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Boletim Focus:
Expectativa de alta na inflação, de 6,79% para 6,87%. A previsão já é de quase 7%, ou seja,
acima do teto da meta que é 5,25%;
Previsão para a selic também aumentou de 7% para a previsão de 7,25%;
Não aumentou a previsão para aumento do PIB, continua 5,3;
Não aumentou a previsão para aumento do dólar, continuando 5,01.
Divulgado no dia 09/08, e previsões coletadas pelo Banco Central
Economia com 3 setores (economia fechada e com governo) - ainda não se relaciona com o
resto do mundo, mas passa a ter um governo
Famílias - consumo
Empresas - investimento
Governo - gasto público
Consumo = Ca + cYd
Investimento planejado = autônomo (determinado pela EMgK) - parte induzida pelo juros
Gasto Público G = Ga (é uma variável exógena, a qual é determinada fora do sistema
econômico e uma variável autônoma, o gasto público não é determinado pela renda/PIB).
Ele ajuda a determinar o PIB, mas não é determinado por ele.
- Gasto Público do Brasil:
Gasto determinado no orçamento geral da União (elaborado pelo poder Executivo e
discutido no Congresso - poder legislativo) + gastos públicos determinado pelos 27
orçamentos estaduais (elaborados pelos Estados + DF e discutidos com as
Assembleias Legislativas) + gastos públicos definidos nos 5.570 orçamentos
municipais (elaborado pelas Prefeituras Municipais e discutidos com as Câmaras
Municipais). O que quer dizer que em todas as esferas, o gasto público é
determinado pelo poder Executivo e Legislativo.
Política Fiscal
É a manipulação da demanda agregada por parte do governo através dos gastos públicos
(instrumento direto) e da tributação e transferências (instrumentos indiretos).
- o opostos é:
- Política fiscal contracionista: tem o objetivo de reduzir a renda/PIB, nesse caso tem
que diminuir a demanda agregada e os instrumentos utilizados podem ser da
seguinte forma: reduzindo gastos públicos e/ou aumentando a tributação e/ou
reduzindo as transferências de renda.
Objetivo: ↓Y ↓Da
Instrumentos: ↓G e/ou ↑T e/ou ↓R
- Como o governo deve usar uma ou outra? A sugestão do sistema econômico para
que o governo adote uma Política Fiscal Expansionista é quando a economia estiver
em uma depressão, alto desemprego ou numa recessão - neste caso deve-se ↑G
e/ou ↓T e/ou ↑R - aumentando os gastos, diretamente o governo está aumentando a
demanda agregada; reduzindo os impostos, aumenta a renda disponível e aumenta
o consumo e aumentando as transferências, aumenta a renda disponível e aumenta
consumo. E o objetivo é expandir a renda/PIB da economia.
- A sugestão para que seja implantada uma Política Fiscal Contracionista é uma
economia inflacionada por excesso de demanda agregada - neste caso deve-se
reduzir a demanda agregada para arrefecer o processo inflacionário e diminuir a
aceleração da inflação - assim, deve-se ↓G e/ou ↑T e/ou ↓R , reduzindo os gastos
diretamente o governo está diminuindo a demanda agregada, e ou aumentar os
impostos e/ ou diminuir as transferências de renda.
- Em 1998 o Brasil passava por uma crise cambial, em que o FMI emprestou dinheiro
para o país e exigiu uma política monetária baseada no sistema de metas para a
inflação. Além disso, também exigiu uma Política Fiscal baseada em SUPERÁVIT
PRIMÁRIO, que foi adotada a partir de 1999, assim como a política monetária
- Até 2005, essa política fiscal teve que ser cumprida rigorosamente, a partir desse
ano foi comunicado ao FMI que esse acordo estava encerrado, assim, não havia uma
exigência para utilizá-la, mas como funcionou bem foi continuada, mas em 2014, no
governo da Dilma Rousseff não tivemos mais superávit primário.
- Política Fiscal que o Brasil teve a muito tempo e procura ter até hoje, mesmo que
essa estratégia tenha quebrado a partir de 2014
- Exigência: política fiscal baseada em superávit primário;
1) Conceito primário:
Conceito primário: é calculado por meio das receitas (T) provenientes da tributação direta
ou indireta e deduzindo-se as despesas públicas (G), que é o gasto público: Receitas (T) –
Despesas Públicas (G)
- NÃO considerando as despesas financeiras com juros da dívida pública,
correção monetária e correção cambial - que são as chamadas receitas
financeiras
(+) se o resultado for positivo, ou seja, a receita > despesa, tem-se um superávit primário
e há uma necessidade de financiamento do setor público NFSP negativa (-) o que
demonstra a capacidade do país em pagar os juros da dívida, ou seja, pagar suas despesas
financeiras (por isso o FMI exigiu um superávit primário).
(para ter superávit, realiza-se uma política fiscal contracionista de modo que para ter
superávit é preciso aumentar os impostos e reduzir os gastos) para que não se torne
inadimplente quanto à dívida mobiliária.
(-) se o resultado for negativo, ou seja, receita < despesa, tem-se um déficit primário e há
uma necessidade de financiamento do setor público NFSP positiva (+) o que demonstra
incapacidade do país em pagar os juros da dívida pública.
- Essa meta de superávit primário é chamada meta cheia, a qual na parte dos gastos são
incluídos todos os gastos, excluindo apenas as despesas financeiras; - superar resultado
primário
- Posteriormente, quando os países subdesenvolvidos (Brasil foi um deles) começaram a
reclamar dessa meta, porque estava sendo muito árduo para eles
- O FMI então estabeleceu então a meta reduzida/ajustada por um tempo: retirou os gastos
com infraestrutura (que levam o país ao crescimento econômico), como pavimentação de
estradas, educação, mão de obra, etc. - aceita a exclusão das despesas com infraestrutura
- O Brasil usou isso durante um tempo, não usa mais
- Pega-se as receitas tributárias (T) e retira-se as despesas públicas (G): Receitas (T) –
Despesas públicas(G)
- Considerando os juros da dívida mas excluindo a correção monetária (que é
proveniente da inflação) e a correção cambial
- Esse conceito não é mais apurado pelo Brasil
- Serve para evidenciar o efeito da inflação e da desvalorização cambial nas despesas
públicas.
