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Existe também a possibilidade de existir a abertura de créditos adicionais
(autorizações de despesas não fixadas na Lei de Orçamento ou que foram fixadas em
valor insuficiente) promulgado nos últimos quatro meses do ano anterior e isso faz com
que também seja informado no balanço patrimonial do exercício em vigência ambos
ficam discriminados como no campo de Saldo de Exercícios Anteriores. Porém,
somente a despesa gerada pela abertura de créditos adicionais devem ser despesas
do exercício de referência, pois não constava no balanço orçamentário anterior, no
entanto o superávit não deve ser pois foi do anterior.
02 Elaboração:
Classes do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP):
1° CLASSE 5 ORÇAMENTO GRUPO 2 PREVISÃO DAS
APROVADO RECEITAS E FIXAÇÃO
DAS DESPESAS
● COMPOSIÇÃO:
QUADRO PRINCIPAL
Confronto entre:
PREVISTO x REALIZADO
(Tanto receita como despesa)
03 Notas explicativas:
BALANÇO ORÇAMENTÁRIO E AS NOTAS EXPLICATIVAS:
04 Estrutura do Balanço
Orçamentário:
Conforme o MCASP e os anexos atualizados da Lei 4.320/1964, o Balanço Orçamentário
é composto por:
− Quadro principal;
− Quadro principal:
Quadro da Execução de Restos a Pagar Não Processados:
Quadro principal
*Material recolhido do MCASP e Unidade Didática IV - Análise das Demonstrações Contábeis
Quadro de Execução dos Restos a Pagar Não Processados
− Previsão Inicial: Reflete os valores da previsão inicial das receitas conforme estabelecido na
Lei Orçamentária Anual (LOA). Os valores registrados nesta coluna permanecem inalterados ao
longo do exercício, representando a posição inicial do orçamento previsto na LOA. Também são
incluídas as atualizações monetárias autorizadas por lei antes da data de publicação da LOA.
− Previsão Atualizada: Demonstra os valores da previsão atualizada das receitas, que refletem a
reestimativa da receita devido a eventos como excesso de arrecadação, contratação de
operações de crédito, criação de novas naturezas de receita, remanejamento entre naturezas de
receita e atualizações monetárias autorizadas por lei após a publicação da LOA. Se não houver
eventos que levem à reestimativa da receita, os valores nesta coluna serão os mesmos da
Previsão Inicial.
− Receitas Realizadas: São as receitas efetivamente arrecadadas, seja diretamente pelo órgão
ou por meio de outras instituições, como a rede bancária.
• O superávit financeiro apurado no balanço patrimonial do exercício anterior pode ser usado
como fonte para abertura de crédito adicional.
• São considerados os créditos adicionais autorizados nos últimos quatro meses do exercício
anterior e reabertos no exercício atual, desde que haja saldo remanescente.
− Despesas Orçamentárias:
• Dotação Inicial: valores dos créditos iniciais conforme a Lei Orçamentária Anual (LOA). Esses
valores permanecem inalterados durante o exercício, representando a posição inicial do
orçamento previsto na LOA.
• Dotação Atualizada: soma da dotação inicial com os créditos adicionais abertos ou reabertos
durante o exercício, além das atualizações monetárias após a publicação da LOA, deduzindo
anulações e0 cancelamentos.
− Amortização da Dívida/Refinanciamento:
No caso em que as despesas empenhadas forem maiores do que as receitas realizadas, ocorre
um déficit. Nesse caso, a diferença será lançada na linha "Déficit" (VI). A linha "Superávit" (XIII) será
preenchida com um traço (-) para indicar que não há valor, pois o superávit não existe. Os quadros da
Execução de Restos a Pagar são divididos em "Não Processados" e "Processados". Esses quadros
tratam dos valores de restos a pagar (compromissos financeiros assumidos em um exercício, mas não
pagos até o final do mesmo exercício) relativos a exercícios anteriores.
− Liquidados: Compreende o valor dos restos a pagar não processados que foram liquidados
(ou seja, foram efetivamente pagos) após sua inscrição.
− Pagos: Compreende o valor dos restos a pagar não processados que foram liquidados e pagos.
− Saldo a Pagar: Corresponde ao saldo, em 31 de dezembro, dos valores inscritos e ainda não
pagos. É calculado deduzindo-se do valor total inscrito nos exercícios anteriores os valores
pagos ou cancelados ao longo do exercício de referência. Importante ressaltar que a parcela
do saldo que foi liquidada durante o exercício será transferida para restos a pagar processados
no início do exercício seguinte.
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Balanço Financeiro
06 Introdução
O balanço financeiro é um dos principais relatórios contábeis utilizados pelas entidades para
avaliar sua situação financeira em um determinado período. Dessa forma, fornece uma visão geral
dos ativos, passivos e patrimônio líquido da empresa, permitindo que os investidores, acionistas e
outras partes interessadas entendam a saúde financeira e a posição da empresa.
