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IMPORTANTE!!! Não importa o tipo societário, pode ser limitada, sociedade anônima, em nome
coletivo, em comandita simples, não importa! A responsabilidade que UM SÓCIO TEM PERANTE A
SOCIEDADE, perante a pessoa jurídica, SEMPRE será SUBSIDIÁRIA (regra geral). O sócio tem o
chamado benefício de ordem. O benefício de ordem traz uma ordem que deve ser seguida: primeiro
devem ser perseguidos os bens da sociedade e só depois os dos sócios. Então, se uma sociedade
tem uma dívida, primeiro responderá por essas dívidas, os bens sociais, os bens da sociedade. Se
esses bens não são suficientes para saldar o passivo é que, então, devem ser perseguidos os bens
dos sócios. É a regra de responsabilidade subsidiária. Isso está no art. 1.024, do Código Civil.
Na sociedade em comum, também vale essa regra de primeiro virem os bens da sociedade e
depois os bens dos sócios.
Lembrar!!! O empresário individual (que não é sociedade) responde direta e ilimitadamente perante
os credores. Empresário individual não é sociedade.
IMPORTANTE!!! Lembre-se que a regra da responsabilidade subsidiária é entre sócio e sociedade. A
responsabilidade que o sócio tem perante os demais sócios é uma responsabilidade solidária. Isso
significa que se uma pessoa jurídica (sociedade em comum) tem três sócios, se os bens da
sociedade não são suficientes para saldar a dívida, não será preciso respeitar a proporcionalidade
das cotas dos sócios (se um tem 20, outro 30 e o outro 50). Eu posso cobrar a totalidade da dívida de
apenas um deles porque, entre eles a responsabilidade vai ser solidária.
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IMPORTANTE!!! Aquele sócio que contratou pela sociedade não pode alegar benefício de ordem. Só
podem alegar benefício de ordem, os demais sócios.
Lembrando, só não terá esse benefício, o sócio que contratou pela sociedade.
O art. 988, do Código Civil, trata do patrimônio da sociedade em comum, chamando esse
patrimônio de patrimônio especial, e diz que quem vai ser o titular desse patrimônio são os sócios
da sociedade. Portanto, os sócios serão co-titulares do patrimônio especial. De fato, pode-se dizer
que o patrimônio social da sociedade em comum é formado por todos os bens que estão
diretamente afetados ao exercício da atividade constitutiva do objeto social.
ENUNCIADO 210 III – Art. 988: O patrimônio especial a que se refere o art.
988 é aquele afetado ao exercício da atividade, garantidor de terceiro, e de
titularidade dos sócios em comum, em face da ausência de personalidade
jurídica.
Obs. A sociedade em conta de participação é uma sociedade que só existe internamente, ou seja,
entre os sócios. Perante terceiros, só aparece o sócio ostensivo.
Então, na sociedade em conta de participação, há duas categorias de sócios;
II) Sócio participante – Quando vai falar do sócio participante, também chamado de sócio oculto,
diz o Código Civil que ele só participa dos resultados.
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Obs. Art. 993 CC. Se os sócios participantes aparecerem perante terceiros em determinadas
negociações, ou seja, se atuarem junto com o sócio ostensivo, responderão solidariamente com o
sócio ostensivo por essa negociação.
IMPORTANTE!!! A regra do art. 985, do Código Civil: uma sociedade só vai adquirir personalidade
jurídica, se faz o registro no órgão competente.
EXCEÇÃO!!! Sociedade em conta de participação.
IMPORTANTÍSSIMO!!! Ainda que eu leve para registrar o contrato de uma sociedade em conta de
participação, ela continua sendo uma não personificada.
Dispõe o art. 995 CC que salvo estipulação em contrário, o sócio ostensivo não pode admitir
novo sócio sem o consentimento expresso dos demais.
O que define uma sociedade como empresária ou simples é o seu OBJETO SOCIAL: se
este for explorado com empresarialidade a sociedade será empresária; ausente a empresarialidade,
ter-se-á uma sociedade simples.
Lembrar!!! Sociedade em comum é aquela que não foi levada a registro (não personificada).
EXCEÇÃO!!! Art. 982 Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a
sociedade por ações; e, simples, a cooperativa.
A sociedade empresária DEVE ser constituída em um desses tipos societários (em nome
coletivo, comandita, anônima e limitada).
Já a sociedade simples, PODE constituir-se conforme um desses tipos de sociedade. Caso
contrário, obedecerá às normas que lhe são próprias.