- Antes, como em 93/94, no Brasil a inflação chegava a 400% ao ano, por isso não é mais
usado
- Pega as receitas tributárias (T) e deduz todas as despesas públicas (G): Receitas (T) –
Despesas públicas(G)
- Considera tudo, incluindo as despesas financeiras
Hipóteses
Da = C + I + G
C = Ca + cYd
S = -Sa + sYd
Y = Ca + cYd + I + G
1ª HIPÓTESE - GASTO PÚBLICO (só existe gasto público, não tem tributação e
transferências de renda)
- é possível o governo só gastar, desde que ele consiga emitir títulos para financiar
seus gasto; a emissão de títulos é uma emancipação de receitas
Da = C + I + G
C = Ca + cYd
S = -Sa + sYd
-
- Cc: função consumo
- (C+I)c: função consumo + investimento
- (C+I+G): função consumo + investimento + gasto
público
- - Toda ela com a inclinação dada pela propensão
marginal a consumir (c)
- quando a função demanda agregada intercepta a linha de 45, tem-se o ponto de demanda
efetiva, no qual a demanda agregada (C+I+G) efetiva a renda (ponto que obtém a renda de
equilíbrio Ye)
- equilíbrio macroeconômico é dado quando a renda/produto/produção/oferta
agregada é igual a demanda agregada (Y = Da)
Equilíbrio Macroeconômico:
Como o gasto público é uma despesa autônoma da demanda agregada, a sua variação
provoca uma variação de renda calculada pelo multiplicador de despesa (Md ou Mg) que
neste caso também pode ser chamado de multiplicador de gasto público. Toda vez que o
gasto público se altera, a variação da renda é igual a variação do gasto público vezes o
multiplicador de despesa.
O multiplicador de despesa analisa/ calcula a propagação de uma variação na despesa
autônoma no nível de renda.
AULA 13/08
- No dia 10/08 o IBGE publicou o índice de inflação de julho e ela bateu um recorde em 19
anos. A inflação de julho ficou em 0,96%, sendo que em junho ela estava em 0,53% e a
inflação em 12 meses pulou de 8,35% para 8,99%. Sendo que o teto da meta é 5,25%. A
previsão é que ela chegue a 7% esse ano (bem acima do teto), o que preocupa bastante o
Banco Central.
- A inflação está alta por causa do preço da energia elétrica (devido a seca no centro-oeste está
sendo necessário ligar as termelétricas, que possuem um custo mais elevado do que as
hidrelétricas). Outro motivo também é que o dólar está provocando alta nos insumos e isso é
inflação de custo, e também o fato de que os fertilizantes estão subindo de preço (cerca de
80% este ano) e o Brasil é um grande importador de fertilizante, pois não é autossuficiente) -
o custo da produção agrícola cresce por causa disso, e daí é preciso ser repassado para o
produto - isso é chamado de inflação de custo, oferta ou choque de oferta.
- Diante dos gastos públicos em alta, o Banco Central está aumentando a Selic, que já está em
5,25%, e a previsão é de que ela vai chegar a 7,25% este ano. Também há a previsão de que
no próximo ano ela continuará em 7,25% e que em 2023 deverá cair para 6,5%
- No dia 12/08, o presidente do Banco Central, deu uma declaração acerca de sua preocupação
sobre a alta taxa de juros e o impacto disso na dívida pública
Pode-se calcular a renda (Y) igualando a função poupança com a injeção de renda (I+G): S =
-3.000 + 0,1Y= 2000+4000 =90000
--
2ª HIPÓTESE - GASTO PÚBLICO e TRIBUTAÇÃO (o governo taxando, tendo receita)
C = Ca + c(Y – Ta)
C = Ca + cY – cTa
C = (Ca – cTa) + cY
Y = Ca + cY – cTa + I + G
ΔTa
ΔY = cΔY – cΔTa
ΔY – cΔY = - cΔTa
ΔY(1-c) = -cΔTa
ΔY = -cΔTa/(1- c)
ΔY = [ -c/(1-c)] x ΔTa
Mt = -c/(1-c)
POUPANÇA PÚBLICA
S pública = RECEITAS – DESPESAS
S pública = TRIBUTAÇÃO – GASTOS
NFSP
3) Dados: Ca = 40; c = 60%; Ia = 60; e = 100; i=10% e G=30; Calcule Ye, C, S privada , a
S pública e faça a representação gráfica da demanda agregada dos vazamentos com as
injeções de renda. Em seguida, suponha que o aparelho produtivo gere um nível de
produto igual a 400. Explique as consequências disto e faça a representação gráfica
correspondente.
C = 40 + 0,6Y
S = - 40 + 0,4Y
I = 60 – 100(0,1) I = 60 – 10 I = 50 I= Ia-ei
Y = 40 + 0,6Y + 50 + 30
Y = 120 + 0,6Y
Y – 0,6Y = 120
0,4Y = 120
Y = 120/0,4
Y = 300
C = 40 + 0,6(300) C = 40 + 180 C = 220
Y=C+I+G Y = 220 + 50 + 30 Y = 300
S = - 40 + 0,4(300) S = - 40 + 120 S = 80 - função poupança: propensão a poupar
S=I+G 80 = 50 + 30 80 = 80 - poupança privada
S pública = Receita – Despesa
S pública = T – G
S pública = 0 – 30
S pública = - 30 NFSP = + 30 → o governo, que é composto de todas as adm públicas,
está com um déficit de (-) 30, logo, essa é a Necessidade de Financiamento do Setor
Público (+): quando NFSP é positiva o governo está com DÉFICIT, quando ela é negativa o
governo está com SUPERÁVIT → NFSP (-) o governo não precisa emitir título para cobrir
essa necessidade, porque ele está com superávit, não precisa também aumentar a
tributação
Vazamento/filtração de renda: -40 (S); Injeção de renda: 80 (I+G); O que vaza S é de novo
injetado como I e G
E a economia se equilibra com um nível de produto/ renda = 300
Y = 400 Oa = 400
Da = C + I + G
C = 40 + 0,6(400) C = 40 + 240 C = 280
I = 50 G = 30
Da = 280 + 50 + 30 Da = 360 Oa > Da 400 > 360
Se produziu 400 e a demanda é de 360 está havendo uma variação involuntária de (+) 40
nos estoques, então existe um investimento não planejado de (+)40: Inp= +40
S = - 40 + 0,4(400) S = - 40 + 160 S = 120
S>I+G 120 > 80 Inp = + 40
O investimento realizado (ex-post) = 90 (50+40=90)→ (I+Inp= Ir); (90+30=120) → (Ir+G=S)
AULA 17/08
Boletim focus:
Referente a semana terminada no dia 13/08 em que se aumenta cada vez mais a previsão
do IPCA, já se tem uma previsão de 7,05% para esse ano e uma previsão de 7,5% para a
Selic (deve chegar esse ano). Por esse motivo que a taxa de juros (Selic) está crescendo,
porque a previsão da inflação é que ela se distancie cada vez mais, para cima, do teto, por
isso a Selic vem subindo.