Uma introdução típica do balanço financeiro também pode abordar os princípios contábeis
utilizados na preparação do relatório, destacando que as informações são apresentadas de acordo
com as normas contábeis aplicáveis, como as normas internacionais de relatórios financeiros (IFRS)
ou os princípios contábeis geralmente aceitos (GAAP).
Assim, é composto por três seções principais: ativo, passivo e patrimônio líquido. Cada seção
é subdividida em várias contas que detalham os diferentes itens financeiros da empresa.
07 Elaboração
O balanço financeiro será elaborado utilizando 6 classes, que são elas: Ativo, Passivo,
Variações Patrimoniais Diminutivas, Variações Patrimoniais Aumentativas, Orçamento Aprovado e
Execução do Orçamento.
Quadro principal
Quadro dos ativos e passivos financeiros e permanentes
Quadro das contas de compensação
Ainda com base na mesma lei os restos a pagar do exercício anterior será registrado na coluna
da esquerda, no campo de receita extraorçamentária para equilibrar o que foi incluído na despesa
orçamentária.
O balanço financeiro é uma estrutura que mostra toda informação sobre receita orçamentária
realizada, que é aquilo que foi efetivamente, e despesa orçamentária executada que é aquelas que já
passaram pela fase de empenho e agora são valores de despesas dados para o fim do exercício.
A destinação de recursos:
− vinculadas: classificada por sua natureza de receita e identifica de melhor forma a origem
do seu recurso do fato gerador, e vincula-se a origem e a forma que o recurso foi aplicado
atendendo finalidades estabelecidas pela lei. Por fim, o Balanço Financeiro mostra os
recebimentos de pagamentos extraorçamentários, que são receitas proveniente de
quaisquer recursos arrecadados pelo governo que não gera renda ao estado. Também é
demonstrado as movimentações financeiras dos órgãos do setor público.
09 Notas explicativas:
As notas explicativas em um balanço financeiro de uma organização pública brasileira são
utilizadas para fornecer informações adicionais e esclarecimentos sobre os dados apresentados nas
demonstrações financeiras. Elas são uma parte obrigatória das demonstrações contábeis de
entidades públicas, conforme estabelecido pelas normas contábeis aplicáveis, como as Normas
Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (NBC TSP).
As notas explicativas são essenciais para fornecer uma análise mais completa das
demonstrações financeiras de uma organização pública brasileira, permitindo que os usuários das
informações financeiras compreendam melhor:
− A situação financeira;
− O desempenho;
10 Definições
PRINCIPAIS PONTOS
− Ainda de acordo com o MCASP, a identificação das vinculações pode ser realizada por meio
do mecanismo fonte / destinação de recursos. As fontes / destinações de recursos indicam
como são financiadas as despesas orçamentárias, atendendo sua destinação legal.
− Recebimentos Extraorçamentários
São receitas que não compõem o orçamento de modo que não são consideradas na fixação
das despesas, são receitas públicas apenas no sentido amplo do termo, visto que o administrador
público não pode contar com elas para custear as despesas previstas no orçamento, o que justifica
sua inserção no conceito de receita é que como elas entram nos cofres públicos devem ser precedidas
de lançamento, são exemplos de receita extraorçamentária: Ingressos de recursos relativos a
consignações em folha de pagamento, fianças, cauções, dentre outros; e Inscrição de restos a pagar.
− Retenção na fonte: é considerada receita extraorçamentária se a retenção for feita pelo ente
que não vai ficar com os recursos para si. Exemplo: Imposto de Renda retido na fonte, na forma
dos artigos 157, I e 158, I.
− Pagamentos extraorçamentários
Também conhecidos como pagamentos por fora do orçamento ou pagamentos não previstos
no orçamento, referem-se a despesas realizadas por uma entidade que não estão incluídas no seu
orçamento oficial. Esses pagamentos ocorrem quando uma organização ou governo realiza
desembolsos financeiros além do que foi planejado e autorizado no orçamento anual. São gastos que não foram
planejados ou autorizados previamente no orçamento.
Esses pagamentos podem surgir em emergências e ter várias razões pelas quais os
pagamentos extraorçamentários possam ocorrer. Alguns exemplos incluem emergências ou situações
imprevistas que exigem despesas adicionais como desastres naturais, crises de saúde pública, guerra,
crises econômicas, entre outros eventos imprevistos, como por exemplo, na pandemia, em que o
governo teve despesas maiores do que as previstas na área da saúde.
Outra razão pode ser a falta de previsão ou planejamento adequado no orçamento, resultando
em despesas adicionais que não foram inicialmente consideradas. No entanto, os pagamentos
extraorçamentários podem representar um desafio para a gestão financeira e podem ter implicações
negativas. Eles podem levar a um desequilíbrio fiscal, aumento da dívida pública, diminuição da
transparência e responsabilidade financeira, e podem afetar a credibilidade e a confiança nas
instituições.