiu doar R$ 5.000,00 (cinco mil reais) para a campanha de Aristóteles e R$ 6.000,00
para a campanha de Platão, ambos em espécie. Levando-se em consideração apenas as
informações contidas no enunciado, pode-se afirmar que as doações estão em conformidade com
a legislação vigente?
03. Coxinha disputou e perdeu as eleições para o cargo de Prefeito em 2016, não apresentando
perante a Justiça Eleitoral as contas de campanha. No dia 15/08/2020, ao formalizar pedido de
registro de candidatura ao mesmo cargo, foi informado pelo servidor do Cartório Eleitoral de que
o seu requerimento seria indeferido, pois não estava quite com as obrigações eleitorais. Ao
procurar um advogado especialista em Direito Eleitoral, foi orientado para que apresentasse a
prestação de contas pendente antes do julgamento do requerimento de registro de candidatura,
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pois, assim, voltaria a adquirir a quitação eleitoral. Diante das informações apresentadas, pode-
se afirmar que as orientações do advogado estão em conformidade com a legislação vigente?
Em sua defesa, Doquinha afirmou que apenas poderia ser responsabilizado de forma subsidiária,
pois, em momento algum, havia sido consultado pelo contador sobre a possibilidade de utilização
dos recursos não identificados. Diante do que foi exposto, o candidato pode ser responsabilizado
pelas irregularidades praticadas pelo contador? Explique.
Ao responder às questões de prova, lembre-se de que a Lei 9.504/1997 faz referência a dois sistemas
de prestação de contas de campanha: o ordinário (comum), que exige a apresentação de toda a
documentação impressa, bem como dados detalhados de todas as receitas/despesas de campanha;
e o simplificado, para movimentação financeira correspondente a, no máximo, R$ 20.000,00 (vinte
mil reais) e/ou em eleições municipais em cidades com menos de cinquenta mil eleitores.
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02. No ano de 2019, Doquinha faturou R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) brutos, ao prestar
serviços de pintura e funilaria de veículos para particulares. Após deduzir os custos com aluguel e
demais despesas correntes, constatou que havia faturado o valor líquido de R$ 100.000,00 (cem
mil reais) líquidos. Ao ser informado de que poderia realizar doações para candidatos nas eleições
de 2020, decidiu doar R$ 5.000,00 (cinco mil reais) para a campanha de Aristóteles e R$ 6.000,00
para a campanha de Platão, ambos em espécie. Levando-se em consideração apenas as
informações contidas no enunciado, pode-se afirmar que as doações estão em conformidade com
a legislação vigente?
O art. 23, § 1º, da Lei 9.504/1997, é claro ao afirmar que as doações e contribuições para campanhas
eleitorais ficam limitadas a 10% (dez por cento) dos rendimentos brutos auferidos pelo doador no
ano anterior à eleição. Diante disso, pode-se concluir que as doações realizadas por Doquinha estão
em conformidade com a legislação eleitoral vigente, pois, somadas, totalizam menos de 10% do
faturamento bruto recebido em 2019.
03. Coxinha disputou e perdeu as eleições para o cargo de Prefeito em 2016, não apresentando
perante a Justiça Eleitoral as contas de campanha. No dia 15/08/2020, ao formalizar pedido de
registro de candidatura ao mesmo cargo, foi informado pelo servidor do Cartório Eleitoral de que
o seu requerimento seria indeferido, pois não estava quite com as obrigações eleitorais. Ao
procurar um advogado especialista em Direito Eleitoral, foi orientado para que apresentasse a
prestação de contas pendente antes do julgamento do requerimento de registro de candidatura,
pois, assim, voltaria a adquirir a quitação eleitoral. Diante das informações apresentadas, pode-
se afirmar que as orientações do advogado estão em conformidade com a legislação vigente?
Levando-se em consideração que Coxinha disputou as eleições de 2016 e não prestou contas de
campanhas, ficará sem quitação eleitoral durante todo o período do mandato que disputou ou até
que apresente a respectiva prestação de contas perante a Justiça Eleitoral. Todavia, ainda que
apresente as contas de campanha pendentes antes do julgamento do pedido de registro de
candidatura, ficará sem quitação eleitoral até o dia 01/01/2021, no mínimo!
Diante disso, pode-se afirmar que as orientações do advogado não procedem e que Coxinha
realmente terá o seu requerimento indeferido pelo Juiz Eleitoral.
04. Aristóteles atualmente é contador e administrador financeiro da campanha eleitoral de
Doquinha, que disputa uma das vagas para o cargo de vereador no município de Fabianolândia-
PA. Durante a contabilização das receitas e despesas, percebeu que vários depósitos não
identificados foram registrados na conta corrente de campanha, mas, mesmo diante das
orientações legislativas, decidiu, por sua conta e risco, utilizá-los para a confecção de material
impresso de campanha. Levando-se em consideração que os valores mencionados somavam
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quantia considerável, o Ministério Público eleitoral decidiu propor ação judicial contra o contador
e contra o candidato.
Em sua defesa, Doquinha afirmou que apenas poderia ser responsabilizado de forma subsidiária,
pois, em momento algum, havia sido consultado pelo contador sobre a possibilidade de utilização
dos recursos não identificados. Diante do que foi exposto, o candidato pode ser responsabilizado
pelas irregularidades praticadas pelo contador? Explique.