- 2.2) Agora vamos incluir a tributação induzida pela renda(tY) → imposto de renda
- Ressaltando que se pode ter só induzido, ou só autônomo, ou os dois
T = Ta + tY
t=ΔT/ΔY → Propensão Marginal a Tributar (alíquota de imposto de renda)
t: variação do imposto dividido pela variação da renda - percentagem que mede a variação
do imposto quando ocorre uma variação de renda
Da = C + I + G
C = Ca + c(Y – T)
C = Ca + c(Y – Ta - tY) - uma parte autônoma (Ta) e outra induzida (tY)
C = Ca + cY – cTa - ctY
C = (Ca – cTa) + cY – ctY segmento constante/autônomo da função segmento dependente
C = (Ca – cTa) + (c-ct)Y
- A função consumo sofre uma rotação para baixo, em paralelo, sua inclinação diminui (com
o imposto induzido)
Demanda agregada:
Y = Ca + cY - cTa - ctY + I + G
Y = Ca + cY – cTa – ctY + I + G
ΔY = cΔY – ctΔY + ΔG
ΔY – cΔY + ctΔY = ΔG
ΔY(1 – c + ct) = ΔG
ΔY = ΔG/(1 – c + ct)
ΔY = 1/(1 – c + ct) x ΔG
Md = 1/(1 – c + ct)
Quando a demanda agregada se altera por despesas induzidas e/ou elementos induzidos,
o multiplicador de despesa se altera. O multiplicador de despesa analisa/ calcula a
propagação de uma variação na despesa autônoma no nível de renda. Então o pontapé
inicial é causar uma variação em uma despesa autônoma (Ca, Ip e G). A alteração nessas
variáveis altera a renda.
5) Dados: C = 3.000 + 0,9Yd; I = 2.000, G=4.000, Ta = 1.000 e t=0,2. Calcule Ye; C, Sprivada, NFSP, os
multiplicadores de despesa e tributário e faça a representação gráfica da demanda agregada e dos
vazamentos de renda com as injeções.
AULA 20/08
Dia 19/08 saiu na mídia uma entrevista do Afonso Pastori, que foi presidente do Bacen,
dizendo que o COPOM está errado em aumentar a Selic para conter a inflação, quando na
verdade a inflação é uma inflação de custo, ou seja, inflação pelo lado da oferta, devido a
alta do dólar, alta dos preços administrados e que, portanto, não deve ser combatida com
alta dos juros. Uma crítica é que estamos em uma época com desemprego muito alto,
então não é o momento de aumentar a taxa de juros.
AULA 24/08
Boletim Focus:
O boletim focus divulgado no dia 23/08 continua aumentando a previsão para a
inflação/IPCA de 2021, que era de 7,05% e já passou para 7,11%, disparando e ficando bem
longe do teto;
A previsão para o aumento do PIB está começando a diminuir, a previsão era de 5,28 agora
é de 5,27;
A previsão da Selic se manteve em 7,5% para 2021. Como está em 5,25%, se a expectativa
se confirmar, a taxa ainda terá aumentos substanciais até o final do ano.
C = Ca + c(Y -Ta)
C = 3.000 + 0,9(Y - 1.000)
C = 3.000 + 0,9 - 900
C = 2.100 + 0,9Y
calculando a Ye
Y=C+I+G
Y = 2.100 + 0,9Y + 2.000 + 4.000
0,1Y = 8.100 → Ye = 81.000
calculando o consumo
C = 2.100 + 0,9(81.000) = 2.100 + 72.900
C = 75.000
conferindo os resultados
Y=C+I+G
Y = 75.000 + 2.100 + 4.000
Y = 81.000
Md = 1/(1 - c)
Md = 1/(1 - 0,9) = 1/0,1
Md = 10
Mt = - c/(1 - c)
Mt = - 0,9/0,1
Mt = -9
I + G = 2.000 + 4.000
I + G = 6.000
Quando a função S + T e I + G se interceptam, tem-se que os vazamentos de renda (S + T)
são iguais às injeções de renda (I + G), nesse ponto tem-se a renda de equilíbrio de 81.000
S+T=I+G
5.000 (S priv) + 1.000 = 2.000 + 4.000
C = 3.000 + 0,9Yd
C = 3.000 + 0,9 (Y - 1.000 - 0,2Y)
C = 3.000 + 0,9 (0,8Y - 1.000)
C = 3.000 + 0,72Y - 900
C = 2.100 + 0,72Y
calculando o consumo
C = 3.000 + 0,72Y
C = 3.000 + 0,72(28.928)
C = 22.928
Ps.: comparação entre os exercícios → Percebe-se que a queda da renda é bem acentuada
com a introdução dos impostos (principalmente o imposto de renda)
- Quando não tinha imposto:
C = 3.000 + 0,9Y I = 2.000 G = 4.000
Ye = 90.000
- Quando tinha apenas imposto autônomo:
C = 3.000 + 0,9Y I = 2.000 G = 4.000
T = Ta = 1.000
Ye = 81.000
- Quando temos imposto induzido:
T = 1.000 + 0,2Y
C = 3.000 + 0,9Y I = 2.000 G = 4.000
Ye = 28.928
conferindo os resultados
Y=C+I+G
Y = 22.928 + 2.000 + 4.000
Y = 28.928
conferindo os resultados
S+T=I+G
-786 + 6.785 = 2.000 + 4.000 (5999 = 6000, arredondou por isso não dá exatamente igual)
6.000 = 6.000 ✔
calculando S púb
S púb = Tributação Bruta - Gasto
S púb = T - G
S púb = 6.785 - 4.000
S púb = (+) 2.785 → o governo está com um superávit, então a Necessidade de Financiamento
do Setor Público é (-)
calculando os multiplicadores
Md = 1/(1 - c + ct)
Md = 1/[1 - 0,9 + (0,9)(0,2)]
Md = 3,6
Mt = -c/(1 - c + ct)
Mt = -0,9/[1 - 0,9 + (0,9)(0,2)]
Mt = -0,9/0,28
Mt = -3,2
As três características:
- Mt é negativo
- O valor absoluto do Mt é menor do que o Md
- A diferença entre o Mt e Md é menor do que a unidade (1)
--
T = Ta + tY
R = Ra
Da = C + I + G
C = Ca + c(Y - T + R)
C = Ca + c(Y - Ta - tY + R)
C = Ca + cY -cTa -ctY + cR
C = (Ca - cTa + cR) + cY - ctY segmento constante da função consumo
C = (Ca - cTa + cR) + (c - ct)Y
vazamentos = injeções
S + (T - R) = I + G
- quando as variáveis globais se equilibram Oa = Da (aquilo que é produzido Oa
encontra uma demanda correspondente Da)
- a oferta agregada é a renda/produção/produto (Y)
- Oa → o destino que as famílias vão dar a essa renda é: vão consumir (C) uma parte e
poupar (S) outra, e outra parte elas vão pagar a tributação líquida (T - R) → C + S + (T
- R)
- Da → as unidades familiares demandam através do consumo (C), as unidades
empresariais através do Investimento Planejado (I) e o governo através do Gasto
Público (G) → C + I + G
- Se Oferta Agregada é igual a Demanda Agregada, então os vazamentos S + (T - R) =
injeções I + G
- quando ocorre uma alteração nas transferências, também ocorre uma variação na
renda e no que depende dela (cY e ctY)
- o pontapé inicial é cΔR, isso provoca uma variação da renda (ΔY) que, por sua vez,
provoca uma alteração no consumo induzido (cΔY) e uma variação no imposto
induzido (ctΔY)
- desenvolvendo os cálculos, tem que: Mr = +c/(1-c + ct) → é igual ao multiplicador
tributário com o sinal trocado já que o Mt analisa a propagação que o imposto
autônomo provoca na demanda agregada e o imposto autônomo é uma dedução da
demanda agregada (sinal -) e o de transferências é positivo
- Mt e Mr são iguais em valores absolutos
6) Dados: C = 3.000 + 0,9Yd; I=2.000, G=4.000, Ta=1.000; t=0,2 e R = 2000. Calcule Ye; C, Sprivada, NFSP,
os multiplicadores de despesa, tributário e de transferências e faça a representação gráfica da demanda
agregada e dos vazamentos de renda com as injeções.
