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PDF DE QUESTÕES

2018
COMENTADAS - BANCA:
IDECAN

PROF. LEANDRO RAVYELLE


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E
ORÇAMENTÁRIA - AFO
SOBRE A BANCA...
O Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e Assistência Nacional é banca examinadora que
vem ganhando destaque na realização de concursos e realizará a próxima prova da AGU (concurso de
servidores). O IDECAN é a instituição que organizou o concurso Bombeiros DF – CBMDF 2016, para os
cargos de praças e oficiais. O IDECAN trata-se de uma banca com sede em Brasília. Ela, no entanto, é
mais acostumada a trabalhar com concursos pequenos, como os de prefeituras municipais. Embora se
trate de uma banca que geralmente se adequa às particularidades do órgão que lhe contrata, a banca
tem como característica trazer provas que não se aprofundam muito nos assuntos, com questões cujos
enunciados são ‘curtos e diretos’. “É preciso ter cuidado, no entanto, porque ela também gosta de
colocar algumas cascas de banana nos enunciados. O candidato tem que ter muito cuidado na leitura da
prova”, afirma o especialista. As provas aplicadas pelo IDECAN são de múltipla escolha, normalmente
com assertivas curtas e enunciados mais carregados. Mas não se engane: isso não significa que as
questões são fáceis. Pelo contrário, o enunciado com mais sentenças pode, facilmente, induzir o
candidato a um caminho quando, na verdade, ele quer que você saiba um detalhe escorregadio no
enunciado.
Bom pessoal, vamos à luta?! Sou o professor Leandro Ravyelle e vamos embarcar nesse mundo que é a
nossa disciplina de Administração Financeira e Orçamentária -AFO. Cursei bacharelado em matemática
na Universidade Federal do Ceará (UFC) e Gestão Pública, pela UNINASSAU. Pós-graduado em Gestão
Orçamentária e Financeira (Unyleya) e Cursando Pós-Graduação em Gestão Tributária E Auditoria No
Setor Público (Unyleya). Atualmente sou servidor público no Tribunal de Justiça do Estado da Bahia,
lotado na Diretoria de Programação e Orçamento – DPO-, ou seja, estou diariamente trabalhando com o
nosso objeto de estudo: orçamento público. Leciono nossa matéria desde 2016 e hoje faço parte de
alguns cursos preparatórios pra concursos: FOLHA DIRIGIDA (RJ), CURSO PRIME (CE), A CASA DOS
CONCURSOS (BA) E BRAVO CONCURSOS (MG). Já fui aprovado em alguns concursos:

SEDUC-CE (Professor do Estado) – 2013


Banco do Brasil (Escriturário) - 3º Lugar - 2015 (Assumi e trabalhei por 1 ano e 9 meses).
Tribunal de Justiça do Estado da Bahia - 2015 - 22º lugar (Técnico Judiciário) - Atual cargo
Tribunal Regional Federal 1ª Região - Analista Judiciário 2017 (Área Administrativa) – 35º lugar
Tribunal Regional Federal 5ª Região - 2017 - Analista Judiciário (Área Administrativa) – 6º lugar
Tribunal Regional Federal 5º Região - 2017 - Técnico Judiciário (Área Administrativa) – 92º lugar

CURSO COMPLETO “AFO - PONTA A PONTA”


http://leandroravyelle.com.br/afodepontaaponta

CURSO COMPLETO BIZURAFO – ÁREA FISCAL E CONTROLE (CEBRASPE)


https://leandro-ravyelle.kpages.online/bizurafoareafiscal

YOUTUBE
https://www.youtube.com/c/ProfessorLeandroRavyelle

CANAL TELEGRAM
https://t.me/afoprofravyelle
ORÇAMENTO PÚBLICO.
ORÇAMENTO PÚBLICO NO BRASIL.
ORÇAMENTO-PROGRAMA.
PLANEJAMENTO NO ORÇAMENTO-PROGRAMA.
ORÇAMENTO NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA.

1. IDECAN 2017 MS (CONTADOR)


O Plano Plurianual representa a mais abrangente peça de planejamento e orçamento governamental,
uma vez que promove a convergência do conjunto das ações públicas que visam ao cumprimento das
estratégias governamentais e dos meios orçamentários necessários à viabilização dos gastos públicos.
Este plano foi instituídopela:
a) Lei nº 6.404/76.
b) Lei nº 10.520/2002.
c) Lei Federal nº 4.320/64.
d) Constituição Federal de 1988.
e) Lei Complementar nº 101/2000.
COMENTÁRIOS: Como uma DAS PRINCIPAIS NOVIDADES DO NOVO MARCO CONSTITUCIONAL
(CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988), o PPA passa a se conatituir na síntese dos esforços de
planejamento de toda a administração pública, orientando a elaboração dos demais planos e programas
de governo. é o instrumento de planejamento de médio prazo do governo federal. Ele abrange não só o
montante relativo aos dispêndios de capital, mas também objetivos, iniciativas e metas físicas que
devem ser alcançados até o final do período. O Plano detalha ainda as despesas que possuem duração
continuada, condicionando, portanto, a programação orçamentária anual ao planejamento de longo
prazo. No âmbito nacional o PPA representa o Planejamento Estratégico' do Governo Federal, embora a
missão já esteja definida nas teorias sobre o Estado como "promover o bem-estar da coletividade". Veja
que as questões da banca IDECAN são bem literais e sem grandes aprofundamentos.
GABARITO: D

2. IDECAN 2017 MS (CONTADOR)


“Compete ao plano plurianual estabelecer, de forma regionalizada, _______________ ,
_______________________ e _____________ da administração pública federal para as despesas de capital e outras
delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.” Assinale a alternativa que
completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior.

a) as diretrizes / os objetivos / as metas


b) as funções alocativas / a distributiva / a estabilizadora
c) os empréstimos / os financiamentos / os refinanciamentos
d) o orçamento fiscal / da Seguridade Social / de investimento
e) os débitos judiciais / a dívida pública federal / as despesas da União com pessoal e encargos
sociais
COMENTÁRIOS: Mais uma questão literal sobre os instrumentos de planejamento. Conforme a
Constituição:
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.
§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e
metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as
relativas aos programas de duração continuada.
Assim, o PPA é um instrumento desse planejamento que define diretrizes, objetivos e metas com o
propósito de viabilizar a implementação e a gestão das políticas públicas, orientar a definição de
prioridades e auxiliar na promoção do desenvolvimento sustentável.
GABARITO: A

3. IDECAN 2017 MS (CONTADOR)


Com relação ao mandato presidencial, a vigência do Plano Plurianual (PPA) é estabelecida para até
a) o final do exercício financeiro do mandato vigente.
b) o final do segundo exercício financeiro do mandato subsequente.
c) o final do primeiro exercício financeiro do mandato subsequente.
d) o início do primeiro exercício financeiro do mandato subsequente.
e) o início do segundo exercício financeiro do mandato subsequente.

COMENTÁRIOS: Mas minha Nossa Senhora, o examinador colocou 5 questões de PPA numa prova para
Contador. Coraaaaaaaagem, neh, povo! Espero que na prova da AGU venham questões dignas, pois
questões desse tipo nivelam por baixo o nível dos candidatos. Com relação à vigência do PPA, o art. 35, §
2º, das Disposições Constitucionais Transitórias assim estabelece: até a entrada em vigor da lei
complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e 11 (ainda não elaborada), serão obedecidas o prazo de
que, o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do
mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do
primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramentoda sessão legislativa.Portanto,
o PPA será enviado ao Congresso Nacional para aprovação no primeiro ano do mandato, passando a
vigorar, então, a partir do segundo ano do mandato presidencial atual até o final do primeiro ano do
mandato presidencial seguinte. É de quatro anos o período de sua vigência. É no primeiro ano do
mandato do Presidente da República que é elaborado o seu PPA; o seu planejamento para os quatro
anos seguintes. O PPA deve ser encaminhado ao Congresso Nacional no 1º ano do mandato presidencial
até 31 de agosto e devolvido para sanção até 22 de dezembro do mesmo ano. Assim, no primeiro ano de
mandato Presidencial é utilizado o PPA elaborado pelo presidente anterior (e também a LDO e a LOA).

GABARITO: C
4. IDECAN 2017 MS (CONTADOR)
O Plano Plurianual (PPA) compõe-se basicamente de dois grandes módulos, a saber: a base estratégica e
os programas. A base estratégica do plano é constituída pelos seguintes elementos, EXCETO:
a) Análise da situação econômica e social.
b) Previsão dos recursos orçamentários e sua distribuição entre os setores e/ou entre os
programas.
c) Diretrizes, objetivos e prioridades dos órgãos setoriais compatíveis com a orientação estratégica
de governo.
d) Diretrizes, objetivos e prioridades de governo propostas pelo Chefe do Poder Executivo e
aprovadas pelo Poder Legislativo.
e) Definição dos problemas a serem solucionados, expressos em indicadores e os objetivos a serem
alcançados na superação desses problemas.

COMENTÁRIOS: Olha as coisas melhorando. Uma questão mais bem elaborada pela banca e pouco
estudada pelos candidatos. O PPA representa o Planejamento Estratégico do Governo Federal, logo, cabe
ao PPA declarar as escolhas do governo e indicar os meios para a implementação das políticas públicas
e, ainda, orientar a ação do Estado para o alcance dos objetivos pretendidos. Em síntese, podemos
afirmar que o PPA COMPÕE-SE DE DOIS GRANDES MÓDULOS:

ANÁLISE DA SITUAÇÃO ECONÔMICA E SOCIAL


DIRETRIZES, OBJETIVOS E METAS ESTABELECIDAS PELO
CHEFE DO PODER EXECUTIVO
PREVISÃO DOS RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS E
BASE SUADISTRIBUIÇÃO ENTR EOS SETORES E/OU ENTRE OS
ESTRATÉGICA PROGRAMAS
DIRETRIZES, OBJETIVOS E METAS DOS DEMAIS ÓRGÃOS
COMPATÍVEIS COM A ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA DO CHEFE
DO PODER EXECUTIVO
DEFINIÇÃO DOS PROBLEMAS A SEREM SOLUCIONADOS
PROGRAMAS CONJUNTO DE AÇÕES QUE DEVERÃO SER EMPREENDIDAS
PARA ALCANÇAR OS OBJETIVOS ESTABELECIDOS

GABARITO: E

5. IDECAN 2017 MS (CONTADOR)


O Plano Plurianual (PPA) traduz, de um lado, o compromisso com estratégias e a visão de futuro e, de
outro, a previsão de alocação dos recursos orçamentários nas funções de Estado, nos programas de
governo e junto aos órgãos públicos. Constituem fatores críticos de sucesso na elaboração, implantação
e execução do PPA, EXCETO:

a) Compatibilidade entre os programas e a orientação estratégica.


b) Objetivos coerentes com a capacidade e dispobilidade de recursos administrativos e financeiros
de cada órgão setorial.
c) Divulgação da aplicação dos recursos e dos resultados obtidos, proporcionando publicidade,
transparência e participação.
d) Demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão
das despesas obrigatórias de caráter continuado.
e) Integração da Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO), Lei Orçamentária Anual (LOA) e suas
respectivas execuções orçamentárias e financeiras com o Plano Plurianual (PPA).

COMENTÁRIOS: Examinador, por favor, vamos trocar de assunto? rs rs


De cara identificamos um item que compõe o Anexo de Metas Fiscais - AMF, que faz parte da LDO e não,
PPA. Segundo o art 4 da LRF:
Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2o do art. 165 da Constituição e:
§ 1º Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão
estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados
nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois
seguintes.
§ 2º O Anexo conterá, ainda:
V - demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão
das despesas obrigatórias de caráter continuado. (letra D)
E quanto aos demais itens, professor? Vamos lá.
O PPA estruturado em programas e orientado a resultados não pode ser definido apenas como um
documento formal para cumprimento de obrigações legais. Seus componentes constituem em poderoso
instrumento de gestão que poderá ser utilizado na otimização da aplicação dos recursos disponíveis.
Constituem fatores críticos de sucesso na elaboração, implantação e execução do PPA:

1. Organização, em programas, de pessoas, ações e estruturas articuladas e motivadas à solução de um


problema ou ao atendimento de uma demanda da sociedade
2. Compatibilidade entre os programas e a orientação estratégica do plano
3. Objetivos coerentes com a capacidade e disponibilidade de recursos administrativos e financeiros de
cada órgão setorial
4. Participação de toda estrutura da administração pública na elaboração dos programas, sob
coordenação do órgão central de planejamento, de modo a garantir que o ppa seja um produto do
governo e não de detrminada secretaria
5. Integração das ldos, loas e suas respectivas execuções orçamentárias financeiras com o ppa
6. Atualização do ppa a partir da avaliação anual da execução de seus programas garantindo atualidade
e consistência com a realidade vivida pelo ente
7. Estimulação de parcerias com outras esferas de governo e iniciataiva privada na busca por fontes
alternativas de recursos
8. Divulgação da aplicação dos recursos e dos resultados obtidos proporcionando publicidade,
transparência e participação popular
9. Definição clara de responsabilidades. Dessa forma, busca-se promover em cada órgão setorial o
desenvolvimento e aprimoramento do planejamento estratégico, de maneira a ajustar os resultados
almejados aos recursos disponíveis e à efetiva capacidade de execução do gestor
Fonte: http://www.alconta.com.br/Servicos/Ppa (adaptado)
GABARITO: D

6. IDECAN 2017 MS (CONTADOR)


Com relação aos princípios orçamentários, relacione adequadamente as colunas a seguir.
1. Programação.
2. Unidade.
3. Universalidade.
4. Anualidade.
5. Exclusividade.
6. Clareza.
7. Equilíbrio.

( ) O orçamento deverá manter a igualdade, do ponto de vista financeiro, entre os valores de receita e
despesa.
( ) Os orçamentos de todos os órgãos autônomos que constituem o setor público devem-se fundamentar
em uma única política orçamentária estruturada uniformemente e que se ajuste a um método único.
( ) Deverão ser incluídos no orçamento, exclusivamente, assuntos que lhe sejam pertinentes.
( ) Deverão ser incluídos no orçamento todos os aspectos do programa de cada órgão, principalmente
aqueles que envolvam qualquer transação financeira ou econômica.
( ) Este moderno princípio fundamenta-se atualmente na obrigatoriedade de especificar os gastos por
meio de programas de trabalho que permitirão uma identificação dos objetivos e metas a serem
atingidos.
( ) Utiliza-se, convencionalmente, o critério de um ano para o período orçamentário, por apresentar a
vantagem de ser o adotado pela maioria das empresas particulares.
( ) O orçamento deve ser expresso com transparência, de forma ordenada e completa.

A sequência está correta em

a) 7, 2, 5, 3, 1, 4, 6.
b) 1, 3, 5, 7, 2, 6, 4.
c) 5, 3, 1, 6, 4, 2, 7.
d) 6, 3, 4, 2, 1, 7, 5.
e) 4, 2, 1, 5, 7, 6, 3.
COMENTÁRIOS: Vamos comentar princípio por princípio: Vejamos a tabela abaixo:

surgiu a partir da instituição do orçamento-programa, e apregoa que o


orçamento deve evidenciar os programas de trabalho, servindo como
instrumento de administração do governo, facilitando a fiscalização,
PROGRAMAÇÃO gerenciamento e planejamento. todas as despesas são inseridas no orçamento
sob a forma de programa. programa é o instrumento que o governo utiliza para
organizar suas ações de maneira lógica e racional, a fim de otimizar a aplicação
dos recursos públicos e maximizar os resultados para a sociedade.
determina existência de orçamento único para cada um dos entes federados –
união, estados, distrito federal e municípios – com a finalidade de se evitarem
múltiplos orçamentos paralelos dentro da mesma pessoa política. dessa forma,
UNIDADE todas as receitas previstas e despesas fixadas, em cada exercício financeiro,
devem integrar um único documento legal dentro de cada esfera federativa: a
lei orçamentária anual (LOA).
determina que a loa de cada ente federado deverá conter todas as receitas e
despesas de todos os poderes, órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas
UNIVERSALIDADE e mantidas pelo poder público.
delimita o exercício financeiro orçamentário: período ao qual a previsão das
ANUALIDADE receitas e a fixação das despesas registradas na loa irão se referir.
estabelece que a loa não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à
fixação da despesa e ressalvam-se dessa proibição a autorização para abertura
EXCLUSIVIDADE de crédito suplementar e a contratação de operações de crédito, nos termos da
lei.
exige que a linguagem orçamentária seja clara e de fácil entendimento; exige
que as informações orçamentário-financeiras sejam divulgadas em linguagem
CLAREZA facilitada, de forma que as pessoas comuns consigam entendê-las.
este princípio está consagrado no art. 4º, inciso i, alínea a, da LRF que
determina que a LDO disporá sobre o equilíbrio entre receita e despesa. ele
estabelece que a despesa fixada não pode ser superior à receita prevista, ou
seja, deve ser igual à receita prevista. a finalidade desse princípio é deter o
EQUILÍBRIO crescimento desordenado dos gastos governamentais e impedir o déficit
orçamentário. o princípio do equilíbrio é aferido no momento da aprovação do
orçamento, e não durante sua execução.

GABARITO: A
7. IDECAN 2017 MS (CONTADOR)
Com referência à inscrição de despesas em restos a pagar no setor público, afirma-se que é decorrente
da aplicação dos seguintes princípios:
a) Unidade e Programação
b) Universalidade e Publicidade.
c) Unidade e Universalidade do Orçamento.
d) Legalidade da Despesa e Anualidade do Orçamento.
e) Competência da Despesa e Exclusividade do Orçamento.

COMENTÁRIOS: Questão interessante, povo! Primeiramente, são Restos a Pagar todas as despesas
regularmente empenhadas, do exercício atual ou anterior, mas não pagas ou canceladas até 31 de
dezembro do exercício financeiro vigente. Já vemos aqui que trabalhamos o conceito de execício
financeiro - princípio da ANUALIDADE), pois em regra, o período para se empenhar, liquidar e pagar é
o período compreendido no exercício financeiro, ressalvados os casos de restos a pagar, contratos
plurianuais, etc. Além disso, as despesas devem estar fixadas em lei (LOA- orçamento anual) em
obediência ao princípio da LEGALIDADE. Este é princípio básico da atividade da Administração Pública
no regime democrático e está previsto no caput do art. 37 da Constituição. Justifica-se especialmente
pelo fato de o orçamento ser fixado em lei, sendo esta a que autoriza aos Poderes a execução de suas
despesas. É um dos princípios fundamentais que regem a Administração Pública (art. 37 da CF /1988).
Tem o objetivo de levar os atos praticados pela Administração ao conhecimento de todos. A publicidade
legal faz-se através do Diário Oficial, podendo também abranger jornais, internet etc..

GABARITO: D

8. IDECAN 2016 URFN (CONTADOR)


A Lei Orçamentária Anual de uma UF prevê uma receita total para o exercício de $ 700.000.000.
Contudo, desse montante $ 150.000.000 serão destinados aos municípios por transferências
obrigatórias. Considerando que mesmo com a obrigação das transferências, em todos os fins o
orçamento deverá ser considerado por sua receita total, é correto afirmar que o princípio orçamentário
observado é o:
a) Da unidade.
b) Do equilíbrio.
c) Do orçamento bruto.
d) Da não afetação das receitas.

COMENTÁRIOS: O princípio do orçamento bruto, previsto pelo art. 6º da Lei no 4.320/ 1964, obriga
registrarem-se receitas e despesas na LOA pelo valor total e bruto, vedadas quaisquer deduções.
Procura-se com esta norma impedir a inclusão de importâncias líquidas, ou seja, descontando despesas
que serão efetuadas por outras entidades e, com isso, impedindo sua completa visão, conforme
preconiza o princípio da universalidade. Tanto o princípio da universalidade como o do Orçamento
Bruto contêm "todas as receitas e todas as despesas". A diferença consiste em que apenas o Orçamento
Bruto contém a expressão pelos seus totais.
GABARITO: C
9. IDECAN 2016 URFN (CONTADOR)
“O Plano Plurianual – PPA, previsto na Constituição Federal, nas Constituições Estaduais e nas Leis
Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios, é o instrumento legal de planejamento de maior alcance
temporal no estabelecimento das prioridades e do direcionamento das ações do governo. Para tanto,
necessita ser formulado, executado, monitorado e avaliado segundo rígidos critérios que lhe garantam a
credibilidade, universalidade e vitalidade. Nesse sentido, estimula-se que a formulaçãodo Plano
Plurianual seja precedida de um Planejamento ________________________.”
Assinale a alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior.
a) Financeiro
b) Estratégico
c) Operacional
d) de Investimentos

COMENTÁRIOS: No âmbito nacional o PPA representa o PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO do Governo


Federal, embora a missão já esteja definida nas teorias sobre o Estado como "promover o bem-estar da
coletividade". O PPA 2012-2015 inovou ao definir de forma clara a visão de futuro, macrodesafios e
objetivos, e ao criar programas Temáticos que refletem a agenda de Governo. O PPA 2016-2019
aproximou a orientação estratégica dos Programas Temáticos, demonstrando como a estratégia geral do
governo se conecta com os objetivos e metas e permitindo ver as principais diretrizes de governo e sua
relação com os Objetivos dos Programas Temáticos. Nesse PPA são os Eixos e as Diretrizes Estratégicas
que norteiam a implantação das políticas e a construção dos Programas Temáticos. Com essas inovações
iniciadas em 2012, o PPA tornou- se mais estratégico. Assim, o PPA representa o Planejamento
Estratégico do Governo Federal, logo, cabe ao PPA declarar as escolhas do governo e indicar os meios
para a implementação das políticas públicas e, ainda, orientar a ação do Estado para o alcance dos
objetivos pretendidos.

GABARITO: B

10. IDECAN 2016 PREFEITURA DE NATAL - RN (CONTADOR)


Pode-se definir como objetivos do Plano Plurianual, EXCETO:
a) Transparência.
b) Gerenciamento.
c) Anexo de Metas Fiscais.
d) Organização por Programas.

COMENTÁRIOS: O anexo de metas fiscais – AMF - INTEGRA A LDO e NÃO O PPA. Vejamos o que
dispõe a própria LRF:

art. 4º § 1º Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão
estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados
nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois
seguintes.
O Orçamento Federal está ORGANIZADO EM PROGRAMAS sob a forma de atividades, projetos e
operações especiais (agregação neutra). Conforme a Lei do PPA 2016-2019, Lei nº 13.249/2016, para o
período 2016-2019, o PPA tem como diretrizes o APERFEIÇOAMENTO DA GESTÃO PÚBLICA com foco
no cidadão, na eficiência do gasto público, na TRANSPARÊNCIA, e no enfrentamento à corrupção.

GABARITO: C

11. IDECAN 2016 PREFEITURA DE NATAL - RN (CONTADOR)


Os objetivos da política orçamentária são alcançados em razão da capacidade do Estado de influenciar
na economia por meio da recombinação dos recursos arrecadados no momento da realização da
despesa pública. Ao aplicar os recursos arrecadados em programas e ações e que respeitem os objetivos
da política orçamentária, o Estado estará exercendo seu poder regulador junto ao mercado em benefício
da sociedade. Portanto, são funções do orçamento público, EXCETO:
a) Função alocativa.
b) Função distributiva.
c) Função estabilizadora.
d) Gerenciar os riscos fiscais.

Comentários: Por meio do Orçamento Público e das funções orçamentárias o Governo intervém na
economia para conseguir estabilidade, crescimento e correção das falhas de mercado. As três funções
orçamentárias clássicas apontadas pelos autores (PALUDO, 2013) são:
está ligada à alocação de recursos por parte do Governo, que oferece bens e serviços públicos
ALOCATIVA

puros (ex.: rodovias, segurança, justiça), os quais não seriam oferecidos pelo mercado, ou o
seriam em condições ineficientes.

objetiva promover ajustamentos (correções) na distribuição de renda devido às falhas de


mercado (desigualdades sociais, monopólios empresariais, etc.), inerentes ao sistema econômico
DISTRIBUTIVA

capitalista. É uma função que busca tornar a sociedade menos desigual em termos de renda e
riqueza, por meio da tributação e de transferências financeiras, subsídios, incentivos fiscais,
alocação de recursos em camadas mais pobres da população etc.

trata da aplicação das diversas políticas econômico-financeiras a fim de ajustar o nível geral de
ESTABILIZADORA

preços, melhorar o nível de emprego, estabilizar a moeda e promover o crescimento econômico,


mediante instrumentos de política monetária, cambial e fiscal, ou outras medidas de intervenção
econômica (controles por leis, limitação etc.). É uma função associada à manutenção da
estabilidade econômica, justificada como meio de atenuar o impacto social e econômico na
presença de inflação ou depressão.
GABARITO: D
12. IDECAN 2015 PREFEITURA DE RIO NOVO DO SUL - ES (AUXILIAR ADMINISTRATIVO)
Com referência aos instrumentos básicos de planejamento nas instituições públicas, relacione
adequadamente as colunas a seguir.
1. Plano Plurianual.
2. Lei das Diretrizes Orçamentárias.
3. Lei Orçamentária Anual.

( ) Compreende as metas e prioridades, além de orientar a elaboração da lei de orçamento anual.


( ) Instrumento que estabelece as diretrizes, os objetivos e as metas para as despesas de capital e para
as relativas aos programas de duração continuada.
( ) Dispõe sobre a previsão da receita e a fixação da despesa, contendo programas de ação do governo e
os diversos tipos de despesas necessários a cada um dos programas.
a) 1, 2, 3.
b) 2, 1, 3.
c) 3, 2, 1.
d) 1, 3, 2.

COMENTÁRIOS: Socorrrrr! Acho que nem vocês aguentam mais essas questões! Mas, povo, a banca é
ISSO! E você vai sambar na prova e ainda vai deixar um recadinho pra banca. Haha! Agora, vamos aos
comentários da questão.
A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e
metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as
relativas aos programas de duração continuada. Já com relação à LDO, A lei de diretrizes orçamentárias
compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital
para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre
as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras
oficiais de fomento. E, finalmente, em relação à LOA, A Lei do Orçamento conterá a discriminação da
receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do
Governo.