Levando-se em consideração que o candidato geralmente fica muito atarefado durante a campanha
eleitoral, principalmente em relação aos cargos em disputa nas eleições gerais, o art. 20 da Lei
9.504/1997 permite a designação de um terceiro para realizar a administração financeira de sua
campanha usando recursos repassados pelo partido, inclusive os relativos à cota do Fundo
Partidário, recursos próprios ou doações de pessoas físicas. Entretanto, lembre-se sempre de que o
candidato é solidariamente responsável com a pessoa designada pela veracidade das informações
financeiras e contábeis de sua campanha, devendo ambos assinar a respectiva prestação de contas.
Ainda que o candidato ou partido político estejam dispensados da abertura de conta corrente - como
no caso de inexistência de agência bancária ou posto de atendimento no município -, permanece a
obrigatoriedade de prestação das contas de campanha.
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A) As prestações de contas dos candidatos às eleições proporcionais serão feitas pelo comitê
financeiro ou pelo próprio candidato.
C) A Justiça Eleitoral adotará sistema simplificado de prestação de contas para candidatos que
apresentarem movimentação financeira correspondente a, no máximo, R$ 20.000,00 (vinte mil
reais), atualizados monetariamente, a cada eleição, pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor – INPC da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE ou por
índice que o substituir.
D) As prestações de contas dos candidatos às eleições majoritárias serão feitas por intermédio
do comitê financeiro, devendo ser acompanhadas dos extratos das contas bancárias referentes
à movimentação dos recursos financeiros usados na campanha e da relação dos cheques
recebidos, com a indicação dos respectivos números, valores e emitentes.
E) Os valores transferidos pelos partidos políticos oriundos de doações não serão registrados
na prestação de contas dos candidatos como transferência dos partidos, nem na prestação de
contas dos partidos, como transferência aos candidatos.
Considerando os recursos disponíveis, decidiram que seriam incluídos, como gastos eleitorais,
sujeitos, portanto, aos limites fixados em lei,
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A) I, II e III.
B) II e IV.
C) I e III.
D) I.
E) IV.
I. Os limites de gastos de campanha serão definidos em lei e divulgados pelo Tribunal Superior
Eleitoral.
II. É facultativo para o partido e para os candidatos abrir conta bancária específica para registrar
todo o movimento financeiro da campanha.
III. Aos candidatos é facultada a inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ.
A) I e II.
B) I e IV.
C) II e III.
D) III e IV.
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A) hierárquicos.
B) materiais.
C) estatutários.
D) percentuais.
E) destinatários.
B) pela aprovação com ressalvas, quando verificadas falhas que não lhes comprometam a
regularidade.
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D) pela não prestação, quando não apresentadas as contas após a notificação emitida pela
Justiça Eleitoral, na qual constará a obrigação expressa de prestar as suas contas, no prazo de
setenta e duas horas.
E) pela não rejeição das contas que, na sua prestação, apresentarem erros formais ou materiais
irrelevantes que não comprometam o seu resultado.
D) Caso, no exame das contas, seja constatado recurso de origem não mencionada, o partido
ficará sujeito à suspensão do repasse de novas quotas do Fundo Partidário.
A) e a entidade esportiva J poderão fazer a doação, desde que limitada a 10% dos rendimentos
brutos auferidos por cada um deles no ano anterior à eleição.
C) poderá fazer a doação, desde que limitada a 10% dos rendimentos brutos auferidos por ele
no ano anterior à eleição, sendo vedada a doação pela entidade esportiva J.
D) poderá fazer a doação de qualquer quantia, sem limitação, sendo vedada a doação pela
entidade esportiva J.
E) poderá fazer a doação, desde que limitada a 20% dos rendimentos brutos auferidos por ele
no ano anterior à eleição, sendo vedada a doação pela entidade esportiva J.
B) A prestação de contas, no caso das eleições proporcionais, deve ser efetivada pelo próprio
candidato.
D) Dispensa-se a prestação de contas das cessões de bens móveis de cada cedente até o limite
de R$ 40.000.
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D) O registro de candidato expulso de seu partido até a data da eleição está sujeito a
cancelamento, que deve ser solicitado pelo partido que o expulsou e decretado pela justiça
eleitoral.
E) Embora seja assegurado aos partidos políticos, a cada eleição, o direito de manter os
números que lhe foram atribuídos na eleição anterior, essa garantia se estende aos candidatos
eleitos na última eleição.
A) É de 20% o limite de gastos com alimentação com as pessoas que prestam serviços às
candidaturas e comitês eleitorais.
B) É de 10% o limite de gastos com aluguel de veículos automotores que prestam serviços às
candidaturas e comitês eleitorais.
C) Qualquer eleitor poderá realizar gastos, em apoio a candidato de sua preferência, até a
quantia equivalente a um mil UFIR, não sujeitos à contabilização, desde que não reembolsados.
E) Não há limite de gastos para a campanha presidencial, sendo os eventuais abusos objeto de
apuração mediante as ações eleitorais pertinentes.
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1. C 11. D
2. E 12. C
3. B
4. C
5. B
6. C
7. C
8. D
9. C
10. B
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