AULA 27/08
FAMÍLIAS →CONSUMO
EMPRESAS→INVESTIMENTO
GOVERNO (setor público) →GASTO PÚBLICO
RESTO DO MUNDO→EXPORTAÇÃO LÍQUIDA = X-M (exportação bruta - importação bruta)
Da = C +I + G + XL
XL = X – M
X = Xa e M = Ma + mY
- A exportação bruta (X=Xa) é uma variável exógena (porque é determinada fora do Sistema
Econômico) e autônoma (porque não depende do nível de renda) - influencia a renda, mas
não depende dela
- variável exógena: porque o que o Brasil exporta depende da capacidade de nossos
parceiros para comprar nossos produtos (exportamos para os EUA, por exemplo, o
que eles têm capacidade de comprar da gente); também depende das políticas de
importação deles (EX: a política cambial norte americana prejudica nossa
importações, por isso é importado menos), ou então outro fator que interfere na
exportação é a política cambial brasileira, em que quem define ela é a autoridade
cambial (Bacen), obedecendo às normas do Conselho Monetário Nacional, fora do
sistema econômico. Se o Brasil taxa as exportações elas não prejudicadas, se não
taxa, são beneficiadas
- A exportação por elementos que estão fora do sistema econômico
- Também depende por exemplo de políticas sanitárias
- Md = 1/(1 – c + m) quando T = Ta
- Md = 1/(1-c +ct + m) quando T = Ta + tY
- Mt = -c/(1 – c + m) quando T = Ta
- Mt = -c/(1-c +ct + m) quando T = Ta + tY
- Mr = c/(1 – c + m) quando T = Ta
- Md = c/(1-c +ct + m) quando T = Ta + tY
- POUPANÇA EXTERNA:
- A poupança externa é a exportação bruta de bens e serviços - a importação bruta de
bens e serviços
- X–M
- Se X – M = (-) → saldo negativo houve uma POUPANÇA EXTERNA - déficit
- Se X – M = (+) → saldo positivo houve uma DESPOUPANÇA EXTERNA - superávit
- M = Ma
- M = Ma + mY ----> pode ter dessas três formas
- M = mY
7) Questão 07
C = 3.000 + 0,9Yd S = - 3.000 + 0,1(0,9Y – 4.000)
I = 2.000 S = - 3.000 + 0,09Y – 400
G = 4.000 S = - 3.400 + 0,09Y
Ta = 4.000 → imposto autônomo
t = 0,1 → propensão marginal a tributar S = - 3.400 + 0,09(28.421)
S = - 3.400 + 2.558
C=Ca + c(Y-Ta-tY) S = - 842
C = 3.000 + 0,9(Y – 4.000 – 0,1Y)
C = 3.000 + 0,9(0,9Y – 4.000) T= Ta+tY
C = 3.000 + 0,81Y – 3.600
C = - 600 + 0,81Y → O consumo T = 4.000 + 0,1(28.421)
autônomo é inferior a parte do imposto T = 4.000 + 2.841
que interfere o consumo (consumo T = 6.842
autônomo não é negativo)
Spública = T – G (receitas-despesas) -
Y= Ca + c ( Y-Ta- tY) + I + G conceito nominal
Y = - 600 + 0,81Y + 2.000 + 4.000 Spública = 6.842 – 4.000
Y – 0,81Y = 5.400 Spública = 2.842
0,19Y = 5.400 NFSP = - 2.842
Y = 5.400/0,19
Y = 28.421 (se diferenciar o que é gasto com
despesas financeiras é conceito nominal,
C = - 600 + 0,81Y ficaria 6842-3300, por exemplo)
C = - 600 + 0,81(28.421)
C = - 600 + 23.021 Md = 1/(1 – c + ct)
C = 22.421 Md = 1/[1 – 0,90 + (0,9)(0,1)]
Md = 1/(0,1 + 0,09)
Y = C + I + G = 22.421 + 2.000 + 4.000 Md = 1/0,19 Md = 5,26
Y = 28.421
Mt = - c/(1 – c + ct) Mt = - 0,9/0,19
S = - 3.000 + 0,1(Y – 4.000 – 0,1Y) Mt = - 4,73
8) Dados: C = 3.000 + 0,9Yd; I=2.000, G=4.000, Ta=1.000; t=0,2; R=2000; X=2.000; Ma = 500 e m=0,1.
Calcule Ye; C, S, Spública, Sexterna, os multiplicadores: de despesa, tributário e de transferências e faça
a representação gráfica da demanda agregada e dos vazamentos de renda com as injeções.
-
AULA 31/08
Questão 6)6) Dados: C = 3.000 + 0,9Yd; I=2.000, G=4.000, Ta=1.000; t=0,2 e R = 2000.
Calcule Ye; C, Sprivada, NFSP, os multiplicadores de despesa, tributário e de transferências
e faça a representação gráfica da demanda agregada e dos vazamentos de renda com as
injeções.
C = 3.900 + 0,72(35.357)
C = 29.357
Y=C+I+G
Y = 29.357 + 2.000 + 4.000
Y = 35.357
POUPANÇA
S = -3.000 + 0,1(Y - 1.000 - 0,2Y + 2.000)
S = -3.000 + 0,1(0,8Y + 1.000)
S = -3.000 + 0,08Y + 100
S = -2.900 + 0,08Y
S = -2,900 + 0,08(35,357)
S = -2.900 + 2.828
S = -72 (despoupança das famílias que terá que ser coberta pela poupança pública)
Tributação
T = 1.000 + 0,2(35.357)
T = 1.000 + 7.071
T = 8.071
Spública = (T - R) - G
Spública = (8.071 - 2.000) - 4.000
Spública = 6.071 - 4.000
Spública = 2.071 (o governo está com superávit, assim ele tem uma necessidade de
financiamento negativa, de 2.071)
NFSP = -2.071
S+T-R=I+G
-72 + 8.071 - 2.000 = 2.000 + 4.000
6.000 = 6.000
Md = 1/(1-c+ct) = 1/[1-0,9+(0,9)(0,2)]
Md = 1/0,28
Md = 3,57 (multiplicador de despesa)
gráfico da demanda
agregada
inclinações - 0,72
(paralelas)
a Da em 35.357
gráfico de vazamento de
renda
exercício 8
8) Dados: C = 3.000 + 0,9Yd; I=2.000, G=4.000, Ta=1.000; t=0,2; R=2000; X(exportação
bruta)=2.000; Ma(importação autônoma) = 500 e m(importação induzida)=0,1. Calcule Ye;
C, S, S pública, os multiplicadores: de despesa, tributário e de transferências e faça a
representação gráfica da demanda agregada e dos vazamentos de renda com as injeções.