GABARITO: B

13. IDECAN 2015 PREFEITURA DE RIO NOVO DO SUL - ES (AUXILIAR ADMINISTRATIVO)


O orçamento público deverá consolidar uma salutar política econômico‐financeira que produza a
igualdade entre valores de receita e despesa. O texto é estabelecido pelo Princípio Orçamentário da(o).
Assinale a alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior.
a) Equilíbrio
b) Anualidade
c) Exclusividade
d) Universalidade

COMENTÁRIOS: A banca adora esse princípio e não é a primeira vez que ela cobra (e repetiu em 2016 e
2017, inclusive). O princípio do equilíbio está consagrado no art. 4º, inciso i, alínea a, da LRF que
determina que a LDO disporá sobre o equilíbrio entre receita e despesa. ele estabelece que a despesa
fixada não pode ser superior à receita prevista, ou seja, deve ser igual à receita prevista. a finalidade
desse princípio é deter o crescimento desordenado dos gastos governamentais e impedir o déficit
orçamentário. o princípio do equilíbrio é aferido no momento da aprovação do orçamento, e não
durante sua execução.

GABARITO: A

14. IDECAN 2015 PREFEITURA DE RIO NOVO DO SUL - ES (AUDITOR PÚBLICO INTERNO)
Segundo o autor James Giacomoni, “as receitas e as despesas devem aparecer no orçamento de maneira
discriminada, de tal forma que se possa saber, pormenorizadamente, a origem dos recursos e sua
aplicação". No que tange ao orçamento público, o trecho anterior refere‐se ao princípio da
a) clareza.
b) não afetação.
c) especialização.
d) universalidade.

COMENTÁRIOS: Ahhhh, amo esse autor! CESPE também o ama e vemos aqui que a IDECAN também o
conhece. Ele costuma aprofundar bastante em sua doutrina, mas a questão pegou leve na definição. Em
relação ao princípio da especialização/especificação ou discriminação (guarde todos os sinônimos), essa
regra opõe-se à inclusão de valores globais, de forma genérica, ilimitados e sem discriminação, e ainda, o
início de programas ou projetos não incluídos na LOA; e exige o detalhamento das projeções de receitas
e despesas. Esse princípio está consagrado no § 1º do art. 15 da Lei nº4.320/1964:

"Na lei de orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por elementos;


§ 1º Entende-se por elementos o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros
meios de que se serve a Administração Pública para consecução dos seus fins".

Também encontra amparo legal no art. 5º da Lei nº 4.320/1964:

"a lei de orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de
pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras, ressalvado o disposto no art. 20
e seu parágrafo único".

O princípio da especificação confere maior transparência ao processo orçamentário, possibilitando a


fiscalização parlamentar, dos órgãos de controle e da sociedade, inibindo o excesso de flexibilidade na
alocação dos recursos pelo poder executivo. Além disso, facilita o processo de padronização e
elaboração dos orçamentos, bem como o processo de consolidação de contas.
EXCEÇÃO 1- ART. 20, PARÁGRAFO ÚNICO, DA LEI Nº 4.320/1964:
"OS PROGRAMAS ESPECIAIS DE TRABALHO QUE, POR SUA NATUREZA, NÃO POSSAM CUMPRIR-SE
SUBORDINADAMENTE ÀS NORMAS GERAIS DE EXECUÇÃO DA DESPESA PODERÃO SER CUSTEADAS
POR DOTAÇÕES GLOBAIS, CLASSIFICADAS ENTRE AS DESPESAS DE CAPITAL.

EXCEÇÃO 2- ART. 5, III, B, DA LRF, QUE TRATA DA RESERVA DE CONTINGÊNCIA, QUE É UMA
DOTAÇÃO GLOBAL PARA ATENDER A PASSIVOS CONTINGENTES E OUTRAS DESPESAS IMPREVISTAS.

GABARITO: C

15. IDECAN 2015 INMETRO (ANALISTA EXECUTIVO)


"As finanças públicas foram disciplinadas, no direito positivo brasileiro, através da Lei de Orçamento nº
________, que estabelece as Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos
orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.” Assinale a
alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior.
a) 4.320, de 1964
b) 8.112, de 1990
c) 8.666, de 1993
d) 9.784, de 1999
e) 12.774, de 2012
COMENTÁRIOS: Gente, que diabo de questão abestada é essa, pelamooordiii! Kkk É o próprio art. 1º da
Lei nº 4320:
Art. 1º Esta lei estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e contrôle dos orçamentos e
balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, de acordo com o disposto no art. 5º,
inciso XV, letra b, da Constituição Federal.

GABARITO: A

16. IDECAN 2015 INMETRO (ANALISTA EXECUTIVO – CIÊNCIAS CONTÁBEIS)


A Constituição Federal de 1988, em seu art. 165, estabelece a necessidade de formalização legal das leis
orçamentárias. Assim, conforme a CF/1988, deve‐se estabelecer por lei do Poder Executivo a(o)s
a) relatório de gestão fiscal.
b) diretrizes orçamentárias.
c) demonstração dos fluxos de caixa.
d) demonstração das variações patrimoniais.
e) relatório resumido da execução orçamentária.

COMENTÁRIOS: Ah, não! Olha o nível da questão, gente! Isso vocês já sabem desde a 6ª série!
Constituição Federal:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I - o plano plurianual;
II - as DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS;
III - os orçamentos anuais.

GABARITO: B

17. IDECAN 2014 DETRAN-RO (ADMINISTRADOR)


Em orçamento público, o Princípio da Unidade passou por uma reconceituação. Em função da existência
do orçamento fiscal, da seguridade social e das estatais, a ideia de unidade é melhor interpretada como
Princípio da
a) Totalidade.
b) Tripartição.
c) Segregação.
d) Discriminação.
e) Universalidade.

COMENTÁRIOS: O principio da unidade/totalidade, previsto, de forma expressa, pelo caput do art. 2º


da Lei no 4.320/1964, determina existência de orçamento único para cada um dos entes federados –
União, estados, Distrito Federal e municípios – com a finalidade de se evitarem múltiplos orçamentos
paralelos dentro da mesma pessoa política.Também é denominado princípio da totalidade por ser
composto pelos: Orçamento Fiscal; Orçamento de Investimento; Orçamento da Seguridade Social - e ao
mesmo tempo consolidar os orçamentos dos diversos órgãos e Poderes de forma que permita a cada
Governo uma visão geral do conjunto das finanças públicas. O princípio da unidade orçamentária, mais
recentemente, foi relativamente esvaziado, passando-se a admitir a existência de orçamentos setoriais,
que, afinal, podem ser consolidados em um único documento que permita a visão geral do conjunto das
finanças públicas. O que ocorreu com o princípio da unidade, ao longo dos anos, foi uma remodelagem
pela doutrina, de forma que abrangesse as novas situações, sendo por muitos denominado de princípio
da totalidade, sendo, dessa forma, construído, para possibilitar a coexistência de múltiplos orçamentos
que, entretanto, devem sofrer consolidação. Logo, o princípio da totalidade não substituiu o princípio da
unidade: houve apenas uma remodelagem de conceitos.

GABARITO: A

18. IDECAN 2014 DETRAN-RO (ADMINISTRADOR)


Quanto ao princípio orçamentário da especialização, é correto afirmar que
a) encontra-se expressamente previsto na Lei nº 4.320/64.
b) veda a afetação de receitas e a compatibilização das despesas correntes.
c) embora permita identificar a origem dos recursos públicos, não é aplicável no Brasil.
d) refere-se à discriminação pormenorizada das receitas e despesas no orçamento público.
e) confunde-se com o princípio da universalidade ao determinar a fixação de todas as receitas.

COMENTÁRIOS: Ahhhh, amo esse autor! CESPE também o ama e vemos aqui que a IDECAN também o
conhece. Ele costuma aprofundar bastante em sua doutrina, mas a questão pegou leve na definição. Em
relação ao princípio da especialização/especificação ou discriminação (guarde todos os sinônimos), essa
regra opõe-se à inclusão de valores globais, de forma genérica, ilimitados e sem discriminação, e ainda, o
início de programas ou projetos não incluídos na LOA; e exige o detalhamento das projeções de receitas
e despesas. Esse princípio está consagrado no § 1º do art. 15 da Lei nº4.320/1964:
"Na lei de orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por elementos;
§ 1º Entende-se por elementos o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros
meios de que se serve a Administração Pública para consecução dos seus fins".
Também encontra amparo legal no art. 5º da Lei nº 4.320/1964:
"a lei de orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de
pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras, ressalvado o disposto no art. 20
e seu parágrafo único".

O princípio da especificação confere maior transparência ao processo orçamentário, possibilitando a


fiscalização parlamentar, dos órgãos de controle e da sociedade, inibindo o excesso de flexibilidade na
alocação dos recursos pelo poder executivo. Além disso, facilita o processo de padronização e
elaboração dos orçamentos, bem como o processo de consolidação de contas.
EXCEÇÃO 1- ART. 20, PARÁGRAFO ÚNICO, DA LEI Nº 4.320/1964:
"OS PROGRAMAS ESPECIAIS DE TRABALHO QUE, POR SUA NATUREZA, NÃO POSSAM CUMPRIR-SE
SUBORDINADAMENTE ÀS NORMAS GERAIS DE EXECUÇÃO DA DESPESA PODERÃO SER CUSTEADAS
POR DOTAÇÕES GLOBAIS, CLASSIFICADAS ENTRE AS DESPESAS DE CAPITAL.

EXCEÇÃO 2- ART. 5, III, B, DA LRF, QUE TRATA DA RESERVA DE CONTINGÊNCIA, QUE É UMA
DOTAÇÃO GLOBAL PARA ATENDER A PASSIVOS CONTINGENTES E OUTRAS DESPESAS IMPREVISTAS.

GABARITO: D

19. IDECAN 2014 DETRAN-RO (ADMINISTRADOR)


Os planos plurianuais da União 2000-2003, 2004-2007 e 2008-2011 mantiveram, em linhas gerais, a
mesma estrutura, conforme estabelecido no Decreto nº 2.829/98. O conteúdo dos programas, contudo,
NÃO chegou a apresentar
a) valor global.
b) órgão responsável.
c) fonte de financiamento.
d) indicadores quantificáveis.
e) regionalização de metas por Estado.

COMENTÁRIOS: Questão um poucoi mais bem elaborada, finalmente! Conforme o PPA 2016-2019 (Lei
nº 13.249/2016):
Art. 6º O Programa Temático é composto pelos seguintes elementos constituintes:
I - Objetivo, que expressa as escolhas de políticas públicas para o alcance dos resultados almejados pela
intervenção governamental e tem como atributos:
a) ÓRGÃO RESPONSÁVEL: órgão cujas atribuições mais contribuem para a implementação do Objetivo ou
da Meta; (Item B)
b) META: medida do alcance do Objetivo, podendo ser de natureza QUANTITATIVA ou qualitativa; (item
D) e
c) Iniciativa: declaração dos meios e mecanismos de gestão que viabilizam os Objetivos e suas Metas,
explicitando a lógica da intervenção.
II - Indicador, que é uma referência que permite identificar e aferir, periodicamente, aspectos relacionados
a um Programa, auxiliando a avaliação dos seus resultados.
III - VALOR GLOBAL do Programa, que é a estimativa dos recursos orçamentários e extraorçamentários
previstos para a consecução dos Objetivos, sendo os orçamentários segregados nas esferas Fiscal e da
Seguridade Social e na esfera de Investimento das Empresas Estatais, com as respectivas categorias
econômicas. (item A)
IV - Valor de Referência, que é o parâmetro financeiro utilizado para fins de individualização de
empreendimento como iniciativa no Anexo III, estabelecido por Programa Temático e especificado para as
esferas Fiscal e da Seguridade Social e para a esfera de Investimento das Empresas Estatais.
Além disso, pode haver alteração do valor Global do Programa, em razão de alteração de FONTES DE
FINANCIAMENTO com recursos extraorçamentários. Finalmente, com relação à regionalização das
metas, Com o intuito de alcançar os objetivos constitucionais estabelecidos no art. 3." da CF /1988, o
critério utilizado para o estabelecimento de diretrizes, objetivos e metas é a regionalização (não é por
estado nem por municípios) e o critério populacional. Essa regionalização não se refere apenas ao PPA,
mas a todos os demais planos que, conforme o art. 165, § 4.º, devem ser elaborados em consonância
com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional. As regiões às quais o PPA se refere são as
macrorregiões brasileiras: Norte, Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste e Sul. A essas macrorregiões é
necessário acrescentar uma outra possibilidade: a nacional - visto que existem diretrizes, objetivos e
metas de caráter nacional, pois todos os brasileiros serão beneficiados, independentemente da Região
ou do Estado em que residam. Atente para isso, pois a CESPE ama cobrar este tópico em provas.
GABARITO: E

20. IDECAN 2014 DETRAN-RO (ADMINISTRADOR)


O plano plurianual da União 2012-2015 apresentou muitas inovações em relação aos planos anteriores.
De acordo com a mensagem encaminhada, o novo PPA
a) apresentou metas regionalizadas por Estado.
b) foi construído a partir da dimensão operacional.
c) aumentou drasticamente o número de programas.
d) estabeleceu a ideia de temas, objetivos e iniciativas.
e) desvinculou-se das finalidades da Administração Pública.

COMENTÁRIOS: Mesmo tratando-se do PPA passado, podemos aproveitar essa questão para o nosso
estudo, uma vez que o foco voltado aos programas vem se aprimorando desde o PPA 2012-2015. O PPA
2012-2015 inovou ao definir de forma clara a visão de futuro, macrodesafios e objetivos, e ao criar
programas Temáticos que refletem a agenda de Governo. O PPA 2016-2019 aproximou a orientação
estratégica dos Programas Temáticos, demonstrando como a estratégia geral do governo se conecta
com os objetivos e metas e permitindo ver as principais diretrizes de governo e sua relação com os
Objetivos dos Programas Temáticos. Nesse PPA são os Eixos e as Diretrizes Estratégicas que norteiam a
implantação das políticas e a construção dos Programas Temáticos. Com essas inovações iniciadas em
2012, o PPA tornou- se mais estratégico. Assim, o PPA representa o Planejamento Estratégico do
Governo Federal, logo, cabe ao PPA declarar as escolhas do governo e indicar os meios para a
implementação das políticas públicas e, ainda, orientar a ação do Estado para o alcance dos objetivos
pretendidos.
GABARITO: D

21. IDECAN 2014 DETRAN-RO (ADMINISTRADOR)


A proposta orçamentária que o Poder Executivo encaminhará ao Poder Legislativo deve ser
acompanhada de uma mensagem. Nos termos da Lei nº 4.320/64, NÃO integra a mensagem a
a) demonstração de restos a pagar.
b) demonstração de créditos especiais.
c) fixação da despesa para o exercício seguinte.
d) demonstração da dívida fundada e flutuante.
e) exposição circunstanciada da situação econômico-financeira.

COMENTÁRIOS: Mais uma questão literal e como a banca adora esses artigos da Lei nº 4320/64 (“ Da
elaboração da proposta orçamentária”).

Art. 22. A proposta orçamentária que o Poder Executivo encaminhará ao Poder Legislativo nos prazos
estabelecidos nas Constituições e nas Leis Orgânicas dos Municípios, compor-se-á:

I - Mensagem, que conterá: EXPOSIÇÃO CIRCUNSTANCIADA DA SITUAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA,


documentada com DEMONSTRAÇÃO DA DÍVIDA FUNDADA E FLUTUANTE, SALDOS DE CRÉDITOS
ESPECIAIS, RESTOS A PAGAR e outros compromissos financeiros exigíveis; exposição e justificação da
política econômica-financeira do Governo; JUSTIFICAÇÃO DA RECEITA E DESPESA, particularmente no
tocante ao orçamento de capital;

Vejam que na mensagem há uma justificação e não uma fixação, pois a fixação se dará no próprio projeto
de lei (corpo do texto).

GABARITO: C

22. IDECAN 2016 - UERN (CONTADOR)


A Lei Orçamentária Anual de uma UF prevê uma receita total para o exercício de $ 700.000.000.
Contudo, desse montante R$ 150.000.000 serão destinados aos municípios por transferências
obrigatórias. Considerando que mesmo com a obrigação das transferências, em todos os fins o
orçamento deverá ser considerado por sua receita total, é correto afirmar que o princípio orçamentário
observado é o:
a) Da unidade.
b) Do equilíbrio.
c) Do orçamento bruto.
d) Da não afetação das receitas.
COMENTÁRIOS: Previsto pelo art. 6º da Lei no 4.320/ 1964, o princípio do orçamento bruto obriga
registrarem-se receitas e despesas na LOA pelo valor total e bruto, vedadas quaisquer deduções.
Procura-se com esta norma impedir a inclusão de importâncias líquidas, ou seja, descontando despesas
que serão efetuadas por outras entidades e, com isso, impedindo sua completa visão, conforme
preconiza o princípio da universalidade. Tanto o princípio da universalidade como o do Orçamento
Bruto contêm "todas as receitas e todas as despesas". A diferença consiste em que apenas o Orçamento
Bruto contém a expressão pelos seus totais.
GABARITO: C

23. IDECAN 2014 DETRAN-RO (AGENTE ADMINISTRATIVO)


“Define-se como o instrumento utilizado para a consequente materialização do conjunto de ações e
objetivos que foram planejados,visando ao melhor atendimento e bem-estar da coletividade.” Trata- se
de
a) Plano Plurianual.
b) Orçamento Fiscal.
c) Lei de Orçamentos Anuais.
d) Orçamento da Seguridade Social.
e) Lei das Diretrizes Orçamentárias.

Comentários: A Lei Orçamentária Anual é um instrumento de planejamento que operacionaliza no curto


prazo os programas contidos no Plano Plurianual. O projeto de Lei Orçamentária Anual contempla,
conforme selecionado pela LDO, as prioridades contidas no Plano Plurianual (PPA) e as metas que
deverão ser atingidas no exercício financeiro. A lei orçamentária disciplina todas as ações do Governo
Federal. É com base nas autorizações da Lei Orçamentária Anual que as despesas do exercício são
executadas. A LOA é de iniciativa privativa do chefe do Poder Executivo e deve estar compatível com a
CF/1988, com a LRF, com a Lei nº 4.320/1964, com o PPA e com a LDO. Além disso, o Orçamento
Público é o instrumento de viabilização do planejamento governamental e de realização das Políticas
Públicas organizadas em programas, mediante a quantificação das metas e a alocação de recursos para
as ações orçamentárias (projetos, atividades e operações especiais).

GABARITO: C

24. IDECAN 2014 DETRAN-RO (AGENTE ADMINISTRATIVO)


Para financiar seu crescimento, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) abriu o capital em bolsa,
emitiu debêntures e contraiu empréstimos. Com esses recursos financeiros, expandiu a capacidade de
produção, entrou em novos setores, como a mineração, expandiu as operações para outros países e
realizou grandes investimentos na modernização das unidades e de processos industriais. As decisões
financeiras tiveram grande participação pelo sucesso. Portanto, o objetivo econômico para a
Administração financeira é
a) a maximização do lucro.
b) obter financiamento de longo prazo.
c) a maximização do valor da empresa.
d) administrar suas dívidas de curto prazo.
e) obter aprovação de todos os investimentos.

COMENTÁRIOS: É aquele tipo de questão que muitos alunos não sabem sequer onde procurar o
assunto. De fato, não está em nenhuma legislação e trata-se, basicamente, de definições de diversos
autores sobre Administração Finaneira (que é mais ampla que a nossa AFO). Segundo Bráulio Wilker, A
administração Financeira é uma ciência que objetiva, basicamente, determinar o mais eficiente processo
empresarial de captação de recursos e alocação de capital. Nesse contexto, é necessário levar em conta a
problemática da escassez de recursos e a realidade operacional e prática das organizações. Entretanto,
não basta apenas captar e alocar capital, é necessário administrar os recursos para gerar resultados
financeiros e econômicos, o que garante a continuidade da empresa e cria valor aos seus acionistas. A
CRIAÇÃO DE VALOR É O OBJETIVO MÁXIMO DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA. Criar valor é uma
responsabilidade do administrador financeiro que vêm sendo cada vez mais exigida diante do mercado
globalizado e da concorrência acirrada. A criação de valor exige atenção e cuidado redobrado na
interpretação e uso de modelos matemáticos de avaliação financeira.
GABARITO: C

25. IDECAN 2014 DETRAN-RO (AGENTE ADMINISTRATIVO)


“Através de um Princípio Orçamentário é estabelecido que todas as receitas e despesas devem estar
contidas numa só lei orçamentária. Os orçamentos devem, por conseguinte,estar integrados num só ato
político do Poder Legislativo,sempre com o objetivo maior de satisfazer às necessidades coletivas.”
Trata-se do Princípio do(a)
a) Unidade.
b) Equilíbrio.
c) Anualidade.
d) Exclusividade.
e) Universalidade.

COMENTÁRIOS: Previsto, de forma expressa, pelo caput do art. 2º da Lei no 4.320/1964, determina
existência de orçamento único para cada um dos entes federados – União, estados, Distrito Federal e
municípios – com a finalidade de se evitarem múltiplos orçamentos paralelos dentro da mesma pessoa
política. Dessa forma, todas as receitas previstas e despesas fixadas, em cada exercício financeiro,
devem integrar um único documento legal dentro de cada esfera federativa: a Lei Orçamentária Anual
(LOA). O que configura esse princípio é a esfera de Governo/ Unidade da Federação (que deve ter
apenas um único orçamento anual), e não órgão/Unidade Orçamentária. Luiz Rosa Junior (2005)
explica que "a concepção tradicional do princípio da unidade significava que todas as despesas e
receitas do Estado deveriam estar reunidas em um só documento". Também é denominado princípio da
totalidade por ser composto pelos: Orçamento Fiscal; Orçamento de Investimento; Orçamento da
Seguridade Social - e ao mesmo tempo consolidar os orçamentos dos diversos órgãos e Poderes de
forma que permita a cada Governo uma visão geral do conjunto das finanças públicas. O princípio da
unidade orçamentária, mais recentemente, foi relativamente esvaziado, passando-se a admitir a
existência de orçamentos setoriais, que, afinal, podem ser consolidados em um único documento que
permita a visão geral do conjunto das finanças públicas. O que ocorreu com o princípio da unidade, ao
longo dos anos, foi uma remodelagem pela doutrina, de forma que abrangesse as novas situações, sendo
por muitos denominado de princípio da totalidade, sendo, dessa forma, construído, para possibilitar a
coexistência de múltiplos orçamentos que, entretanto, devem sofrer consolidação. Logo, o princípio da
totalidade não substituiu o princípio da unidade: houve apenas uma remodelagem de conceitos.

GABARITO: A

26. IDECAN 2014 DETRAN-RO (AGENTE ADMINISTRATIVO)


“No orçamento público, a publicidade dos quadros orçamentários não é imperativo suficiente para
aprovação por parte do Poder Legislativo. Sem descuidar das exigências da técnica orçamentária,
especialmente em matéria de classificação das receitas e despesas, o orçamento deve ser claro e
compreensível para qualquer indivíduo.” Trata‐se do Princípio do(a)
a) Clareza.
b) Unidade.
c) Equilíbrio.
d) Exclusividade.
e) Universalidade.
COMENTÁRIOS: De caráter meramente formal. o princípio da clareza exige que a linguagem
orçamentária seja clara e de fácil entendimento; exige que as informações orçamentário-financeiras
sejam divulgadas em linguagem facilitada, de forma que as pessoas comuns consigam entendê-las. Traz
implícita a finalidade de facilitar o controle social, proporcionando a todos sua compreensão mediante
uma linguagem facilitada. GABARITO: A
27. IDECAN 2014DETRAN-RO (AGENTE ADMINISTRATIVO)
Acerca dos Princípios Orçamentários, relacione adequadamente as colunas.
1. Princípio da Unidade.
2. Princípio da Universalidade.
3. Princípio da Anualidade/Periodicidade.
4. Princípio da Exclusividade.
5. Princípio do Equilíbrio.
( ) Estabelece, de forma extremamente simplificada, que as despesas não devem ultrapassar as
receitas previstas para o exercício financeiro.
( )O orçamento deve conter todas as receitas e despesas referentes aos Poderes que integram a
Esfera do Governo (União, Estados e Municípios), inclusive seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta.
( ) Determina que as estimativas de receita e despesas devem referir-se a um período limitado de
tempo, em geral, um ano ou o chamado exercício financeiro, período de vigência do orçamento.
( ) O orçamento deve ser uno, ou seja, no âmbito de cada esfera de governo (União, Estados e
Municípios) deve existir apenas um só orçamento para um exercício financeiro.
( ) Segundo esse Princípio, o Orçamento deve conter apenas matéria orçamentária, não incluindo
em seu projeto de lei assuntos estranhos.
A sequência está correta em
a) 1, 2, 3, 4, 5.
b) 2, 4, 5, 3, 1.
c) 3, 1, 4, 2, 5.
d) 4, 3, 1, 5, 2.
e) 5, 2, 3, 1, 4.

COMENTÁRIOS: Questão já batida aqui nos nossos materiais.

determina existência de orçamento único para cada um dos entes federados –


união, estados, distrito federal e municípios – com a finalidade de se evitarem
múltiplos orçamentos paralelos dentro da mesma pessoa política. dessa forma,
UNIDADE

todas as receitas previstas e despesas fixadas, em cada exercício financeiro, devem


integrar um único documento legal dentro de cada esfera federativa: a lei
orçamentária anual (LOA).
determina que a loa de cada ente federado deverá conter todas as receitas e
despesas de todos os poderes, órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas e
UNIVERSALIDADE

mantidas pelo poder público.

delimita o exercício financeiro orçamentário: período ao qual a previsão das


ANUALIDADE

receitas e a fixação das despesas registradas na loa irão se referir.

estabelece que a loa não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à


EXCLUSIVIDADE

fixação da despesa e ressalvam-se dessa proibição a autorização para abertura de


crédito suplementar e a contratação de operações de crédito, nos termos da lei.

