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OBSERVAÇÕES INICIAIS
Aos alunos do TJ-SP 188 (Reta Final), pedimos que não deixem de reler os
conteúdos das rodadas com temas antecipados na prova. A melhor fixação será
importante nos próximos desafios. Como perceberam, o estudo em fase final foi
revertido em pontos decisivos. Sempre acreditamos muito que, com o devido foco, é
possível evoluir mesmo em um menor prazo. Portanto, eis aqui o nosso extrato de
conferência de pontuação! O respeito ao concurseiro demanda transparência de
informações e esse é um de nossos valores em cada atuação.
www.mege.com.br/cursomege.
Bons estudos!
Atenciosamente,
Equipe Mege.
SUMÁRIO
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DIREITO CIVIL
01. Segundo a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, quando se houver de
aplicar lei estrangeira,
(A) não se terá em conta a norma primária, mas o direito internacional privado
alienígena, aplicando-se o retorno.
(D) ter-se-á em vista a disposição da lei estrangeira, mas considerando as remissões por
ela feita à lei de outro Estado estrangeiro.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
A questão diz respeito ao artigo 16 da LINDB, que assim dispõe: “Quando, nos termos
dos artigos precedentes, se houver de aplicar a lei estrangeira, ter-se-á em vista a
disposição desta, sem considerar-se qualquer remissão por ela feita a outra lei”.
Portanto, de acordo com o texto expresso da LINDB, não há possibilidade de reenvio ou
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remissão a qualquer outra lei. O retorno (ou reenvio) tem aplicação no Direito
Internacional e consiste na aplicação das normas jurídicas de outro Estado, desde que
as regras de Direito Internacional Privado deste indique que a situação deve ser regulada
pelas normas de um terceiro Estado ou pelo próprio ordenamento do primeiro Estado,
remetente. No Brasil, o reenvio não é admitido, sendo de rigor a aplicação da norma
primária, tal como previsto na assertiva B.
(C) erro, no prazo decadencial de dois anos, contado a partir da realização do negócio.
(D) coação, no prazo decadencial de quatro anos, contado do dia em que ela cessar.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
A questão versava sobre defeitos do negócio jurídico, trazendo como reposta correta a
coação, que consiste na imposição da vontade de uma pessoa sobre a outra, em razão
de fundado temor decorrente de ameaça de mal iminente a si, a terceiro ou a seus bens,
conforme se extrai do CC, art. 151: “A coação, para viciar a declaração da vontade, há
de ser tal que incuta ao paciente fundado temor de dano iminente e considerável à sua
pessoa, à sua família, ou aos seus bens”.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
Conforme dispõe o Estatuto da Pessoa com Deficiência: “Art. 85. A curatela afetará tão
somente os atos relacionados aos direitos de natureza patrimonial e negocial. § 1o A
definição da curatela não alcança o direito ao próprio corpo, à sexualidade, ao
matrimônio, à privacidade, à educação, à saúde, ao trabalho e ao voto”.
04. Uma pessoa de idade avançada e viúva, que não possui bens, nem mais podendo
prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, tem como únicos parentes um primo e
um sobrinho neto, ambos em excelentes condições financeiras. Nesse caso,
necessitando alimentos,
(A) tem direito de exigi-los de ambos, que os devem solidariamente.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
Conforme dispõe o CC, art. 1.696. “O direito à prestação de alimentos é recíproco entre
pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais
próximos em grau, uns em falta de outros”. Ainda de acordo com o CC, art. 1.697. “Na
falta dos ascendentes cabe a obrigação aos descendentes, guardada a ordem de
sucessão e, faltando estes, aos irmãos, assim germanos como unilaterais”.
05. Falecendo uma pessoa, cuja herança monta R$ 12.000.000,00, sem descendentes,
ascendentes, cônjuge ou convivente, mas que possuía cinco irmãos, sendo premorto um
deles, deixando mãe viva, que não era mãe do hereditando; dois irmãos bilaterais e dois
unilaterais, sendo um desses unilaterais também já falecido, deixando dois filhos. Cada
irmão
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
O assunto foi abordado na RODADA 13 da Turma de Reta Final TJ-SP 188.
A questão se resolvia pela aplicação dos artigos 1.840 e 1.841 do CC, que assim dispõem:
Art. 1.840. Na classe dos colaterais, os mais próximos excluem os mais remotos, salvo o
direito de representação concedido aos filhos de irmãos.
Art. 1.841. Concorrendo à herança do falecido irmãos bilaterais com irmãos unilaterais,
cada um destes herdará metade do que cada um daqueles herdar.
Veja que o art. 1.840 não prevê o direito de representação para ascendentes, mas tão
somente para descendentes. Por isso, a mãe do irmão unilateral premorto não herda, já
que não poderá representar o premorto e não possui qualquer parentesco com o
falecido. Noutro giro, pela aplicação do mesmo artigo, os filhos do outro irmão premorto
terão direito a herdar por representação. No restante da partilha, aplica-se a regra do
art. 1.841, levando à conclusão de que a resposta correta seria a letra A.
06. A solidariedade pode ser ativa ou passiva, mas não se identifica com a
indivisibilidade, pois,
(A) naquela, para que os devedores se exonerem com todos os credores, exige-se o
pagamento conjunto ou mediante caução, enquanto nesta não se exige tal cautela; a
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obrigação solidária, quando se resolver em perdas e danos, torna-se divisível, enquanto
a obrigação indivisível conservará sua natureza; a remissão de dívida não extingue a
obrigação solidária para com os outros credores, entretanto, extingue-a a obrigação
indivisível, e pode a obrigação ser indivisível e não solidária ou divisível e solidária.
(B) nesta, a fim de que os devedores se exonerem para com todos os credores, exige-se
o pagamento conjunto ou mediante caução, enquanto naquela não se exige tal cautela;
a obrigação indivisível, quando se resolver em perdas e danos, torna-se divisível,
enquanto a obrigação solidária conserva sua natureza; a remissão de dívida não
extingue a obrigação indivisível para com os outros credores, entretanto, extingue-a a
solidariedade, até o montante do que foi pago, não podendo, porém, a obrigação ser
solidária e divisível ou indivisível e não solidária.
(C) nesta, a fim de que os devedores se exonerem para com todos os credores, exige-se
o pagamento conjunto ou mediante caução, enquanto naquela não se exige tal cautela;
a obrigação indivisível, quando se resolver em perdas e danos, torna-se divisível,
enquanto a obrigação solidária conserva sua natureza; a remissão de dívida não
extingue a obrigação indivisível para com os outros credores, entretanto, extingue-a a
solidariedade até o montante do que foi pago, e pode a obrigação ser solidária e divisível
ou indivisível e não solidária.
(D) naquela, para que os devedores se exonerem com todos os credores, exige-se o
pagamento conjunto ou mediante caução, enquanto nesta não se exige tal cautela; a
obrigação solidária, quando se resolver em perdas e danos, torna-se divisível, enquanto
a obrigação indivisível conservará sua natureza; a remissão de dívida não extingue a
obrigação solidária para com os outros credores, entretanto, extingue-a a obrigação
indivisível, não podendo a obrigação ser solidária e divisível ou não solidária e indivisível.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
Conforme dispõe o CC, art. 260, inc. II: “Se a pluralidade for dos credores, poderá cada
um destes exigir a dívida inteira; mas o devedor ou devedores se desobrigarão, pagando
a um, dando este caução de ratificação dos outros credores”. De forma diversa dispõe
o CC sobre as obrigações solidárias, no art. 268: “Enquanto alguns dos credores
solidários não demandarem o devedor comum, a qualquer daqueles poderá este pagar”.
As obrigações indivisíveis assim o são em razão do objeto da obrigação, de tal sorte que,
perecendo o objeto, estas se resolvem em perdas e danos, razão pela qual perdem a
qualidade de indivisíveis, tal como dispõe o CC, art. 263: “Perde a qualidade de indivisível 9
a obrigação que se resolver em perdas e danos”. Na obrigação solidária isso não
acontece, conforme CC, art. 271: “Convertendo-se a prestação em perdas e danos,
subsiste, para todos os efeitos, a solidariedade”.
A respeito do pagamento, em relação às obrigações indivisíveis, o CC dispõe no art. 262
que: “Se um dos credores remitir a dívida, a obrigação não ficará extinta para com os
outros; mas estes só a poderão exigir, descontada a quota do credor remitente”. Já na
obrigação solidária, o art. 277 assim dispõe: “O pagamento parcial feito por um dos
devedores e a remissão por ele obtida não aproveitam aos outros devedores, senão até
à concorrência da quantia paga ou relevada”.
Assim, a resposta que reúne as características das obrigações de acordo com sua
classificação é a letra C.
RESPOSTA: B
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COMENTÁRIOS
08. Augusto, que tem um vultoso patrimônio, foi condenado criminalmente por lesão
corporal seguida de morte, de que foi vítima Josué. O processo criminal durou 18 meses;
transitada em julgado a sentença, o condenado empreendeu fuga, e, após um ano, foi
morto resistindo à prisão. Josué, quando de sua morte, tinha um filho, Rodolfo, com 15
anos de idade. Augusto era viúvo e não convivia em união estável, só tendo como
parentes dois tios e dois sobrinhos. Nesse caso, a herança de Augusto será
(A) recebida pelos dois tios e pelos dois sobrinhos, mas não responderão eles pela
indenização, porque a dívida fundada na responsabilidade civil não se transmite com a
herança.
(C) recebida pelos dois sobrinhos, mas nada será devido a Rodolfo a título de
indenização, porque a morte não resultou direta e imediatamente da atuação de
Augusto.
(D) considerada jacente e, antes da vacância, será paga a indenização devida a Rodolfo,
passando depois os bens ao município em que se situarem, aos quais, porém, não
aproveita a prescrição iniciada.
RESPOSTA: B 11
COMENTÁRIOS
O assunto da questão foi abordado na RODADA 13 da Turma de Reta Final TJ-SP 188.
A respeito da prescrição, dispõe o CC, art. 200: “Quando a ação se originar de fato que
deva ser apurado no juízo criminal, não correrá a prescrição antes da respectiva
sentença definitiva”. Com o trânsito da sentença criminal, iniciou-se o prazo
prescricional de três anos, previsto no art. 206, §3º, V, do CC. O causador do dano
faleceu um ano depois do trânsito da sentença, restando, portando 2 anos ainda para
que fosse reconhecida a prescrição. Tal prazo correrá contra RODOLFO, por força do CC,
art. 196: “A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu
sucessor”.
Por fim, dispõe o CC, art. 1.997: “A herança responde pelo pagamento das dívidas do
falecido; mas, feita a partilha, só respondem os herdeiros, cada qual em proporção da
parte que na herança lhe coube”
09. O menor José, tendo recebido por herança de seu pai um terreno de 500 m2, sem
construção, representado por sua mãe, em 15.01.2003, quando ele contava 13 anos de
idade, locou-o a Pedro, pelo prazo de 2 anos, que nele instalou uma borracharia. Aos 15
anos, José, com sua mãe, mudou-se para o exterior, sem mais receber os alugueis, nem
pagar tributos, os quais passaram a ser quitados por Pedro, assumindo este a aparência
de dono e construindo no local, em um ano, sua casa de moradia, pois, até então, por
nada ter de seu, morava no próprio estabelecimento, feito por ele, de madeira. Além
daquela casa, nenhum outro bem de raiz Pedro conseguiu adquirir. Em março de 2018,
José retornou ao Brasil com o intuito de reaver o imóvel que admitiu ter sido
abandonado por ele e sua mãe. Pedro, em relação à pretensão de José,
(B) somente poderá opor-se se tiver ocupado apenas 250 m2 do terreno, provando não
possuir outro imóvel urbano ou rural, devolvendo ao proprietário o remanescente da
área.