C = 3.000 + 0,9Yd I = 2.000 G = 4.000
Ta=1.000 T = 0,2 R = 2.000 X = 2.000
Ma = 500 m=0,1
T = 1.000 + 0,2Y
M = 500 + 0,1Y
Y=C+I+G+X–M
Y = 3.900 + 0,72Y + 2.000 + 4.000 + 2.000 – 500 – 0,1Y (importação bruta sempre vai com sinal negativo)
Y = 11.400 + 0,62Y (função da Da na economia com 4 setores)
Y – 0,62Y = 11.400
0,38Y = 11.400 ؞Y = 11.400/0,38 ؞Y = 30.000
Y=C+I+G+X–M
Y = 25.500+2.000+4.000+2.000 – 3.500
Y = 30.000
S+T–R+M=I+G+X
-500+7.000 – 2.000+3.500 = 2.000+4.000+2.000
8.000 = 8.000
S pública = (T – R) - G
S pública = (7.000 – 2.000) – 4.000
S pública = + 1.000 (superávit )
NFSP = - 1.000 (necessidade de financiamento)
S pública = 1.000
S externa = 1.500
Multiplicadores:
Md = 1/(1 – c + ct + m)
Md = 1/[1 – 0,9 + (0,9)(0,2) + 0,1]
Md = 1/(0,1 + 0,18 + 0,1) ؞Md = 1/0,38
Md = 2,6
Mr = + 2,3
S+T-R+M=
-2.900+0,08Y+1.000+0,2Y-2.000+500+0.1Y
S+T-R+M= - 3.400 + 0,38Y (vazamento)
I + G + X = 8.000 (injeção)
S+T–R+M=I+G+X
- 3.400 + 0,38Y = 8.000
0,38Y = 8.000 + 3.400
0,38Y = 11.400
Y = 11.400/0,38
Y = 30.000
Vazamento de renda
AULA 03/09
PIB:
Segundo o IBGE, caiu o PIB 0,1% no arredondamento. Apesar de uma boa recuperação no
primeiro trimestre, no segundo ele ficou parado. Análise pela ótica da oferta/ produção:
temos três setores (agropecuário, indústria e serviços, que são os setores primário,
secundário e terciário) O setor agropecuário caiu 2,8%, a indústria caiu 0,2% e os serviços
cresceu 0,7% - agropecuária representa 7%, no arredondamento, a indústria 20% e os
serviços 73%, mas o crescimento dos serviços ainda é pouco e a queda nos outros dois
setores acaba anulando isso. Pela ótica do dispêndio, temos 4 setores: consumo das
Famílias, empresas (formação bruta de capital fixo), Governo (setor público) e o setor
externo (resto do mundo) - exportações e importações brutas.
- No Brasil, o consumo das famílias representa 62% do nosso PIB, e no 2 tri segundo
os dados do IBGE ficou estagnado - crescimento zero, ou seja quem tem a maior
participação no PIB pela ótica da demanda ficou parado
- E a formação bruta de capital fixo (Investimento das empresas e do governo,
majoritariamente das empresas) caiu 3,6%, isso é péssimo, pois a fbcf já representa
pouco do nosso PIB, 16%, quando na verdade o desejável seria que representasse
30% do PIB, ainda assim caiu 3,6%, o que prejudica o PIB e a geração de empregos.
O desemprego no Brasil já é alto, estamos em 14,1% de desemprego (14 mi 400 mil
pessoas desempregadas) e a fbcf (investimento em máquinas, equipamentos e
instalações) ainda cai
- Problemas que se misturam a isso: crise hídrica, problema político
- Empresários, a FEBRABAN (Federação Brasileira de Bancos), ta todo mundo
querendo ver se essa crise política não evolua. Aí se tem grandes discordâncias: o BB
e a Caixa Econômica disseram que se a FEBRABAN fizer um manifesto pedindo que
os poderes sejam respeitados (o que é uma obrigação constitucional) caso contrário
o BB e a Caixa saem da FEBRABAN. Isso prejudica a recuperação da economia
brasileira (isso junto a vacinação tardia, crise hídrica e política)
- Outra coisa importante: a reforma tributária já passou na câmara dos deputados e
vai agora para o senado, a câmara alterou a alíquota do imposto de renda dos
dividendos, que a proposta era de 20 caindo para 15 e também aumentou um pouco
o desconto da PF, mas mesmo assim haverá imposto para o dividendo e mais
imposto para as pessoas físicas (famílias), principalmente as que ganham acima de
6800,00 - o que não é uma renda grande no Brasil.
MODELO IS-LM:
Foi proposto por JOHN HICKS em 1937 quando escreveu “KEYNES E OS CLÁSSICOS:
UMA SUGESTÃO DE INTERPRETAÇÃO”, lembrando que um ano antes Keynes publicou a
Teoria Geral do emprego do juro e da moeda, onde formalizou o modelo dele que
chamamos de Modelo Keynesiano.
Nesse modelo “hicksiano”: o equilíbrio macroeconômico pode ser explicado através do
equilíbrio simultâneo de dois mercados: MERCADO DE PRODUTO: representado pela
função IS - mercado de bens e serviços/ mercado real → é o aparelho produtivo e do outro
lado temos o MERCADO MONETÁRIO: representado pela função LM
- A LM mostra o equilíbrio do Mercado Monetário (do Sistema Financeiro), enquanto
que a IS mostra o equilíbrio do aparelho produtivo
- HICKS fala que ao longo de toda função IS o aparelho produtivo estará equilibrado, e
ao longo de toda função LM, o mercado monetário estará equilibrado
- Quando os dois mercados se equilibram simultaneamente, nos dois mercados temos
o equilíbrio macroeconômico (Equilíbrio Geral)
- A ideia do modelo é provar que o equilíbrio geral ocorre quando esses dois
mercados estão simultaneamente equilibrados
- E por que o título “Keynes e os Clássico”? Porque Keynes diz que através desse
equilíbrio entre os dois mercados formulados por ele pode-se usar tanto
argumentos keynesianos quanto argumentos clássicos que se consegue explicar o
equilíbrio macroeconômico. Nesse caso esse modelo é muito pretencioso.