GABARITO: E

28. IDECAN 2014 DETRAN-RO (AGENTE ADMINISTRATIVO)


Para a União, a Constituição Federal estabelece que compete à Lei de Diretrizes Orçamentárias, EXCETO:
a) Orientar a elaboração da Lei Orçamentária Anual.
b) Dispor sobre as alterações na legislação tributária.
c) Estabelecer a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
d) Compreender as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de
capital para o exercício financeiro subsequente.
e) Ser regido pelos Princípios da Unidade, Universalidade, Anualidade, Exclusividade, Especificação,
Publicidade, Orçamento Bruto, Não Afetação de Receitas e Equilíbrio.

COMENTÁRIOS: O conceito da LDO também é fornecido pela Constituição Federal de 1988. Segundo o
art. 165, § 2º, "a Lei de Diretrizes Orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da
Administração Pública Federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro
subsequente, orientará a elaboração da Lei Orçamentária Anual, disporá sobre as alterações na
legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de
fomento".

GABARITO: E
29. IDECAN 2014 DETRAN-RO (AGENTE ADMINISTRATIVO)
O conteúdo do Plano Plurianual compõe-sebasicamente de dois grandes módulos, quais sejam: a base
estratégica e os programas. Compreendem a base estratégica os seguintes itens, EXCETO:
a) Previsão de recursos orçamentários.
b) Análise da situação econômica e social.
c) Diretrizes, objetivos e prioridades de governo.
d) Diretrizes, objetivos e prioridades dos órgãos setoriais.
e) Conjunto de ações ou iniciativas que deverão ser empreendidas para alcançar as metas dos
objetivos estabelecidos.
COMENTÁRIOS: A banca ama essas definições. Cobrou novamente a mesma questão em 2016 e 2017 e
vairá em 2018 de novo, anote! Uma questão mais bem elaborada pela banca e pouco estudada pelos
candidatos. O PPA representa o Planejamento Estratégico do Governo Federal, logo, cabe ao PPA
declarar as escolhas do governo e indicar os meios para a implementação das políticas públicas e, ainda,
orientar a ação do Estado para o alcance dos objetivos pretendidos. Em síntese, podemos afirmar que o
PPA COMPÕE-SE DE DOIS GRANDES MÓDULOS:

Análise da situação econômica e social


Diretrizes, objetivos e metas estabelecidas pelo chefe do poder executivo
BASE Previsão dos recursos orçamentários e suadistribuição entre os setores e/ou
entre os programas
ESTRATÉGICA
Diretrizes, objetivos e metas dos demais órgãos compatíveis com a
orientação estratégica do chefe do poder executivo
Definição dos problemas a serem solucionados
PROGRAMAS Conjunto de ações que deverão ser empreendidas para alcançar os objetivos
estabelecidos

Veja que o item E está compreendida dentre as atribuições dos PROGRAMAS.

GABARITO: E

30. IDECAN 2014 DETRAN-RO (AGENTE ADMINISTRATIVO)


“Instrumento legal que deve conter o orçamento fiscal dos poderes da União, dos Estados e Municípios,
de seus fundos órgãos e entidades da administração pública direta e indireta. Faz a discriminação da
receita e da despesa pública, de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de
trabalho do governo obedecido os Princípios da Unidade, Universalidade e Anualidade.” Trata-se de:
a) Plano Plurianual.
b) Anexo de Metas Fiscais.
c) Lei Orçamentária Anual.
d) Metas Fiscais da Administração.
e) Lei de Diretrizes Orçamentárias.

COMENTÁRIOS: A Lei Orçamentária Anual (LOA) é o produto final do processo orçamentário


coordenado pela Secretaria de Orçamento Federal (SOF). Ela abrange apenas o exercício financeiro a
que se refere e é o documento legal que contém a previsão de receitas e autorização de despesas a
serem realizadas no exercício financeiro. A Lei Orçamentária Anual é uma lei ordinária formal, pois
percorre todo o processo legislativo (discussão, votação, aprovação, publicação), mas não o é em sentido
material, pois dela não se origina nenhum Direito Subjetivo. A Lei Orçamentária Anual é um
instrumento de planejamento que operacionaliza no curto prazo os programas contidos no Plano
Plurianual. O projeto de Lei Orçamentária Anual contempla, conforme selecionado pela LDO, as
prioridades contidas no Plano Plurianual (PPA) e as metas que deverão ser atingidas no exercício
financeiro. A lei orçamentária disciplina todas as ações do Governo Federal. É com base nas
autorizações da Lei Orçamentária Anual que as despesas do exercício são executadas. A LOA é de
iniciativa privativa do chefe do Poder Executivo e deve estar compatível com a CF/1988, com a LRF, com
a Lei nº 4.320/1964, com o PPA e com a LDO.

GABARITO: C

31. IDECAN 2014 COLÉGIO PEDRO II (ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO)


“Estabelece que os orçamentos de todos os órgãos autônomos, que constituem o setor público devem se
fundamentar em uma única política orçamentária, estruturada uniformemente e que se ajuste a um
método único.” Trata-se do Princípio Orçamentário da
a) Unidade.
b) Anualidade.
c) Exclusividade.
d) Programação.
e) Universalidade.

COMENTÁRIOS: Segundo Paludo (2018), O princípio da unidade ensina que o orçamento deve ser uno,
ou seja, no âmbito de cada esfera de Governo (União, estados e municípios) deve existir apenas um só
orçamento para um exercício financeiro. Cada esfera de Governo deve possuir apenas um orçamento,
fundamentado em uma única política orçamentária e estruturado uniformemente. Assim, existem o
Orçamento da União, o de cada estado e o de cada município.O que configura esse princípio é a esfera de
Governo/Unidade da Federação (que deve ter apenas um único orçamento anual), e não órgão/Unidade
Orçamentária.Luiz Rosa Junior (2005) explica que “a concepção tradicional do princípio da unidade
significava que todas as despesas e receitas do Estado deveriam estar reunidas em um só documento”.
Esse mesmo autor explica ainda que “a Constituição de 1988 deu uma concepção mais moderna ao
princípio da unidade, ao dispor, no § 5º do art. 165, que a lei orçamentária compreende: a) o Orçamento
Fiscal; b) o Orçamento de Investimento; c) o Orçamento da Seguridade Social”.Também é denominado
princípio da totalidade por ser composto pelos: Orçamento Fiscal; Orçamento de Investimento;
Orçamento da Seguridade Social – e ao mesmo tempo consolidar os orçamentos dos diversos órgãos e
Poderes de forma que permita a cada Governo uma visão geral do conjunto das finanças públicas.

GABARITO: A
32. IDECAN 2014 COLÉGIO PEDRO II (ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO)
O governo tem como responsabilidade fundamental o melhor nível dinâmico de bem-estar à
coletividade. Para tanto, utiliza-se do planejamento integrado para gerenciar seus recursos,
normalmente escassos, e buscar através da escolha de alternativas prioritárias o melhor emprego dos
meios disponíveis para minimizar os problemas econômicos e sociais existentes. O sistema de
planejamento integrado é consubstanciado pelos seguintes instrumentos:
a) Anexo de metas fiscais, Plano Plurianual e Orçamento Fiscal.
b) Lei dos Orçamentos Anuais, Orçamento Fiscal e Anexo de Metas.
c) Plano Plurianual, Lei das Diretrizes Orçamentárias e Lei dos Orçamentos Anuais.
d) Orçamento da Seguridade Social, Lei das Diretrizes Orçamentárias e Anexo de Metas Fiscais.
e) Orçamento Fiscal, Orçamento de investimento das empresas em que o Estado, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto e, o Orçamento da Seguridade
Social.

COMENTÁRIOS: O Sistema de Planejamento Integrado, também conhecido, no Brasil, como Processo


de Planejamento-orçamento, consubstancia-se nos seguintes instrumentos: Plano Plurianual, Lei de
Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual.A Lei Orçamentária Anual (LOA) é o produto final do
processo orçamentário coordenado pela Secretaria de Orçamento Federal (SOF). Ela abrange apenas o
exercício financeiro a que se refere e é o documento legal que contém a previsão de receitas e
autorização de despesas a serem realizadas no exercício financeiro.A Lei de Diretrizes Orçamentárias
(LDO) é o instrumento norteador da elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA). Ela seleciona os
programas do Plano Plurianual que deverão ser contemplados com dotações na LOA correspondente. Já
o PPA, segundo Paludo, o Plano Plurianual - PPA é o instrumento legal de planejamento de maior
alcance no estabelecimento das prioridades e no direcionamento das ações do governo. Ele traduz, ao
mesmo tempo, o compromisso com objetivos e a visão de futuro, assim como a previsão de alocação dos
recursos orçamentários nas funções de Estado e nos programas de governo. O planejamento
governamental é a atividade que, a partir de diagnósticos e estudos prospectivos, orienta as escolhas de
políticas públicas, e o PPA é um instrumento desse planejamento que define diretrizes, objetivos e
metas com o propósito de viabilizar a implementação e a gestão das políticas públicas, orientar a
definição de prioridades e auxiliar na promoção do desenvolvimento sustentável.

GABARITO: C

33. IDECAN 2014 AGU (ADMINISTRADOR)


Observe as despesas a seguir:
I. aquisição de equipamentos de informática para as escolas públicas;
II. salário de profissionais da área de saúde;
III. aluguéis de imóveis para atender pessoas desabrigadas em virtude de calamidade pública;
IV. aquisição de equipamentos hospitalares;
V. aposentadorias;
VI. aquisição de veículos para a polícia.

É correto afirmar que apenas as alternativas


a) I, II e IV compõem o orçamento fiscal.
b) II, IV e VI compõem o orçamento fiscal.
c) III, IV e V compõem o orçamento fiscal.
d) I, III e IV compõem o orçamento da seguridade social.
e) II, III e V compõem o orçamento da seguridade social.

COMENTÁRIOS: Olha uma questão aí da AGU, também organizada pela IDECAN em 2014! A
Constituição Federal de 1988, art. 165, determina que a Lei Orçamentária Anual compreenderá o
Orçamento Fiscal, o de Investimento das Empresas Estatais e o da Seguridade Social, explicando cada
tipo de orçamento:

1. ORÇAMENTO FISCAL - referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
Administração Direta e Indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. Por sua
abrangência e dimensão, o Orçamento Fiscal é considerado o mais importante dos três orçamentos.
Alguns autores consideram um "exagero" a amplitude concedida pela Constituição Federal ao conteúdo
do Orçamento Fiscal, haja vista incluir empresas públicas e sociedades de economia mista dependentes.

2. ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO - das empresas em que a União, direta ou indiretamente,


detenha a maioria do capital social com direito a voto. Estatal independente é aquela que não depende
de recursos do ente público controlador, ou seja, é uma empresa autossustentável (as estatais
dependentes são as que recebem algum tipo de recurso para garantir suas despesas). Não perdem a
denominação de estatal independente, no entanto, aquelas empresas públicas ou sociedades de
economia mista que recebam recursos da União apenas para: participação acionária; fornecimento de
bens ou prestação de serviços; pagamento de empréstimos e financiamentos concedidos;
e transferência para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte,
Nordeste e Centro- Oeste, ou para financiar programas de desenvolvimento econômico através do
BNDES. Esse orçamento abrange tão somente as empresas estatais independentes.

3. ORÇAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL abrange todas as entidades e órgãos a ele vinculados, da


Administração Direta ou Indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder
Público. Esse orçamento compreende as despesas relativas à Saúde, à Previdência e à Assistência
Social. Embora pertençam a esferas orçamentárias diferentes, o Orçamento Fiscal e da Seguridade
Social integram um mesmo conjunto de programas e ações orçamentárias, denominado Orçamento
Fiscal e da Seguridade Social. Esse orçamento compreende as despesas relativas à saúde, previdência e
assistência social de todos os órgãos, entidades e fundos a ela vinculados, e não apenas as despesas
daqueles que fazem parte da seguridade social. Assim, os órgãos, entidades, fundos e empresas
dependentes estarão recebendo dotação do orçamento da Seguridade Social para as despesas com
saúde, previdência e assistência; e dotações do orçamento fiscal para as demais despesas.

Visto isso, seguimos:

II Salários de profissionais da área de saúde - SAÚDE


III aluguéis de imóveis para atender pessoas desabrigadas em virtude de calamidade pública -
ASSITÊNCIA SOCIAL
V Aposentadorias -PREVIDÊNCIA SOCIAL

GABARITO: E

34. IDECAN 2014 AGU (TÉCNICO EM CONTABILIDADE)


As metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o
exercício financeiro subsequente são estabelecidas no(a)
a) Lei do Plano Plurianual.
b) Lei Orçamentária Anual.
c) Lei de Diretrizes Orçamentárias.
d) Lei de Responsabilidade Fiscal.
e) Orçamento Plurianual de Investimentos.

COMENTÁRIOS: O conceito da LDO também é fornecido pela Constituição Federal de 1988. Segundo o
art. 165, § 2º, "a Lei de Diretrizes Orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da
Administração Pública Federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro
subsequente, orientará a elaboração da Lei Orçamentária Anual, disporá sobre as alterações na
legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de
fomento". De acordo com a CF/1988, cabe ao PPA estabelecer Diretrizes, Objetivos e Metas para a
administração pública federal e cabe à LDO estabelecer Metas e Prioridades também para a
Administração Pública Federal. A LDO, no entanto, estabelece Diretrizes para a elaboração dos
orçamentos anuais- fato que pode ser constatado nas últimas LDO's. Assim, quando se referir à
Administração Pública, somente o PPA tem competência para estabelecer diretrizes; quando se referir
especificamente ao orçamento anual, a LDO estabelece diretrizes no sentido de orientar a elaboração e
execução dos orçamentos.

GABARITO: C

35. IDECAN 2014 AGU (TÉCNICO EM CONTABILIDADE)


O projeto de lei orçamentária, ao ser encaminhado ao Poder Legislativo, será acompanhado do
a) anexo de metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os
resultados pretendidos.
b) demonstrativo das alterações na legislação tributária e da política de aplicação das agências
financeiras oficiais de fomento.
c) demonstrativo da evolução do patrimônio líquido nos últimos 3 exercícios, destacando a origem
e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos.
d) demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções,
anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.
e) demonstrativo dos objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de
capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.

COMENTÁRIOS: Questão tranquila e com base na própria Constituição Federal. O projeto de lei
orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual, com a lei de diretrizes
orçamentárias e com as normas da LRF:

CONTERÁ Em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos


orçamentos com os objetivos e metas constantes do anexo de metas
fiscais da ldo
SERÁ Do demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas,
ACOMPANHADA decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de
natureza financeira, tributária e creditícia, bem como das medidas de
compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas
obrigatórias de caráter continuado
CONTERÁ Reserva de contingência

GABARITO: D

36. IDECAN 2014 COLÉGIO PEDRO II (TÉCNICO EM CONTABILIDADE)


O Poder Executivo pretende realizar investimento em obras cuja execução ultrapassa o exercício. Diante
da situação, é remetido projeto de lei ao Congresso para inserir tais investimentos no Plano Plurianual,
haja vista que, anteriormente, ali não constavam. O Princípio Orçamentário no qual se baseia a
normatização que exige este procedimento é o da
a) Clareza.
b) Unidade.
c) Anualidade.
d) Especialização.
e) Não vinculação.

COMENTÁRIOS: Questão interessante. Quando a banca quer, elabora boas questões. Este princípio
funda-se na característica fundamental do orçamento, que é sua periodicidade/anualidade. Estipulado,
de forma literal, pelo caput do art. 2º da Lei no 4.320/1964, delimita o exercício financeiro
orçamentário: período ao qual a previsão das receitas e a fixação das despesas registradas na LOA irão
se referir. Verifica-se este princípio expresso tanto no Art. 165, III e §5º da Constituição, como no Art. 34
da Lei Federal 4.320/64,em que diz: “O exercício financeiro coincidirá com o ano civil“. Nas palavras de
José Afonso da Silva, “o princípio da anualidade sobrevive e revive no sistema, com caráter dinâmico-
operativo, porquanto o plano plurianual constitui regra sobre a realização das despesas de capital e das
relativas aos programas de duração continuada, mas não é operativo por si, e sim por meio do
orçamento anual. GABARITO: C
37. IDECAN 2014 DETRAN-RO (CONTADOR)
De acordo com art. 165, as leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I. o plano plurianual;
II. as diretrizes orçamentárias; e,
III. os orçamentos anuais.
Segundo o disposto na Constituição Federal, é correto afirmar que a lei orçamentária anual
compreenderá
a) metas e prioridades da Administração Pública, incluindo despesas de capital para o exercício
financeiro subsequente.
b) somente as despesas de capital e as delas decorrentes que estejam relacionadas aos programas
de duração continuada.
c) de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas da administração pública para as
despesas de capital e outras dela decorrentes.
d) dispositivos que orientem a elaboração da Lei Diretrizes Orçamentárias, estabelecendo políticas
de aplicação das agências financeiras de fomento.
e) o orçamento fiscal, o orçamento de investimentos das empresas que o Estado detenha a maioria
do capital com direito a voto e o orçamento da seguridade social.
COMENTÁRIOS: A Constituição Federal de 1988, art. 165, determina que a Lei Orçamentária Anual
compreenderá o Orçamento Fiscal, o de Investimento das Empresas Estatais e o da Seguridade Social,
explicando cada tipo de orçamento:
• ORÇAMENTO FISCAL - referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
Administração Direta e Indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. Por sua
abrangência e dimensão, o Orçamento Fiscal é considerado o mais importante dos três orçamentos.
Alguns autores consideram um "exagero" a amplitude concedida pela Constituição Federal ao conteúdo
do Orçamento Fiscal, haja vista incluir empresas públicas e sociedades de economia mista dependentes.
• ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO - das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha
a maioria do capital social com direito a voto. Estatal independente é aquela que não depende de
recursos do ente público controlador, ou seja, é uma empresa autossustentável (as estatais dependentes
são as que recebem algum tipo de recurso para garantir suas despesas). Não perdem a denominação de
estatal independente, no entanto, aquelas empresas públicas ou sociedades de economia mista que
recebam recursos da União apenas para: participação acionária; fornecimento de bens ou prestação
de serviços; pagamento de empréstimos e financiamentos concedidos; e transferência para
aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro-
Oeste, ou para financiar programas de desenvolvimento econômico através do BNDES. Esse orçamento
abrange tão somente as empresas estatais independentes.
• ORÇAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL abrange todas as entidades e órgãos a ele vinculados, da
Administração Direta ou Indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder
Público. Esse orçamento compreende as despesas relativas à Saúde, à Previdência e à Assistência
Social. Embora pertençam a esferas orçamentárias diferentes, o Orçamento Fiscal e da Seguridade
Social integram um mesmo conjunto de programas e ações orçamentárias, denominado Orçamento
Fiscal e da Seguridade Social. Esse orçamento compreende as despesas relativas à saúde, previdência e
assistência social de todos os órgãos, entidades e fundos a ela vinculados, e não apenas as despesas
daqueles que fazem parte da seguridade social. Assim, os órgãos, entidades, fundos e empresas
dependentes estarão recebendo dotação do orçamento da Seguridade Social para as despesas com
saúde, previdência e assistência; e dotações do orçamento fiscal para as demais despesas.
GABARITO: E
38. IDECAN 2014 DETRAN-RO (CONTADOR)
A Lei Complementar nº 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), determina que o governo deve
divulgar o orçamento público de forma ampla à sociedade; publicar relatórios sobre a execução
orçamentária e a gestão fiscal; disponibilizar, para qualquer pessoa, informações sobre a arrecadação da
receita e a execução da despesa. Nesse sentido, a Lei de Responsabilidade Fiscal está dispondo sobre a
aplicação do Princípio Orçamentário da
a) Legalidade.
b) Anualidade.
c) Publicidade.
d) Exclusividade.
e) Transparência.

COMENTÁRIOS: O princípio da transparência aplica-se também ao orçamento público, pelas


disposições contidas nos arts. 48, 48-A e 49 da LRF, que determinam ao governo, por exemplo: divulgar
o orçamento público de forma ampla à sociedade; publicar relatórios sobre a execução orçamentária e a
gestão fiscal; disponibilizar, para qualquer pessoa, informações sobre a arrecadação da receita e a
execução da despesa. Assim, os itens da LRF tanto podem ser cobrados dentro do princípio da
publicidade ou separadamente como princípio da transparência - e visam criar condições para o
exercício do controle social sobre os gastos públicos.Além disso, os novos Manuais da STN/SOF
incluíram o princípio da transparência apoiado nos arts. 48, 48-A e 49 da LRF, que determinam ao
Governo divulgar o Orçamento Público de forma ampla à sociedade; publicar relatórios sobre a
execução orçamentária e a gestão fiscal; disponibilizar, para qualquer pessoa, informações sobre a
arrecadação da receita e a execução da despesa.Assim, segundo Paludo (2018),os itens da LRF tanto
podem ser cobrados dentro do princípio da publicidade ou separadamente como princípio da
transparência – e visam criar condições para o exercício do controle social sobre os gastos públicos.

GABARITO: E

39. IDECAN 2010 FUNTELPA (ADMINISTRADOR)


A Lei de Diretrizes Orçamentárias tem a finalidade precípua de orientar a elaboração dos orçamentos
fiscal e da seguridade social e de investimento das empresas estatais. De acordo com o parágrafo 2º do
Art. 165 da CF, a LDO:

I. Compreenderá as metas e prioridades da administração pública, incluindo as despesas de capital para


o exercício financeiro subsequente.
II. Orientará a elaboração da LOA.
III. Disporá sobre as alterações na legislação tributária.
IV. Estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

Estão corretas apenas as afirmativas:


a) I, II
b) II, III, IV
c) I, IV
d) I, II, III
e) I, II, III, IV

COMENTÁRIOS: O conceito da LDO também é fornecido pela Constituição Federal de 1988. Segundo o
art. 165, § 2º, "a Lei de Diretrizes Orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da
Administração Pública Federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro
subsequente, orientará a elaboração da Lei Orçamentária Anual, disporá sobre as alterações na
legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de
fomento". De acordo com a CF/1988, cabe ao PPA estabelecer Diretrizes, Objetivos e Metas para a
administração pública federal e cabe à LDO estabelecer Metas e Prioridades também para a
Administração Pública Federal. A LDO, no entanto, estabelece Diretrizes para a elaboração dos
orçamentos anuais- fato que pode ser constatado nas últimas LDO's. Assim, quando se referir à
Administração Pública, somente o PPA tem competência para estabelecer diretrizes; quando se referir
especificamente ao orçamento anual, a LDO estabelece diretrizes no sentido de orientar a elaboração e
execução dos orçamentos.

GABARITO: E

40. IDECAN 2010 FUNTELPA (ADMINISTRADOR)


Sobre Orçamento Público, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas:

( ) Princípio da Unidade: o orçamento deve ser uno, ou seja, deve existir apenas um orçamento para
dado exercício financeiro.
( ) Princípio da Universalidade: é o princípio pelo qual o orçamento deve conter todas as receitas e todas
as despesas do Estado.
( ) Princípio da Exclusividade: a lei orçamentária deverá conter apenas matéria orçamentária ou
financeira.

A sequência está correta em:


a) V, V, V
b) F, V, F
c) V, V, F
d) F, F, V
e) V, F, V

COMENTÁRIOS: Vamos comentar item a item:


(V) Princípio da Unidade: o orçamento deve ser uno, ou seja, deve existir apenas um orçamento para
dado exercício financeiro.
Previsto, de forma expressa, pelo caput do art. 2º da Lei no 4.320/1964, determina existência de
orçamento único para cada um dos entes federados – União, estados, Distrito Federal e municípios –
com a finalidade de se evitarem múltiplos orçamentos paralelos dentro da mesma pessoa política.
(V) Princípio da Universalidade: é o princípio pelo qual o orçamento deve conter todas as receitas e
todas as despesas do Estado.
Estabelecido, de forma expressa, pelo caput do art. 2º da Lei nº 4.320/ 1964, recepcionado e
normatizado pelo § 5º do art. 165 da Constituição Federal, determina que a LOA de cada ente federado
deverá conter todas as receitas e despesas de todos os poderes, órgãos, entidades, fundos e fundações
instituídas e mantidas pelo Poder Público.
(V) Princípio da Exclusividade: a lei orçamentária deverá conter apenas matéria orçamentária ou
financeira.
Também conhecido como princípio da PUREZA e previsto no § 8º do art. 165 da Constituição Federal,
estabelece que a LOA não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa.
Ressalvam-se dessa proibição a autorização para abertura de crédito suplementar e a contratação de
operações de crédito, nos termos da lei. A Lei de Orçamento deverá tratar apenas de matéria financeira,
excluindo-se dela qualquer outro dispositivo estranho. Assim, não pode o texto da lei orçamentária
instituir tributo, por exemplo, nem qualquer outra determinação que fuja às finalidades específicas de
previsão de receita e fixação de despesa.

GABARITO: A

41. IDECAN 2010 PREFEITURA DE IPATINGA - MG (CONTADOR)


O orçamento público surgiu para atuar como instrumento de controle das atividades financeiras do
Governo. Entretanto, para real eficácia deste controle, faz-se mister que a constituição orgânica do
orçamento se vincule a determinadas regras ou princípios orçamentários. O Princípio que estabelece
que o orçamento deve constituir uma só peça, compreendendo as receitas e as despesas do exercício de
modo a demonstrar, pelo confronto das duas somas, se há equilíbrio, saldo ou déficit, é:
a) Princípio da Especificação.
b) Princípio da Exclusividade.
c) Princípio da Anualidade.
d) Princípio da Unidade.
e) Princípio da Universalidade.