(C) poderá opor-se, provando interversão da posse e que adquirira o imóvel pela
usucapião extraordinária. 12
(D) não poderá opor-se, porque, quando da celebração do contrato, o locador era
absolutamente incapaz e contra ele não corria prescrição, a qual só passaria a fluir
depois da rescisão do contrato, que se prorrogara por tempo indeterminado e
funcionaria, também, como condição suspensiva para as partes.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
O assunto da questão foi abordado na RODADA 10 da Turma de Reta Final TJ-SP 188.
(A) afiançado, sendo necessariamente gratuito, mas o fiador, se como tal demandado,
não poderá compensar sua dívida com a do credor ao afiançado, porque, obrigando-se
por terceiro uma pessoa, não pode compensar essa dívida com a que o credor dele lhe
dever.
(B) credor do afiançado, podendo ser gratuito ou oneroso, e o fiador, se como tal
demandado, não poderá compensar sua dívida com a de seu credor ao afiançado,
porque a compensação exige que duas pessoas sejam, ao mesmo tempo, credoras e
devedoras uma da outra.
(C) afiançado, sendo gratuito ou oneroso, mas o fiador se como tal demandado, não
poderá compensar sua dívida com a do credor ao afiançado, porque, obrigando-se por
terceiro uma pessoa, não pode compensar essa dívida com a que o credor dele lhe
dever.
(D) credor do afiançado, podendo ser gratuito ou oneroso, mas o fiador, se como tal
demandado, poderá compensar sua dívida com a de seu credor ao afiançado.
RESPOSTA: D
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COMENTÁRIOS
Conforme dispõe o CC, art. 820: “Pode-se estipular a fiança, ainda que sem
consentimento do devedor ou contra a sua vontade”. Ou seja, a fiança é um contrato
realizado entre o fiador e o credor.
Em complemento, dispõe o CC, art. 371: “O devedor somente pode compensar com o
credor o que este lhe dever; mas o fiador pode compensar sua dívida com a de seu
credor ao afiançado”.
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
(B) a regra de competência estabelecida para quando o réu for incapaz, conforme
critério territorial, é inderrogável e sua inobservância gera incompetência absoluta.
(C) para ação fundada em direito real, em regra, será competente o foro da situação da
coisa, móvel ou imóvel.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
Essa questão foi trabalhada na RODADA 04 de Processo Civil da Turma de Reta Final TJ-
SP 188 (Tema: Processo de Execução).
(A) CORRETA. Art. 781 do NCPC – “Art. 781. A execução fundada em título extrajudicial
será processada perante o juízo competente, observando-se o seguinte: I - a execução
poderá ser proposta no foro de domicílio do executado, de eleição constante do título
ou, ainda, de situação dos bens a ela sujeitos; II - tendo mais de um domicílio, o
executado poderá ser demandado no foro de qualquer deles; III - sendo incerto ou
desconhecido o domicílio do executado, a execução poderá ser proposta no lugar onde
for encontrado ou no foro de domicílio do exequente; IV - havendo mais de um devedor,
com diferentes domicílios, a execução será proposta no foro de qualquer deles, à
escolha do exequente; V - a execução poderá ser proposta no foro do lugar em que se
praticou o ato ou em que ocorreu o fato que deu origem ao título, mesmo que nele não
mais resida o executado.
(B) INCORRETA. “O foro privilegiado do incapaz, nos termos do art. 98 do CPC/1973 (art.
50 do NCPC), é de competência relativa (AgRg no AREsp 332.957/GO, Rel. Ministro
RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 02/08/2016, DJe
08/08/2016).
(C) INCORRETA. Arts. 46 e 47 do NCPC – “Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou
em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu.
Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de
situação da coisa”.
(D) INCORRETA. Art. 262 do NCPC – “Art. 262. A carta tem caráter itinerante, podendo,
antes ou depois de lhe ser ordenado o cumprimento, ser encaminhada a juízo diverso
do que dela consta, a fim de se praticar o ato. Parágrafo único. O encaminhamento da
carta a outro juízo será imediatamente comunicado ao órgão expedidor, que intimará
as partes”.
12. O autor residente fora do Brasil ficará dispensado de prestar caução suficiente ao
pagamento de custas e honorários
(A) quando o réu nada alegar, presumindo-se de sua inércia a inexistência de prejuízo
cuja reparação devesse ser garantida.
RESPOSTA: D
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COMENTÁRIOS
Art. 83 do NCPC – “Art. 83. O autor, brasileiro ou estrangeiro, que residir fora do Brasil
ou deixar de residir no país ao longo da tramitação de processo prestará caução
suficiente ao pagamento das custas e dos honorários de advogado da parte contrária
nas ações que propuser, se não tiver no Brasil bens imóveis que lhes assegurem o
pagamento. § 1o Não se exigirá a caução de que trata o caput: I - quando houver
dispensa prevista em acordo ou tratado internacional de que o Brasil faz parte; II - na
execução fundada em título extrajudicial e no cumprimento de sentença; III - na
reconvenção. § 2o Verificando-se no trâmite do processo que se desfalcou a garantia,
poderá o interessado exigir reforço da caução, justificando seu pedido com a indicação
da depreciação do bem dado em garantia e a importância do reforço que pretende
obter”.
(A) na majoração em grau de recurso, o limite máximo deverá computar apenas o valor
dos honorários e não aqueles decorrentes de multas e de outras sanções processuais.
(D) a verba será devida no cumprimento de sentença contra a Fazenda Pública que
enseje a expedição de precatório, se tiver sido ofertada impugnação.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
(A) CORRETA. Art. 85, §§11 e 12 do NCPC – “Art. 85, § 11. O tribunal, ao julgar recurso,
majorará os honorários fixados anteriormente levando em conta o trabalho adicional
realizado em grau recursal, observando, conforme o caso, o disposto nos §§ 2o a 6o,
sendo vedado ao tribunal, no cômputo geral da fixação de honorários devidos ao
advogado do vencedor, ultrapassar os respectivos limites estabelecidos nos §§ 2o e 3o
para a fase de conhecimento. § 12. Os honorários referidos no § 11 são cumuláveis com
multas e outras sanções processuais, inclusive as previstas no art. 77”.
(B) INCORRETA. Art. 85, §14 do NCPC – “Art. 85, § 14. Os honorários constituem direito
do advogado e têm natureza alimentar, com os mesmos privilégios dos créditos
oriundos da legislação do trabalho, sendo vedada a compensação em caso de
sucumbência parcial”.
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(C) CORRETA. Art. 25 da Lei 12.016/09 – “Art. 25. Não cabem, no processo de mandado
de segurança, a interposição de embargos infringentes e a condenação ao pagamento
dos honorários advocatícios, sem prejuízo da aplicação de sanções no caso de litigância
de má-fé”.
(D) CORRETA. Art. 85, §7º, do NCPC – “Art. 85, § 7o Não serão devidos honorários no
cumprimento de sentença contra a Fazenda Pública que enseje expedição de precatório,
desde que não tenha sido impugnada”.
(A) Eles serão distribuídos livremente e caberá ao juízo que ordenou a constrição, tanto
que comunicado do ajuizamento da medida, eventualmente suspender o processo até
julgamento dos embargos.
(B) Para obtenção de medida liminar, o embargante tem o ônus de apresentar prova
pré-constituída de sua posse ou domínio.
(C) No caso de embargos opostos por credor com garantia real, a lei estabelece um limite
de cognição horizontal ou em extensão.
(D) Na fase de conhecimento, eles podem ser opostos até o trânsito em julgado e, no
cumprimento ou execução, no mesmo prazo para impugnação ou para embargos à
execução.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
(A) INCORRETA. Art. 676 do NCPC – “Art. 676. Os embargos serão distribuídos por
dependência ao juízo que ordenou a constrição e autuados em apartado”.
(B) INCORRETA. Art. 677, §1º, do NCPC – “Art. 677. Na petição inicial, o embargante fará
a prova sumária de sua posse ou de seu domínio e da qualidade de terceiro, oferecendo
documentos e rol de testemunhas. § 1o É facultada a prova da posse em audiência
preliminar designada pelo juiz”.
(C) CORRETA. Art. 680 do NCPC – “Art. 680. Contra os embargos do credor com garantia
real, o embargado somente poderá alegar que: I - o devedor comum é insolvente; II - o
título é nulo ou não obriga a terceiro; III - outra é a coisa dada em garantia”.
(D) INCORRETA. Art. 675 do NCPC – “Art. 675. Os embargos podem ser opostos a
qualquer tempo no processo de conhecimento enquanto não transitada em julgado a
sentença e, no cumprimento de sentença ou no processo de execução, até 5 (cinco) dias 17
depois da adjudicação, da alienação por iniciativa particular ou da arrematação, mas
sempre antes da assinatura da respectiva carta”.
(A) a lei faculta ao advogado promover a intimação do colega adversário, desde que o
faça pelo correio.
(B) é vedado que, na intimação dirigida ao advogado, figure apenas o nome da sociedade
a que pertença.
(C) se não for comunicada modificação de endereço da parte, a lei presume válida a
intimação feita naquele constante dos autos, exceto quando se tratar de mudança
temporária.
(D) a intimação feita ao ensejo da retirada dos autos de cartório é inválida se a carga for
feita por quem não seja advogado investido de mandato.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
(A) CORRETA. Art. 269 do NCPC – “Art. 269. Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a
alguém dos atos e dos termos do processo. § 1o É facultado aos advogados promover a
intimação do advogado da outra parte por meio do correio, juntando aos autos, a seguir,
cópia do ofício de intimação e do aviso de recebimento. § 2o O ofício de intimação
deverá ser instruído com cópia do despacho, da decisão ou da sentença”.
(B) INCORRETA. Art. 272, §1º, do NCPC – “Art. 272. Quando não realizadas por meio
eletrônico, consideram-se feitas as intimações pela publicação dos atos no órgão oficial.
§ 1o Os advogados poderão requerer que, na intimação a eles dirigida, figure apenas o
nome da sociedade a que pertençam, desde que devidamente registrada na Ordem dos
Advogados do Brasil”.
(C) INCORRETA. Art. 274, Parágrafo único do NCPC – “Art. 274, Parágrafo único.
Presumem-se válidas as intimações dirigidas ao endereço constante dos autos, ainda
que não recebidas pessoalmente pelo interessado, se a modificação temporária ou
definitiva não tiver sido devidamente comunicada ao juízo, fluindo os prazos a partir da
juntada aos autos do comprovante de entrega da correspondência no primitivo
endereço”.
(D) INCORRETA. Art. 272, §6º, do NCPC – “Art. 272, § 6o A retirada dos autos do cartório
ou da secretaria em carga pelo advogado, por pessoa credenciada a pedido do
advogado ou da sociedade de advogados, pela Advocacia Pública, pela Defensoria 18
Pública ou pelo Ministério Público implicará intimação de qualquer decisão contida no
processo retirado, ainda que pendente de publicação”.
(A) reputa-se impedido de depor sob compromisso legal aquele que tiver interesse no
litígio.
(B) como regra, ela será indeferida quando o fato só puder ser comprovado por
documento ou prova pericial.
(C) a testemunha não é obrigada a comparecer para depor sobre fatos que lhe
acarretem grave dano.
(D) ela não comporta a qualificação jurídica de prova nova para efeito de ação rescisória.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
(A) INCORRETA. Art. 447, §3º, II, do NCPC – “Art. 447. Podem depor como testemunhas
todas as pessoas, exceto as incapazes, impedidas ou suspeitas. § 3o São suspeitos: II - o
que tiver interesse no litígio”.
(B) CORRETA. Art. 443, II, do NCPC – “Art. 443. O juiz indeferirá a inquirição de
testemunhas sobre fatos: I - já provados por documento ou confissão da parte; II - que
só por documento ou por exame pericial puderem ser provados”.
(C) INCORRETA. A testemunha pode até não ser obrigada a depor sobre fatos que lhe
acarretem dano grave, conforme dispõe o artigo 448 do NCPC (Art. 448. A testemunha
não é obrigada a depor sobre fatos: I - que lhe acarretem grave dano, bem como ao seu
cônjuge ou companheiro e aos seus parentes consanguíneos ou afins, em linha reta ou
colateral, até o terceiro grau), mas é obrigada a comparecer se for intimada, sendo certo
que, na própria audiência, a testemunha poderá requerer ao juiz que a escuse de depor,
alegando os motivos previstos no NCPC, decidindo o juiz de plano após ouvidas as partes
(art. 457, §3º, do NCPC).