- Na verdade ele não é tão neutro: usa mais argumentos keynesianos do que clássicos
- Outro problema dele é que não analisa com profundidade o Mercado de Trabalho
- Em 1937 Keynes ainda estava vivo: ele tomou conhecimento desse modelo e disse
que “se isso é keynesianismo eu não sou keynesiano” → ele jogou no “lixo” o
modelo IS-LM. Ou seja, os keynesianos rejeitam esse modelo
- Hoje em dia, os keynesianos mais puros/ conservadores no pensamento keynesiano,
dizem que a “desgraça da teoria keynesiana é o surgimento do modelo IS-LM”
- Mas, esse modelo consegue explicar várias coisas, é válido. E segundo, ele é
bastante analisado na área acadêmica.
-
FUNÇÃO IS
FUNÇÃO LM:
FUNÇÃO IS:
- É derivada graficamente por meio de quatro quadrantes:
- Dessa forma entendemos como a função se desloca e sofre alterações na sua
elasticidade
- poupança é componente da Oa e Ip
componente da Da
- Quando se igualam o aparelho produtivo é
equilibrado que é produzido e ofertado encontra
uma demanda correspondente
- Taxa de juros maior mostra uma renda menor
- Coordenadas do ponto azul: abscissa: y2; ordenada: i1
- A RENDA DETERMINA A POUPANÇA → A renda y2, determina a poupança S2
- A TAXA DE JUROS DETERMINA O INVESTIMENTO → i1 determina I2
- S2= I2; Oa=Da
- Quando se igualam o aparelho produtivo é equilibrado que é produzido e ofertado
encontra uma demanda correspondente
- Se nos movermos para a direita vamos ter níveis de produto e renda cada vez
maiores, a Oa no ponto amarelo é maior do que a do ponto azul, assim como a Da.
- No mercado real/ mercado de produto/ mercado de bens e serviços, todo ponto ao
longo da função IS representa equilíbrio econômico do aparelho produtivo ; todo
ponto fora representa um desequilíbrio
Inflação:
No dia 9/09, saiu a inflação do mês de agosto a qual foi menor do que a do mês de julho,
mas ainda assim foi alta. A inflação de agosto deu 0,87%, enquanto que julho deu 0,96%;
Mas a inflação em 12 meses subiu e está em 9,68%, nós estamos chegando a inflação de
dois dígitos, estamos bem próximos dos 10%;
Lembrando que o centro da meta é 3,75% e o teto é de 5,25%, ou seja, o Brasil está se
aproximando do dobro do teto
Além da alta inflação, o Brasil se encontra com alto índice de desemprego (14,1%), mais de
14 milhões de desempregados
FUNÇÃO IS:
DESEQUILÍBRIO:
Todo e qualquer ponto fora da função IS, é um ponto de desequilíbrio. Hicks alega no
modelo dele que forças automáticas promoverão o equilíbrio.
- Tomemos como exemplo um ponto à direita da IS: o ponto verde (Y2, i2) (ponto de
desequilíbrio: não se efetiva)
Conclui-se que todo e qualquer ponto à direita da função IS, é um ponto onde:
- A Poupança é maior do que o Investimento;
- A Renda que vaza do aparelho produtivo é maior do que aquilo que está
sendo injetado;
- A Oferta Agregada é maior do que a Demanda Agregada, então existe um
investimento não planejado positivo, que é uma acumulação involuntária nos
estoques e o mercado real/mercado de produto, reage reduzindo a produção;
- Ao reduzir a produção, sai do ponto verde para o ponto amarelo onde Oa =
Da;
- Automaticamente o equilíbrio é restaurado.
- Tomemos como exemplo um ponto à esquerda da IS: o ponto roxo (Y1, i1) (ponto de
desequilíbrio: não se efetiva)
● (Y1, i1) → Coordenadas do ponto roxo;
S1, I2 → Como observado no terceiro quadrante, a renda Y1 determina a poupança
S1 e como observado no 1º quadrante, a taxa de juros i1 determina o investimento
planejado I2;
S1 < I2 → Como visto no 2º quadrante, a poupança S1 financia o investimento I1 que
por sua vez é menor do que o investimento I2, logo a poupança S1 é menor do que o
I2;
Oa < Da → Como a poupança é menor do que o investimento, a oferta agregada é
menor do que a demanda agregada.A poupança vem da renda (que é a oferta
agregada), e o investimento é um dos componentes da demanda agregada, então se
a poupança é menor do que investimento, a oferta agregada é menor do que a
demanda agregada. Assim, aquilo que o sistema econômico produz e oferta é menor
do que a demanda existente para ele. Então, há um investimento não planejado
negativo, há uma redução involuntária nos estoques.
Conclui-se que todo e qualquer ponto à esquerda da função IS, é um ponto onde:
- A Poupança é menor do que o Investimento;
- A Renda que vaza do aparelho produtivo é menor do que aquilo que está
sendo injetado;
- A Oferta Agregada é menor do que a Demanda Agregada, então existe um
investimento não planejado negativo, que é uma redução involuntária nos
estoques e o mercado real/mercado de produto, reage aumentando a
produção;
- Ao aumentar a produção, o nível de renda se eleva e sai do ponto roxo para o
ponto azul onde Oa = Da;
- Automaticamente o equilíbrio é restaurado.
-
Apesar disso, a renda não se eleva apenas quando a taxa de juros cai: a renda também
pode se elevar se houver uma expansão/aumento da função investimento. Porque quando
traçamos a função preta, estamos mantendo tudo mais (EMgK), que possa ter influência
sobre o investimento, constante
O aumento da EMgK, aumenta o investimento em cada nível de taxa de juros, então esse
aumento desloca a função investimento para a direita. Assim, aumentando o investimento
planejado, não por causa da taxa de juros, mas pelo aumento da Eficácia Marginal do
Capital (EMgK)
- AUMENTO DA EMgK:
- Nesse caso a função investimento se desloca para a direita, as injeções de renda se
elevam, a uma taxa de juros i2, a injeção de renda passa a ser investimento I2 o qual
precisa ser financiado pela poupança S2 e a poupança S2 é gerada pela renda Y2.