COMENTÁRIOS: Já viram como a banca é repetitiva, né? Não tenha dúvidas de que é uma questão certa
na sua prova: princípios orçamentários. Previsto, de forma expressa, pelo caput do art. 2º da Lei no
4.320/1964, determina existência de orçamento único para cada um dos entes federados – União,
estados, Distrito Federal e municípios – com a finalidade de se evitarem múltiplos orçamentos paralelos
dentro da mesma pessoa política. Dessa forma, todas as receitas previstas e despesas fixadas, em cada
exercício financeiro, devem integrar um único documento legal dentro de cada esfera federativa: a Lei
Orçamentária Anual (LOA). O que configura esse princípio é a esfera de Governo/ Unidade da Federação
(que deve ter apenas um único orçamento anual), e não órgão/Unidade Orçamentária. Luiz Rosa Junior
(2005) explica que "a concepção tradicional do princípio da unidade significava que todas as despesas e
receitas do Estado deveriam estar reunidas em um só documento". Também é denominado princípio da
totalidade por ser composto pelos: Orçamento Fiscal; Orçamento de Investimento; Orçamento da
Seguridade Social - e ao mesmo tempo consolidar os orçamentos dos diversos órgãos e Poderes de
forma que permita a cada Governo uma visão geral do conjunto das finanças públicas. O princípio da
unidade orçamentária, mais recentemente, foi relativamente esvaziado, passando-se a admitir a
existência de orçamentos setoriais, que, afinal, podem ser consolidados em um único documento que
permita a visão geral do conjunto das finanças públicas. O que ocorreu com o princípio da unidade, ao
longo dos anos, foi uma remodelagem pela doutrina, de forma que abrangesse as novas situações, sendo
por muitos denominado de princípio da totalidade, sendo, dessa forma, construído, para possibilitar a
coexistência de múltiplos orçamentos que, entretanto, devem sofrer consolidação. Logo, o princípio da
totalidade não substituiu o princípio da unidade: houve apenas uma remodelagem de conceitos.

GABARITO: D

3. O CICLO ORÇAMENTÁRIO.

42. IDECAN 2016 URFN (CONTADOR)


O primeiro passo do ciclo orçamentário é a elaboração da proposta que virá se tornar a Lei
Orçamentária Anual. O setor ou setores da administração envolvidos neste processo deverá observar
atentamente o disposto na Lei 4.320/64 e as demais normas relativas ao orçamento público. São
aspectos importantes para a elaboração da proposta orçamentária, EXCETO:
a) O atendimento ao disposto no PPA e na LDO já aprovado.
b) O grau de endividamento e a necessidade de se realizar superávit.
c) A estimativa da receita com base na arrecadação dos três períodos anteriores.
d) A avaliação das circunstâncias e de ordem conjuntural que podem impactar na arrecadação.

COMENTÁRIOS: Observem que a banca vive cobrando dispositivos da Lei nº 432/64, por isso acho
arriscado e super difícil achar uma questão dela que não cobre nenhum ponto desta lei. Conforme a Lei
nº 432/64:
Art. 22. A proposta orçamentária que o Poder Executivo encaminhará ao Poder Legislativo nos prazos
estabelecidos nas Constituições e nas Leis Orgânicas dos Municípios, compor-se-á:
III - Tabelas explicativas, das quais, além das ESTIMATIVAS DE RECEITA e despesa, constarão, em colunas
distintas e para fins de comparação:
a) A RECEITA ARRECADADA NOS TRÊS ÚLTIMOS EXERCÍCIOS ANTERIORES àquele em que se elaborou
a proposta; (item C - CORRETA)
Art. 30. A estimativa da receita terá por base as demonstrações a que se refere o artigo anterior à
arrecadação dos três últimos exercícios, pelo menos bem como as circunstâncias de ordem conjuntural e
outras, que possam afetar a produtividade de cada fonte de receita (item D – CORRETA).

Além disso, a elaboração da LOA deve estar de acordo com o que dispões a LDO e o PPA vigente, uma
vez que compete à LDO orientar a elaboração da LOA e ao PPA, dispor sobre diretrizes, objetivos e
metas para a Administração pública Federal. (item A – CORRETA).

GABARITO: B
CONCEITUAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE RECEITA PÚBLICA.
CLASSIFICAÇÃO ORÇAMENTÁRIA DE RECEITA PÚBLICA POR
CATEGORIA ECONÔMICA NO BRASIL.

43. IDECAN 2017 MS (CONTADOR)


Entende-se por estágios da receita orçamentária cada passo identificado que evidencia o ingresso da
receita no caixa do governo. Afirma-se que os estágios da receita pública representam as fases
percorridas pela receita na execução orçamentária. Com referência aos estágios da receita
orçamentária, assinale a afirmativa INCORRETA.
a) Declaração, momento em que o contribuinte declara o quanto auferiu de renda e o Estado calcula
o valor devido.
b) Previsão representa a estimativa do que se espera arrecadar durante o exercício e que consta da
Lei Orçamentária Anual (LOA).
c) Recolhimento é o ato pelo qual os agentes arrecadadores entregam diretamente ao tesouro
público o produto da arrecadação.
d) Lançamento é o ato da repartição competente, que verifica a procedência do crédito fiscal e a
pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta.
e) Arrecadação é o momento em que os contribuintes comparecem perante os agentes
arrecadadores, devidamente credenciados e contratados, e paga suas obrigações para com o Estado.

COMENTÁRIOS: As etapas da receita seguem a ordem de ocorrência dos fenômenos econômicos,


levando-se em consideração o modelo de orçamento existente no País. Dessa forma, a ordem
sistemática inicia-se com a etapa de previsão e termina com a de recolhimento.Nem todas as etapas
citadas ocorrem para todos os tipos de receitas orçamentárias. Pode ocorrer arrecadação de receitas
não previstas e também das que não foram lançadas, como é o caso de uma doação em espécie recebida
pelos entes públicos.
ETAPAS DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA
Efetuar a previsão implica planejar e estimar a arrecadação das receitas que
PLANEJAMENTO

constará na proposta orçamentária. A previsão de receitas é a etapa que


antecede a fixação do montante de despesas que irá constar nas leis de
PREVISÃO orçamento, além de ser base para se estimar as necessidades de
financiamento do governo.

Ato da repartição competente, que verifica a procedência do crédito fiscal e a


LANÇAMENTO
pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta. Além disso, lançamento
é o procedimento administrativo que verifica a ocorrência do fato gerador
da obrigação correspondente, determina a matéria tributável, calcula o
montante do tributo devido, identifica o sujeito passivo e, sendo o caso,
propõe a aplicação da penalidade cabível.
EXECUÇÃO

Corresponde à entrega dos recursos devidos ao Tesouro Nacional pelos


contribuintes ou devedores, por meio dos agentes arrecadadores ou
ARRECADAÇÃO
instituições financeiras autorizadas pelo ente.
Consiste na transferência dos valores arrecadados à conta específica do
Tesouro Nacional, responsável pela administração e controle da arrecadação
e pela programação financeira, observando-se o princípio da unidade de
tesouraria ou de caixa, conforme determina o art. 56 da Lei no 4.320, de
1964, a seguir transcrito: Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-
RECOLHIMENTO á em estrita observância ao princípio de unidade de tesouraria, vedada
qualquer fragmentação para criação de caixas especiais.

Declaração não é etapa e nem estágio da receita pública.

GABARITO: A

44. IDECAN 2014 DETRAN-RO (ADMINISTRADOR)


Nos termos da Lei nº 4.320/64, é considerada espécie de receita patrimonial:
a) Operações de Crédito.
b) Cobrança da Dívida Ativa.
c) Participações e Dividendos.
d) Alienação de Bens Móveis e Imóveis.
e) Amortização de Empréstimos Concedidos.

COMENTÁRIOS: A Origem é o detalhamento das Categorias Econômicas “Receitas Correntes” e


“Receitas de Capital”, com vistas a identificar a procedência das receitas no momento em que ingressam
nos cofres públicos. Os códigos da Origem para as receitas correntes e de capital, de acordo com a Lei nº
4.320/1964, com alterações introduzidas pela Portaria Interministerial 163/2001 e atualizações
posteriores, são:
CATEGORIA ECONÔMICA (1º DÍGITO) ORIGEM (2º DÍGITO)
1. RECEITAS CORRENTES 1. IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE
7. RECEITAS CORRENTES MELHORIA
INTRAORÇAMENTÁRIAS 2. CONTRIBUIÇÕES
3.PATRIMONIAIS
4. AGROPECUÁRIA
5. INDUSTRIAL
6. SERVIÇOS
7. TRANSFERÊNCIAS CORRENTES
9. OUTRAS RECEITAS CORRENTES
2. RECEITAS DE CAPITAL 1. OPERAÇÕES DE CRÉDITO
8. RECEITAS DE CAPITAL 2. ALIENAÇÃO DE BENS
INTRAORÇAMENTÁRIAS 3. AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS
4. TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL
9. OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL

RECEITA PATRIMONIAL: são provenientes da fruição de patrimônio pertencente ao ente público, tais
como as decorrentes de aluguéis, dividendos, compensações financeiras/royalties, concessões, entre
outras.

GABARITO: C

45. IDECAN 2014 DETRAN-RO (ADMINISTRADOR)


Nos termos da Lei nº 4.320/64, é correto afirmar que a multa é espécie de receita
a) diversa.
b) industrial.
c) tributária.
d) de capital.
e) patrimonial.

COMENTÁRIOS: OUTRAS RECEITAS CORRENTES: constituem-se pelas receitas cujas características


não permitam o enquadramento nas demais classificações da receita corrente, tais como indenizações,
restituições, ressarcimentos, multas previstas em legislações específicas, alienação de bens e
mercadorias apreendidos associados ao tráfico ilícito de entorpecentes ou drogas ilícitas, algumas
receitas de dívida ativa, prêmios prescritos de loterias, etc. Também se classificam como outras receitas
correntes a alienação de móveis e imóveis apreendidos e/ ou caucionados.

GABARITO: A

46. IDECAN 2014 DETRAN-RO (CONTADOR)


“Os ingressos extraorçamentários são recursos financeiros de caráter temporário e não integram a Lei
Orçamentária Anual. O Estado é mero depositário desses recursos, que constituem passivos exigíveis e
cujas restituições não se sujeitam à autorização legislativa."
(MCAPSP, Parte I, 2012, p. 10.)
Constitui-se em um exemplo de ingresso extraorçamentário:
a) Alienação de bens.
b) Operação de crédito.
c) Depósito em caução.
d) Arrecadação tributária.
e) Transferência corrente.

COMENTÁRIOS: As receitas extraorçamentárias possuem caráter temporário, não se incorporando ao


patrimônio público. Tais receitas não integram o Orçamento Público e constituem passivos exigíveis do
ente, de tal forma que o seu pagamento não está sujeito à autorização legislativa. Ex.: depósito em
caução, Antecipação de Receitas Orçamentárias (ARO), emissão de moeda e outras.Os ingressos
extraorçamentários não alteram o patrimônio do ente público, não aumentam o saldo patrimonial:
geram apenas um fato permutativo no patrimônio – entram recursos e geram-se obrigações.Para a STN,
os ingressos extraorçamentários são aqueles pertencentes a terceiros, arrecadados pelo ente público
exclusivamente para fazer face às exigências contratuais pactuadas para posterior devolução.Esses
ingressos não se encontram previstos no orçamento, e a STN os denomina de recursos de terceiros.

GABARITO: C

47. IDECAN 2014 DETRAN-RO (CONTADOR)


“Recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado destinados a atender
despesas de manutenção ou funcionamento relacionadas a uma finalidade pública específica, mas que
não correspondam a uma contraprestação direta em bens e serviços a quem efetuou a transferência."
Assinale a alternativa que apresenta a origem da categoria econômica “receitas correntes" que
corresponde ao conceito anterior.
a) Receitas tributárias.
b) Receitas de serviços.
c) Transferências correntes.
d) Outras receitas correntes.
e) Receitas de contribuições.

COMENTÁRIOS: As transferências correntes constituem-se pelas receitas cujas características não


permitam o enquadramento nas demais classificações da receita corrente, tais como indenizações,
restituições, ressarcimentos, multas previstas em legislações específicas, alienação de bens e
mercadorias apreendidos associados ao tráfico ilícito de entorpecentes ou drogas ilícitas, algumas
receitas de dívida ativa, prêmios prescritos de loterias, etc. Também se classificam como outras receitas
correntes a alienação de móveis e imóveis apreendidos e/ ou caucionados.Assim, é o ingresso
proveniente de outros entes ou entidades, referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade
recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante condições preestabelecidas ou
mesmo sem qualquer exigência, desde que o objetivo seja a aplicação em despesas correntes.De acordo
com o art. 6º, § 1º, da Lei nº 4.320/1964, as cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a
outra serão incluídas como despesa no orçamento da entidade obrigada à transferência, e como receita
no orçamento da que as deva receber.
CATEGORIA ECONÔMICA (1º DÍGITO) ORIGEM (2º DÍGITO)
1. RECEITAS CORRENTES 1. IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
7. RECEITAS CORRENTES INTRAORÇAMENTÁRIAS 2. CONTRIBUIÇÕES
3.PATRIMONIAIS
4. AGROPECUÁRIA
5. INDUSTRIAL
6. SERVIÇOS
7. TRANSFERÊNCIAS CORRENTES
9. OUTRAS RECEITAS CORRENTES
2. RECEITAS DE CAPITAL 1. OPERAÇÕES DE CRÉDITO
8. RECEITAS DE CAPITAL INTRAORÇAMENTÁRIAS 2. ALIENAÇÃO DE BENS
3. AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS
4. TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL
9. OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL

GABARITO: C

48. IDECAN 2014 DETRAN-RO (CONTADOR)


“A realização da receita se dá em três estágios: o lançamento, a arrecadação e o recolhimento."
(MCASP, 2012, p. 34.)

Em relação aos estágios ou etapas das receitas orçamentárias, é correto afirmar que
a) as etapas não possuem ordem cronológica a ser seguida e desconsideram o modelo de orçamento
adotado no país.
b) algumas receitas orçamentárias não passam pelo estágio do lançamento, como é o caso de uma
doação em espécie recebida pelos entes públicos.
c) o recolhimento pode ser definido como o ato da repartição competente, que verifica a procedência
do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta.
d) a arrecadação constitui-se na transferência de valores arrecadados à conta específica do Tesouro,
responsável pela administração e controle de arrecadação e programação financeira.
e) o lançamento corresponde à entrega dos recursos devidos ao Tesouro pelos contribuintes ou
devedores, por meio dos agentes arrecadadores ou instituições financeiras autorizadas pelo ente.

COMENTÁRIOS: Segundo Paludo (2018), em termos de gestão, a receita orçamentária é classificada em


duas etapas: planejamento e execução.As etapas da receita seguem a ordem de ocorrência dos
fenômenos econômicos, levando-se em consideração o modelo de orçamento existente no País. Dessa
forma, a ordem sistemática inicia-se com a etapa de previsão e termina com a de recolhimento.

ETAPAS DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA


PLANEJAMENTO PREVISÃO
LANÇAMENTO
EXECUÇÃO ARRECADAÇÃO
RECOLHIMENTO
Nem todas as etapas citadas ocorrem para todos os tipos de receitas orçamentárias. Pode ocorrer
arrecadação de receitas não previstas e também das que não foram lançadas, como é o caso de uma
doação em espécie recebida pelos entes públicos. Vejamos agora o erros dos demais itens:
a) as etapas não possuem ordem cronológica a ser seguida e desconsideram o modelo de orçamento
adotado no país.
c) o recolhimento(lançamento)pode ser definido como o ato da repartição competente, que verifica a
procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta.
d) a arrecadação(recolhimento) constitui-se na transferência de valores arrecadados à conta
específica do Tesouro, responsável pela administração e controle de arrecadação e programação
financeira.
e) o lançamento(arrecadação)corresponde à entrega dos recursos devidos ao Tesouro pelos
contribuintes ou devedores, por meio dos agentes arrecadadores ou instituições financeiras autorizadas
pelo ente.
GABARITO: B

49. IDECAN 2014 DETRAN-RO (CONTADOR)


Analise as afirmativas.
I. “_________________ é o detalhamento das Categorias Econômicas Receitas Correntes e Receitas de Capital,
com vistas a identificar a natureza da procedência das receitas no momento em que ingressam no
Orçamento Público."
II. “__________________ permite qualificar com maior detalhamento o fato gerador das receitas."

Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente as afirmativas anteriores.


a) Alínea / Subalínea
b) Transferência / Dedução
c) Origem da receita / Espécie
d) Categoria econômica / Rubrica
e) Receita originária / Receita derivada

COMENTÁRIOS: A origem é a subdivisão das categorias econômicas e identifica a procedência dos


recursos públicos, em relação ao fato gerador dos ingressos das receitas (derivada, originária,
transferências e outras).A origem é um detalhamento da classificação econômica, das receitas correntes
e de capital. Tem por objetivo identificar a origem das receitas no momento em que elas ingressam no
patrimônio público.O 3º dígito, 3º nível, corresponde à espécie da receita.É o nível de classificação
vinculado à origem, composto por títulos, que permitem qualificar com mais detalhe o fato gerador de
tais receitas. Por exemplo, dentro da Origem da Receita Tributária podemos identificar as suas espécies,
tais como: impostos, taxas e contribuições de melhoria, sendo cada uma dessas receitas uma espécie de
tributo diferente das demais. É a espécie de receita.

GABARITO: C
50. IDECAN 2014 DETRAN-RO (CONTADOR)
“O §1º do art. 8º da Lei nº 4.320/1964 define que os itens da discriminação da receita, mencionados no
art. 11 dessa lei, serão identificados por números de código decimal. Convencionou-se denominar este
código de natureza de receita. Assim, a natureza de receita é a menor célula de informação no contexto
orçamentário para as receitas públicas; por isso, contém todas as informações necessárias para as
devidas alocações orçamentárias. A fim de possibilitar identificação detalhada dos recursos que
ingressam nos cofres públicos, esta classificação é formada por um código numérico de 8 dígitos que
subdivide-se em seis níveis – categoria econômica, origem, espécie, rubrica, alínea e subalínea."
(MCASP, 2012, p. 12-14.)

De acordo com a Lei nº 4.320/64, as receitas orçamentárias são divididas nas seguintes categorias
econômicas: receitas correntes e receitas de capital. Os códigos correspondentes às referidas categorias
econômicas são:
a) Código 1 – Receitas Correntes; e, Código 2 – Receitas de Capital.
b) Código 3 – Receitas Correntes; e, Código 4 – Receitas de Capital.
c) Código 5 – Receitas Correntes; e, Código 6 – Receitas de Capital.
d) Código 1.1 – Receitas Correntes; e, Código 2.2 – Receitas de Capital.
e) Código 3.1 – Receitas Correntes; e, Código 2.1 – Receitas de Capital.

Comentários: O §§1º e 2º do art. 11 da Lei no 4.320/1964, classificam as receitas orçamentárias em


“Receitas Correntes” e “Receitas de Capital”. A codificação correspondente seria:
1- RECEITAS CORRENTES
Receitas Orçamentárias Correntes são arrecadadas dentro do exercício financeiro, aumentam as
disponibilidades financeiras do Estado e constituem instrumento para financiar os objetivos definidos
nos programas e ações orçamentários, com vistas a satisfazer finalidades públicas. Classificam-se como
correntes as receitas provenientes de tributos; de contribuições; da exploração do patrimônio estatal
(Patrimonial); da exploração de atividades econômicas (Agropecuária, Industrial e de Serviços); de
recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a
atender despesas classificáveis em Despesas Correntes (Transferências Correntes); por fim, demais
receitas que não se enquadram nos itens anteriores, nem no conceito de receita de capital (Outras
Receitas Correntes).
2- RECEITAS DE CAPITAL
Receitas Orçamentárias de Capital são arrecadadas dentro do exercício financeiro, aumentam as
disponibilidades financeiras do Estado e são instrumentos de financiamento dos programas e ações
orçamentários, a fim de se atingirem as finalidades públicas. Porém, de forma diversa das receitas
correntes, as receitas de capital em geral não provocam efeito sobre o patrimônio líquido. Receitas de
Capital são as provenientes tanto da realização de recursos financeiros oriundos da constituição de
dívidas e da conversão, em espécie, de bens e direitos, quanto de recursos recebidos de outras pessoas
de direito público ou privado e destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital.

GABARITO: A
51. IDECAN 2010 PREFEITURA DE IPATINGA - MG (CONTADOR)
Utilizando 1 para Receitas Correntes e 2 para Receitas de Capital, relacione a classificação econômica
das seguintes receitas públicas:
( ) Receita tributária.
( ) Receita da conversão, em espécie, de bens e direitos.
( ) Receita agropecuária.
( ) Receita de contribuições.
( ) Receita de amortização de empréstimos, anteriormente concedidos.
( ) Receita industrial.
( ) Receita de serviços.

A sequência está correta em:


a) 1, 2, 1, 1, 2, 1, 1
b) 2, 1, 2, 2, 1, 2, 2
c) 1, 2, 2, 1, 1, 1, 2
d) 2, 1, 1, 1, 2, 2, 2
e) 1, 2, 2, 1, 2, 2, 1

COMENTÁRIOS: A Origem é o detalhamento das Categorias Econômicas “Receitas Correntes” e


“Receitas de Capital”, com vistas a identificar a procedência das receitas no momento em que ingressam
nos cofres públicos. Os códigos da Origem para as receitas correntes e de capital, de acordo com a Lei nº
4.320/1964, com alterações introduzidas pela Portaria Interministerial 163/2001 e atualizações
posteriores, são:

CATEGORIA ECONÔMICA (1º DÍGITO) ORIGEM (2º DÍGITO)


1. RECEITAS CORRENTES 1. IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE
7. RECEITAS CORRENTES MELHORIA
INTRAORÇAMENTÁRIAS 2. CONTRIBUIÇÕES
3.PATRIMONIAIS
4. AGROPECUÁRIA
5. INDUSTRIAL
6. SERVIÇOS
7. TRANSFERÊNCIAS CORRENTES
9. OUTRAS RECEITAS CORRENTES
2. RECEITAS DE CAPITAL 1. OPERAÇÕES DE CRÉDITO
8. RECEITAS DE CAPITAL 2. ALIENAÇÃO DE BENS
INTRAORÇAMENTÁRIAS 3. AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS
4. TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL
9. OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL
Além disso, conforme a Lei nº 4320/64:

Art. 11 - A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de
Capital
§ 1º - São Receitas Correntes as receitas tributária, de contribuições, patrimonial, agropecuária,
industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de
outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis
em Despesas Correntes.
§ 2º - São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de
constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de
outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em
Despesas de Capital e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente.

GABARITO: A

52. IDECAN 2016 UFPB (TECNÓLOGO)


Em relação às receitas públicas, assinale a afirmativa INCORRETA.
A. São objeto de lançamento os impostos diretos e quaisquer outras rendas com vencimento
determinado em lei, regulamento ou contrato.
B. O lançamento da receita é ato da repartição competente, que verifica a procedência do crédito fiscal e
a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta.
C. O recolhimento de todas as receitas públicas far-se-á em estrita observância ao princípio de unidade
de tesouraria, vedada qualquer fragmentação para criação de caixas especiais.
D. Os agentes da arrecadação devem fornecer recibos das importâncias que arrecadarem, sendo que nos
recibos é obrigatório constar somente o nome da pessoa que paga a soma arrecadada e a data da
arrecadação.

Comentários: Vamos comentar item a item:


A - CORRETO
Lei nº 4320/64
Art. 52. São objeto de lançamento os impostos diretos e quaisquer outras rendas com vencimento
determinado em lei, regulamento ou contrato.

B - CORRETO
O art. 53 da Lei nº 4.320/1964, define o lançamento como ato da repartição competente, que verifica a
procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta. Por sua vez, para o
art. 142 do CTN, lançamento é o procedimento administrativo que verifica a ocorrência do fato gerador
da obrigação correspondente, determina a matéria tributável, calcula o montante do tributo devido,
identifica o sujeito passivo e, sendo o caso, propõe a aplicação da penalidade cabível.

C- CERTO
Consiste na transferência dos valores arrecadados à conta específica do Tesouro Nacional, responsável
pela administração e controle da arrecadação e pela programação financeira, observando-se o princípio
da unidade de tesouraria ou de caixa, conforme determina o art. 56 da Lei no 4.320, de 1964, a seguir
transcrito: Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita observância ao princípio de
unidade de tesouraria, vedada qualquer fragmentação para criação de caixas especiais.

D - ERRADA
Art. 55. Os agentes da arrecadação devem fornecer recibos das importâncias que arrecadarem.
§ 1º Os recibos devem conter o nome da pessoa que paga a soma arrecadada, proveniência e
classificação, bem como a data a assinatura do agente arrecadador.
GABARITO: D

53. IDECAN 2016 UFPB (TECNÓLOGO)


Sobre os Restos a Pagar e Dívida Ativa, assinale a afirmativa INCORRETA.
A. Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública proveniente de obrigação legal relativa a
tributos e respectivos adicionais e multas.
B. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas e não pagas até o dia 31 de dezembro do
exercício financeiro, distinguindo-se as processadas das não processadas.
C. Os empenhos que sorvem a conta de débitos com vigência anual que não tenham sido liquidados, só
deverão ser computados como Restos a Pagar no último ano de vigência do crédito.
D. Dívida Ativa não Tributária são os demais créditos da Fazenda Pública, tais como os provenientes de
empréstimos compulsórios, contribuições estabelecidas em lei, multa de qualquer origem ou natureza,
exceto as tributárias, foros, laudêmios, aluguéis ou taxas de ocupação, custas processuais, preços de
serviços prestados por estabelecimentos públicos, indenizações, reposições, restituições, alcances dos
responsáveis definitivamente julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações em moeda
estrangeira, de subrogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, de contratos em geral ou de
outras obrigações legais.

COMENTÁRIOS: Aquele tipo de questão que te deixa ''kátia cega" de ódio! kkkk
Pois é, povo, uma simples palavrinha no meio desse emaranhado de definições. Comentemos item a
item:
A - CERTO
Para que uma dívida se torne "dívida ativa" é essencial que o crédito seja líquido e certo e esteja
vencido. A dívida ativa abrange todos os créditos da Fazenda Pública, cuja certeza e liquidez foram
apuradas, por não terem sido pagos nas datas em que venceram. São créditos a receber classificados no
ativo e representam uma fonte potencial de fluxo de caixa. A dívida ativa divide-se em tributária
(oriunda de impostos, taxas e contribuições) e não tributária (oriunda dos demais direitos a receber).
Ambas incluem juros, multas e atualizações, que formarão o valor principal. As receitas de dívida ativa
incluem, além do valor principal, a atualização monetária, a multa e os juros de mora.
B - CERTO
São Restos a Pagar todas as despesas regularmente empenhadas, do exercício atual ou anterior, mas não
pagas ou canceladas até 31 de dezembro do exercício financeiro vigente. Distingue-se dois tipos de
restos a pagar: os processados (despesas já liquidadas); e os não processados (despesas a liquidar ou
em liquidação).