17. Se a parte desiste de recurso que interpôs contra sentença que julgou o mérito,
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
(A) INCORRETA. Art. 998, caput, do NCPC – “Art. 998. O recorrente poderá, a qualquer
tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso”.
(B) INCORRETA. Ao apelar contra a sentença de mérito, o mérito da causa já foi julgado.
O que fica prejudicado é a análise do mérito do recurso.
(C) INCORRETA. Não é correta esta afirmação, pois a parte desiste apenas do recurso, o
que poderá prejudicar apenas a análise do capítulo de sentença contra o qual recorreu,
mantendo-se íntegro os demais termos da sentença. Ou seja, em outras palavras, o fato
de a parte ter desistido do recurso não importa em renúncia ao direito que se funda a
ação, sendo certo que a parte poderá ter sido vitoriosa em partes, de maneira que,
desistindo do recurso da parte sucumbente, em nada será prejudicada em relação à
parte que venceu (salvo se houve recurso da parte contrária).
(D) CORRETA. Art. 998, Parágrafo único do NCPC – “Art. 998. O recorrente poderá, a
qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso.
Parágrafo único. A desistência do recurso não impede a análise de questão cuja 20
repercussão geral já tenha sido reconhecida e daquela objeto de julgamento de recursos
extraordinários ou especiais repetitivos”.
(B) a decisão será inválida porque a condenação deve ser sempre líquida, ainda que o
pedido do autor seja genérico.
(C) será inviável ao credor promover o cumprimento de sentença, ainda que parte da
decisão seja líquida.
(D) terá lugar liquidação por cálculo, caso o credor não apresente o demonstrativo do
débito atualizado.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
(A) CORRETA. Art. 509, I, do NCPC – “Art. 509. Quando a sentença condenar ao
pagamento de quantia ilíquida, proceder-se-á à sua liquidação, a requerimento do
credor ou do devedor: I - por arbitramento, quando determinado pela sentença,
convencionado pelas partes ou exigido pela natureza do objeto da liquidação”.
(B) INCORRETA. Art. 491 do NCPC – “Art. 491. Na ação relativa à obrigação de pagar
quantia, ainda que formulado pedido genérico, a decisão definirá desde logo a extensão
da obrigação, o índice de correção monetária, a taxa de juros, o termo inicial de ambos
e a periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso, salvo quando: I - não for
possível determinar, de modo definitivo, o montante devido; II - a apuração do valor
devido depender da produção de prova de realização demorada ou excessivamente
dispendiosa, assim reconhecida na sentença. § 1o Nos casos previstos neste artigo,
seguir-se-á a apuração do valor devido por liquidação”.
(C) INCORRETA. Art. 509, §1º, do NCPC – “Art. 509, § 1o Quando na sentença houver
uma parte líquida e outra ilíquida, ao credor é lícito promover simultaneamente a
execução daquela e, em autos apartados, a liquidação desta”.
(D) INCORRETA. Não existe mais a liquidação por cálculos, bastando que o próprio
credor apresente a planilha e dê início ao cumprimento de sentença, nos termos do
artigo 509, §2º, do NCPC, segundo o qual, “quando a apuração do valor depender
apenas de cálculo aritmético, o credor poderá promover, desde logo, o cumprimento da
sentença”.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
(A) CORRETA. Art. 337, X, §§5º e 6º, do NCPC – “Art. 337. Incumbe ao réu, antes de
discutir o mérito, alegar: X - convenção de arbitragem; § 5o Excetuadas a convenção de
arbitragem e a incompetência relativa, o juiz conhecerá de ofício das matérias
enumeradas neste artigo. § 6o A ausência de alegação da existência de convenção de
arbitragem, na forma prevista neste Capítulo, implica aceitação da jurisdição estatal e
renúncia ao juízo arbitral”.
(B) INCORRETA. Não há esta diferenciação, sendo certo que “a decisão que julgar total
ou parcialmente o mérito tem força de lei nos limites da questão principal
expressamente decidida (art. 503 do NCPC)”, tornando imutável e indiscutível a decisão
de mérito não mais sujeita a recurso (art. 502 do NCPC)”.
(C) INCORRETA. O Juiz sempre poderá corrigir de ofício o valor atribuído a causa,
conforme dispõe o §3º do artigo 292 do NCPC, segundo o qual “o juiz corrigirá, de ofício
e por arbitramento, o valor da causa quando verificar que não corresponde ao conteúdo
patrimonial em discussão ou ao proveito econômico perseguido pelo autor, caso em que
se procederá ao recolhimento das custas correspondentes”.
(A) o respectivo membro será civilmente responsável, de forma direta quando agir com
fraude e regressivamente quando agir com dolo ou culpa grave.
(C) quando a prova pericial por ele requerida não seja realizada por entidade pública,
caberá a ele, Ministério Público, adiantar os custos respectivos, desde que haja previsão
orçamentária.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
(A) INCORRETA. Art. 181 do NCPC – “Art. 181. O membro do Ministério Público será civil
e regressivamente responsável quando agir com dolo ou fraude no exercício de suas
funções”.
(B) INCORRETA. Art. 77, IV, e §§ 1º, 2º e 6º, do NCPC – “Art. 77. Além de outros previstos
neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de
qualquer forma participem do processo: IV - cumprir com exatidão as decisões
jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não criar embaraços à sua efetivação; §
1o Nas hipóteses dos incisos IV e VI, o juiz advertirá qualquer das pessoas mencionadas
no caput de que sua conduta poderá ser punida como ato atentatório à dignidade da
justiça. § 2o A violação ao disposto nos incisos IV e VI constitui ato atentatório à
dignidade da justiça, devendo o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e
processuais cabíveis, aplicar ao responsável multa de até vinte por cento do valor da
causa, de acordo com a gravidade da conduta. § 6o Aos advogados públicos ou privados
e aos membros da Defensoria Pública e do Ministério Público não se aplica o disposto
nos §§ 2o a 5o, devendo eventual responsabilidade disciplinar ser apurada pelo
respectivo órgão de classe ou corregedoria, ao qual o juiz oficiará”.
(C) CORRETA. Art. 91, §§1º e 2º, do NCPC – “Art. 91. As despesas dos atos processuais
praticados a requerimento da Fazenda Pública, do Ministério Público ou da Defensoria
Pública serão pagas ao final pelo vencido. § 1o As perícias requeridas pela Fazenda
Pública, pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública poderão ser realizadas por
entidade pública ou, havendo previsão orçamentária, ter os valores adiantados por
aquele que requerer a prova. §2o Não havendo previsão orçamentária no exercício
financeiro para adiantamento dos honorários periciais, eles serão pagos no exercício
seguinte ou ao final, pelo vencido, caso o processo se encerre antes do adiantamento a
ser feito pelo ente público”.
(D) INCORRETA. Não existe esta presunção de veracidade dos fatos alegados pelo
Ministério Público, sem prejuízo da presunção de autenticidade dos documentos que
juntar aos autos, conforme dispõe o artigo 425, VI, do NCPC (Art. 425. Fazem a mesma
23
prova que os originais: VI - as reproduções digitalizadas de qualquer documento público
ou particular, quando juntadas aos autos pelos órgãos da justiça e seus auxiliares, pelo
Ministério Público e seus auxiliares, pela Defensoria Pública e seus auxiliares, pelas
procuradorias, pelas repartições públicas em geral e por advogados, ressalvada a
alegação motivada e fundamentada de adulteração).
DIREITO DO CONSUMIDOR
21. “Fabiano percorreu as lojas, escolhendo o pano, regateando um tostão em côvado,
receoso de ser enganado. Andava irresoluto, uma longa desconfiança dava-lhe gestos
oblíquos. À tarde puxou o dinheiro, meio tentado, e logo se arrependeu, certo de que
todos os caixeiros furtavam no preço e na medida: amarrou as notas na ponta do lenço,
meteu-as na algibeira, dirigiu-se à bodega de Seu Inácio, onde guardara os picuás. Aí
certificou-se novamente de que o querosene estava batizado e decidiu beber uma pinga,
pois sentia calor. Seu Inácio trouxe a garrafa de aguardente. Fabiano virou o copo de um
trago, cuspiu, limpou os beiços à manga, contraiu o rosto. Ia jurar que a cachaça tinha
água. Por que seria que Seu Inácio botava água em tudo?” (Graciliano Ramos. Vidas
Secas. 27ª edição. Livraria Martins Editora: São Paulo, 1970. p. 62)
(B) defeito do produto no tocante ao furto na medida e vício do produto no que se refere
a colocar água no querosene e na pinga.
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(C) vício do produto.
(D) vício do produto no tocante ao furto na medida e defeito do produto no que se refere
a colocar água no querosene e na pinga.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
(D) clara de seu fabricante, ou quando ele não for identificado; mas se efetuar o
pagamento ao consumidor prejudicado, poderá exercer direito de regresso contra o
fabricante, mediante chamamento ao processo, por se tratar de devedores solidários,
sem o que não será possível prosseguir nos mesmos autos para obter regressivamente
o que pagou, mas poderá exigi-lo em ação autônoma.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
Dessa forma, o que vai definir a resposta correta é o modo como o comerciante pode
exercitar seu direito de regresso perante o fabricante, o que vem regulamentado no
parágrafo único do art. 13 e no art. 88 do CDC.
Art. 13.
Parágrafo único. Aquele que efetivar o pagamento ao
prejudicado poderá exercer o direito de regresso contra os
demais responsáveis, segundo sua participação na causação do
evento danoso.
NÃO!!! O art. 88 do CDC veda-a expressamente, pelo que estão incorretas as assertivas
A e C.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
(A) válida.
(B) nula.
(C) ineficaz.
(D) anulável.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
A questão foi trabalhada em rodada da Turma de Reta Final TJ-SP 188 e na aula online
de revisão final.
- É nula de pleno direito a cláusula de decaimento, ou seja, aquela que prevê a perda
total das parcelas pagas até então pelo consumidor;
- A restituição do montante devido ao consumidor deve ser feita de forma imediata, e
não a prazo ou parcelada.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
A questão foi trabalhada em rodada da Turma de Reta Final TJ-SP 188 e na aula online
de revisão final.
O par. 1o do art. 43 do CDC, ao mesmo tempo em que dispõe sobre alguns requisitos a
serem obedecidos pelos cadastros e dados dos consumidores (“devem ser objetivos,
claros, verdadeiros e em linguagem de fácil compreensão”), estabelece um limite
temporal para as informações negativas: não podem constar quando referentes a um
período superior a 5 anos (prazo máximo das informações negativas).
O STJ editou um enunciado sobre o tema, que foi objeto de cobrança nessa questão: 30
Súmula 323 do STJ. A inscrição do nome do devedor pode ser mantida nos serviços de
proteção ao crédito até o prazo máximo de cinco (5) anos, independentemente da
prescrição da execução.
DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
26. “Depois que Dona Benta concluiu a história do mundo contada à moda dela, os
meninos pediram mais.
– Mais, quê? – perguntou a boa avó. – Poderei contar muitas histórias assim – história
da Física, história da Química, história da Geologia, história da Geografia...
– Conte a história da Geografia – pediu Pedrinho, que andava sonhando com viagens
pelos países estrangeiros.
E Dona Benta contou a Geografia.”
(Monteiro Lobato. Geografia de Dona Benta – in Obras Completas. vol. 1. Série B. Editora
Brasiliense: São Paulo, 1972. p. 47)
(A) natural de Pedrinho, formada pelos ascendentes e descendentes, mas não pode,
somente com ela, viajar para o exterior, sem autorização de ambos os pais ou do juiz.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
Art. 25 do ECA - Entende-se por família natural a comunidade formada pelos pais ou
qualquer deles e seus descendentes.
Parágrafo único. Entende-se por família extensa ou ampliada aquela que se estende
para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes
próximos com os quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade
e afetividade.