Dessa maneira, não está ao longo da IS vermelha mas sim está em um ponto à
direita dela, está na IS azul
- Conclusão: o aumento da EMgK expande a IS, deslocando-a para a direita. Assim,
tem maiores níveis de renda em cada nível de taxa de juros
- A variação da renda de Y1 para Y2 é calculado através do Multiplicador de Despesa
- REDUÇÃO DA EMgK:
- Nesse caso, a redução da EMgK contrai a função investimento, deslocando-a para a
esquerda e a IS vai para a esquerda
ELASTICIDADE JURO DA IS
A elasticidade juro da IS mostra a sensibilidade da renda/produto em relação a taxa de
juros
PS.: A função preta é mais inclinada/íngreme do que a azul, que por sua vez é mais
inclinada/íngreme do que a vermelha
A função vermelha é menos inclinada/íngreme do que a azul, que por sua vez, é menos
inclinada/íngreme do que a função preta
Função IS na vertical → mostra que a renda não tem sensibilidade NENHUMA aos juros
Função IS preta → A queda da taxa de juros de i4 para i2, eleva a renda de Y1 para a renda
Y2
Função IS azul → Nessa função menos inclinada/íngreme, a mesma queda da taxa de juros
eleva a renda de Y2 para Y3 (a renda é mais sensível a queda do juros/ a IS é mais sensível
ao juros)
Função IS vermelha → Nessa função menos inclinada/íngreme ainda, a mesma queda da
taxa de juros, eleva a renda de Y3 para Y4 (a renda é ainda mais sensível a queda dos juros/
a IS é mais sensível ao juros)
ei > ei > ei
- Todo coeficiente de elasticidade é calculado assim: variação percentual da variável
dependente/variação percentual da variável independente
- Na IS, a renda é determinada pela taxa de juros, então calcula-se o ei dividindo a variação
percentual da renda pela variação percentual da taxa de juros
Economicamente falando: Por que algumas economias têm a IS como a vermelha, outras
tem uma IS como a azul e outras tem uma IS como a preta? O que economicamente
provoca essa elasticidade?
São dois grandes fatores (principalmente):
1) A elasticidade juro do investimento
Quanto mais sensível for o investimento em relação à queda da taxa de juros, mais sensível
é a renda na IS em relação à taxa de juros. Então a elasticidade juro da renda da IS é
diretamente relacionada à elasticidade juro do investimento (quanto maior a
elasticidade juro do investimento maior a elasticidade juro da renda na IS). O que provoca
a elasticidade juro do investimento? É a flexibilidade da tecnologia em permitir a
substituição de trabalho por equipamento/capital. A flexibilidade tecnológica da curva
vermelha é muito maior do que a flexibilidade tecnológica da curva azul, que é maior do
que a flexibilidade tecnológica da curva preta.
Md > Md > Md
Por que a renda se eleva quando cai a taxa de juros? Porque quando cai a taxa de juros,
aumenta o Investimento, diante disso, há uma aumento/variação de renda igual ao
multiplicador de despesa vezes a variação do investimento
I = Ia - ei
I = 100 - 200(0,2)
I = 60
C = 50 + 0,8 (Y - T - R)
C = 50 + 0,8 (Y - 0,1Y - 10)
C = 58 + 0,72Y
Y=C+I+G+X-M
Y = 58 + 0,72Y + 60 + 100 + 20 - 0,3Y
Y - 0,42Y = 238
Ye = 410
C = 58 + 0,72(410)
C = 58 + 295
C = 353
M = 0,3Y
M = 0,3(410)
M = 123
conferindo…
Y=C+I+G+X-M
Y = 353 + 60 + 100 + 20 - 123
Y = 410 OK
Privada/das famílias
S = - 50 + 0,2(Y - T + R)
S = - 50 + 0,18Y + 2
S = - 48 + 0,18Y
S = - 48 + 0,18(410)
S = - 48 + 74
S = 26 → O investimento planejado é de 60, então a poupança das famílias não é
suficiente para financiar o investimento planejado. Ele será financiado com a poupança
pública e/ou com a poupança externa.
T = 0,1Y
T = 0,1(410)
T = 41
conferindo…
S+T-R+M=I+G+X
26 + 41 - 10 + 123 = 60 + 100 + 20
180 = 180 OK
S pública = (T - R) - G
S púb = (41 - 10) - 100
S púb = 31 - 100 = - 69 → a adm pública está com déficit, então esse déficit + a diferença
para financiar o investimento planejado tem que sair tudo da poupança externa
Multiplicadores
Md = 1/(1 - c + ct + m)
Md = 1/[1 - 0,8 + (0,8)(0,1) + 0,3]
Md = 1/0,58
Md = 1,72
Mt = - c/(1 - c + ct + m)
Mt = - 0,8/0,58
Mt = - 1,38
Mr = + 1,38
Vazamentos = Injeções
S+T-R+M=I+G+X
- 58 + 0,58Y = 180
Y = 410 OK
C
C + I = 58 + 60 = 118
C + I + G = 58 + 60 + 100 = 218
inclinação 0,72
C + I + G + X - M = 58 + 60 + 100 + 20 = 238
inclinação 0,42
S+T-R+M=I+G+X
-0,58 + 0,58Y = 180
Y = 410
10) Dados: Ca = 20, c = 0,50, Ia = 100, e = 300, i = 30%, G = 30, Ta = 40, X = 20, Ma = 30 e m = 0,1. Calcule
Ye, C, S privada, NFSP, poupança externa, os multiplicadores de despesa, tributário e de transferências e
faça a representação gráfica da demanda agregada e os vazamentos de renda com as injeções.
AULA 14/09
Boletim Focus: inflação em 8% (semana passada em 7,58), PIB em 5,04 (semana passada
em 5,15), aumentou a Selic para 8%; inflação mais alta, Selic em 8 e taxa de crescimento
do PIB em queda.
Quando colocamos o imposto autônomo a função consumo desloca para baixo (em vez de
sair do consumo autônomo ela sai do consumo autônomo menos(-) o imposto que incide
sobre o consumo), assim a função poupança mais(+) imposto desloca para cima.
MODELO IS-LM
No terceiro quadrante (vazamentos de renda(poupança + imposto)) → O setor família é
obrigado a gerar uma poupança menor pois parte das injeções são financiadas pelo
imposto. A geração de poupança agora é menor pois quem financia a injeção 1 de
investimento 1 e gastos 1 é uma poupança menor somado ao imposto 1 que financia essa
injeção de renda. A poupança menor é gerada por uma renda menor.
→ A renda (Y0) gera a poupança (S0) que somada ao imposto 1 (T1) financia o
investimento 1 (I1) mais o gasto 1 (G1);
→ O investimento 1 é determinado pela taxa de juros 2 (que determina a renda Y0);
→ A renda (Y1) gera a poupança (S1), que somada ao imposto 1 (T1), financia o
investimento 2 (I2) mais o gasto 1 (G1);
→ O investimento 2 é determinado pela taxa de juros 1 (que determina a renda Y1);
🔺
imposto:
Desl. IS = Mt x T
Deslocamento da IS = Multiplicador tributário x Variação do Imposto
2° gráfico: A função consumo só vai para baixo se a função S + T (poupança + imposto) vai
para S + T - R (poupança + imposto- pagamento de transferência) que se desloca para baixo
(ou para direita) (contração);
No terceiro quadrante, a introdução do pagamento de transferência (ou transferência de
renda) reduz os vazamentos de renda, a função desloca para a direita, e agora, se reduz o
vazamento de renda, reduz a tributação líquida (receita do governo) . Isso gera a
necessidade de que haja um nível maior de poupança para financiar as injeções de renda.