C - ERRADO
Segundo a Lei nº 4320/64:
Art. 36. Parágrafo único. Os empenhos que sorvem a conta de CRÉDITOS com vigência plurienal, que não
tenham sido liquidados, só serão computados como Restos a Pagar no último ano de vigência do crédito.
Veja que o item trocou a palavra ''Créditos" por "débitos"!
D – CERTO
Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza, proveniente de obrigação legal
relativa a tributos e respectivos adicionais e multas, e Dívida Ativa não Tributária são os demais créditos
da Fazenda Pública, tais como os provenientes de empréstimos compulsórios, contribuições
estabelecidas em lei, multa de qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios,
alugueis ou taxas de ocupação, custas processuais, preços de serviços prestados por estabelecimentos
públicos, indenizações, reposições, restituições, alcances dos responsáveis definitivamente julgados,
bem assim os créditos decorrentes de obrigações em moeda estrangeira, de subrogação de hipoteca,
fiança, aval ou outra garantia, de contratos em geral ou de outras obrigações legais. (art. 39, § 2º da Lei
nº 4.320/64)

GABARITO: C

54. IDECAN 2015 - PREFEITURA DE RIO NOVO DO SUL (CONTADOR)


São classificadas, economicamente, como receitas correntes, EXCETO:
a) Taxas.
b) Impostos.
c) Alienação de bens.
d) Contribuições de melhoria.

COMENTÁRIOS: A Origem é o detalhamento das Categorias Econômicas “Receitas Correntes” e


“Receitas de Capital”, com vistas a identificar a procedência das receitas no momento em que ingressam
nos cofres públicos. Os códigos da Origem para as receitas correntes e de capital, de acordo com a Lei nº
4.320/1964, são:
CATEGORIA ECONÔMICA (1º DÍGITO) ORIGEM (2º DÍGITO)
3. RECEITAS CORRENTES 1. IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE
7. RECEITAS CORRENTES MELHORIA
INTRAORÇAMENTÁRIAS 2. CONTRIBUIÇÕES
3.PATRIMONIAIS
4. AGROPECUÁRIA
5. INDUSTRIAL
6. SERVIÇOS
7. TRANSFERÊNCIAS CORRENTES
9. OUTRAS RECEITAS CORRENTES
4. RECEITAS DE CAPITAL 1. OPERAÇÕES DE CRÉDITO
8. RECEITAS DE CAPITAL 2. ALIENAÇÃO DE BENS
INTRAORÇAMENTÁRIAS 3. AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS
4. TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL
9. OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL

GABARITO: C

55. IDECAN 2015 - PREFEITURA DE RIO NOVO DO SUL (CONTADOR)

“Estágios da receita pública são as etapas consubstanciadas nas ações desenvolvidas e


percorridas pelos órgãos e repartições encarregados de executá-las. " O estágio ________________ é o ato
administrativo que o Poder Executivo utiliza, visando identificar e individualizar o contribuinte ou
o devedor e os respectivos valores, espécies e vencimentos.” Assinale a alternativa que completa
corretamente a afirmativa anterior.
a) previsão
b) lançamento
c) arrecadação
d) recolhimento
COMENTÁRIOS: As etapas da receita seguem a ordem de ocorrência dos fenômenos econômicos,
levando-se em consideração o modelo de orçamento existente no País. Dessa forma, a ordem
sistemática inicia-se com a etapa de previsão e termina com a de recolhimento.

ETAPAS DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA


PLANEJAMENTO PREVISÃO
LANÇAMENTO
EXECUÇÃO ARRECADAÇÃO
RECOLHIMENTO

O art. 53 da Lei nº 4.320/1964, define o lançamento como ato da repartição competente, que verifica a
procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta. Por sua vez, para o
art. 142 do CTN, lançamento é o procedimento administrativo que verifica a ocorrência do fato gerador
da obrigação correspondente, determina a matéria tributável, calcula o montante do tributo devido,
identifica o sujeito passivo e, sendo o caso, propõe a aplicação da penalidade cabível. Uma vez ocorrido
o fato gerador, procede-se ao registro contábil do crédito tributário em favor da fazenda pública em
contrapartida a uma variação patrimonial aumentativa. Observa-se que, segundo o disposto nos arts.
142 a 150 do CTN, a etapa de lançamento situa-se no contexto de constituição do crédito tributário, ou
seja, aplica-se a impostos, taxas e contribuições de melhoria. Além disso, de acordo com o art. 52 da Lei
nº 4.320/1964, são objeto de lançamento as rendas com vencimento determinado em lei, regulamento
ou contrato. Conforme o CTN, o lançamento é o procedimento administrativo que verifica a
ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determina a matéria tributável, calcula
o montante do tributo devido, identifica o sujeito passivo e, sendo o caso, propõe a aplicação da
penalidade cabível.

GABARITO: B

9. CLASSIFICAÇÃO DE GASTOS PÚBLICOS.

56. IDECAN 2016 URFN (CONTADOR)


Conforme Rosa (2013), “no novo modelo de classificação da despesa por programas, instituído pela
Portaria/SOF 42/1999, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios estabelecerão, em atos
próprios, suas estruturas de programas, códigos e identificação, respeitados os conceitos e
determinações dessa norma”. De acordo com a Portaria/SOF 42/1999 e as LDO editadas anualmente,
assinale a alternativa INCORRETA.
a) Programa: instrumento de organização da ação governamental visando à concretização dos
objetivos pretendidos, sendo mensurado por indicadores estabelecidos no plano plurianual.
b) Operação especial: despesas que contribuem para a manutenção, expansão ou aperfeiçoamento
das ações de governo federal, das quais resulta um produto, e geram contraprestação direta sob a forma
de bens ou serviços.
c) Projeto: instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um
conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão
ou o aperfeiçoamento da ação de governo.
d) Atividade: instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo
um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um
produto necessário à manutenção da ação de governo.

Comentários: O programa é o instrumento de organização da atuação governamental que articula um


conjunto de ações que concorrem para a concretização de um objetivo comum preestabelecido, visando
à solução de um problema ou ao atendimento de determinada necessidade ou demanda da sociedade
(item A). Vejamos agora as definições de projeto, atividade e operações especiais, segundo a doutrina e
a Portaria 42/99:
É um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa,
envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que
PROJETO

concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de Governo. Exemplo: “Implantação da


rede nacional de bancos de leite humano”. Além disso, A execução orçamentária de um projeto,
no âmbito da administração pública, requer que o projeto tenha saldo de dotação disponível.
É um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa,
ATIVIDADE

envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das


quais resulta um produto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo. Exemplo:
“Fiscalização e Monitoramento das Operadoras de Planos e Seguros Privados de Assistência à
Saúde”.
Despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das ações
de governo, das quais não resulta um produto, e não gera contraprestação direta sob a
OPERAÇÕES

forma de bens ou serviços (ERRO DO ITEM B). Em grande medida, as operações especiais
ESPECIAIS

estão associadas aos programas do tipo Operações Especiais, os quais constarão apenas do
orçamento, não integrando o PPA. Essa definição busca suprir a lacuna existente na classificação
de despesas e encargos que não se relacionam com entregas à sociedade.

GABARITO: B

57. IDECAN 2015 PREFEITURA DE RIO NOVO DO SUL - ES (AUXILIAR ADMINISTRATIVO)


“Com referência ao tipo de empenho nas despesas públicas, a conta de energia elétrica será considerada
como empenho _______________.” Assinale a alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior.
a) global
b) ordinário
c) subempenho
d) por estimativa

COMENTÁRIOS: Empenho, segundo o art. 58 da Lei nº 4.320/1964, é o ato emanado de autoridade


competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de
condição. Consiste na reserva de dotação orçamentária para um fim específico.Os empenhos podem ser
classificados em:

ORDINÁRIO É o tipo de empenho utilizado para as despesas de valor fixo e previamente


determinado, cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez
ESTIMATIVO É o tipo de empenho utilizado para as despesas cujo montante não se pode determinar
previamente, tais como serviços de fornecimento de água e energia elétrica, aquisição
de combustíveis e lubrificantes e outros
GLOBAL É o tipo de empenho utilizado para despesas contratuais ou outras de valor
determinado, sujeitas a parcelamento, como, por exemplo, os compromissos
decorrentes de aluguéis

GABARITO: D
58. IDECAN 2015 PREFEITURA DE RIO NOVO DO SUL - ES (AUXILIAR ADMINISTRATIVO)
Com referência à classificação econômica das despesas orçamentárias, analise.
I. Pessoal e encargos sociais.
II. Investimentos.
III. Inversões financeiras.
IV. Juros e encargos da dívida.
V. Amortizações da dívida.

São considerados como despesas correntes apenas os itens


a) I e IV.
b) III e IV.
c) I, III e IV.
d) II, IV e V.

COMENTÁRIOS: Os arts. 12 e 13 da Lei nº 4.320/1964, tratam da classificação da despesa orçamentária


por categoria econômica e elementos.De acordo com o art. 5º da Portaria Interministerial STN/SOF nº
163/2001, a estrutura da natureza da despesa a ser observada na execução orçamentária de todas as
esferas de governo será:
C REPRESENTA A CATEGORIA ECONÔMICA
G GRUPO DE NATUREZA DA DESPESA
M MODALIDADE DE APLICAÇÃO
E ELEMENTO DE DESPESA
D DESDOBRAMENTO, FACULTATIVO, DO ELEMENTO DE DESPESA

Com relação ao Grupo de Natureza da despesa, este é um agregador de elementos de despesa


orçamentária com as mesmas características quanto ao objeto de gasto, conforme discriminado a
seguir:

CÓDIGO GRUPO DE NATUREZA DA DESPESA


1 PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS
2 JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA CORRENTE
3 OUTRAS DESPESAS CORRENTES
4 INVESTIMENTOS
5 INVERSÕES FINANCEIRAS CAPITAL
6 AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA

GABARITO: A
59. IDECAN 2014 DETRAN-RO (ADMINISTRADOR)
“Instrumento de organização da ação governamental visando à concretização dos objetivos pretendidos,
sendo mensurado por indicadores estabelecidos no plano plurianual.”
É correto afirmar que o conceito traduz a categoria de classificação denominada
a) projeto.
b) atividade.
c) programa.
d) operações especiais.
e) operações extraordinárias.

COMENTÁRIOS: programa é o instrumento de organização da atuação governamental que articula um


conjunto de ações que concorrem para a concretização de um objetivo comum preestabelecido, visando
à solução de um problema ou ao atendimento de determinada necessidade ou demanda da sociedade.
Ainda segundo a Portaria do MPOG 42/99, é o instrumento de organização da ação governamental
visando à concretização dosobjetivos pretendidos, sendo mensurado por indicadores estabelecidos no
plano plurianual.

GABARITO: C

60. IDECAN 2014 DETRAN-RO (ADMINISTRADOR)


A classificação econômica da despesa orçamentária é dividida em duas categorias. O grupo de despesa
está corretamente relacionado em despesa
a) corrente e investimentos.
b) de capital e encargos sociais.
c) corrente e amortização da dívida.
d) de capital e inversões financeiras.
e) de capital e juros e encargos da dívida.

COMENTÁRIOS: Os arts. 12 e 13 da Lei nº 4.320/1964, tratam da classificação da despesa orçamentária


por categoria econômica e elementos.De acordo com o art. 5º da Portaria Interministerial STN/SOF nº
163/2001, a estrutura da natureza da despesa a ser observada na execução orçamentária de todas as
esferas de governo será:
C REPRESENTA A CATEGORIA ECONÔMICA

G GRUPO DE NATUREZA DA DESPESA


M MODALIDADE DE APLICAÇÃO
E ELEMENTO DE DESPESA
D DESDOBRAMENTO, FACULTATIVO, DO ELEMENTO DE DESPESA

Com relação ao Grupo de Natureza da despesa, este é um agregador de elementos de despesa


orçamentária com as mesmas características quanto ao objeto de gasto, conforme discriminado a
seguir:
CÓDIGO GRUPO DE NATUREZA DA DESPESA
1 PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS
2 JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA CORRENTE
3 OUTRAS DESPESAS CORRENTES
4 INVESTIMENTOS
5 INVERSÕES FINANCEIRAS CAPITAL
6 AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA
GABARITO: D

61. IDECAN 2014 DETRAN-RO (ADMINISTRADOR)


A despesa com “juros e encargos da dívida” NÃO inclui as despesas orçamentárias com o pagamento de
a) encargos da dívida pública mobiliária.
b) encargos de operações de crédito externas.
c) atualização monetária da dívida pública interna.
d) juros decorrentes de operações de crédito internas.
e) comissões decorrentes de operações de crédito internas.

COMENTÁRIOS: Conforme o MTO 2020, os juros e encargos da dívida são despesas orçamentárias com
o pagamento de juros, comissões e outros encargos de operações de crédito internas eexternas
contratadas, bem como da dívida pública mobiliária. Ressalto que tal definição estava presente no MTO
à epoca da questão, também.

JUROS PAGAMENTO DE JUROS


E COMISSÕES
ENCARGOS OUTROS ENCARGOS DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO INTERNAS
DA DÍVIDA OUTROS ENCARGOS DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO EXTERNAS
OUTROS ENCARGOS DA DÍVIDA PÚBLICA MOBILIÁRIA

Cuidado com esse detalhe, pois essa questão foi maldosa e difícil.

AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA: Despesas orçamentárias com o pagamento e/ou refinanciamento do


principal e da atualização monetária ou cambial da dívida pública interna e externa, contratual ou
mobiliária. (AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA É DESPESA DE CAPITAL!)
CÓDIGO GRUPO DE NATUREZA DA DESPESA
1 PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS
2 JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA CORRENTE
3 OUTRAS DESPESAS CORRENTES
4 INVESTIMENTOS
5 INVERSÕES FINANCEIRAS CAPITAL
6 AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA

GABARITO: C

62. IDECAN 2014 DETRAN-RO (ADMINISTRADOR)


“Dotações para planejamento e execução de obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis
considerados necessários à realização de execução de obras, bem como para os programas especiais de
trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material permanente e constituição ou aumento do
capital de empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro.” Nos termos da Lei nº 4.320/64,
o conceito refere-se a
a) investimentos.
b) subvenções sociais.
c) inversões financeiras.
d) subvenções econômicas.
e) transferências correntes.

COMENTÁRIOS: Conforme o MTO 2019, Investimentos são despesas orçamentárias com softwares e
com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados
necessários à realização destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material
permanente. Conforme a Lei nº 4320/64, classificam-se como investimentos as dotações para o
planejamento e a execução de obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados
necessários à realização destas últimas, bem como para os programas especiais de trabalho, aquisição
de instalações, equipamentos e material permanente e constituição ou aumento do capital de emprêsas
que não sejam de caráter comercial ou financeiro.

GABARITO: A

63. IDECAN 2014 DETRAN-RO (ADMINISTRADOR)


Nos termos da Lei nº 4.320/64, quanto ao tributo, é INCORRETO afirmar que
a) é compulsório.
b) é receita derivada.
c) pode ser uma taxa.
d) pode ser um imposto.
e) pode ser um preço público.
COMENTÁRIOS: Questãozinha boa! Segundo a Lei nº 4320/64 (art. 9º), tributo é a receita derivada
instituída pelas entidades de direito publico, compreendendo os impostos, as taxas e contribuições nos
termos da constituição e das leis vigentes em matéria financeira, destinado-se o seu produto ao custeio
de atividades gerais ou especificas exercidas por essas entidades.A distinção entre taxa e preço público,
também chamado de tarifa, está descrita na Súmula nº 545 do Supremo Tribunal Federal (STF): “Preços
de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são
compulsórias e têm sua cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que
a instituiu”. Assim, conforme afirmado anteriormente, preço público (ou tarifa) decorre da utilização de
serviços públicos facultativos (portanto, não compulsórios) que a Administração Pública, de forma
direta ou por delegação para concessionária ou permissionária, coloca à disposição da população, que
poderá escolher se os contrata ou não. São serviços prestados em decorrência de uma relação contratual
regida pelo direito privado.

GABARITO: E

64. IDECAN 2014 DETRAN-RO (AGENTE ADMINISTRATIVO)


“Para apurar o resultado econômico e medir a rentabilidade das operações,a Contabilidade adota
oregime de _______________.A Administração financeira para planejar e controlar as necessidades e sobras
de caixa e apurar o resultado financeiro (superávit ou déficit de caixa)adota o regime de _____________.”

Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior.


a) caixa / financeiro
b) caixa / competência
c) competência / caixa
d) financeiro / competência
e) competência / financeiro

COMENTÁRIOS: Segundo ensinamentos de Masakazu Hoji, a rentabilidade é a medida do resultado


econômico (lucro ou prejuízo) gerado por capital investido. A CONTABILIDADE ADOTA O REGIME DE
COMPETÊNCIA para apurar o resultado econômico e medir a rentabilidade das operações.
Basicamente, por esse regime, as receitas são reconhecidas no momento da venda, e a despesas, quando
incorridas. A liquidez é a capacidade de pagar compromissos financeiros no curto prazo. Em sentido
duplo, a liquidez é relacionada com as disponibilidades mais os direitos e bens realizáveis no curto
prazo. Em sentido restrito, a liquidez é relacionada somente com as disponibilidades. A
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ADOTA O REGIME DE CAIXA PARA PLANEJAR E CONTROLAR AS
NECESSIDADES E SOBRAS DE CAIXA E APURAR O RESULTADO FINANCEIRO (SUPERÁVIT OU
DÉFICIT DE CAIXA). Basicamente, pelo regime de caixa as receitas são reconhecidas no momento do
efetivo recebimento, e as despesas no momento do efetivo pagamento.

GABARITO: C
65. IDECAN 2014 DETRAN-RO (AGENTE ADMINISTRATIVO)
A classificação institucional agrupa as despesas conforme as instituições autorizadas a realizá-las,
relacionando osórgãos da administração pública direta ou indireta responsáveis pela dotação aprovada.
São consideradas vantagens dessa classificação institucional, EXCETO:

a) Refere-se ao ponto de partida para a contabilização de custos dos vários serviços.


b) Permite identificar a unidade responsável pela execução das despesas de determinado programa.
c) Permite comparação entre os diversos órgãos, quanto ao volume de despesa
autorizada/executada.
d) Combinada com a Classificação Funcional e com a Estrutura Programática, focaliza em detalhes a
responsabilidade pela execução do programa.
e) Tende a gerar rivalidades entre as diferentes instituições na obtenção de recursos quando da
preparação do orçamento e da sua aprovação pelo Legislativo.

COMENTÁRIOS: Aaaaah, uma questão digna! Sempre imaginei que a CESPE ia começar a cobrar essas
vantagens e desvantagens da classificação insititucional, mas a IDECAN também descrobriu a mina que
poucos estudam. A classificação institucional (também chamada de DEPARTAMENTAL) é
provavelmente a mais antiga classificação: reflete a estrutura de alocação dos créditos orçamentários e
está estruturada em dois níveis hierárquicos (duas categorias): órgão orçamentário e unidade
orçamentária. Sua principal finalidade é evidenciar as unidades administrativas responsáveis pela
execução das despesas, os órgãos e unidades que gastam o dinheiro público conforme a programação
orçamentária.Os órgãos orçamentários têm sentido de órgãos do governo ou unidades administrativas,
isto é, podem corresponder a agrupamentos de unidades orçamentárias. As dotações são consignadas às
unidades orçamentárias, responsáveis pela realização das ações, enquanto que as unidades
orçamentárias compreendem repartições dos órgãos ou agrupamento de serviços que se subordinam a
determinado órgçao. Constitui unidade orçamentária o agrupamento de serviços subordinados ao
mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas dotações próprias (art. 14 da Lei nº 4.320/1964).
Quem realmente recebe dotação orçamentária da LOA é a unidade orçamentária. Após o advento da
classificação funcional e programática, as unidades orçamentárias assumiram papel de unidades
executoras de projetos e/ou atividades. Teixeira Machado e Heraldo Reis ajudam a esclarecer tais
diferenças ao considerar que cada unidade orçamentária deve ser responsável pelo planejamento e
execução de projetos e atividades; e deve ter competência para autoriza/empenhar despesas. Assim, a
unidade orçamentária é um centro de competência e pode executar o planejamento, a elaboração e
execução orçamentária e controles.Com relação às vantagens e desvantagens, vejamos o esquema a
seguir, seguindo os ensinamentos de James Giacomoni:
GABARITO: E

66. IDECAN 2014 DETRAN-RO (AGENTE ADMINISTRATIVO)


Uma Prefeitura construirá uma escola para abertura de 300 vagas no ensino fundamental. Essa despesa
será classifica
a) capital.
b) corrente.
c) empenho.
d) financeira.
e) investimento.

COMENTÁRIOS: A despesa orçamentária, assim como a receita orçamentária, é classificada em duas


categorias econômicas e sua principal finalidade é dar indicações sobre os efeitos que o gasto público tem
sobre toda a economia do país e apresenta os seguintes códigos:
Classificam-se nessa categoria todas as despesas que não contribuem, diretamente, para a
DESPESAS formação ou aquisição de um bem de capital. Conforme giacomoni (2017), possibilitam
CORRENTES determiner a participação do setor público no consume geral do país.

DESPESAS DE Classificam-se nessa categoria aquelas despesas que contribuem, diretamente, para a
CAPITAL formação ou aquisição de um bem de capital. Cuidado com a diferença entre os itens que
compõem as despesas correntes para a lei 4320/64 e para o que diz o mto e mcasp.

GABARITO: A

67. IDECAN 2014 DETRAN-RO (AGENTE ADMINISTRATIVO)


Considerando uma despesa contratual, onde mensalmente registra-se opagamento do valor relativo à
utilização de um imóvel alugado. Em tal situação, o empenho é classificado como
a) global.
b) por estimativa.
c) ordinário ou normal.
d) subempenho ordinário.
e) subempenho por estimativa.

COMENTÁRIOS: Empenho, segundo o art. 58 da Lei nº 4.320/1964, é o ato emanado de autoridade


competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de
condição. Consiste na reserva de dotação orçamentária para um fim específico.Os empenhos podem ser
classificados em:

ORDINÁRIO é o tipo de empenho utilizado para as despesas de valor fixo e previamente determinado,
cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez
ESTIMATIVO é o tipo de empenho utilizado para as despesas cujo montante não se pode determinar
previamente, tais como serviços de fornecimento de água e energia elétrica, aquisição de
combustíveis e lubrificantes e outros
GLOBAL é o tipo de empenho utilizado para despesas contratuais ou outras de valor determinado,
sujeitas a parcelamento, como, por exemplo, os compromissos decorrentes de aluguéis

GABARITO: A

68. IDECAN 2014 DETRAN-RO (AGENTE ADMINISTRATIVO)


Os desembolsos extraorçamentários representam saídas dos cofres públicos não previstos no orçamento
e correspondem a fatos de natureza financeira, decorrentes da própria gestão pública. NÃO corresponde
a uma despesa extraorçamentária:
a) Pagamento de consignações.
b) Devolução de depósitos judiciais.
c) Devolução de depósitos em caução.
d) Despesas de pessoal e encargos sociais.
e) Devolução de depósitos para quem de direito.

COMENTÁRIOS: Os pagamentos Extraorçamentários compreendem os pagamentos que não precisam se


submeter ao processo de execuçãoorçamentária, por exemplo:relativos a obrigações que representaram
ingressos extraorçamentárias (ex. devolução dedepósitos); restos a pagar inscritos em exercícios
anteriores e pagos no exercício; devolução de depósitos judiciais, pagamento de consignações, devolução
de cauções e outras devoluções relativas a entradas compensatórias. Já as despesas de pessoal e encargos
sociais são despesas de custeio.
Vejamos a dica abaixo para memorização:
‘’ O PESSOAL CONSOME OS ENCARGOS DE TERCEIRO”
Pessoal: Civil e Militar Material de Consumo Encargos diversos Serviços de Terceiro

GABARITO: D
69. IDECAN 2014 AGU (ADMINISTRADOR)
A despesa que é classificada na função saúde, na categoria econômica corrente e no grupo outras
despesas correntes, simultaneamente, é
a) salários dos médicos do hospital público.
b) serviços de limpeza dos hospitais públicos.
c) obrigações patronais de postos de saúde públicos.
d) aquisição de ambulâncias para o serviço móvel de urgência.
e) construção de unidades de atendimentos ambulatoriais públicos

COMENTÁRIOS: Os serviços de limpeza dos hospitais públicos, de acordo com a Portaria Interministerial
nº 163/2000, está classificada em "Outras despesas correntes – grupo 3", que são despesas
orçamentárias com aquisição de material de consumo, pagamento de diárias,contribuições, subvenções,
auxílio-alimentação, auxílio-transporte, além de outras despesas da categoria econômica "Despesas
Correntes" não classificáveis nos demais grupos de natureza de despesa.

CÓDIGO GRUPO DE NATUREZA DA DESPESA


1 PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS
2 JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA
3 OUTRAS DESPESAS CORRENTES
4 INVESTIMENTOS
5 INVERSÕES FINANCEIRAS
6 AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA
Com relação aos demais itens, vejamos:

a) salários dos médicos do hospital público – DESPESAS CORRENTES – Grupo 1


c) obrigações patronais de postos de saúde públicos - DESPESAS CORRENTES – Grupo 1
d) aquisição de ambulâncias para o serviço móvel de urgência – INVESTIMENTOS (CAPITAL)
e) construção de unidades de atendimentos ambulatoriais públicos – INVESTIMENTOS (CAPITAL)

GABARITO: B

70. IDECAN 2010 PREFEITUEA DE IPATINGA - MG (CONTADOR)


As despesas empenhadas, pendentes de pagamento na data de encerramento do exercício financeiro,
inscritas contabilmente como obrigações a pagar no exercício subsequente, referem-se ao conceito de:
a) Suprimentos de fundos.
b) Restos a pagar.
c) Despesas reservadas, mas não liquidadas até 31/12.
d) Recursos que a administração receberá até 31/12 do ano seguinte.
e) Despesas liquidadas, mas não empenhadas
COMENTÁRIOS: Assunto não tanto cobrado pela banca, mas pode cair, mesmo que não esteja previsto o
tópico “restos a pagar”, pois trata-se de classificação dos gatos públicos. . O conceito de Restos a Pagar
encontra-se expresso no art. 36 da Lei Nº 4.320/1964 como as despesas empenhadas, mas não pagas até
o dia 31 de dezembro. São Restos a Pagar todas as despesas regularmente empenhadas, do exercício
atual ou anterior, mas não pagas ou canceladas até 31 de dezembro do exercício financeiro vigente.
Distingue-se dois tipos de restos a pagar: os processados (despesas já liquidadas); e os não processados
(despesas a liquidar ou em liquidação). A continuidade dos estágios de execução dessas despesas
ocorrerá no próximo exercício, devendo ser controlados em contas de natureza de informação
orçamentária específicas.