Art. 1º da RES. 131 do CNJ - É dispensável autorização judicial para que crianças ou
adolescentes brasileiros residentes no Brasil viajem ao exterior, nas seguintes
situações: I) em companhia de ambos os genitores; II) em companhia de um dos
genitores, desde que haja autorização do outro, com firma reconhecida; III)
desacompanhado ou em companhia de terceiros maiores e capazes, designados pelos
genitores, desde que haja autorização de ambos os pais, com firma reconhecida.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
A questão foi trabalhada em rodada da Turma de Reta Final TJ-SP 188 e na aula online 33
de revisão final.
III - que, em se tratando de adoção de adolescente, este foi consultado, por meios
adequados ao seu estágio de desenvolvimento, e que se encontra preparado para a
medida, mediante parecer elaborado por equipe interprofissional, observado o disposto
nos §§ 1º e 2º do art. 28 desta Lei.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
A questão foi trabalhada em rodada da Turma de Reta Final TJ-SP 188 e na aula online
de revisão final.
Art. 131 do ECA - O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional,
encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do
adolescente, definidos nesta Lei. 34
Art. 132 do ECA - Em cada Município e em cada Região Administrativa do Distrito Federal
haverá, no mínimo, 1 (um) Conselho Tutelar como órgão integrante da administração
pública local, composto de 5 (cinco) membros, escolhidos pela população local para
mandato de 4 (quatro) anos, permitida 1 (uma) recondução, mediante novo processo
de escolha.
(A) será, desde logo, encaminhado à autoridade judicial, não podendo ser apresentado
à autoridade policial.
(B) será, desde logo, encaminhado ao Ministério Público e, se for apreendido por força
de ordem judicial, será, desde logo, encaminhado à autoridade judiciária.
(C) ou por força de ordem judicial, será, desde logo, apresentada à autoridade policial
que o encaminhará à autoridade judiciária.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
Art. 171 do ECA - O adolescente apreendido por força de ordem judicial será, desde logo,
encaminhado à autoridade judiciária.
Art. 172 do ECA - O adolescente apreendido em flagrante de ato infracional será, desde
logo, encaminhado à autoridade policial competente.
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DIREITO PENAL
31. Segundo a Exposição de Motivos da Parte Geral, o Código Penal, quanto ao tempo e
ao lugar do crime, ao concurso de pessoas e ao crime continuado, adotou,
respectivamente, as seguintes teorias:
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
32. Quanto ao Título II, da Parte Geral do Código Penal, “Do Crime”, é correto afirmar 36
que
(B) se o fato é cometido sob coação moral irresistível, só é punível o autor da coação. Se
resistível, coator e coato respondem em concurso de pessoas, atenuando-se
obrigatoriamente a pena do último.
(C) nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou
restituída a coisa, até o oferecimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do
agente, a pena será reduzida de 1 (um) a 2/3 (dois terços).
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
(C) INCORRETA. Art. 16 do CP, que prevê o arrependimento posterior até o recebimento
da denúncia.
(D) INCORRETA. A assertiva está em desacordo com a redação do art. 13, 2º do Código
Penal. Ademais, é uma contradição falar em superveniência de causa preexistente, pois
se a causa era anterior, não é que se falar em superveniência. Redação contraditória e
sem sentido.
33. É (São) requisito(s) para a substituição da pena privativa de liberdade por restritivas
de direitos:
(B) ter a vítima mais de 14 (quatorze) e menos de 60 (sessenta) anos de idade, na data
dos fatos. 37
(C) salvo no caso de delação premiada prevista na Lei no 12.850/2013, e se o crime não
for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa, se doloso, que a pena aplicada
não supere 4 (quatro) anos; se culposo, independentemente da quantidade de pena.
(D) não reincidência comum ou específica em crime doloso, ainda que em face da
condenação anterior a medida seja socialmente recomendável.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
(A) INCORRETA. A reparação do dano não é requisito do art. 44, III do Código Penal.
(C) CORRETA. No Código Penal os requisitos são os do art. 44 do Código Penal, de modo
que o crime não pode ter sido cometido com violência ou grave ameaça e a pena
aplicada não pode superar 4 (quatro) anos. Entretanto, a lei 12.850/13 (art. 4º) admite
a substituição em favor do colaborador, sem que necessariamente os requisitos do
Código Penal devam ser preenchidos.
(D) O reincidente específico não tem direito à substituição (art. 44, §3º do Código Penal).
34. Quanto à prescrição, é correto afirmar que
(A) em se tratando de “posse de droga para consumo pessoal”, previsto no artigo 28, da
Lei no 11.343/2006, os lapsos prescricionais tanto da pretensão punitiva quanto da
executória são de 2 (dois) anos, reduzidos da metade se o agente, ao tempo do crime,
era menor de 21 (vinte e um) anos, ou, na data da sentença, maior de 70 (setenta) anos.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
35. Quanto aos crimes contra a pessoa previstos no Título I, da Parte Especial do Código
Penal, é correto afirmar que
(A) o homicídio realizado para ocultar a prática de outro crime é qualificado pela
conexão teleológica.
(B) homicídio híbrido é a coexistência de uma forma privilegiada com qualquer das
qualificadoras, mesmo que mais de uma.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
(B) INCORRETA. O fato de ter havido absolvição do acusado quanto ao delito anterior à
receptação por não haver prova dele ter concorrido para a infração penal não exclui a
possibilidade de a coisa ser produto de crime e desta circunstância ser conhecida do
receptador. Portanto, a exclusão do delito de receptação somente se configura a
defender do fundamento da absolvição relativa ao delito anterior. A insuficiência de
provas da autoria não estão incluída nesta possibilidade.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
(A) INCORRETA. Súmula 554 do STF, interpretada ao inverso, indica que o pagamento
até o recebimento da denúncia obsta ao prosseguimento da ação penal.
(B) CORRETA. Não configura crime de estelionato a emissão de cheque sem suficiente
provisão de fundos, ou a frustração do respectivo pagamento, se a cártula consubstancia
pagamento de dívida preexistente (STJ RHC 19314 / CE).
(D) Atribuir-se falsa identidade perante a autoridade policial em autodefesa, uma vez
41
que procurado pela justiça, não constitui crime, aplicando-se o princípio da dignidade
da pessoa humana.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
(B) INCORRETA. Este é o conceito de falsidade ideológica (art. 299 do Código Penal.
(C) O crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido não subsistirá se
demonstrado inequivocamente que ela estava desmuniciada.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
(C) INCORRETA. Porte illegal de arma desmuniciada é fato típico (STF – HC 95.861)
42
(D) A assertiva é controvertida. De fato, genericamente, a tortura é classificada como
crime comum. A segunda parte da alternativa indica que os tipos penais não demandam
sujeito ativo próprio ou especial, o que de fato, como regra, ocorre. Por isso o item pode
ser interpretado como correto, porque somente em situações excepcionais demanda-
se sujeito próprio ou especial no crime de tortura, como no caso do art. 1º, II da lei
9.455/97. O fundamento do recurso é a possibilidade de se interpretar a assertiva de
forma diversa da banca examinadora.
(C) A prática de falta grave não interrompe o prazo para fim de comutação de pena,
apenas para indulto.
(D) Para obtenção dos benefícios de saída temporária e trabalho externo, não se
considera o tempo de cumprimento da pena no regime fechado, somente o no
semiaberto.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
(C) INCORRETA. A falta grave não interfere no prazo do indulto nem da comutação da
pena (STJ AgRg no HC 456424 / SP)
(D) INCORRETA. A lei de Execução Penal não faz ressalvas (art. 123), bastando o
cumprimento de ¼ da pena para o reincidente ou 1/6 para o primário, seja qual for o
regime inicial de cumprimento. Todavia, o benefício da saída temporária só pode ser
concedido para quem está em regime semiaberto.
43
DIREITO PROCESSUAL PENAL
(A) É cabível para os crimes que a admitem, tanto na fase pré-processual quanto na
processual, podendo ser decretada de ofício, ou a requerimento da Autoridade Policial
ou do Ministério Público.
(B) É cabível para os crimes que a admitem, e somente na fase pré-processual, sendo
imprescindível para a decretação, quando requerida pela Autoridade Policial, a
concordância do Ministério Público.
(C) É cabível para os crimes que a admitem, tanto na fase pré-processual quanto na
processual, a requerimento da Autoridade Policial ou do Ministério Público, vedada a
decretação de ofício, por 5 (cinco) dias, prorrogáveis uma vez e pelo mesmo prazo, em
caso de extrema necessidade, devidamente demonstrada.
(D) É cabível para os crimes que a admitem, e somente na fase pré-processual, desde
que em atenção a requerimento da Autoridade Policial ou do Ministério Público, vedada
a decretação de ofício
44
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
A questão foi expressamente tratada na MEGA REVISÃO, bem como em rodada de
processo penal que envolveu o tema PRISÕES, LIBERDADE PROVISÓRIA E MEDIDAS
CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO.
(A) entrar na casa do terceiro, mesmo contra sua vontade, e efetuar a prisão do
condenado em cumprimento ao mandado judicial.
(C) entrar na casa do terceiro, a quem dará voz de prisão pelo crime de favorecimento
pessoal, cumprir o mandado de prisão e conduzir ambos à presença da Autoridade
policial.
COMENTÁRIOS
A questão tem por fundamento o art. 5º, XI da CF/88. Ainda que condenado, essa
determinação judicial não pode ser cumprida durante à noite. O fato do condenado
estar na casa de um terceiro não autoriza a entrada da polícia no recinto, principalmente
porque este fato, por si só, não configura o crime de favorecimento pessoal.
(B) o curso da ação penal ficará suspenso até a sentença transitar em julgado no juízo
cível, sem prejuízo de produção das provas de natureza urgente, cabendo contra essa
decisão recurso em sentido estrito.
COMENTÁRIOS
(B) INCORRETA
Uma das classificações das questões prejudiciais é:
Decisão de
PREJUDICIAL Refere-se ao Suspensão
questão
OBRIGATÓRIA estado civil da obrigatória da
prejudicial pelo
(Art. 92, CPP) pessoa ação penal
juiz extrapenal
Decisão de
PREJUDICIAL Não se refere ao Suspensão
questão
FACULTATIVA estado civil da facultativa da
prejudicial pelo
(Art. 93, CPP) pessoa ação penal
juiz extrapenal
No entanto, entendemos que as questões de prova devem ser formuladas com precisão,
de sorte que o aluno que desejar recorrer deverá fundamentar suas alegações no
sentido de que, em não havendo descrição no item se a prejudicial é obrigatória ou
facultativa, a assertiva não está errada no que se refere às prejudiciais obrigatórias. Caso
contrário, se a assertiva fizesse referência à prejudicial facultativa, teríamos claramente
um item incorreto.
(C) INCORRETA
De acordo com o art. 94 CPP:
Art. 94. A suspensão do curso da ação penal, nos casos dos artigos anteriores, será
decretada pelo juiz, de ofício ou a requerimento das partes.
(D) INCORRETA
Ver comentário da ALTERNATIVA A.
(A) o sequestro poderá recair sobre bens imóveis adquiridos pelo indiciado com os
proventos da infração, desde que ainda não tenham sido transferidos a terceiros.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
(A) INCORRETA
O erro está em “desde que ainda não tenham sido transferidos a terceiros”, o que
contraria o art. 125 do CPP:
Art. 125. Caberá o seqüestro dos bens imóveis, adquiridos pelo indiciado com os
proventos da infração, ainda que já tenham sido transferidos a terceiro.
(B) INCORRETA
A alternativa diz que “iniciada a ação penal ou a queixa-crime, o juiz poderá, de ofício,
mediante requerimento do Ministério Público ou do ofendido, ou representação da
Autoridade Policial, ordenar o sequestro de bens”. A banca examinadora quis levar o
candidato a crer que, no caso, o sequestro só seria possível quando iniciada a ação penal
ou a queixa-crime, ou seja, no curso do processo.