Desl. IS = Mr x R 🔺
Deslocamento da IS = Multiplicador de transferência x Variação da transferência
*Agora com o setor externo composto por exportação bruta e importação bruta
EXPORTAÇÃO BRUTA: injeção de renda que expande a função do primeiro quadrante.
Agora temos injeções maiores que requerem vazamentos maiores, para que essas injeções
possam ser financiadas, exigem uma poupança maior, logo, renda maior. A IS se desloca
para direita, como foi acrescido de injeções de renda agora os níveis de renda e produto
aumentam para cada nível de taxa de juros.
- taxa de juros 2 → Y3
- taxa de juros 1 → Y4
● A introdução da exportação bruta e o aumento da exportação bruta
deslocam/ expandem a IS para a direita. A exportação bruta é uma injeção de
renda, assim aumentam o nível de produto e renda para cada nível de taxa de
juros
Desl. IS = Md x X🔺
Deslocamento da IS = Multiplicador de despesa x Variação da exportação
🔺
Desl. IS = Md x Ma (-)
Deslocamento da IS = Multiplicador de despesa x Variação da importação autônoma
Exercício 10) Dados: Ca = 20; c = 0,50; Ia = 100; e=300; i= 30%; G=30; Ta=40; X = 20; Ma =
30 e m =0,1. Calcule Ye; C, Sprivada, NFSP, poupança externa; os multiplicadores de
despesa, tributário e de transferências e faça a representação gráfica da demanda
agregada e dos vazamentos de renda com as injeções.
*sem imposto induzido = só tributação autónoma
*sem transferências de renda
função consumo:
C = 20 + 0,5(Y – T)
C = 20 + 0,5(Y – 40)
C = 20 + 0,5Y – 20 C = 0,5Y
investimento planejado
I = 100 – 300(0,3) I = 100 – 90 I = 10
importação: M = 30 + 0,1Y
renda
Y=C+I+G+X–M
Y = 0,5Y + 10 + 30 + 20 – 30 – 0,1Y
Y = 30 + 0,4Y
Y – 0,4Y = 30 0,6Y = 30 Y = 30/0,6 Ye=50
consumo: C = 0,5Y
C = 0,5(50) C = 25
Y=C+I+G+X–M
Y = 25 + 10 + 30 + 20 – 35 Y = 50
Spública = T – G
Spública = 40 – 30
Spública = 10 NFSP = - 10
exportação líquida
XL = X – M = 20 – 35 = - 15 Poupança externa = 15
multiplicador de despesa
Md = 1/(1 – c + m) = 1/(1 – 0,5 + 0,1)
Md = 1/0,6 Md = 1,67
multiplicador tributário
Mt = - c/(1 – c + m) = - 0,9/0,6 Mt = -0,83
multiplicador de transferências
Mr = +0,83
checagem:
função vazamento de renda: poupança + imposto autônomo + importação bruta
S + T + M = - 40 + 0,5Y + 40 + 30 + 0,1Y
S + T + M = 30 + 0,6Y
Consumo=investimento → inclinação
0,5
Consumo+investimento+gastos →
inclinação 0,5
renda de equilíbrio=50
ARTIGO DO PIB
FUNÇÃO LM
MERCADO MONETÁRIO
L = M/P
Lt(Y) + Le(i) = M/P
- TERCEIRO QUADRANTE:
- quem determina o motivo de
transação é a função da renda
- razão K: razão transação renda (consigo identificar os níveis de renda que determinam esses
níveis de transação)
-Lt = f(Y); motivo de transação dividido pela renda (determina a inclinação): formato proporcional
(saindo da origem);
- Determinação dos níveis de renda para cada transação x = é a renda quem determina a
transação (por exemplo de 1 p 2, quando a renda é 60 o Lt é 30)
> obs: K = Lt/Y; a razão K é a inclinação da função (quanto maior mais inclinada a
função).
> conhecendo a razão K eu consigo conhecer os níveis de renda que determinam
os motivos de transação
● os dois níveis de transação são determinados por dois níveis de renda
- Lt2 é determinado por Y2
- Lt1 é determinado por Y1
- Transporto do terceiro
quadrante da renda Y1 e a renda
Y2: e depois mostro os pontos de
equilíbrio do mercado;
→ÁREA CLÁSSICA: Quando a LM é juros inelástico em uma vertical ela mostra que a renda
não se altera mais com as variações do juros, pq no primeiro quadrante não existe mais
motivo de especulação, não existe liquidez ociosa; no mercado monetário;
→ Assim, temos o equilíbrio geral, que ocorre quando a IS intercepta a LM, e os dois mercados
estão simultaneamente equilibrados;
CONTEÚDO:
Na aula passada vimos que o equilíbrio econômico ocorre no ponto de intersecção entre os
dois mercados: da IS com a LM. Se houver um ponto fora, o modelo hicksiano diz que a
dinâmica permite que a economia imediatamente automaticamente vá para o equilíbrio, a
intercessão. Isso ocorre pois se estiver fora dos dois mercados forças promoverão o
equilíbrios; se tivermos um mercado equilibrado, mas o outro não, também forças irão
promover o equilíbrio macroeconômico
- Escassez de liquidez: L > M → pode ser qualquer um dos pontos à direita da LM (um
dos pontos azuis
- Excesso de demanda por bens e serviços: Da > Oa → um ponto à esquerda da IS
(qualquer um dos pontos com quadrado vermelho)
- Ponto que satisfaz as duas situações: o ponto azul com quadrado vermelho
- Escassez de liquidez leva ao aumento dos juros e o excesso de demanda leva ao
aumento da produção → uma força puxa para cima e outra força puxa para a direita
até que em uma sucessão de pontos, chegue até o ponto do meio
- Se um mercado ou os dois estiverem desequilibrados automaticamente forças
promoverão o equilíbrio
EXERCÍCIOS:
Esse exemplo é de uma economia com 4 setores, tem só imposto induzido e não
autônomo e só tem importação induzida e não autônoma
Ps.: mercado de produto é a IS
C = Ca + c(Y - T + R)
A renda com a taxa de juros tem que dar a mesma para LM e IS:
I = Ia - ei
I = 240 - 80(2,5)
conferindo…
soma do motivo de transação com o motivo de especulação tem que dar a oferta
monetária real (M/P) → Lt + Le = M/P → 525 + 25 = 2200/4 (550 = 550 ok)
AULA 28/09
- o efeito crowding-out é nula na área keynesiana (não tem efeito crowding out, nessa
área não tem a alta da taxa de juros portanto o gasto público não está expulsando o
investimento planejado), é parcial na área intermediária (maior que zero e menor
que infinito) e é total na área clássica (tende a infinito)
- quanto maior é a inclinação da LM, maior é o efeito crowding-out/o efeito
deslocamento
Baseado nisso, podemos analisar a política monetária expansionista e ver a eficiência dela
no modelo IS LM