GABARITO: B

71. IDECAN 2017 MS (CONTADOR)


“De acordo com a Lei nº 4.320/64, empenho é o ato emanado de autoridade competente que cria para o
Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição. A modalidade de empenho
que é emitido, por exemplo, para a compra de artigos de escritório e a contratação de serviços de
terceiros, sendo acordado que seu pagamento será realizado em uma única parcela de valor indivisível, é
classificado como empenho ________________.” Assinale a alternativa que completa corretamente a
afirmativa anterior.
a) parcial
b) global
c) universal
d) ordinário
e) estimativa

COMENTÁRIOS: Os empenhos podem ser classificados em:

ORDINÁRIO É O TIPO DE EMPENHO UTILIZADO PARA AS DESPESAS DE VALOR FIXO E


PREVIAMENTE DETERMINADO, CUJO PAGAMENTO DEVA OCORRER DE UMA SÓ VEZ
ESTIMATIVO É O TIPO DE EMPENHO UTILIZADO PARA AS DESPESAS CUJO MONTANTE NÃO SE
PODE DETERMINAR PREVIAMENTE, TAIS COMO SERVIÇOS DE FORNECIMENTO DE
ÁGUA E ENERGIA ELÉTRICA, AQUISIÇÃO DE COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES E
OUTROS
GLOBAL É O TIPO DE EMPENHO UTILIZADO PARA DESPESAS CONTRATUAIS OU OUTRAS DE
VALOR DETERMINADO, SUJEITAS A PARCELAMENTO, COMO, POR EXEMPLO, OS
COMPROMISSOS DECORRENTES DE ALUGUÉIS

GABARITO: D

72. IDECAN 2016 UFPB (TECNÓLOGO)


Em relação às Despesas Públicas, é INCORRETO afirmar que
A. classificam-se como Despesas de Custeio as dotações para manutenção de serviços anteriormente
criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis.
B. classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destinadas à construção de imóveis e à
aquisição de títulos representativos do capital de empresas quando a operação importar em aumento do
capital.
C. classificam-se como Transferências Correntes as dotações para despesas as quais não corresponda
contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a
atender à manifestação de outras entidades de direito público ou privado.
D. classificam-se como investimentos as dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive as
destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, bem como para
os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material permanente e
constituição ou aumento do capital de empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro.

COMENTÁRIOS: Questão típica da Lei nº 4320/64. Letra de lei, povo, temos que recorrer diretamente à
ela para justificar os erros. Vejamos:
A. CERTA
Art. 12, § 1º Classificam-se como Despesas de Custeio as dotações para manutenção de serviços
anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens
imóveis.
B. ERRADA
Inversões são Despesas orçamentárias com a AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS OU BENS DE CAPITAL JÁ EM
UTILIZAÇÃO; aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer
espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; e com a constituição ou
aumento do capital de empresas, além de outras despesas classificáveis neste grupo. Abaixo segue uma
tabelinha para que vocês memorizem e diferenciem investimentos de inversões.
AQUISIÇÃO DE TÍTULOS QUE CONSTITUIÇÃO/AUMENTO DE CAPITAL DE
NÃO IUMPORTEM AUMENTO DE EMPRESAS
CAPITAL
COM CARÁTER INVERSÃO FINANCEIRA INVERSÃO FINANCEIRA
COMERCIAL OU
FINANCEIRO
SEM CARÁTER INVERSÃO FINANCEIRA INVESTIMENTOS
COMERCIAL OU
FINANCEIRO

C. CERTA
Art. 12, § 2º Classificam-se como Transferências Correntes as dotações para despesas as quais não
corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções
destinadas a atender à manutenção de outras entidades de direito público ou privado.

D. CERTA
Art. 12, § 4º Classificam-se como investimentos as dotações para o planejamento e a execução de obras,
inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, bem
como para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material
permanente e constituição ou aumento do capital de empresas que não sejam de caráter comercial ou
financeiro.
GABARITO: B
73. IDECAN 2017 CÂMARA MUNICIPAL DE NATIVIDADE/RJ (CONTADOR)
A despesa pública é o conjunto de dispêndios realizados pelos entes públicos para custear os serviços
públicos prestados à sociedade ou para a realização de investimentos. Para que ela possa ser executada,
o gestor precisa obedecer a premissas legais que norteiam a Administração Pública. Qual o principal
requisito para que uma despesa pública possa ser fixada e executada?
A) Regularidade fiscal.
B) Processo licitatório.
C) Autorização legislativa.
D) Disponibilidade de Caixa.

COMENTÁRIOS: A despesa pública corresponde a "despender recursos". Nenhuma despesa pública


poderá ser realizada se não for autorizada pela LOA ou mediante créditos adicionais; nenhum programa
ou projeto pode ser iniciado se não estiver incluído na LOA, assim, necessita-se de autorização legislativa.
Logo, toda despesa pública deve necessariamente constar no orçamento anual (ou em Créditos
Adicionais) para receber a competente autorização legislativa que permita a sua execução. As de médio e
grande valor devem constar especificamente, enquanto as de pequeno valor encontram-se autorizadas
"de forma genérica" dentro do programa de trabalho correspondente.

GABARITO: C

74. IDECAN 2016 - UERN (CONTADOR)


“Um órgão da administração direta realiza a abertura de crédito adicional especial ao orçamento vigente
para atender a despesa não prevista anteriormente. Ocorre que a autorização legislativa e a promulgação
ocorrem no penúltimo mês do exercício.”
Considerando que o órgão ainda não utilizou os recursos deste crédito, ao final do exercício, o setor de
contabilidade deverá:
a) Inscrever o crédito em restos a pagar.
b) Abrir um novo crédito, desta vez, suplementar.
c) Cancelar o crédito e a assunção da despesa respectiva.
d) Incorporar o crédito ao novo orçamento nos limites do seu saldo.
COMENTÁRIOS: Com relação ao período de vigência, se for promulgado nos últimos quatro meses do
exercício, poderá ser reaberto no exercício financeiro seguinte, se houver saldo (art. 45 da Lei no
4.320/1964). O art. 167, § 2º, da CF/1988 é mais claro ao trazer em seu texto que os créditos especiais e
extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de
autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos
limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente. Atenção!!!
A data que vale para a reabertura é a da promulgação. Portanto, um crédito especial aprovado em
25 de agosto e promulgado em 1º de setembro poderá ser reaberto no exercício seguinte, mesmo
tendo sido aprovado há mais de quatro meses do final do exercício.

GABARITO:D
75. IDECAN 2013 - COREN (MA) - CONTADOR
Uma entidade do setor público apresentou, ao final do exercício financeiro em suas demonstrações
contábeis, uma arrecadação de R$2.500.000,00, que ultrapassou em R$200.000,00 as despesas fixadas
para o mesmo exercício. Considerando a diferença entre as receitas e despesas, é correto afirmar que foi
apurado.
a) superávit fiscal.
b) superávit primário.
c) superávit orçamentário.
d) excesso de arrecadação.
e) resultado primário positivo.

COMENTÁRIOS: O princípio do equilíbrio está consagrado no art. 4º, inciso I, alínea a, da LRF que
determina que a LDO disporá sobre o equilíbrio entre receita e despesa. Ele estabelece que a despesa
fixada não pode ser superior à receita prevista, ou seja, deve ser igual à receita prevista. A finalidade
desse princípio é deter o crescimento desordenado dos gastos governamentais e impedir o déficit
orçamentário. Praticamente em todos os anos esse princípio é apenas formalmente atendido nas LOA's,
visto que o "equilíbrio" é mantido com as operações de crédito nele contidas e autorizadas - que são na
verdade empréstimos que escondem o déficit existente. O princípio do equilíbrio é aferido no
momento da aprovação do orçamento, e não durante sua execução. Durante a execução o equilíbrio
será perseguido, mas não será exato porque a execução comporta variações envolvendo receitas e
despesas. Esse princípio orçamentário com assento constitucional e comumente indicado pela doutrina é,
em uma de suas acepções correntes, conhecido como “regra de ouro”, uma vez que veda a realização de
operações de crédito que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas
mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo
por maioria absoluta.
Não confunda isso com o Superávit da Execução Orçamentária, que é quando a soma das receitas
arrecadadas é maior que a das despesas orçamentárias Executadas.
GABARITO: C

76. IDECAN 2016 PREFEITURA DE NATAL - RN (CONTADOR)

“Uma prefeitura possui um imóvel alugado por $ 450,00 mensais, utilizado para o desenvolvimento de
atividades de sua creche. Esse gasto público é classificado como empenho ________________.” Assinale a
alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior.

a) global

b) normal

c) ordinário

d) por estimativa
Comentários: Empenho, segundo o art. 58 da Lei nº 4.320/1964, é o ato emanado de autoridade
competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de
condição. Consiste na reserva de dotação orçamentária para um fim específico. Os empenhos podem ser
classificados em:

ORDINÁRIO É o tipo de empenho utilizado para as despesas de valor fixo e previamente


determinado, cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez
ESTIMATIVO É o tipo de empenho utilizado para as despesas cujo montante não se pode determinar
previamente, tais como serviços de fornecimento de água e energia elétrica, aquisição
de combustíveis e lubrificantes e outros
GLOBAL É o tipo de empenho utilizado para despesas contratuais ou outras de valor
determinado, sujeitas a parcelamento, como, por exemplo, os compromissos
decorrentes de aluguéis

GABARITO: A

77. IDECAN 2015 INMETRO ANALISTA EXECUTIVO EM METROLOGIA E QUALIDADE - CIÊNCIAS


CONTÁBEIS

“Fase de verificação do direito adquirido pelo credor ou implemento de condição, com base nos títulos ou
na documentação hábil e importância exata a pagar do respectivo crédito.”

(Andrade, 2013.)

O conceito apresentado refere‐se ao estágio da despesa denominado

a) fixação.

b) licitação.

c) empenho.

d) liquidação.

e) pagamento.

COMENTÁRIOS: Inicialmente cabe destacar que os termos "etapas" e "estágios", quando relacionados
com as despesas públicas, não são tratados como sinônimos. O Manual da Despesa Nacional afirma que
as etapas da despesa orçamentária são três. Os estágios, por sua vez, fazem parte da etapa de execução e,
conforme a LEI Nº 4.320/64, INCLUEM O EMPENHO, A LIQUIDAÇÃO E O PAGAMENTO. No entanto,
JUND (2008) afirma que a doutrina majoritária inclui a Fixação da despesa como sendo um dos estágios.
Vejamos o seguinte, para fixar de vez essa pequena diferença que derruba muitos candidatos:
Conforme dispõe o art. 63 da Lei nº 4.320/1964, a liquidação consiste na verificação do direito adquirido
pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito e tem por
objetivo apurar:

A origem e o objeto do que se deve pagar


A importância exata a pagar
A quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação

GABARITO: D

TIPOS DE CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS.

78. IDECAN 2016 URFN (CONTADOR)


“Um órgão da administração direta realiza a abertura de crédito adicional especial ao orçamento vigente
para atender a despesa não prevista anteriormente. Ocorre que a autorização legislativa e a promulgação
ocorrem no penúltimo mês do exercício.” Considerando que o órgão ainda não utilizou os recursos deste
crédito, ao final do exercício, o setor de contabilidade deverá:
a) Inscrever o crédito em restos a pagar.
b) Abrir um novo crédito, desta vez, suplementar.
c) Cancelar o crédito e a assunção da despesa respectiva.
d) Incorporar o crédito ao novo orçamento nos limites do seu saldo.

COMENTÁRIOS: Com relação ao período de vigência, se for promulgado nos últimos quatro meses do
exercício, poderá ser reaberto no exercício financeiro seguinte, se houver saldo (art. 45 da Lei no
4.320/1964). O art. 167, § 2º, da CF/1988 é mais claro:
“Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados,
salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que,
reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente”.
Atenção: a data que vale para a reabertura é a da promulgação. Portanto, um crédito especial aprovado
em 25 de agosto e promulgado em 1º de setembro poderá ser reaberto no exercício seguinte, mesmo
tendo sido aprovado há mais de quatro meses do final do exercício.

GABARITO: D

79. IDECAN 2014 COLÉGIO PEDRO II (TÉCNICO EM CONTABILIDADE)


Na Administração Pública, o atendimento a despesas não computadas ou insuficientemente dotadas no
Orçamento tem sua execução autorizada por créditos adicionais. Com base nos créditos adicionais,
marque V paras as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) Os créditos adicionais suplementares, especiais e extraordinários só poderão ser abertos mediante lei.
( ) A lei orçamentária, normalmente, já autoriza o Executivo a abrir crédito adicional suplementar até
certos limites e condições.
( ) Crédito adicional extraordinário é o destinado a atender despesas imprevisíveis e urgentes, como as
decorrentes de calamidade pública, por exemplo.
( ) Medida provisória é um instrumento normativo pelo qual poderão ser abertos créditos adicionais
especiais.

A sequência está correta em


a) V, V, V, F.
b) V, V, F, V.
c) F, V, V, F.
d) F, F, V, V.
e) F, F, F, V.

COMENTÁRIOS: Por crédito orçamentário inicial ou ordinário entende-se aquele aprovado pela lei
orçamentária anual, constante dos orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimento das
empresas estatais. A LOA é organizada na forma de créditos orçamentários, aos quais estão consignadas
dotações. O crédito orçamentário é constituído pelo conjunto de categorias classificatórias e contas que
especificam as ações e operações autorizadas pela lei orçamentária, a fim de que sejam executados os
programas de trabalho do Governo, enquanto a dotação é o montante de recursos financeiros com que
conta o crédito orçamentário. Assim, o crédito orçamentário é portador de uma dotação e esta constitui o
limite de recurso financeiro autorizado. Durante a execução do orçamento, as dotações inicialmente
aprovadas na LOA podem revelar-se insuficientes para realização dos programas de trabalho, ou pode
ocorrer a necessidade de realização de despesa não autorizada inicialmente. Assim, a LOA poderá ser
alterada no decorrer da sua execução por meio de créditos adicionais, que são autorizações de despesa
não computadas ou insuficientemente dotadas na LOA. É a forma de modificar a Lei Orçamentária
originalmente aprovada, a fim de adequá-la à real necessidade de execução. Os créditos adicionais são
classificados em:

Destinados a reforço de dotação orçamentária. A loa poderá conter autorização para abertura de
SUPLEMENTARES

créditos suplementares, limitados a determinado valor ou percentual, sem a necessidade de


submissão ao poder legislativo. Os créditos suplementares terão vigência no exercício em que
forem abertos

Destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica, devendo ser
EXTRAORDINÁRIOS ESPECIAIS

autorizados por lei. Os créditos especiais não poderão ter vigência além do exercício em que
forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses
daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites dos seus saldos, serão incorporados ao
orçamento do exercício financeiro subsequente
Destinados a despesas urgentes e imprevisíveis, como as decorrentes de guerra, comoção interna
ou calamidade pública, conforme art. 167 da cf. Na união, serão abertos por medida provisória. Os
créditos extraordinários não poderão ter vigência além do exercício em que forem autorizados,
salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso
em que, reabertos nos limites dos seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício
financeiro subsequente

Visto isso, vamos agora analisar item a item:


(F) Os créditos adicionais suplementares, especiais e extraordinários só poderão ser abertos mediante
lei. Autorizados por lei e abertos por decreto → Suplementares e especiais
(V) A lei orçamentária, normalmente, já autoriza o Executivo a abrir crédito adicional suplementar até
certos limites e condições.
(V) Crédito adicional extraordinário é o destinado a atender despesas imprevisíveis e urgentes, como as
decorrentes de calamidade pública, por exemplo.
(F) Medida provisória é um instrumento normativo pelo qual poderão ser abertos créditos adicionais
especiais. Extraordinários

GABARITO: C

80. IDECAN 2016 UFPB (TECNÓLOGO)


A respeito de créditos adicionais, assinale a afirmativa INCORRETA.
A. Entende-se por créditos adicionais suplementares os créditos destinados ao reforço de dotação
orçamentária.
B. Entende-se por créditos adicionais as autorizações de receitas não computadas ou insuficientemente
dotadas na Lei de Orçamento.
C. Entende-se por créditos adicionais especiais os créditos destinados a despesas para as quais não haja
dotação orçamentária específica.
D. Entende-se por créditos adicionais extraordinários os créditos destinados a despesas urgentes e
imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública.

COMENTÁRIOS: Por crédito orçamentário inicial ou ordinário entende-se aquele aprovado pela lei
orçamentária anual, constante dos orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimento das
empresas estatais. A LOA é organizada na forma de créditos orçamentários, aos quais estão consignadas
dotações. O crédito orçamentário é constituído pelo conjunto de categorias classificatórias e contas que
especificam as ações e operações autorizadas pela lei orçamentária, a fim de que sejam executados os
programas de trabalho do Governo, enquanto a dotação é o montante de recursos financeiros com que
conta o crédito orçamentário. Assim, o crédito orçamentário é portador de uma dotação e esta constitui o
limite de recurso financeiro autorizado. Durante a execução do orçamento, as dotações inicialmente
aprovadas na LOA podem revelar-se insuficientes para realização dos programas de trabalho, ou pode
ocorrer a necessidade de realização de despesa não autorizada inicialmente. Assim, a LOA poderá ser
alterada no decorrer da sua execução por meio de créditos adicionais, que são autorizações de despesa
não computadas ou insuficientemente dotadas na LOA. É a forma de modificar a Lei Orçamentária
originalmente aprovada, a fim de adequá-la à real necessidade de execução. Os créditos adicionais são
classificados em:

Destinados a reforço de dotação orçamentária. A loa poderá conter autorização para abertura de
SUPLEMENTARES

créditos suplementares, limitados a determinado valor ou percentual, sem a necessidade de


submissão ao poder legislativo. Os créditos suplementares terão vigência no exercício em que
forem abertos

Destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica, devendo ser
EXTRAORDINÁRIOS ESPECIAIS

autorizados por lei. Os créditos especiais não poderão ter vigência além do exercício em que
forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses
daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites dos seus saldos, serão incorporados ao
orçamento do exercício financeiro subsequente
Destinados a despesas urgentes e imprevisíveis, como as decorrentes de guerra, comoção interna
ou calamidade pública, conforme art. 167 da cf. Na união, serão abertos por medida provisória. Os
créditos extraordinários não poderão ter vigência além do exercício em que forem autorizados,
salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso
em que, reabertos nos limites dos seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício
financeiro subsequente

Vamos agora analisar item a item:

A. Entende-se por créditos adicionais suplementares os créditos destinados ao reforço de dotação


orçamentária. CERTO
B. Entende-se por créditos adicionais as autorizações de receitas não computadas ou insuficientemente
dotadas na Lei de Orçamento. ERRADO
Povo, cuidado, pois a banca é suja e maligna! kkkkk
Entende-se por créditos adicionais as autorizações de DESPESAS não computadas ou insuficientemente
dotadas na Lei de Orçamento. Lembrem-se e usem a lógica: abrimos créditos adicionais para gastos
insuficientes ou não dotados na LOA, ou para situações emergentes, logo, não são autorizações de
receitas, MAS SIM DE DESPESAS.

C. Entende-se por créditos adicionais especiais os créditos destinados a despesas para as quais não haja
dotação orçamentária específica. CERTO

D. Entende-se por créditos adicionais extraordinários os créditos destinados a despesas urgentes e


imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública. CERTO

GABARITO: B

LEI Nº 4.320/64. (CONTADOR)

Primeiramente, quero avisar que este tópico “Lei nº 4320/64” não está expressamente cobrado no edital
de Analista Técnico Administrativo e Administrador. Entretanto, ele aparece no edital de Contador. Acho
muito difícil estudarmos AFO sem mencionarmos a Lei nº 4320/64, portanto, vou inserir as questões
dessa Lei no nosso estudo, por precaução, pois sempre estaremos mencionando-na.

81. IDECAN 2016 CÂMARA DE ARACRUZ - ES (CONTADOR)


De acordo com a Lei nº 4.320/64, os resultados gerais do exercício serão demonstrados no Balanço
Orçamentário, no Balanço Financeiro, no Balanço Patrimonial e na Demonstração das Variações
Patrimoniais. De acordo com o exposto, analise as afirmativas a seguir, marque V para as verdadeiras e F
para as falsas.
( ) O Balanço Orçamentário demonstrará os ativos, passivos, receitas e despesas previstas em confronto
com as realizadas.
( ) O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias bem como os recebimentos e
os pagamentos de natureza extraorçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do
exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte.
( ) A Demonstração das Variações Patrimoniais evidenciará as alterações verificadas no patrimônio,
resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício.
A sequência está correta em
a) V, V, F.
b) F, V, F.
c) V, F, V.
d) F, V, V.
COMENTÁRIOS: Questão pura e literal da Lei n° 4320/64, constantes mo capítulo IV da Lei (arts. 101 -
106). Vejamos:

O Balanço Orçamentário demonstrará as RECEITAS E DESPESAS PREVISTAS EM CONFRONTO COM AS


REALIZADAS (art. 102)
O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias bem como os recebimentos e os
pagamentos de natureza extra-orçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do
exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte (art. 103)
A Demonstração das Variações Patrimoniais evidenciará as alterações verificadas no patrimônio,
resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício
(art. 104)

GABARITO: D

LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL – LEI COMPLEMENTAR Nº 101/2000.

82. IDECAN 2016 CÂMARA DE ARACRUZ - ES (CONTADOR)


Segundo o Art. 29 da LC nº 101/2000, o “montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações
financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da
realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses” define:
a) Operação de crédito.
b) Concessão de garantia.
c) Dívida pública mobiliária.
d) Dívida pública consolidada.

COMENTÁRIOS: Questão boba e literal, neh, povo. Tenho nem o que comentar, pois a própria banca deu
o artigo e a definição.
GABARITO: D

83. IDECAN 2016 CÂMARA DE ARACRUZ - ES (CONTADOR)


De acordo com o Art. 47 da LC nº 101/2000, a empresa controlada que firmar contrato de gestão em que
se estabeleçam objetivos e metas de desempenho, na forma da lei, disporá de autonomia gerencial,
orçamentária e financeira. A empresa controlada incluirá em seus balanços trimestrais nota explicativa
em que informará, EXCETO:

a) Recursos recebidos do controlador, a qualquer título, especificando valor, fonte e destinação.


b) Aquisição de bens e direitos junto ao controlador, com preços e condições compatíveis com os
praticados no mercado.
c) Fornecimento de bens e serviços ao controlador, com respectivos preços e condições,
comparando-os com os praticados no mercado.
d) Venda de bens, prestação de serviços ou concessão de empréstimos e financiamentos com preços,
taxas, prazos ou condições diferentes dos vigentes no mercado.
COMENTÁRIOS: É com esse tipo de questão que me preocupo. Geralmente, poucos alunos leem, na
íntegra, a LRF. Acabam que, por vícios de alguns editais, sonegando alguns artigos que pouco caem, mas
quando caem, podem deixá-lo mais longe do cargo público. Essa questão é um exemplo disso e esta banca
é bem tradicional (adora cobrar texto de lei e trazer assuntos pouco abordados pelas demais bancas). A
empresa controlada que firmar contrato de gestão em que se estabeleçam objetivos e metas de
desempenho, na forma da lei, disporá de autonomia gerencial, orçamentária e financeira, sem prejuízo do
disposto no inciso II do § 5º do art. 165 da Constituição. A empresa controlada incluirá em seus balanços
trimestrais nota explicativa em que informará:

Fornecimento de bens e serviços ao controlador, com respectivos preços e condições, comparando-os


com os praticados no mercado
Recursos recebidos do controlador, a qualquer título, especificando valor, fonte e destinação
Venda de bens, prestação de serviços ou concessão de empréstimos e financiamentos com preços, taxas,
prazos ou condições diferentes dos vigentes no mercado

Vemos, então que a Aquisição de bens e direitos junto ao controlador, com preços e condições
compatíveis com os praticados no mercado NÃO SE ENCONTRA no rol de exigências da LRF.

GABARITO: B

84. IDECAN 2016 CÂMARA DE ARACRUZ - ES (AUDITOR DE CONTROLE INTERNO)


De acordo com o disposto na Lei Complementar nº 101/2000, o Poder Legislativo e o sistema de controle
interno de cada Poder e do Ministério Público têm poderes para fiscalizar o cumprimento da referida Lei
de Responsabilidade Fiscal, com ênfase nos seguintes aspectos, EXCETO:
a) Estabelecimento de metas na Lei Orçamentária Anual.
b) Medidas adotadas para o retorno da despesa total com pessoal ao limite legalmente estabelecido.
c) Cumprimento dos limites e condições para realização de operações de crédito e inscrição em
Restos a Pagar.
d) Providências tomadas para recondução dos montantes das dívidas consolidada e mobiliária aos
respectivos limites.