Na verdade, o sequestro de bens pode ocorrer tanto no curso da ação penal como na
fase das investigações, conforme o art. 127 do CPP:
No entanto, a afirmação constante da assertiva, por si só, não está errada. Estaria se
fosse dito: “desde que iniciada a ação penal ou a queixa-crime”, o que não foi o caso.
Considerar o item errado também leva a crer que não seria possível o sequestro de bens
durante o processo, o que contraria o art. 127 do CPP. Entendemos que a pegadinha
que o examinador quis cravar foi extremamente mal sucedida e que a questão merere
ser anulada.
(C) CORRETA
49
É a redação literal do art. 137 do CPP:
Art. 137. Se o responsável não possuir bens imóveis ou os possuir de valor insuficiente,
poderão ser arrestados bens móveis suscetíveis de penhora, nos termos em que é
facultada a hipoteca legal dos imóveis. (Redação dada pela Lei nº 11.435, de
2006).
(D) INCORRETA
Art. 144-A. O juiz determinará a alienação antecipada para preservação do valor dos
bens sempre que estiverem sujeitos a qualquer grau de deterioração ou depreciação, ou
quando houver dificuldade para sua manutenção. (Incluído pela Lei nº 12.694,
de 2012)
(B) quanto ao ônus da prova, no curso da instrução ou antes de proferir sentença, para
dirimir dúvida sobre ponto relevante, a pedido das partes, o juiz poderá determinar a
realização de diligências, vedado fazê-lo de ofício.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS 50
A questão foi expressamente tratada no AULÃO PRESENCIAL TJ-SP 188, bem como em
rodada de processo penal que envolveu o tema PROVAS.
(A) CORRETA
Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em
contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos
elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não
repetíveis e antecipadas. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
(B) INCORRETA
O erro está quando a assertiva diz “a pedido das partes”, quando na verdade é uma
hipótese em que o juiz decide de ofício, nos termos do art. 156, II do CPP.
Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz
de ofício: (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de
diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante.
(C) INCORRETA
O erro acontece quando a questão diz “mesmo que não evidenciado o nexo de
causalidade entre umas e outras”. Isso contraria o art. 157, §1º do CPP:
Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas,
assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou
legais. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
o
§ 1 São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não
evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas
puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras.
(D) INCORRETA
O juiz não poderá interpretar o silêncio em desfavor do réu, nos termos do art. 186,
parágrafo único do CPP:
(A) encerrada a instrução probatória, se o juiz entender cabível nova definição jurídica
do fato, em consequência de prova existente nos autos de elemento ou circunstância
da infração penal não contida na acusação, prescindirá de abertura de vista ao
Ministério Público para eventual aditamento da denúncia, se não resultar em aplicação
de pena mais grave.
(B) havendo fundada dúvida sobre a existência de circunstâncias que excluam o crime
ou isentem o réu de pena, o fundamento legal para a absolvição será o da inexistência
de prova suficiente para a condenação.
(C) o amplo efeito devolutivo dos recursos possibilita à segunda instância dar nova
definição jurídica ao fato delituoso em virtude de circunstância elementar não contida,
explícita ou implicitamente, na denúncia ou queixa.
(D) preservada sua competência e sem modificar a descrição do fato contida na
denúncia ou queixa, poderá o juiz atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em
consequência, tenha de aplicar pena mais grave.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
(A) INCORRETA
Art. 384. Encerrada a instrução probatória, se entender cabível nova definição jurídica
do fato, em conseqüência de prova existente nos autos de elemento ou circunstância da
infração penal não contida na acusação, o Ministério Público deverá aditar a denúncia
ou queixa, no prazo de 5 (cinco) dias, se em virtude desta houver sido instaurado o
52
processo em crime de ação pública, reduzindo-se a termo o aditamento, quando feito
oralmente.
(B) INCORRETA
Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que
reconheça:
(...)
VI – existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (arts. 20,
21, 22, 23, 26 e § 1º do art. 28, todos do Código Penal), ou mesmo se houver fundada
dúvida sobre sua existência; (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
VII – não existir prova suficiente para a condenação. (Incluído pela Lei nº 11.690,
de 2008)
(C) INCORRETA
A questão trata da possibilidade de mutatio libelli em 2a instância o que, nos termos da
Súmula 453 do STF é vedado. Confira: Não se aplicam à segunda instância o art. 384 e
parágrafo único do Código de Processo Penal, que possibilitam dar nova definição
jurídica ao fato delituoso, em virtude de circunstância elementar não contida, explícita
ou implicitamente, na denúncia ou queixa
(...) Nos termos do art. 383, do Código de Processo Penal, emendatio libelli consiste na
atribuição de definição jurídica diversa ao arcabouço fático descrito na inicial acusatória,
ainda que isso implique agravamento da situação jurídica do réu, mantendo-se, contudo,
intocada a correlação fática entre acusação e sentença, afinal, o réu defende-se dos
fatos no processo penal. O momento adequado à realização da emendatio libelli pelo
órgão jurisdicional é o momento de proferir sentença, haja vista que o Parquet é o titular
da ação penal, a quem se atribui o poder-dever da capitulação jurídica do fato
imputado. Como corolário da devolutividade recursal vertical ampla, inerente à
apelação, desde que a matéria tenha sido devolvida em extensão, plenamente possível
ao Tribunal realizar emendatio libelli para a correta aplicação da hipótese de incidência,
desde que dentro da matéria devolvida e não implique reformatio in pejus, caso haja
53
recurso exclusivo da defesa. (...) STJ. 5ª Turma. HC 427.965/SP, Rel. Min. Ribeiro
Dantas, julgado em 13/03/2018.
(D) CORRETA
Art. 383. O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa,
poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em conseqüência, tenha de
aplicar pena mais grave. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
47. Reconheceu o artigo 5º, inciso XXXVIII, da Constituição Federal, a instituição do júri.
Quanto a ela, é correto afirmar que
(B) o efeito devolutivo da Apelação contra decisões do júri é adstrito aos fundamentos
da interposição.
(C) não torna nulo o julgamento ulterior pelo júri a participação de jurado que funcionou
em julgamento anterior do mesmo processo, embora cindido.
(D) são relativas as nulidades do julgamento pelo júri, quando os quesitos da defesa não
precedem aos das circunstâncias agravantes, bem como a falta de quesito obrigatório.
RESPOSTA: B 54
COMENTÁRIOS
(A) INCORRETA
O juiz presidente não decide sobre o desaforamento, mas sim representa o tribunal para
a referida análise. É o que diz o que 427 do CPP:
(B) CORRETA
É o teor da S. 713 do STF: O efeito devolutivo da apelação contra decisões do júri é
adstrito aos fundamentos da sua interposição.
(C) INCORRETA
A assertiva contraria a S. 206 do STF: É nulo o julgamento ulterior pelo júri com a
participação de jurado que funcionou em julgamento anterior do mesmo processo.
(D) INCORRETA
A assertiva contraria a S. 162 STF: É absoluta a nulidade do julgamento pelo júri, quando
os quesitos da defesa não precedem aos das circunstâncias agravantes.
(A) No caso de concurso de pessoas, a decisão do recurso interposto por um dos réus,
se fundado em motivos que não sejam de caráter exclusivamente pessoal, aproveitará
aos outros, em extensão subjetiva do efeito devolutivo do recurso.
(B) Não gera nulidade a decisão do tribunal que acolhe, contra o réu, nulidade não
arguida no recurso da acusação, salvo os casos de recurso de ofício.
(C) O acórdão que provê o recurso contra a rejeição da denúncia vale, desde logo, pelo
seu recebimento, ainda que nula a decisão de primeiro grau.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
(C) INCORRETA. A assertiva contraria a S. 709 STF: Salvo quando nula a decisão de
primeiro grau, o acórdão que provê o recurso contra a rejeição da denúncia vale, desde
logo, pelo recebimento dela.
(D) INCORRETA. A assertiva contraria a S. 705 STF: A renúncia do réu ao direito de
apelação, manifestada sem a assistência do defensor, não impede o conhecimento da
apelação por este interposta.
(C) não se admite a suspensão condicional do processo por crime continuado, se a soma
da pena mínima da infração mais grave com o aumento mínimo de 1/6 (um sexto) for
superior a 1 (um) ano.
COMENTÁRIOS
(A) INCORRETA. Houve um claro erro material na formulação da questão, que não deixa
clara proposta do que: transação penal ou suspensão condicional do processo, ambos
institutos trazidos pela Lei nº 9.099/95. A banca examinadora poderá sustentar a
questão afirmando que, muito embora não expressamente mencionada, é de clara
dedução que se trata de proposta de transação penal. O candidato que deseja recorrer
deverá sustentar o contrário: não está claro, inclusive porque existem dois institutos
distintos e não houve precisão e clareza pela banca examinadora.
No caso, em se tratando de transação penal, é possível sim caso o agente tenha sido
condenado unicamente à pena de multa, sendo facultado ao juiz, inclusive, reduzir a
proposta até a metade, de acordo com o art. 76, §1º da Lei n. 9.099/95:
Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação
penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento,
o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena
restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta.
§ 1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a única aplicável, o
Juiz poderá reduzi-la até a metade.
(D) INCORRETA . O erro da questão está em “desde que requerido pelo autor do fato”.
A questão tem por fundamento a S. 969 STF, que diz: “Reunidos os pressupostos legais
permissivos da suspensão condicional do processo, mas se recusando o promotor de
justiça a propô-la, o juiz, dissentindo, remeterá a questão ao Procurador-Geral,
aplicando-se por analogia o art. 28 do Código de Processo Penal”. Assim, o juiz deverá
agir de ofício, sem necessidade de provocação.
(B) intranscendência das penas e motivação das decisões; e intervenção mínima (ou
ultima ratio) e duplo grau de jurisdição.
(C) contraditório e impulso oficial; e adequação social e favor rei (ou in dubio pro reo).
(D) não culpabilidade (ou presunção de inocência) e duração razoável do processo; e
não autoacusação (ou nemo tenetur se detegere) e paridade de armas.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
(B) INCORRETA. O princípio da intervenção mínima (ou ultima ratio) é de Direito Penal,
e não de Direito Processual Penal. 58
(C) INCORRETA. O princípio do impulso oficial não está expresso no CPP, mas sim no CPC
(art. 2º). Em que pese possa haver discussão se esta previsão supre o enunciado, se
entende que o princípio do in dubio pro reo está expresso no seguinte dispositivo:
59
DIREITO CONSTITUCIONAL
51. A Carta Constitucional de 1967, o Ato Institucional no 5/1968 e a Emenda
Constitucional no 1/1969 representaram um período de anormalidade institucional que
se prolongou até a Constituição de 1988. Sobre eles, pode-se afirmar que
(A) a Carta de 1967, cujo projeto foi elaborado pelo Governo e que muitos consideram
outorgada e não promulgada, manteve a prerrogativa que a Carta de 1946 conferiu ao
Presidente da República para expedir Decretos-leis.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
O AI5 tornava “defesa a apreciação de seu ato pelo Poder Judiciário” (art. 5º, § 2º) +
suspendeu “as garantias constitucionais ou legais de vitaliciedade, inamovibilidade e
estabilidade, bem como a de exercício em funções por prazo certo” (art. 6º).
(B) os Estados e Distrito Federal não poderão editar leis específicas sobre a matéria até
o advento da lei nacional ou medida provisória que disponha sobre ela.
(C) a inércia implicará competência plena e temporária dos Estados e Distrito Federal
para legislar sobre a matéria.
(D) a inércia implicará competência plena e definitiva dos Estados e Distrito Federal para
legislar sobre a matéria
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
53. O princípio da legalidade, já incorporado ao direito pátrio pelas Cartas anteriores, foi
61
mantido pelo artigo 5o, II, da atual Constituição. Sobre o tema, é possível afirmar que
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
(A) CORRETA.