COMENTÁRIOS: Mais um tipo de questão sobre alguns tópicos pouco abordados pelas bancas
tradicionais. Trata-se da fiscalização da gestão fiscal (art. 59 – LRF). O Poder Legislativo, diretamente ou
com o auxílio dos Tribunais de Contas, e o sistema de controle interno de cada Poder e do Ministério
Público, fiscalizarão o cumprimento das normas desta Lei Complementar, com ênfase no que se refere a:
Atingimento das metas estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias
Limites e condições para realização de operações de crédito e inscrição em restos a pagar
Medidas adotadas para o retorno da despesa total com pessoal ao respectivo limite
Providências a serem tomada para recondução dos montantes das dívidas consolidada e mobiliária aos
respectivos limites
Destinação de recursos obtidos com a alienação de ativos
Cumprimento do limite de gastos totais dos legislativos municipais, quando houver
Essa, por mais que você não lembrasse exatamente o que a LRF traz, conseguiria fazer por eliminação,
uma vez que as metas para a administração pública é tratada pela Lei de Diretrizes Orçamentárias –
LDO, e não pela LOA. De acordo com a CF/1988, cabe ao PPA estabelecer Diretrizes, Objetivos e Metas
para a administração pública federal e cabe à LDO estabelecer Metas e Prioridades também para a
Administração Pública Federal. A LDO, no entanto, estabelece Diretrizes para a elaboração dos
orçamentos anuais- fato que pode ser constatado nas últimas LDO's. Logo, o item (a) está incorreto ao
afirmar que a ênfase deva se dar no Estabelecimento de metas na Lei Orçamentária Anual.

GABARITO: A

85. IDECAN 2016 CÂMARA DE ARACRUZ - ES (ANALISTA)


Assinale a alternativa que apresenta o conceito INCORRETO.
a) Restos a pagar: despesas empenhadas, mas não pagas, até 31 de dezembro do exercício financeiro,
distinguindo-se as processadas das não processadas.
b) Dívida ativa: é a constituída pelos créditos do Estado, devido ao não pagamento pelos
contribuintes, dos tributos, dentro dos exercícios em que foram lançados.
c) Dívida flutuante: compromissos de exigibilidade superior a doze meses, contraídos para atender a
desequilíbrio orçamentário ou a financiamento de obras e serviços públicos.
d) Despesas de capital: as realizadas com o propósito de formar e/ou adquirir ativos reais,
abrangendo, entre outras ações, o planejamento e a execução de obras, a compra de instalações,
equipamentos, material permanente, títulos representativos do capital de empresas ou entidades de
qualquer natureza, bem como as amortizações de dívida e concessões de empréstimos.

COMENTÁRIOS: Aqui um típico caso de questão que aborda diversos pontos da nossa disciplina. Cobrou
os seguintes assuntos (Restos a pagar – Lei nº 4320/64), Dívida Ativa (Lei nº4320/64), Dívida flutuante
(Lei nº 4320/64) e Despesas de Capital (Lei nº 4320/64). Logo, resolvi deixá-la para este bloco de
questões, pois não há como separá-la em RECEITA ou DESPESA, pois ela mistura vários conceitos. Enfim,
vamos comentá-la. Perceba que a banca adora trazer conceitos constantes na legislação e adora pedir
para que marquem o item INCORRETO, atente a isso. Vamos comentar item a item:

a) Restos a pagar: despesas empenhadas, mas não pagas, até 31 de dezembro do exercício financeiro,
distinguindo-se as processadas das não processadas. (CERTA – ART. 36 - LEI Nº 4320/64)

b) Dívida ativa: é a constituída pelos créditos do Estado, devido ao não pagamento pelos
contribuintes, dos tributos, dentro dos exercícios em que foram lançados. (CERTO – ART. 39 – LEI Nº
4320/64)

c) Dívida flutuante: compromissos de exigibilidade superior a doze meses, contraídos para atender a
desequilíbrio orçamentário ou a financiamento de obras e serviços públicos. (ERRADA – TRATA-SE, NA
VERDADE, DE DÍVIDA FUNDADA. ART. 29, LRF).
A dívida flutuante compreende (ART. 92 – LEI N 4320/64):

OS RESTOS A PAGAR, EXCLUÍDOS OS SERVIÇOS DA DÍVIDA


OS SERVIÇOS DA DÍVIDA A PAGAR
OS DEPÓSITOS
OS DÉBITOS DE TESOURARIA

Dívida pública consolidada ou fundada é o montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações
financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da
realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses (art. 29, I, LRF).

d) Despesas de capital: as realizadas com o propósito de formar e/ou adquirir ativos reais,
abrangendo, entre outras ações, o planejamento e a execução de obras, a compra de instalações,
equipamentos, material permanente, títulos representativos do capital de empresas ou entidades de
qualquer natureza, bem como as amortizações de dívida e concessões de empréstimos. (CERTA – ART.
12, § 4º, LEI Nº 4320/64).

GABARITO: C

86. IDECAN 2014 DETRAN-RO (ADMINISTRADOR)


Considerando o que dispõe a Lei Complementar nº 101/2000, Lei de Responsabilidade Fiscal, acerca da
gestão patrimonial, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) É vedada a aplicação das disponibilidades de caixa dos regimes de previdência social, geral e próprio
dos servidores públicos, em empréstimos, de qualquer natureza, aos segurados e ao Poder Público,
inclusive a suas empresas controladas.
( ) É vedada a aplicação da receita de capital derivada da alienação de bens e direitos que integram o
patrimônio público para o financiamento de despesa corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de
previdência social, geral e próprio dos servidores públicos.
( ) É nulo de pleno direito o ato de desapropriação de imóvel urbano expedido sem prévio depósito
judicial do valor da indenização.
( ) A empresa controlada pelo setor público que firmar contrato de gestão em que se estabeleçam
objetivos e metas de desempenho, na forma da lei, disporá de autonomia gerencial e orçamentária,
embora não possua gerência financeira.

A sequência está correta em


a) V, V, V, F.
b) V, V, F, F.
c) V, F, V, F.
d) F, F, V, V.
e) F, F, F, V.

COMENTÁRIOS: Vamos comentar item a item:


• É vedada a aplicação das disponibilidades de caixa dos regimes de previdência social, geral e próprio dos
servidores públicos, em empréstimos, de qualquer natureza, aos segurados e ao Poder Público, inclusive
a suas empresas controladas. (VERDADEIRO)
Art. 43. As disponibilidades de caixa dos entes da Federação serão depositadas conforme estabelece o § 3º do
art. 164 da Constituição.
§ 1º As disponibilidades de caixa dos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores
públicos, ainda que vinculadas a fundos específicos a que se referem os arts. 249 e 250 da Constituição,
ficarão depositadas em conta separada das demais disponibilidades de cada ente e aplicadas nas condições
de mercado, com observância dos limites e condições de proteção e prudência financeira.
§ 2º É vedada a aplicação das disponibilidades de que trata o § 1º em:
I - títulos da dívida pública estadual e municipal, bem como em ações e outros papéis relativos às
empresas controladas pelo respectivo ente da Federação;
II - EMPRÉSTIMOS, DE QUALQUER NATUREZA, AOS SEGURADOS E AO PODER PÚBLICO, INCLUSIVE
A SUAS EMPRESAS CONTROLADAS.

• É vedada a aplicação da receita de capital derivada da alienação de bens e direitos que integram o
patrimônio público para o financiamento de despesa corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de
previdência social, geral e próprio dos servidores públicos. (VERDADEIRO)
Art. 44. É vedada a aplicação da receita de capital derivada da alienação de bens e direitos que integram o
patrimônio público para o financiamento de despesa corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de
previdência social, geral e próprio dos servidores públicos.

• É nulo de pleno direito o ato de desapropriação de imóvel urbano expedido sem prévio depósito
judicial do valor da indenização. (VERDADEIRO)
Art. 46. É nulo de pleno direito ato de desapropriação de imóvel urbano expedido sem o atendimento do
disposto no § 3o do art. 182 da Constituição, ou prévio depósito judicial do valor da indenização.

• A empresa controlada pelo setor público que firmar contrato de gestão em que se estabeleçam
objetivos e metas de desempenho, na forma da lei, disporá de autonomia gerencial e orçamentária,
embora não possua gerência financeira. (ERRADA)
Art. 47. A empresa controlada que firmar contrato de gestão em que se estabeleçam objetivos e metas de
desempenho, na forma da lei, DISPORÁ DE AUTONOMIA GERENCIAL, ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA,
sem prejuízo do disposto no inciso II do § 5o do art. 165 da Constituição.

GABARITO: A

87. IDECAN 2014 COLÉGIO PEDRO II (TÉCNICO EM CONTABILIDADE)


A Lei de Responsabilidade Fiscal estabeleceu limites à Administração Pública para as despesas com
pessoal. Na União, o limite é de 50% da receita corrente líquida. São gastos de pessoal para fins de
observância ao limite estabelecido pela LRF, EXCETO:
a) Soldos de militares.
b) Gratificações e horas extras.
c) Proventos de aposentadoria.
d) Terceirização da mão de obra.
e) Subsídios de agentes políticos.

COMENTÁRIOS: Questão interessante, pois todas são despesas com pessoal, mas um item,
particularmente, é classificado como “outras despesas com pessoal”. As despesas com pessoal são sempre
despesas correntes. A LRF considera como despesa total com pessoal, segundo o art. 18:

“o somatório dos gastos do ente da Federação com os ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a
mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer
espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da
aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de
qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de
previdência”.

Incluem-se ainda nesse conceito de despesas com pessoal: auxílio- natalidade, auxílio-funeral, auxílio-
invalidez, auxílio-creche, auxílio pré-escolar, salário-família, despesas de exercícios anteriores, abono de
permanência do servidor ativo, sentenças judiciais referentes aos últimos 12 meses e a períodos futuros,
além de casos especiais típicos de cada ente. TAMBÉM SERÃO COMPUTADAS NA APURAÇÃO DAS
DESPESAS COM PESSOAL, SOB A DENOMINAÇÃO DE “OUTRAS DESPESAS COM PESSOAL” OS
VALORES ORIUNDOS DE CONTRATOS DE TERCEIRIZAÇÃO DE MÃO DE OBRA – DESDE QUE SE
REFERIRAM À SUBSTITUIÇÃO DE SERVIDORES OU EMPREGADOS PÚBLICOS. Essas terceirizações,
em regra, estão relacionadas à atividade-fim do órgão/entidade, e consta cargo equivalente no plano de
cargos e salários do ente público.Portanto, quanto a assertivas, a única que não é classificada como
despesa total de pessoal é a "TERCEIRIZAÇÃO DE MÃO DE OBRA". Questão, ainda assim, questionável,
uma vez que não são todas as tercerizações, somente as que se referem À SUBSTITUIÇÃO DE
SERVIDORES E EMPREGADOS PÚBLICOS.

GABARITO: D

88. IDECAN 2014 COLÉGIO PEDRO II (TÉCNICO EM CONTABILIDADE)


Nas demonstrações contábeis de órgão da Administração Direta, verificou-se a existência de
exigibilidades financeiras com prazo superior a 12 meses, contraídas mediante emissão de títulos para
atendimento de desequilíbrio orçamentário. Estas exibilidades são definidas como
a) dívida ativa.
b) dívida fundada.
c) dívida flutuante.
d) encargos da dívida.
e) antecipação de receitas.

COMENTÁRIOS: Para a LRF, a dívida pública consolidada ou fundada é o montante total, apurado sem
duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos,
convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a
doze meses, e ainda, as operações de crédito de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham
constado do orçamento. Os títulos de responsabilidade do Banco Central serão incluídos na dívida
pública consolidada da União, enquanto que os precatórios judiciais não pagos durante a execução do
orçamento serão computados na dívida consolidada apenas para fins de aplicação de limites.

GABARITO: B

89. IDECAN 2014 COLÉGIO PEDRO II (TÉCNICO EM CONTABILIDADE)


“Antes do fim do primeiro semestre do exercício financeiro, o Executivo deve enviar ao Legislativo
mensagem com projeto de lei contendo, dentre outros dispositivos, os objetivos das políticas monetárias,
creditícia e cambial, bem como os parâmetros e as projeções para seus principais e agregados e variáveis
e, ainda, as metas de inflação para o exercício seguinte.” O projeto de lei descrito anteriormente
denomina-se
a) plano de metas.
b) plano plurianual.
c) plano econômico.
d) lei orçamentária anual.
e) lei de diretrizes orçamentárias.

Comentários: É importante detalhar o conteúdo dos três anexos que a Lei de Responsabilidade Fiscal
imputou à LDO: anexo de metas fiscais, anexo de riscos fiscais e anexo específico. Com relação ao anexo
específico, a LRF ainda exige que a LDO contenha um anexo específico, que acompanha a mensagem de
envio do projeto de LDO ao Congresso Nacional. Esse anexo, de acordo com o art. 4º, § 4º, da LRF, deve
apresentar os objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial, bem como os parâmetros e as
projeções para seus principais agregados e variáveis, e ainda as metas de inflação, para o exercício
subsequente.

GABARITO: E

90. IDECAN 2010 PREFEITURA DE IPATINGA - MG (CONTADOR)


Além das disposições constitucionais, a Lei de Diretrizes Orçamentárias deverá dispor sobre, EXCETO:
a) Equilíbrio entre receitas e despesas.
b) Critérios e formas de limitação de empenho.
c) Normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com
recursos do orçamento.
d) Demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas.
e) Diretrizes, objetivos e metas da administração pública para as despesas de capital e outras
decorrentes.

COMENTÁRIOS: Além dos dispositivos referentes à LDO previstos na CF/1988, veremos que a Lei de
Responsabilidade Fiscal, aumentou o rol de funções da LDO, visando manter o equilíbrio entre receitas e
despesas:
“Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2º do art. 165 da Constituição e:
I – disporá também sobre:
a) equilíbrio entre receitas e despesas;
b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses previstas na alínea b do
inciso II deste artigo, no art. 9º e no inciso II do § 1º do art. 31;
(...)
e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com
recursos dos orçamentos;
f) demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas”.

GABARITO: E
91. IDECAN 2017 MS (CONTADOR)
Deverá constar na Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO) o Anexo de Riscos Fiscais, que são
classificados em riscos orçamentários, de dívida e ativos contingentes. Os ativos contingentes podem ser
agrupados nas seguintes classes, EXCETO:
a) Dívida Ativa.
b) Depósitos judiciais.
c) Crédito do Banco Central.
d) Haveres financeiros administrados pelo Tesouro.
e) Demandas judiciais contra empresas estatais dependentes que fazem parte do Orçamento Fiscal.

COMENTÁRIOS: Excelente questão, povo! Segundo Paludo (2018), segundo a LRF, a Lei de Diretrizes
Orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, em que serão avaliados os passivos contingentes e outros
riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se
concretizem. Os Passivos Contingentes correspondem às demandas judiciais de grande impacto que se
encontram pendentes de julgamento pelos tribunais superiores como STJ e STF; dívidas em geral que se
encontram em processo de reconhecimento; e operações de garantias e aval dados pelo Poder Público. Os
outros riscos são comumente classificados em riscos orçamentários e riscos de dívida. Os riscos
Orçamentários encontram-se relacionados à possibilidade de estimativas de receitas e montante de
despesas fixadas na Lei Orçamentária Anual não se confirmarem na execução dos orçamentos, gerando
desequilíbrio negativo. A estimativa das receitas está atrelada a variáveis macroeconômicas que
influenciam no montante de recursos arrecadados, por exemplo: o nível de atividade econômica, as taxas
de inflação, juros e câmbio. Assim, uma queda no Produto Interno Bruto (PIB) provoca queda na
arrecadação de tributos em todos os entes da Federação. As despesas fixadas na lei orçamentária podem
ser alteradas pela criação ou ampliação de obrigações, despesas decorrentes de modificações na
legislação, baixo crescimento do PIB (aumenta a despesa com seguro-desemprego, por exemplo) etc. Os
riscos fiscais de Dívida estão mais atrelados às oscilações de variáveis macroeconômicas como a taxa de
juros, a inflação e a variação cambial. Por exemplo, se a dívida estiver indexada à Selic, um aumento na
taxa de juros estabelecido pelo Copom aumenta o nível de endividamento do Governo. Logo, veja que a
questão pede apenas Ativos Contigentes, e o item E trata de um Passivo Contigente.

80
@profleandroravyelle t.me/afocomravyelle
GABARITO: E

92. IDECAN 2017 MS (CONTADOR)


De acordo com a Lei Complementar Federal nº 101/2000 ou Lei de Responsabilidade Fiscal, que
estabelece normas de finanças públicas voltadas para responsabilidade na gestão fiscal, o limite de gastos
de pessoal e endividamento público serão calculados com base na Receita Corrente Líquida, que é
composta basicamente por receitas:
a) Correntes e de capital arrecadadas no mês de referência.
b) Correntes e de capital arrecadadas no bimestre de referência.
c) Correntes e de capital arrecadadas até o trimestre de referência.
d)Tributárias, patrimoniais, operações de créditos e decorrentes de alienação de ativos, no mês de
referência.
e) Tributárias, patrimoniais, industriais, agropecuárias e de serviços, arrecadadas no mês em referência e
nos onze anteriores.

COMENTÁRIOS: A receita corrente líquida é o conceito adotado pela LRF, que serve de parâmetro para
verificação de recursos, para o cumprimento de metas em geral, e para estabelecimento de limites para
81
@profleandroravyelle t.me/afocomravyelle
despesas com pessoal e endividamento, compatível com a responsabilidade fiscal exigida por essa lei.
Segundo o art. 2º, IV, da LRF, a receita corrente líquida corresponde ao somatório das receitas tributárias,
de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras
receitas também correntes, diminuídas de algumas deduções diferenciadas para a União, estados e
municípios. O cálculo da receita corrente líquida é apurado somando-se as receitas arrecadadas no mês
em referência e nos onze anteriores, excluídas as duplicidades.

GABARITO: E

93. IDECAN 2017 MS (CONTADOR)


Segundo a Lei Complementar nº 101/2000, o compromisso financeiro assumido em razão de mútuo,
abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de
valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações
assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros constitui:
a) Operação de crédito.
b) Concessão de garantia.
c) Dívida pública mobiliária.
d) Dívida pública consolidada.
e) Refinanciamento da dívida mobiliária.

COMENTÁRIOS: Segundo a LRF, operação de crédito é o compromisso financeiro assumido em razão de


mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento
antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e
outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros. O conceito de operação
de crédito foi bastante ampliado pela LRF, que equipara a essas operações de crédito a assunção, o
reconhecimento ou a confissão de dívidas pelo ente da Federação, e ainda, as antecipações de receitas ou
postergações de despesas como: a captação de recursos a título de antecipação de receita de tributo ou
contribuição cujo fato gerador ainda não tenha ocorrido; o recebimento antecipado de valores de
empresas (salvo lucros e dividendos, na forma da lei); a assunção direta de compromisso, confissão de
dívida ou operação assemelhada, com fornecedor de bens, mercadorias ou serviços, mediante emissão,
aceite ou aval de título de crédito (salvo quanto a empresas estatais dependentes); e a assunção de
obrigação, sem autorização orçamentária, com fornecedores para posterior pagamento de bens e
serviços. A LRF ampliou esse conceito de operação de crédito baseada na essência comum dessas
operações, qual seja: geram um passivo que aumenta o endividamento e a dívida consolidada ou
correspondem a riscos diferidos no tempo que podem gerar cobrança de juros e demais encargos
financeiros.

GABARITO: A

94. IDECAN 2017 MS (CONTADOR)


De acordo com a Lei Complementar nº 101/2000 ou Lei de Responsabilidade Fiscal, a definição de
empresa controlada é descrito, considerando apenas as sociedades:
a) Cuja maioria do capital social com direito a voto pertença, direta ou indiretamente, a ente da
Federação.
82
@profleandroravyelle t.me/afocomravyelle
b) Em que a União possua parte do capital social, mesmo que minoritária, mas desde que com direito a
voto.
c) Em que a maioria do capital social, com direito a voto, pertença exclusivamente de forma direta a ente
da Federação.
d) Em que a maioria do capital social, mesmo que sem direito a voto, pertença direta ou indiretamente a
ente da Federação.
e) Que recebam do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou
de custeio em geral ou de capital.

COMENTÁRIOS: A empresa controlada que firmar contrato de gestão em que se estabeleçam objetivos e
metas de desempenho, na forma da lei, disporá de autonomia gerencial, orçamentária e financeira, sem
prejuízo do orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a
maioria do capital social com direito a voto.Lembre-se UMA EMPRESA CONTROLADA É UMA
SOCIEDADE CUJA MAIORIA DO CAPITAL SOCIAL COM DIREITO A VOTO PERTENÇA, DIRETA OU
INDIRETAMENTE, A ENTE DA FEDERAÇÃO.

GABARITO: A

95. IDECAN 2017 MS (CONTADOR)


Considerando o demonstrativo a seguir e o que estabelece a Lei Complementar nº 101/2000 ou Lei de
Responsabilidade Fiscal, pode-se afirmar que o valor das despesas com pessoal da administração pública
considerado para efeito do limite estabelecido pela legislação é de:

a) $ 35.500.
b) $ 37.500.
c) $ 38.000.
d) $ 39.500.
e) $ 43.500.

COMENTÁRIOS: As despesas com pessoal são sempre despesas correntes. A LRF considera como despesa
total com pessoal, segundo o art. 18:

83
@profleandroravyelle t.me/afocomravyelle
“o somatório dos gastos do ente da Federação com os ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a
mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer
espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da
aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de
qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de
previdência”.

Incluem-se ainda nesse conceito de despesas com pessoal: auxílio- natalidade, auxílio-funeral, auxílio-
invalidez, auxílio-creche, auxílio pré-escolar, salário-família, despesas de exercícios anteriores, abono de
permanência do servidor ativo, sentenças judiciais referentes aos últimos 12 meses e a períodos futuros,
além de casos especiais típicos de cada ente. Também serão computadas na apuração das despesas com
pessoal, sob a denominação de “outras despesas com pessoal” os valores oriundos de contratos de
terceirização de mão de obra – desde que se referiram à substituição de servidores ou empregados
públicos. Essas terceirizações, em regra, estão relacionadas à atividade-fim do órgão/entidade, e consta
cargo equivalente no plano de cargos e salários do ente público. Dessa forma, não incluiremos no valor as
diárias pagas a servidores, pois são despesas de custeio/ manutenção, cujos gastos não contribuem
diretamente para a aquisição ou formação de um bem de capital (material de consumo, diárias,
passagens, serviços em geral etc.). Além disso, também não integra o valor de gastos com pessoal as
aposentadoriaspagas com recursos do fundo próprio de previdência. Sendo assim, teremos o seguinte
somatório:

R$ 20.000 + R$ 6.000 + R$ 4.000 + R$ 2.000 + 3.500 = R$ 35.500

GABARITO: A

96. IDECAN 2016 CÂMARA DE ARARACRUZ - ES (AUDITOR DE CONTROLE INTERNO)


A Lei nº 4.320 de 1964 estatui normas gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos
orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. No que tange ao
Controle da Execução Orçamentária, de acordo com o referido estatuto, assinale a afirmativa INCORRETA.
a) É atribuição dos serviços de contabilidade ou órgãos equivalentes verificar a exata observância dos
limites das cotas atribuídas a cada unidade orçamentária, dentro de sistema que exista ou possa ser
instituído para esse fim.
b) O levantamento, a prestação ou a tomada de contas de todos os responsáveis por bens ou valores
públicos se restringem à prestação ou tomada de contas anual, sendo ilegal exigi-los em qualquer outro
momento ou ocasião.
c) O órgão incumbido da elaboração da proposta orçamentária ou a outro indicado na legislação caberá
o controle do cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários e em termos de
realização de obras e prestação de serviços.
d) O Poder Executivo exercerá o controle da legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da
receita ou a realização da despesa, o nascimento ou a extinção de direitos e obrigações, o controle da
fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis por bens e valores públicos e o controle
do cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários e em termos de realização de
obras e prestação de serviços, sem prejuízo das atribuições do Tribunal de Contas ou órgão equivalente.

COMENTÁRIOS: Aqui uma questão mais pesada e que trata especificamente da Lei 4320/64 e resolvi
84
@profleandroravyelle t.me/afocomravyelle
deixá-la para este capítulo de LRF. Essa é aquela bendita parte da lei que poucos alunos leem e que
quando caem, derrubam metade dos concorrentes. Vejamos a letra da lei:

TÍTULO VIII

Do Controle da Execução Orçamentária

CAPÍTULO I

Disposições Gerais

Art. 75. O controle da execução orçamentária compreenderá:

I - a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a realização da despesa, o


nascimento ou a extinção de direitos e obrigações;

II - a fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis por bens e valores públicos;

III - o cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários e em termos de


realização de obras e prestação de serviços.

CAPÍTULO II

Do Controle Interno

Art. 76. O Poder Executivo exercerá os três tipos de controle a que se refere o artigo 75, sem prejuízo
das atribuições do Tribunal de Contas ou órgão equivalente. (ALTERNATIVA D)

Art. 77. A verificação da legalidade dos atos de execução orçamentária será prévia, concomitante e
subsequente.

Art. 78. Além da prestação ou tomada de contas anual, quando instituída em lei, ou por fim de gestão,
poderá haver, a qualquer tempo, levantamento, prestação ou tomada de contas de todos os responsáveis por
bens ou valores públicos. (ALTERNATIVA B)

Art. 79. Ao órgão incumbido da elaboração da proposta orçamentária ou a outro indicado na


legislação, caberá o controle estabelecido no inciso III do artigo 75. (ALTERNATIVA C)

Parágrafo único. Esse controle far-se-á, quando for o caso, em termos de unidades de medida,
previamente estabelecidos para cada atividade.

Art. 80. Compete aos serviços de contabilidade ou órgãos equivalentes verificar a exata observância
dos limites das cotas trimestrais atribuídas a cada unidade orçamentária, dentro do sistema que for
instituído para esse fim. (ALTERNATIVA A)

CAPÍTULO III

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@profleandroravyelle t.me/afocomravyelle
Do Controle Externo

Art. 81. O controle da execução orçamentária, pelo Poder Legislativo, terá por objetivo verificar a
probidade da administração, a guarda e legal emprego dos dinheiros públicos e o cumprimento da Lei de
Orçamento.

Art. 82. O Poder Executivo, anualmente, prestará contas ao Poder Legislativo, no prazo estabelecido
nas Constituições ou nas Leis Orgânicas dos Municípios.

§ 1º As contas do Poder Executivo serão submetidas ao Poder Legislativo, com Parecer prévio do
Tribunal de Contas ou órgão equivalente.

§ 2º Quando, no Município não houver Tribunal de Contas ou órgão equivalente, a Câmara de


Vereadores poderá designar peritos contadores para verificarem as contas do prefeito e sôbre elas emitirem
parecer.

GABARITO: B

97. IDECAN 2016 CÂMARA DE ARARACRUZ - ES (ANALISTA ADMINISTRATIVOE LEGISLATIVO)


Além das inúmeras determinações constitucionais, as leis ordinárias e a Lei de Responsabilidade Fiscal
contribuíram de forma significativa para a aproximação da Administração Pública brasileira de um
modelo dirigido ao alcance de resultados e aos princípios da governança pública. A esse respeito, assinale
a afirmativa INCORRETA.
a) O foco em resultado e eficiência, e não só em procedimentos ou leis, demonstra uma aproximação
do modelo administrativo brasileiro ao Gerencialismo (Gestão por Resultados).
b) A Constituição Federal de 1988 contribuiu com importantes bases para possibilitar o
estabelecimento de acordos entre o poder público e o setor privado sem fins lucrativos para execução de
serviços em diversas áreas.
c) A possibilidade de prestação de serviços públicos de saúde, por meio de contratos de gestão
mantidos entre o Poder Público e entidades privadas sem fins lucrativos, é um retrocesso no caminho de
uma gestão pública por resultado.
d) Importante contribuição para inserção de ideias de governança (administração por resultado) na
legislação brasileira foi a Emenda Constitucional nº 19/98, que inseriu o Princípio da Eficiência dentre os
demais Princípios que regem a Administração Pública Brasileira.

COMENTÁRIOS: Questão boa e acabei trazendo-a somente neste último bloco de questão, mas, na
verdade, trata-se de um assunto amplo sobre direito financeiro e administração pública. Com a efetiva
aplicação da LRF, busca-se uma inovação no modo de administrar os recursos públicos, na medida em
que favorece mudanças na cultura administrativa e práticas de gestão em consonância com a sociedade,
estabelecendo diretrizes e procedimentos para o bom uso dos recursos públicos, impondo limites nas
despesas, regras para o cumprimento dos orçamentos, aumento da transparência dos gastos públicos e

86
@profleandroravyelle t.me/afocomravyelle
disciplinando sanções, inclusive de ordem criminal, para os gestores públicos que descumprirem os
ditames legais. Assim, reforça-se o ideal administrativo que exige o fim do descontrole de gastos públicos
que tantos prejuízos trazem a população brasileira. Logo, CONTRARIAMENTE AO QUE DIZ O ITEM C, A
POSSIBILIDADE DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE POR CONTRATOS DE GESTÃO FOI UM
AVANÇO NO QUE TOCA À GESTÃO PÚBLICA QUE OBJETIVA O RESULTADO.

Questão boa, pois os outros três itens estão corretos para a banca e costumam se repetir em diversas
provas em outros anos. Fique de olho!

GABARITO: C

98. IDECAN 2015 PREFEITURA DE RIO POMBA - MG (PROCURADOR)


Nos termos da Lei de Responsabilidade Fiscal, a renúncia de receita deve estar acompanhada de
comprovação de que as metas de resultados fiscais previstas na lei de diretrizes orçamentárias não serão
afetadas, e estar acompanhada de medidas de compensação, salvo nos casos de
a) concessão de isenção em caráter não geral.
b) alteração de alíquota que implique redução discriminada de tributos.
c) modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de contribuições.
d) cancelamento de débito, cujo montante seja inferior ao dos respectivos custos de cobrança.

COMENTÁRIOS: A renúncia, em regra, deve ser concedida mediante lei específica e eventualmente
mediante convênio. Segundo o art. 14 da LRF, a concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de
natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deve:
estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício
em que deva entrar em vigor e nos dois subsequentes
(contendo as premissas e metodologia de cálculo utilizada).

AÇÃO QUE IMPORTE EM CRIAÇÃO, o aumento tem adequação


EXPANSÃO OU APERFEIÇOAMENTO orçamentária e financeira com a lei
QUE ACARRETE AUMENTO DE declaração do
orçamentária anual
DESPESA ordenador da
despesa de que compatibilidade com o plano plurianual
e com a lei de diretrizes orçamentárias

Na renúncia de receitas somente o aumento de receitas em valor equivalente é aceito como medida de
compensação – diferente das despesas obrigatórias de caráter continuado, em que a redução de despesas
também é aceita como compensação. Não caracterizam renúncia de receitas, as desonerações tributárias:

Estabelecidas em caráter geral


Relacionadas ao imposto de renda como: limite de isenção, desconto padrão e dedução por dependente
Alteração das alíquotas de: importação de produtos estrangeiros; exportações para o exterior; produtos
industrializados (ipi); operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores

87
@profleandroravyelle t.me/afocomravyelle
mobiliários (iof)
Cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao respectivo custo de cobrança
Relacionadas às imunidades constitucionais quando o usuário final dos bens ou serviços for a união,
estados e municípios

GABARITO: C

99. IDECAN 2014 CÂMARA MUNICIPAL DE SOORETAMA - ES (PROCURADOR JURÍDICO)


A responsabilidade na gestão fiscal do município pressupõe a ação planejada e transparente, o equilíbrio
das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas, e a
obediência a limites e condições previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal. Nos termos da Lei
Complementar nº 101/2000, é INCORRETO afirmar que
a) o projeto de lei de diretrizes orçamentárias deve ser integrado do Anexo de Metas Fiscais, em que
serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas,
resultados nominal e primário e montante da dívida pública.
b) a receita corrente líquida do município corresponde ao somatório das receitas tributárias, de
contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras
receitas também correntes, deduzido o Fundo de Participação do Município – FPM.
c) o Poder Executivo municipal de cada ente colocará à disposição dos demais Poderes e do Ministério
Público, no mínimo 30 dias antes do prazo final para encaminhamento de suas propostas orçamentárias,
os estudos e as estimativas das receitas para o exercício subsequente, inclusive da corrente líquida.
d) a criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento da despesa
será acompanhado de estimativa do impacto orçamentário ‐ financeiro no exercício em que deva entrar
em vigor e nos dois subsequentes, além da declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem
adequação orçamentária.

COMENTÁRIOS: Questão ótima, pois mescla vários assuntos. Vamos analisar item a item:

a) o projeto de lei de diretrizes orçamentárias deve ser integrado do Anexo de Metas Fiscais, em que
serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas,
resultados nominal e primário e montante da dívida pública. (CERTO)
A LRF estabelece que integrará o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias o Anexo de Metas
Fiscais, onde serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a
receitas, despesas, resultados nominal e primário, e montante da dívida pública, para o exercício
a que se referirem e para os dois seguintes. Apesar de serem estipuladas metas para três
exercícios, apenas a meta para o ano seguinte é obrigatória – as demais são apenas metas
indicativas.

b) a receita corrente líquida do município corresponde ao somatório das receitas tributárias, de


contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras
receitas também correntes, deduzido o Fundo de Participação do Município – FPM. (ERRADO)
Nos municípios, devem ser deduzidas as contribuições dos servidores para o custeio do seu sistema de

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@profleandroravyelle t.me/afocomravyelle
previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação financeira entre o regime
geral de previdência e o regime próprio dos servidores públicos.

c) o Poder Executivo municipal de cada ente colocará à disposição dos demais Poderes e do Ministério
Público, no mínimo 30 dias antes do prazo final para encaminhamento de suas propostas orçamentárias,
os estudos e as estimativas das receitas para o exercício subsequente, inclusive da corrente líquida.
(CERTO)
Art. 11, § 3º da LRF.
Poder Executivo de cada ente colocará à disposição dos demais Poderes e do Ministério Público,
no mínimo trinta dias antes do prazo final para encaminhamento de suas propostas
orçamentárias, os estudos e as estimativas das receitas para o exercício subseqüente, inclusive da
corrente líquida, e as respectivas memórias de cálculo.

d) a criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento da despesa será
acompanhado de estimativa do impacto orçamentário ‐ financeiro no exercício em que deva entrar em
vigor e nos dois subsequentes, além da declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem
adequação orçamentária. (CERTO)
A LRF se preocupou mais em evitar a realização de despesas não autorizadas pelos orçamentos e
não planejadas do que com a criação de novas regras. As regras nela contidas referem-se a uma
espécie de checklist a ser feito antes de sua realização, em que a responsabilidade é claramente
atribuída ao ordenador de despesas. Assim, quando a ação pública importar em criação, expansão
ou aperfeiçoamento – que acarrete aumento da despesa – a LRF exige que esteja acompanhada de:

estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício


em que deva entrar em vigor e nos dois subsequentes
(contendo as premissas e metodologia de cálculo utilizada).

AÇÃO QUE IMPORTE EM CRIAÇÃO, o aumento tem adequação


EXPANSÃO OU APERFEIÇOAMENTO orçamentária e financeira com a lei
QUE ACARRETE AUMENTO DE declaração do
orçamentária anual
DESPESA ordenador da
despesa de que compatibilidade com o plano plurianual
e com a lei de diretrizes orçamentárias

GABARITO: B

100. IDECAN 2010 PREFEITURA DE IPATINGA - MG (CONTADOR)


A Lei Complementar nº101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), estabelece normas de
finanças públicas, e define que os governos devem utilizar a ação planejada e transparente na gestão
fiscal, o que poderá ser obtido mediante a adoção do Sistema de Planejamento Integrado, que é composto

89
@profleandroravyelle t.me/afocomravyelle
pelos seguintes instrumentos:
a) Plano Plurianual, Plano de Investimentos e Lei de Orçamentos Anuais.
b) Lei de Orçamentos Anuais, Plano Financeiro e Plano de Investimentos.
c) Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei de Orçamentos Anuais.
d) Lei de Orçamentos Anuais, Plano de Investimentos e Plano Plurianual.
e) Plano Plurianual, Plano de Investimentos e Lei de Diretrizes Orçamentárias.
COMENTÁRIOS: Vejam como a banca é repetitiva! Cobrou essa mesma questão em 2014 na prova do
concurso para o COLÉGIO PEDRO II (ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO), tão igual que nem o gabarito
mudou de item kkkkkkkkkkk
O Sistema de Planejamento Integrado, também conhecido, no Brasil, como Processo de Planejamento-
orçamento, consubstancia-se nos seguintes instrumentos: Plano Plurianual, Lei de Diretrizes
Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual.A Lei Orçamentária Anual (LOA) é o produto final do processo
orçamentário coordenado pela Secretaria de Orçamento Federal (SOF). Ela abrange apenas o exercício
financeiro a que se refere e é o documento legal que contém a previsão de receitas e autorização de
despesas a serem realizadas no exercício financeiro. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é o
instrumento norteador da elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA). Ela seleciona os programas do
Plano Plurianual que deverão ser contemplados com dotações na LOA correspondente. Já o PPA, segundo
Paludo, o Plano Plurianual - PPA é o instrumento legal de planejamento de maior alcance no
estabelecimento das prioridades e no direcionamento das ações do governo. Ele traduz, ao mesmo tempo,
o compromisso com objetivos e a visão de futuro, assim como a previsão de alocação dos recursos
orçamentários nas funções de Estado e nos programas de governo. O planejamento governamental é a
atividade que, a partir de diagnósticos e estudos prospectivos, orienta as escolhas de políticas públicas, e
o PPA é um instrumento desse planejamento que define diretrizes, objetivos e metas com o propósito de
viabilizar a implementação e a gestão das políticas públicas, orientar a definição de prioridades e auxiliar
na promoção do desenvolvimento sustentável.

GABARITO: C

101. IDECAN 2016 UFPB (TECNÓLOGO)


Analise as afirmativas, marque V para as verdadeiras e F para as falsas.

( ) O exercício financeiro coincide com o ano civil, pertencendo ao mesmo as receitas nele arrecadadas e
as despesas nele legalmente empenhadas.
( ) Na Lei do Orçamento Público é obrigatória a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar
a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de
unidade, universalidade e anualidade.
( ) A Lei de Orçamento Público poderá conter autorização ao Executivo para realizar, em qualquer mês do
exercício financeiro, operações de crédito por antecipação da receita, para atender às insuficiências de
caixa.
( ) Em casos de déficit, a Lei de Orçamento Público indicará as fontes de recursos que o Poder Executivo
fica autorizado a utilizar para atender a sua cobertura.

90
@profleandroravyelle t.me/afocomravyelle
A sequência está correta em
A. V, F, V, V.
B. V, V, V, V.
C. V, F, F, V.
D. V, F, V, F.

COMENTÁRIOS: Questão decoreba da Lei nº 4320/64. A banca enche o saco com isso. Analisando item a
item, temos:
(V) O exercício financeiro coincide com o ano civil, pertencendo ao mesmo as receitas nele arrecadadas e
as despesas nele legalmente empenhadas.
Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.
Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:
I - as receitas nele arrecadadas;
II - as despesas nele legalmente empenhadas.

(V) Na Lei do Orçamento Público é obrigatória a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar
a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de
unidade, universalidade e anualidade.
Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política
econômica financeira e o programa de trabalho do Govêrno, obedecidos os princípios de unidade
universalidade e anualidade.

(V) A Lei de Orçamento Público poderá conter autorização ao Executivo para realizar, em qualquer mês
do exercício financeiro, operações de crédito por antecipação da receita, para atender às insuficiências de
caixa.
Art. 7° A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para:
I - Abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas as disposições do artigo 43;
II - Realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de crédito por antecipação da receita, para
atender a insuficiências de caixa.

(V) Em casos de déficit, a Lei de Orçamento Público indicará as fontes de recursos que o Poder Executivo
fica autorizado a utilizar para atender a sua cobertura.
Art. 7° § 1º Em casos de déficit, a Lei de Orçamento indicará as fontes de recursos que o Poder Executivo fica
autorizado a utilizar para atender a sua cobertura.

GABARITO: B

102. IDECAN 2016 UFPB (TECNÓLOGO)


Sobre as despesas com a criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental, analise as
afirmativas a seguir.
I. Acompanhará estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor
e nos dois subsequentes.
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@profleandroravyelle t.me/afocomravyelle
II. Acompanhará a declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e
financeira com a lei orçamentária anual.
III. Acompanhará a declaração do ordenador da despesa de que tem compatibilidade com o plano
plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias.

Estão corretas as afirmativas


A. I, II e III.
B. I e II, apenas.
C. I e III, apenas.
D. II e III, apenas.

COMENTÁRIOS: A LRF se preocupou mais em evitar a realização de despesas não autorizadas pelos
orçamentos e não planejadas do que com a criação de novas regras. As regras nela contidas referem-se a
uma espécie de checklist a ser feito antes de sua realização, em que a responsabilidade é claramente
atribuída ao ordenador de despesas. Assim, quando a ação pública importar em criação, expansão ou
aperfeiçoamento – que acarrete aumento da despesa – a LRF exige que esteja acompanhada de:

estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício


em que deva entrar em vigor e nos dois subsequentes
(contendo as premissas e metodologia de cálculo utilizada).

AÇÃO QUE IMPORTE EM CRIAÇÃO, o aumento tem adequação


EXPANSÃO OU APERFEIÇOAMENTO orçamentária e financeira com a lei
QUE ACARRETE AUMENTO DE declaração do
orçamentária anual
DESPESA ordenador da
despesa de que compatibilidade com o plano plurianual
e com a lei de diretrizes orçamentárias

Portanto, os três itens estão corretos.

GABARITO: A

103. IDECAN 2017 CÂMARA MUNICIPAL DE NATIVIDADE/RJ (CONTADOR)


O anexo de metas fiscais é uma importante ferramenta para a Administração Pública, pois indica as
receitas, despesas, resultado nominal e primário, e o montante da dívida pública para o exercício a que se
referirem e para os dois subsequentes. Qual a lei que traz em seu conteúdo o anexo de metas fiscais?
A) Lei do Plano Plurianual.
B) Lei Orçamentária Anual.
C) Lei de Responsabilidade Fiscal.
D) Lei de Diretrizes Orçamentárias.

COMENTÁRIOS: A LRF estabelece que integrará o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias o Anexo de
Metas Fiscais, onde serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a
receitas, despesas, resultados nominal e primário, e montante da dívida pública, para o exercício a que se
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@profleandroravyelle t.me/afocomravyelle
referirem e para os dois seguintes. Apesar de serem estipuladas metas para três exercícios, apenas a
meta para o ano seguinte é obrigatória – as demais são apenas metas indicativas. O anexo de metas fiscais
(AMF) conterá ainda:

AVALIAÇÃO DO CUMPRIMENTO DAS METAS RELATIVAS AO ANO ANTERIOR


DEMONSTRATIVO DAS METAS ANUAIS, INSTRUÍDO COM MEMÓRIA E METODOLOGIA DE
CÁLCULO QUE JUSTIFIQUEM OS RESULTADOS PRETENDIDOS, COMPARANDO-AS COM AS
FIXADAS NOS TRÊS EXERCÍCIOS ANTERIORES, E EVIDENCIANDO A CONSISTÊNCIA DELAS COM AS
PREMISSAS E OS OBJETIVOS DA POLÍTICA ECONÔMICA NACIONAL
EVOLUÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO NOS ÚLTIMOS TRÊS EXERCÍCIOS, DESTACANDO A ORIGEM
E A APLICAÇÃO DOS RECURSOS OBTIDOS COM A ALIENAÇÃO DE ATIVOS
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO FINANCEIRA E RGPS
ATUARIAL RPPS
FUNDOS
FUNDO DE AMPARO AO TRABALHADOR
(FAT)
DEMONSTRATIVO DA ESTIMATIVA E COMPENSAÇÃO DA RENÚNCIA DE RECEITA E DA
MARGEM DE EXPANSÃO DAS DESPESAS OBRIGATÓRIAS DE CARÁTER CONTINUADO

O art. 5º, I, da LRF, exige que o projeto de LOA contenha em anexo um demonstrativo da compatibilidade
da programação orçamentária com os objetivos e metas do anexo de meta fiscal da LDO.

GABARITO: D

104. IDECAN 2017 CÂMARA MUNICIPAL DE NATIVIDADE/RJ (CONTADOR)


Analise as afirmativas, marque V para as verdadeiras e F para as falsas.

( ) De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, é vedado ao poder público efetuar repasses de
recursos ao setor privado.
( ) A execução de despesa orçamentária não prevista originalmente no Orçamento se dá pela abertura de
crédito adicional suplementar.
( ) O Orçamento pode prever já na sua elaboração que haverá déficit fiscal no exercício seguinte.
( ) O não cumprimento das disposições da Lei Orçamentária implica o gestor em infração político-
administrativa.

A sequência está correta em


A) F, F, V, F.
B) F, V, F, V.
C) V, V, V, V.
D) V, F, F, F.

COMENTÁRIOS: Vamos analisar item a item:


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@profleandroravyelle t.me/afocomravyelle
(F) De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, é vedado ao poder público efetuar repasses de
recursos ao setor privado.
Destinação de recursos ao setor privado (art. 26) é a destinação de recursos para direta ou
indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas ou déficits de pessoas jurídicas, que deverá:
SER AUTORIZADA POR LEI ESPECÍFICA
ATENDER ÀS CONDIÇÕES ESTABELECIDAS NA LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS
ESTAR PREVISTA NO ORÇAMENTO OU EM SEUS CRÉDITOS ADICIONAIS
Aplica-se a toda a administração indireta, inclusive fundações públicas e empresas estatais, exceto, no
exercício de suas atribuições precípuas, as instituições financeiras e o Banco Central do Brasil.
Compreende-se incluída a concessão de empréstimos, financiamentos e refinanciamentos, inclusive as
respectivas prorrogações e a composição de dívidas, a concessão de subvenções e a participação em
constituição ou aumento de capital. Atente para o fato de que, na concessão de crédito por ente da
Federação a pessoa física, ou jurídica que não esteja sob seu controle direto ou indireto, os
encargos financeiros, comissões e despesas congêneres não serão inferiores aos definidos em lei
ou ao custo de captação.
Com relação às prorrogações, dependem de autorização em lei específica as prorrogações e composições
de dívidas decorrentes de operações de crédito, bem como a concessão de empréstimos ou
financiamentos em desacordo com o exposto na tabela acima, sendo o subsídio correspondente
consignado na lei orçamentária. Salvo mediante lei específica, não poderão ser utilizados recursos
públicos, inclusive de operações de crédito, para socorrer instituições do Sistema Financeiro
Nacional, ainda que mediante a concessão de empréstimos de recuperação ou financiamentos
para mudança de controle acionário. A prevenção de insolvência e outros riscos ficará a cargo de
fundos, e outros mecanismos, constituídos pelas instituições do Sistema Financeiro Nacional, na forma da
lei. Cuidado ao fato de que o exposto acima não impede o Banco Central do Brasil de conceder às
instituições financeiras operações de redesconto e de empréstimos de prazo inferior a trezentos e
sessenta dias.

(F) A execução de despesa orçamentária não prevista originalmente no Orçamento se dá pela abertura
de crédito adicional suplementar.
Os créditos adicionais especiais são destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária
específica, devendo ser autorizados por lei. Os créditos especiais não poderão ter vigência além do
exercício em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro
meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites dos seus saldos, serão incorporados ao
orçamento do exercício financeiro subsequente.

(V) O Orçamento pode prever já na sua elaboração que haverá déficit fiscal no exercício seguinte.

O princípio do equilíbrio é aferido no momento da aprovação do orçamento, e não durante sua execução.
Durante a execução o equilíbrio será perseguido, mas não será exato porque a execução comporta
variações envolvendo receitas e despesas. Esse princípio orçamentário com assento constitucional e
comumente indicado pela doutrina é, em uma de suas acepções correntes, conhecido como “regra de
ouro”, uma vez que veda a realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas de
capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa,
aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta. Veja que o item trouxe o verbo "poder" e não
"dever". Segundo ANDRADE, a Constituição não exige expressamente em seu texto o equilíbrio
orçamentário. O texto constitucional permite o endividamento do ente público, ainda que de forma
controlada. Assim sendo, é lícito que o ente público, com o objetivo de realizar política anticíclica, eleve
seus gastos de forma a prever déficit na lei orçamentária anual. O equilíbrio orçamentário pode ser uma
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@profleandroravyelle t.me/afocomravyelle
meta a ser atingida ao longo de vários exercícios financeiros, não necessariamente em bases anuais.

(F) O não cumprimento das disposições da Lei Orçamentária implica o gestor em infração político-
administrativa.
O Art. 73 da LRF, estabelece que as infrações às suas disposições serão punidas de acordo com Código
Penal, as Leis 1.079/50 (Lei que define os crimes de responsabilidade e regula o respectivo processo e
julgamento), o Decreto-lei 201/97 (Lei de Responsabilidade de Prefeitos e Vereadores) e demais normas
pertinentes. Para prevenir, punir e tutelar o bem jurídico finanças públicas, inclusive penalmente, surgiu
a Lei 10.028/00 (Lei dos Crimes de responsabilidade fiscal - LCRF), que entrou em vigor no dia
20.10.2000.

GABARITO: A

105. IDECAN 2016 - UERN (CONTADOR)


Durante um exercício financeiro o Tesouro Nacional emitiu títulos com vencimento em prazo superior a
12 meses para realização de obras públicas. Considerando que essa emissão caracteriza um novo passivo,
é correto afirmar que houve um aumento da dívida:
a) Ativa.
b) Externa.
c) Fundada.
d) Flutuante.

COMENTÁRIOS: Para a LRF, a dívida pública consolidada ou fundada é o montante total, apurado sem
duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos,
convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a
doze meses, e ainda, as operações de crédito de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham
constado do orçamento. Além disso, a divida fundada compreende os compromissos de exigibilidade
superior a doze meses, contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou a financeiro de obras e
serviços públicos (art. 98 da Lei nº 4.320/64).

GABARITO: C

106. IDECAN 2015 INMETRO ANALISTA EXECUTIVO EM METROLOGIA E QUALIDADE - CIÊNCIAS


CONTÁBEIS

A dívida passiva pública classifica‐se em dívida flutuante e dívida consolidada. Em relação à dívida
consolidada, é INCORRETO afirmar que

a) terá lançamentos de baixa quando houver amortização parcial ou total do valor da dívida.

b) corresponde aos compromissos de pagamentos, de curto prazo, para cobrir necessidades


momentâneas de caixa, independentemente de autorização orçamentária específica.

c) é um exemplo de compromisso de exigibilidade de caixa superior a 12 meses que o tesouro deve


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@profleandroravyelle t.me/afocomravyelle
suportar, o equacionamento de desequilíbrios orçamentários.

d) corresponde às dívidas contratadas pelo tesouro mediante emissão de títulos ou contratos com
instituições financeiras, para suportar compromissos de exigibilidades de caixa superiores a 12 meses.

e) receberá inscrições quando houver novo empréstimo recebido, enquanto a encampação ou


restabelecimento poderá ser a atualização monetária ou o reconhecimento de um débito parcelado.

COMENTÁRIOS: Para a LRF, a dívida pública consolidada ou fundada é o montante total, apurado sem
duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos,
convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a
doze meses, e ainda, as operações de crédito de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham
constado do orçamento. Os títulos de responsabilidade do Banco Central serão incluídos na dívida
pública consolidada da União, enquanto os precatórios judiciais não pagos durante a execução do
orçamento serão computados na dívida consolidada apenas para fins de aplicação de limites. A dívida
flutuante corresponde aos passivos financeiros exigíveis em prazo inferior a doze meses, que não
necessitam de autorização para o seu pagamento, porque já foram autorizados pelo poder legislativo e
resta apenas o seu pagamento, ou porque se referem a dispêndios extraorçamentários. A dívida
flutuante refere-se à dívida interna, de curto prazo, e compreende os restos a pagar (excluídos os
serviços da dívida), os serviços da dívida a pagar, os depósitos, e os débitos de Tesouraria (AROs).
Logo, o item B trata-se da dívida flutuante, e não fundada.

GABARITO: B

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