COMENTÁRIOS
(A) por representar ampliação dos poderes do juiz em prejuízo da esfera de opção
63
política do legislador, sem que tenha sido adotado como norma geral pelo texto
constitucional, o princípio da proporcionalidade só pode ser aplicado pelos tribunais nas
hipóteses específicas previstas em preceitos esparsos da Constituição.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
Com relação aos princípios e métodos de interpretação constitucional, pode-se afirmar
que
(B) INCORRETA. Não é assim. Elas devem ser harmonizadas, para que possam ser
aplicadas em conjunto – que a aplicação de uma não enseje o afastamento de outra.
Conforme ADI nº 815: “a tese da hierarquia entre as normas constitucionais originárias
é incompatível com o sistema de Constituição Rígida. O fundamento da validade de
todas as normas constitucionais originárias repousa no poder constituinte originário, e
não em outras normas constitucionais”.
(C) INCORRETA. Não existe interpretação contra legem para preservar a Constituição.
(D) CORRETA.
(B) de acordo com a jurisprudência do STF, o mandado de segurança pode ser utilizado
para impedir a tramitação de projeto de lei ou proposta de emenda constitucional que
contenha vício de inconstitucionalidade formal ou material.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
(A) INCORRETA. Não existe essa previsão. No Brasil, o controle preventivo é feito pelo
Legislativo via Comissão de Constituição e Justiça e pelo próprio Plenário das Casas
legislativas (o projeto morre na origem, nem avançando para discussões de mérito, pois
considerado inconstitucional); pelo Executivo via veto jurídico (quando o Presidente da
República, Governador ou Prefeito veta a norma por entender que é inconstitucional);
e pelo Judiciário em um único caso: mandado de segurança impetrado por Parlamentar
para defender seus direitos líquidos e certos de participar de um processo legislativo
correto do ponto de vista constitucional.
(B) INCORRETA. Como regra inviável (STF, MC na ADI 466/DF), exceto no MS impetrado
por parlamentar da respectiva Casa (controle concreto, não abstrato) em razão da não
observância do processo legislativo constitucional → direito subjetivo do parlamentar
de participar de um procedimento legislativo constitucional hígido (MS 32.033/DF), mas
se a mácula for só ao regimento interno - interna corporis - não cabe controle judicial
(prevaleceu não ser possível a análise prévia do ponto de vista material, sequer no caso
de afronta a cláusula pétrea).
(C) CORRETA.
(A) sua atuação administrativa e financeira está sujeita a controle do Conselho Nacional
de Justiça, enquanto a fiscalização contábil, financeira e orçamentária é feita pelo
Legislativo dos respectivos Estados, com o auxílio dos respectivos Tribunais de Contas.
(B) sua atuação administrativa e financeira está sujeita aos órgãos de controle interno e
à fiscalização externa realizada pelos respectivos Tribunais de Contas, restrito o controle
exercido pelo CNJ ao cumprimento dos deveres funcionais de seus juízes.
(C) dotados de órgãos de sistema de controle interno previstos nas respectivas
Constituições, nas Leis de Organização Judiciária e nos Regimentos Internos, sujeitam-
se ao controle externo realizado pelo Executivo dos respectivos Estados.
(D) sua atuação administrativa e financeira está sujeita a controle do Conselho Nacional
de Justiça, e, por isso, eles não se sujeitam à fiscalização externa pelo Legislativo dos
respectivos Estados.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
(A) CORRETA.
58. Com relação aos direitos e deveres dos magistrados, pode-se afirmar que
(A) estão integralmente disciplinados pelo artigo 95 da Constituição Federal, razão por
que, não recepcionadas pela Constituição de 1988, não têm mais vigência as normas da
Lei Orgânica da Magistratura Nacional (LC 35/1975) que dispunham sobre a matéria.
(D) as penas de advertência e censura são aplicáveis por voto da maioria absoluta do
respectivo tribunal ou Conselho Nacional de Justiça, e as de remoção, disponibilidade e
aposentadoria, por voto da maioria absoluta deste.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
Com relação aos direitos e deveres dos magistrados, pode-se afirmar que
(A) INCORRETA. As normas da Lei Orgânica da Magistratura Nacional (LC 35/1975) que
dispõem sobre a matéria foram recepcionadas, logo, ainda estão plenamente vigentes.
(C) INCORRETA. Por mais que o CNJ esteja passo a passo arrogando mais poderes, ainda
não pode criar vedações aos juízes.
67
(D) INCORRETA. “O julgamento será realizado em sessão secreta do Tribunal ou de seu
órgão especial, depois de relatório oral, e a decisão no sentido da penalização do
magistrado só será tomada pelo voto de dois terços dos membros do colegiado, em
escrutínio secreto” (LOMAN, art. 27, § 6º)
59. É correto afirmar que, em seu Título VII (Da Ordem Econômica e Financeira), a
Constituição dispõe que
(A) a pesquisa e a lavra de recursos minerais somente poderão ser efetuadas mediante
autorização ou concessão da União, no interesse nacional, por brasileiros ou empresa
brasileira de capital nacional.
(B) a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros hidrocarbonetos
fluidos constituem monopólio da União, que poderá contratar a sua realização com
empresas estatais ou privadas, observadas as condições estabelecidas em lei.
(C) é permitida, nos termos da lei, a exploração direta de atividade econômica pelo
Estado, entre outras hipó- teses, quando necessária aos imperativos da segurança
nacional ou relevante interesse coletivo.
(D) a lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública e da sociedade de economia
mista que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens, as
quais se sujeitarão ao regime próprio das empresas privadas e gozarão de privilégios
fiscais adequados às finalidades estatutárias.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
É correto afirmar que, em seu Título VII (Da Ordem Econômica e Financeira), a
Constituição dispõe que
(A) INCORRETA. “empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sua sede e
administração no País” (CF, art. 176, § 1º).
(B) CORRETA.
(D) INCORRETA. “não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor
privado” (CF, art. 173, § 2º)
CF, art. 177: “constituem monopólio da União: II - a pesquisa e a lavra das jazidas de 68
petróleo e gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos; [...] § 1º A União poderá
contratar com empresas estatais ou privadas a realização das atividades previstas nos
incisos I a IV deste artigo observadas as condições estabelecidas em lei”.
(B) em precedentes dos anos 1990, em especial na ADIN-MC 981, o Supremo Tribunal
Federal adotou entendimento no sentido de que as chamadas emendas de revisão não
estavam sujeitas aos limites materiais estabelecidos pelo artigo 60, § 4º, da Constituição.
(D) embora, segundo doutrina majoritária, os termos revisão e emendas, por se tratar
de espécies do gênero reforma, não se confundam, nos anos 1990 o Congresso Nacional
acabou por equipará-los de fato ao adotar para a revisão os mesmos requisitos formais
e materiais exigidos para as emendas.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
(A) INCORRETA. Norma de eficácia exaurida! Foi feita uma vez e nunca mais... ao menos
nesta constituição. Então não seria possível uma EC no ADCT prevendo uma nova
revisão? O STF já estabeleceu que NÃO (MC na ADI 1.722/TO).
(C) INCORRETA. Cláusula pétrea implícita (CF, art. 60) = vedação à dupla revisão (afastar
as limitações para então atingir as cláusulas pétreas) – tendo sido estabelecidas pelo
Poder Constituinte Originário, por questão lógica, essas limitações não podem ser
livremente alteradas.
(D) CORRETA. 69
DIREITO ELEITORAL
61. Sobre a eleição para Presidente da República ou para Governador, é INCORRETO
afirmar que
(A) quando for caso de 2 (dois) turnos, se ocorrer morte, desistência ou impedimento
legal de candidato, será convocado, dentre os remanescentes, o de maior votação.
(B) será considerado eleito o que obtiver maioria absoluta de votos, excluídos somente
os nulos.
(C) será considerado eleito o que obtiver a maioria absoluta de votos, excluídos os
brancos e nulos.
(D) quando for caso de 2 (dois) turnos, se ocorrer morte, desistência ou impedimento
legal de candidato, não poderá o partido promover a respectiva substituição.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
62. É INCORRETO afirmar que, no caso de haver homonímia entre candidatos, cumprirá
à Justiça Eleitoral
(A) não sendo possível resolver a questão pelas soluções indicadas nas alternativas “b”
e “c”, notificar os candidatos para que cheguem a um acordo sobre os respectivos
nomes a serem usados.
(B) deferir o uso do nome ao candidato que, até o limite para o registro, esteja no
exercício de mandato eletivo, que o tenha exercido nos últimos 4 (quatro) anos ou que,
no mesmo prazo, tenha se candidatado com o nome em questão.
(C) ainda que não haja dúvida, exigir do candidato prova de que é conhecido por dada
opção de nome, indicada no pedido de registro.
(D) deferir o uso do nome ao candidato que, pela sua vida política, social ou profissional,
seja identificado por um dado nome que tenha indicado.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
(B) Bens de uso comum, para fins de propaganda eleitoral, são aqueles definidos como
tal pela lei civil e aos quais a população em geral tem acesso gratuito.
(C) Nos bens cujo uso dependa de cessão ou permissão do poder público, ou que a ele
pertençam, é admitida a veiculação de propaganda de cavaletes e bonecos, desde que
não haja prejuízo à circulação.
(D) Até o dia das eleições, é facultado às emissoras de rádio e televisão transmitir
imagens de consulta popular de natureza eleitoral, inclusive daquelas em que seja
possível identificar o entrevistado.
RESPOSTA: A 72
COMENTÁRIOS
(C) INCORRETA. O art. 37 da Lei das Eleições engloba algumas normas sobre a veiculação
de propaganda eleitoral em bens públicos e particulares. De regra, não se permite a
utilização de bens públicos para a realização de propaganda eleitoral, salvo algumas
hipóteses como: utilização de bandeiras ao longo das vias, desde que móveis e não
dificultem o bom andamento do trânsito de pessoas e veículos; veiculação de
propaganda eleitoral nas dependências do Poder Legislativo, a critério da mesa diretora;
etc.
Art. 37. Nos bens cujo uso dependa de cessão ou permissão do poder público, ou que
a ele pertençam, e nos bens de uso comum, inclusive postes de iluminação pública,
sinalização de tráfego, viadutos, passarelas, pontes, paradas de ônibus e outros
equipamentos urbanos, É VEDADA A VEICULAÇÃO DE PROPAGANDA DE QUALQUER
NATUREZA, inclusive pichação, inscrição a tinta e exposição de placas, estandartes,
faixas, cavaletes, bonecos e assemelhados.
(A) Se a ofensa for veiculada no horário eleitoral gratuito, o ofendido usará, para a
resposta, tempo igual ao da ofensa, nunca superior a 1 (um) minuto.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
(A) INCORRETA
Lei nº 9504/97
Art. 58.
III - no horário eleitoral gratuito:
a) o ofendido usará, para a resposta, tempo igual ao da ofensa,
nunca inferior, porém, a um minuto;
(B) INCORRETA
Lei nº 9504/97
Art. 58.
III - no horário eleitoral gratuito: 74
f) se o ofendido for candidato, partido ou coligação que tenha
usado o tempo concedido sem responder aos fatos veiculados
na ofensa, terá subtraído tempo idêntico do respectivo
programa eleitoral; tratando-se de terceiros, ficarão sujeitos à
suspensão de igual tempo em eventuais novos pedidos de
resposta e à multa no valor de duas mil a cinco mil UFIR.
(C) INCORRETA
Lei nº 9504/97
Art. 58.
IV - em propaganda eleitoral na internet:
b) a resposta ficará disponível para acesso pelos usuários do
serviço de internet por tempo não inferior ao dobro em que
esteve disponível a mensagem considerada ofensiva;
(D) CORRETA
Lei nº 9504/97
Art. 58.
§ 4º Se a ofensa ocorrer em dia e hora que inviabilizem sua
reparação dentro dos prazos estabelecidos nos parágrafos
anteriores, a resposta será divulgada nos horários que a Justiça
Eleitoral determinar, ainda que nas quarenta e oito horas
anteriores ao pleito, em termos e forma previamente
aprovados, de modo a não ensejar tréplica.
(D) no caso de recebimento de doações acima do limite legal, fica suspensa por 1 (um)
ano a participação no fundo partidário e será aplicada ao partido multa correspondente
ao dobro do valor que exceder os limites fixados.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
75
A questão foi tratada no MATERIAL DE RETA FINAL TJ-SP 188.
(A) INCORRETA
Lei nº 9096/95
Art. 36. Constatada a violação de normas legais ou estatutárias,
ficará o partido sujeito às seguintes sanções:
I - no caso de recursos de origem não mencionada ou
esclarecida, fica suspenso o recebimento das quotas do fundo
partidário até que o esclarecimento seja aceito pela Justiça
Eleitoral;
(B) INCORRETA
Lei nº 9096/95
Art. 36.
II - no caso de recebimento de recursos mencionados no art. 31,
fica suspensa a participação no fundo partidário por um ano;
(C) CORRETA
Lei nº 9096/95
Art. 37. A desaprovação das contas do partido implicará
exclusivamente a sanção de devolução da importância
apontada como irregular, acrescida de multa de até 20% (vinte
por cento).
(D) INCORRETA
Lei nº 9504/97
Art. 23.
§ 3º A doação de quantia acima dos limites fixados neste artigo
sujeita o infrator ao pagamento de multa no valor de até 100%
(cem por cento) da quantia em excesso.
76
DIREITO EMPRESARIAL
66. A filial de uma sociedade anônima tem a natureza de uma
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
Como se pode ver, o Código Civil não indica com clareza quem será atingido pela
desconsideração. A doutrina refere que a análise deve ser no caso concreto, verificando
a atuação de cada sócio ou administrador (individualização das condutas).
Destarte, em um primeiro momento, pode-se afirmar que a responsabilização vai recair
sobre quem tem poder de gestão sobre a pessoa jurídica.
De maneira mais exata (e justa), a responsabilização deve recair sobre quem praticou o
ato que ensejou a desconsideração, ou seja, sobre o autor da fraude ou do abuso de
direito – tenha ou não poder formal de gestão.
Isso não quer dizer que, em casos excepcionais, especialmente quando manejado o
artigo 28 do CDC, não haja expansividade. Inclusive, a doutrina e a jurisprudência
admitem a desconsideração para atingir até mesmo o sócio oculto.
Depois de tudo isso, podemos afirmar: a desconsideração PODE atingir a todos, mas
DEVE atingir os que praticaram o ato.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
(A) administradores.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
Não há qualquer sentido em dissolver parcialmente uma S/A de capital aberto, uma vez
que suas ações são facilmente negociáveis. Se o sujeito está insatisfeito (dissidente),
pois que venda suas ações!
Mais recentemente, o STJ até que admite a dissolução parcial de sociedade anônima,
desde que de capital fechado (EREsp 111.294/PR, Rel. Ministro Castro Filho, 2ª Seção, j.
28/06/2006, DJ 10/09/2007).
(A) 3 anos.
(C) 10 anos.
(D) 5 anos.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
Súmula 504 do STJ: “O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente
de nota promissória sem força executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte ao
vencimento do título”. Moleza, né? Não dá para errar súmulas
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
A QUESTÃO FOI TRATADA NO MATERIAL DA TURMA DE RETA FINAL TJ-SP 188.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
Como dito em nossa RODADA de contratos empresariais: “Como regra, NÃO se aplicam
às franquias as normas do CDC (STJ, REsp 632.958)”
(C) o prévio depósito de dinheiro não pode ser exigido para a interposição de recurso
administrativo, mas apenas para que este suspenda a exigibilidade do crédito tributário.
(D) viola o princípio da isonomia a lei de moratória geral que circunscreve sua
aplicabilidade e consequente suspensão da exigibilidade do crédito tributário a
determinada região ou a determinada categoria de sujeitos passivos.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
84
Questão tratada no MATERIAL DE RETA FINAL TJ-SP 188.
(A) INCORRETA
CTN
Art. 155-A. O parcelamento será concedido na forma e condição
estabelecidas em lei específica. (Incluído pela Lcp nº 104, de
2001)
§ 1o Salvo disposição de lei em contrário, o parcelamento do
crédito tributário não exclui a incidência de juros e
multas. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001)
(D) INCORRETA
CTN
Art. 172. A lei pode autorizar a autoridade administrativa a
conceder, por despacho fundamentado, remissão total ou
parcial do crédito tributário, atendendo:
V - a condições peculiares a determinada região do território da
entidade tributante.
(A) a alienação ou oneração de bens pelo sujeito passivo de crédito tributário inscrito
poderá caracterizar fraude contra credores, se realizada antes do ajuizamento da
execução, e só caracterizará fraude à execução se efetuada após o ajuizamento.
(B) além daquelas previstas no Código Tributário Nacional, outras podem ser
estabelecidas, desde que por lei complementar.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
(A) INCORRETA
CTN
Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de
bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito
para com a Fazenda Pública, por crédito tributário
regularmente inscrito como dívida ativa.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de terem sido
reservados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida
inscrita.
(C) INCORRETA.
CTN
Art. 185-A. Na hipótese de o devedor tributário, devidamente
citado, não pagar nem apresentar bens à penhora no prazo legal
e não forem encontrados bens penhoráveis, o juiz determinará
a indisponibilidade de seus bens e direitos, comunicando a
decisão, preferencialmente por meio eletrônico, aos órgãos e
entidades que promovem registros de transferência de bens,
especialmente ao registro público de imóveis e às autoridades
supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais, a
86
fim de que, no âmbito de suas atribuições, façam cumprir a
ordem judicial.
(D) CORRETA. "O contribuinte pode, após o vencimento da sua obrigação e antes da
execução, garantir o juízo de forma antecipada, para o fim de obter certidão positiva
com efeito de negativa. (Precedentes: EDcl no AgRg no REsp 1057365/RS, Rel. Ministro
Luiz Fux, Primeira Turma, julgado em 04/08/2009, DJe 02/09/2009; EDcl nos EREsp
710.153/RS, Rel. Ministro Herman Benjamin, Primeira Seção, julgado em
23/09/2009, DJe 01/10/2009)
CTN
Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a
certidão de que conste a existência de créditos não vencidos, em
curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a
penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa.
78. Com relação à operação de importação por não contribuinte, é correto afirmar que,
segundo a jurisprudência consolidada do Supremo Tribunal Federal, a EC no 33/2001
(A) não criou nova competência para a ampliação do campo de incidência do imposto,
mas apenas corroborou o entendimento da Corte no sentido da validade da tributação
pelo ICMS antes do advento da Emenda.
(B) criou nova competência tributária para estender o campo de incidência do ICMS à
operação de importação de bem por não contribuinte e convalidou a legislação anterior
sobre a matéria, válida portanto a tributação a partir de sua vigência.
(C) criou nova competência tributária para estender o campo de incidência do ICMS à
operação de importação de bem por não contribuinte, cuja tributação há de ter
fundamento de validade em lei complementar de normas gerais e legislação local
supervenientes.
(D) criou nova competência tributária para estender o campo de incidência do ICMS à
87
operação de importação de bem por não contribuinte e convalidou a legislação anterior
sobre a matéria, válida portanto a tributação fundada em legislação local já existente
sobre a matéria.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
Questão tratada no MATERIAL DE RETA FINAL e VÍDEO DE REVISÃO FINAL TJ-SP 188.
É válida lei estadual que dispõe acerca da incidência do ICMS sobre operações de
importação editada após a vigência da EC 33/2001, mas antes da LC 114/2002, visto que
é plena a competência legislativa estadual enquanto inexistir lei federal sobre norma
geral, conforme art. 24, § 3º, CF. Com base nesse entendimento, a Segunda Turma deu
provimento a agravo regimental interposto pelo Estado de São Paulo e, por conseguinte,
negou provimento a recurso extraordinário em que se alegava a inconstitucionalidade
da incidência do ICMS sobre importação de veículo para uso próprio, determinada por
lei estadual anterior à LC 114/2002. Conforme tese de repercussão geral (Tema 171), o
Colegiado entendeu válida, embora de eficácia contida, a lei estadual que versa sobre
tributos em importação de bens (Lei 11.001/2001), editada após a vigência da EC
33/2001, que deu nova redação ao art. 155, § 2º, IX, a, da CF/1988.
[RE 917.950 AgR, rel. p/ o ac. min. Gilmar Mendes, j. 5-12-2017, 2ª T, Informativo 887.]
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79. De acordo com os dispositivos do Código Tributário Nacional sobre o lançamento, é
correto afirmar:
(A) a ele se aplica legislação superveniente ao fato gerador que, mediante alteração de
critérios procedimentais, amplie os poderes de investigação do Fisco.
(C) trata-se de atividade vinculada e obrigatória e que, por isso, ressalvados os casos
previstos em lei, não está sujeita aos juízos de conveniência e oportunidade da
autoridade fiscal.
(D) ele reporta-se à data da ocorrência do fato gerador, mas deverá considerar a alíquota
vigente na data em que foi efetuado.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
CTN
Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato
gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que
posteriormente modificada ou revogada.
§ 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à
ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído
novos critérios de apuração ou processos de fiscalização,
ampliado os poderes de investigação das autoridades
administrativas, ou outorgado ao crédito maiores garantias ou
privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir
responsabilidade tributária a terceiros.
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos impostos lançados
por períodos certos de tempo, desde que a respectiva lei fixe
expressamente a data em que o fato gerador se considera
ocorrido.
80. Em reiteradas decisões ao longo do tempo, o Supremo Tribunal Federal tem mantido
firme o entendimento de não admitir sanção política como meio de coerção ao
pagamento de tributo. A respeito do tema, é correto afirmar que a Corte considera
inadmissível, por constituir sanção política,
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(A) a vedação de adesão ao Simples Nacional fundada na existência de débitos perante
a Fazenda Pública ou INSS.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
(B) a constrição patrimonial e a citação, ainda que por edital, são aptas a interromper o
curso da prescrição intercorrente, suficiente para tal finalidade o mero peticionamento
do exequente requerendo diligência para a realização daqueles atos.
(D) a prescrição não pode ser reconhecida de ofício, independentemente de ter ocorrido
antes do ajuizamento ou no curso da execução fiscal.
RESPOSTA: A
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COMENTÁRIOS
82. Com relação ao ICMS incidente sobre a demanda de energia elétrica, é correto
afirmar que, de acordo com o entendimento consolidado do STJ,
(A) o consumidor final não tem legitimidade para propor ação declaratória cumulada
com repetição do indébito fundada em alegado excesso da base de cálculo do imposto.
(B) o imposto incide também sobre o valor da demanda contratada mas não utilizada.
(C) a concessionária de energia elétrica tem legitimidade para propor ação declaratória
cumulada com repetição do indébito fundada em excesso da base de cálculo do
imposto.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
Súmula 391. O ICMS incide sobre o valor da tarifa de energia elétrica correspondente à
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demanda de potência efetivamente utilizada.
(A) têm natureza parafiscal e a elas não se aplicam as normas gerais de direito tributário.
(B) constituem espécie de tributo e diferem dos impostos pela destinação do produto
da arrecadação.
(D) de acordo com o entendimento do STF, a lei pode instituir contribuição social com a
vinculação apenas de parte do produto da arrecadação.
RESPOSTA: B
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CF/88:
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir
contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e
de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como
instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o
disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto
no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o
dispositivo.
(A) o Supremo Tribunal Federal tem adotado entendimento no sentido de que, embora
o confisco seja conceito jurídico indeterminado, o princípio da vedação do confisco deve
ser utilizado para limitar o percentual de multa imposta ao contribuinte.
(D) a Constituição prevê a progressividade não só para o Imposto de Renda mas também
para o Imposto Territorial Rural e para o Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana,
e, com relação a estes, acrescentou previsão de confisco na hipótese de não
cumprimento da função social da propriedade.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
(B) INCORRETA. A competência tributária é indelegável (art. 7º, CTN). Essa é uma das
características da competência tributária - indelegabilidade.
Entretanto, as atribuições administrativas de fiscalização e arrecadação dos tributos
(capacidade tributária ativa) podem ser delegadas.
CTN
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os
instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b;
(D) INCORRETA
CF/88:
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Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
III - renda e proventos de qualquer natureza;
VI - propriedade territorial rural;
§ 2º O imposto previsto no inciso III:
I - será informado pelos critérios da generalidade, da
universalidade e da progressividade, na forma da lei;
§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput:
I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a
desestimular a manutenção de propriedades improdutivas;
RESPOSTA: B
95
COMENTÁRIOS
CF
Art. 145, § 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados
segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária,
especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os
direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades
econômicas do contribuinte.
DIREITO AMBIENTAL
86. A responsabilidade civil do poluidor-pagador
(A) é de natureza objetiva.
(B) nunca exige demonstração do dano causado.
(C) nunca exige demonstração do nexo causal.
(D) é de natureza subjetiva.
RESPOSTA: A
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(C) pré-contrato.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
(B) exclusiva do causador do dano ambiental, ainda que não mais seja o proprietário do
imóvel.
(D) solidária entre o poder público e o causador do dano ambiental, ainda que não mais seja o
proprietário do imóvel.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
Entretanto, a alternativa D também pode ser considerada correta. Como aceito pela
doutrina e pela jurisprudência, o Estado é responsável solidariamente pela obrigação de
reparar o meio ambiente. Adicionalmente, o antigo possuidor ou proprietário do imóvel
também pode ser responsabilizado pelo dano ambiental, solidariamente com o atual
proprietário, caso tenha sido o primeiro o causador do dano (tenha sido o responsável
pela contaminação da propriedade), apesar de, em regra, tal ação ser movida contra o
possuidor ou proprietário atual. Ante o exposto, tal alternativa também poderia estar
correta considerando determinadas condicionantes. VALE A PENA RECORRER!!!
(A) exclusiva.
(C) principal.
RESPOSTA: B
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RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
100
DIREITO ADMINISTRATIVO
(A) o uso exclusivo por particular só pode ter por objeto os dominicais e os de uso
especial.
(B) os de uso comum podem ser objeto de uso exclusivo por particular a título oneroso
ou gratuito e, desde que previamente desafetados, podem ser alienados.
(C) os de uso comum podem ser objeto de uso exclusivo por particular a título gratuito
ou oneroso, mas não podem perder o caráter de inalienabilidade.
(D) o uso exclusivo por particular pode ter por objeto os de uso comum, desde que a
título oneroso e mediante prévia desafetação.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
• Bens de uso comum do povo: são aqueles destinados à utilização geral pelos
indivíduos, que podem ser utilizados por todos em igualdade de condições,
independentemente de consentimento individualizado por parte do poder
público, como as ruas, as praças, as estradas e as praias.
• Bens dominicais: são bens das pessoas jurídicas de direito público que não têm
uma destinação pública definida, que podem ser utilizados pelo Estado para
fazer renda, como as terras devolutas, os terrenos de marinha, os prédios
públicos desativados, a dívida ativa, os móveis inservíveis.
Os bens dominicais/dominiais – que não se encontram afetados/destinados a finalidade
pública alguma – correspondem ao chamado “domínio patrimonial disponível” do
Estado, sendo, assim, alienáveis nos termos da lei [notadamente atendidos os requisitos
do art. 17 da Lei Federal nº 8.666/1993]; por sua vez, os bens de uso comum e os de
uso especial – afetados/destinados a alguma utilização pública – inserem-se no
“domínio patrimonial indisponível” do Estado, sendo considerados [relativamente]
inalienáveis, enquanto permanecerem vinculados a determinado uso público [estão
fora do “comércio de direito privado”].
Nessa ordem de ideias, os bens de uso comum do povo e os de uso especial podem ser
alienados se passarem pelo processo da “desafetação”, ato ou fato que retira a
finalidade pública específica conferida a determinado bem público, transformando-o em
bem dominical (desafetado). Conforme esclarecemos em nosso material, a desafetação
pode se dar por lei, por ato administrativo e até mesmo por um fato administrativo [o
desmoronamento de uma escola, por exemplo], mas nunca pelo simples desuso.
Quanto ao uso exclusivo ou restritivo de bem público por particular, ele é possível em
todas as mencionadas espécies, de forma gratuita ou remunerada, através de um dos
instrumentos a seguir:
AUTORIZAÇÃO DE USO
Ato administrativo
PERMISSÃO DE USO
Ato administrativo
CONCESSÃO DE USO
Contrato administrativo
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Discricionário Discricionário Discricionário
Precário Precário Sem precariedade
Prazo indeterminado Prazo indeterminado Prazo determinado
Sem licitação prévia Com licitação prévia Com licitação prévia
Uso facultativo Uso obrigatório Uso obrigatório
Predomínio do interesse Maior relevância do Predomínio do interesse
particular interesse público público (apenas para serviços
públicos)
Não gera direito à Não gera direito à Gera direito à indenização
indenização indenização
Remuneração ou não Remuneração ou não Remuneração ou não
(A) difere da desapropriação por utilidade pública, embora também fundada em decreto
da entidade expropriante, por ser a respectiva ação judicial promovida pelo proprietário
ou possuidor e não pelo Poder Público.
RESPOSTA: C
103
COMENTÁRIOS
(A) a anulação do ato administrativo ilegal pela própria Administração não depende de
provocação do interessado e não gera responsabilidade administrativa perante
terceiros.
(B) a anulação do ato administrativo ilegal pela própria Administração está imune ao
controle jurisdicional.
(D) a anulação do ato administrativo que tenha produzido efeitos no campo dos
interesses individuais não prescinde de prévio contraditório que garanta o exercício da
defesa da legitimidade do ato por aqueles que serão por ela atingidos.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
Questão antecipada em nossa TURMA DE RETA FINAL TJ-SP 188 (aulão de véspera
online, destaque para os slides 13-15)
(B) INCORRETA. Conforme sabido, nos termos do art. 5º, XXXV, da CF/88, nenhuma lesão
ou ameaça de lesão está imune à apreciação do Poder Judiciário, inclusive quando
praticada pela Administração Pública, que se submete normalmente à jurisdição estatal.
Assim sendo, o exercício antijurídico (ilegal lato sensu) da função administrativa é
perfeitamente sindicável, podendo o Judiciário proceder à sua anulação. Não há de se
confundir a anulação do ato administrativo com sua revogação, esta, sim, impossível de
105
ser feita pelo Judiciário no exercício da função judicante [o Judiciário pode revogar atos
administrativos por ele editados, no desempenho anômalo da função administrativa],
sendo da competência exclusiva da Administração Pública (autotutela), por se tratar da
reanálise do interesse público na manutenção do ato no mundo jurídico, juízo
essencialmente discricionário, de conveniência e oportunidade.
(C) INCORRETA. Não cabe à Administração Pública optar pela revogação ou anulação dos
atos administrativos, uma vez que se trata de institutos jurídicos diversos, com hipóteses
de cabimento inconfundíveis. A anulação é DEVER da Administração Pública e dirige-se
aos atos administrativos eivados de vício de legalidade, com efeitos ex tunc via de regra
[controverte-se sobre a imperatividade da convalidação, entretanto]. A revogação, por
sua vez, é FACULDADE da Administração, já se funda na reanálise do interesse público
subjacente ao ato, um juízo de mérito, por motivos de conveniência e oportunidade,
operando efeitos ex nunc, conforme art. 53 da Lei Federal nº 9.784/1999 (Lei de
Processo Administrativo Federal) e Enunciado nº 473 da Súmula do STF.
(C) a pena aplicável pela Administração é aquela prevista em lei e só pode ser substituída
por decisão judicial.
(D) a Administração tem discricionariedade para eleger entre duas ou mais penas
legalmente previstas, e o Judiciário pode substituir por outra a pena aplicada, caso
demonstrada a prática de abuso de poder ou desvio de finalidade.
RESPOSTA: A
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COMENTÁRIOS
(A) seu efetivo exercício pode ser transferido pelo titular a outro órgão ou agente de
igual ou superior nível hierárquico, sem possibilidade de retomada e desde que a lei o
preveja.
(B) como são estabelecidas com caráter de instrumentalidade para cumprir o interesse
público, podem ser modificadas de acordo com o juízo de conveniência e oportunidade
do superior hierárquico.
(C) seu efetivo exercício pode ser delegado do superior hierárquico ao subordinado, com
possibilidade de retomada pelo delegante e desde que a lei o preveja.
(D) não exercidas pelo titular no prazo legal, devem ser avocadas por agente de igual ou
superior nível hierárquico.
RESPOSTA: C 107
COMENTÁRIOS
Questão antecipada em nosso curso de Reta Final TJ/SP 188 (rodada de processo
administrativo e aulão de véspera online - slide 11).
(A) não tem natureza absoluta, e sua observância poderá ser dispensada quando se faça
necessário para assegurar a escolha da proposta mais vantajosa pela Administração.
(B) deve ser observado com mitigação do formalismo de modo a possibilitar que sejam 108
superados eventuais vícios formais que não importem prejuízo ao interesse coletivo ou
aos demais licitantes.
(C) tem natureza absoluta e deve ser observado em consonância com o formalismo
estrito que caracteriza o procedimento licitatório.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
Questão antecipada em nosso curso Reta Final TJ-SP 188 (rodada de licitações).
Rigor formal no exame das propostas dos licitantes não pode ser
exagerado ou absoluto, sob pena de desclassificação de
propostas mais vantajosas, devendo as simples omissões ou
irregularidades na documentação ou na proposta, desde que
irrelevantes e não causem prejuízos à Administração ou aos
concorrentes, serem sanadas mediante diligências. (TCU,
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Acórdão nº 2302/2012-Plenário)
(B) não tem direito às diferenças de vencimentos de um e outro cargo, porque vedado
ao Judiciário conceder equiparação ou aumento de vencimentos com base na isonomia.
(D) tem direito ao reenquadramento para o cargo exercido de fato, se houver previsão
legal, além da remuneração correspondente a partir daquele ato e indenização
correspondente às diferenças remuneratórias relativas ao período pretérito.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
(A) a licitação deve observar uma das modalidades previstas na Lei no 8.666/93.
(C) é vedada a chamada manifestação de interesse por pessoa física ou jurídica de direito
privado. 111
(D) deve ser feita mediante licitação na modalidade concorrência.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
Questão parcialmente antecipada em nosso MATERIAL DA TURMA DE RETA FINAL (aulão
de véspera online, slide 27).
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
Questão antecipada (Letra Correta) em nosso MATERIAL DA TURMA DE RETA FINAL TJ-
SP 188 (rodada de Improbidade Administrativa).
(B) INCORRETA. No caso de obra superfaturada, cabe restituir ao erário o exato prejuízo
verificado, correspondente ao sobrepreço, ao excesso praticado em desfalque ao
patrimônio público. Não há que se falar, então, em perda do valor (integral) do contrato,
sob pena de enriquecimento ilícito da Administração Pública, quanto ao montante
efetivamente devido. Para além disso, não há qualquer previsão da “perda do valor do
contrato” como sanção na Lei de Improbidade.
(A) ela não se afasta pela culpa exclusiva da vítima, uma vez que é suficiente para sua
caracterização o nexo causal entre o ato do agente público e o dano.
(B) não haverá dever de indenizar nos casos em que o princípio da igualdade de todos
na distribuição dos ônus e encargos sociais deva ceder diante do interesse da
continuidade do serviço ou da intangibilidade da obra pública.
(C) se lícito o ato do agente público que causou o dano, este só implicará dever de
indenizar se for antijurídico, ou seja, anormal e especial.
(D) não há nexo causal entre a conduta da Administração e o dano decorrente de força
maior, razão pela qual em tal situação não se pode falar em dever de indenizar, ainda
que provado que a culpa anônima do serviço concorreu para o evento.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
(A) INCORRETA. A culpa exclusiva da vítima, assim como todas as demais excludentes da
responsabilidade civil, quebra o nexo de causalidade, produzindo por si só o resultado
danoso, afastando, por conseguinte, a responsabilidade civil do Estado.