Se for sociedade empresária – O registro tem que ser feito na Junta Comercial
Se for sociedade simples – O registro tem que ser feito no Registro Civil de Pessoa
Jurídica, que é o famoso Cartório.
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2ª Exceção: Cooperativa. Em que pese ser sociedade simples, tem que ser registrada na
junta comercial. A Lei 8.934/94, no seu art. 32, diz que a cooperativa tem que ter registro na
junta comercial.
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A intenção da norma é proibir apenas a participação dos cônjuges casados sob tais
regimes numa mesma sociedade, nada impedindo, pois, que alguém casado sob o regime de
comunhão universal ou separação total obrigatória contrate, sozinho, sociedade com terceiro.
ENTÃO, o que se impede é a participação dos dois cônjuges quando casados num dos dois
regimes em questão, numa mesma sociedade.
IMPORTANTE!!! ENUNCIADO III 204 – Art. 977: A proibição de sociedade entre pessoas casadas
sob o regime da comunhão universal ou da separação obrigatória só atinge as sociedades
constituídas APÓS a vigência do Código Civil de 2002.
A sociedade simples pura é uma sociedade contratual. Ela é constituída por meio de um
contrato social e tem seu regime de dissolução previsto no CC.
Esse contrato social deve ser escrito porque os sócios deverão levá-lo a registro no órgão
competente, que, no caso da sociedade simples pura, é o cartório de registro civil das pessoas
jurídicas.
A sociedade simples pura pode ter como sócios tanto pessoas físicas quanto pessoas
jurídicas.
Obs. A sociedade simples pura pode usar denominação social ou firma social.
IMPORTANTE!!! Quanto ao objeto social, a sociedade simples pura, embora exerça atividade
econômica e possua finalidade lucrativa, NÃO poderá explorar atividade empresarial, já que nesse
caso a sociedade seria empresária, devendo registrar-se na junta comercial.
O capital social deve ser sempre expresso em moeda corrente nacional, e pode compreender
dinheiro ou bens suscetíveis de avaliação pecuniária. Capital social é o montante de contribuições
dos sócios para a sociedade, a fim de que ela possa cumprir seu objeto social.
Numa sociedade simples pura o capital é dividido em quotas, e todos os sócios tem o dever
se subscrever parcela do capital social e de integralizar essa parcela subscrita, contribuindo
efetivamente nas quotas adquiridas. Todos os sócios tem o dever de adquirir quotas da sociedade e
de pagar pelas respectivas quotas.
IMPORTANTE!!! O modo de integralizar as quotas pode ser feito de várias formas: com bens,
dinheiro e etc. ADMITE-SE ATÉ MESMO CONTRIBUIÇÃO EM SERVIÇOS.
De acordo com o art. 1.005 do CC, o sócio que, a título de quota social, transmitir domínio,
posse ou uso, responde pela evicção; e pela solvência do devedor, aquele que transferir crédito.
Atenção!!! Dispõe o art. 1.006 CC, o sócio, cuja contribuição consista em serviços, não pode, salvo
convenção em contrário, empregar-se em atividade estranha à sociedade, sob pena de ser privado
de seus lucros e dela excluído.
Prescreve o art. 1.004 CC que, os sócios são obrigados, na forma e prazo previstos, às
contribuições estabelecidas no contrato social, e aquele que deixar de fazê-lo, nos trinta dias
seguintes ao da notificação pela sociedade, responderá perante esta pelo dano emergente da mora.
Ao sócio que está em mora quanto a integralização de sua quota dá-se o nome de remisso. E
nos termos do parágrafo único do art. 1.004, “verificada a mora, poderá a maioria dos demais sócios
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CC Art. 1031
§ 1o O capital social sofrerá a correspondente redução, salvo se os demais
sócios suprirem o valor da quota.
As sociedades atuam por intermédio de seus respectivos administradores, que são seus
legítimos representantes legais (teoria da representação); ou, como preferem alguns, seus
representantes legais (teoria orgânica).
Lembrar!!! SOCIEDADE SIMPLES PURA não pode ser administrada por pessoa jurídica (mas pode
ter PJ como sócia) e o capital pode ser integralizado por serviços.
A atividade do administrador é personalíssima. O máximo que se permite é a delegação de
certas atividades a mandatário.
O contrato social deve designar os administradores e estabelecer seus poderes e
atribuições. Caso o contrato social não designe expressamente seus administradores, aplica-se o art.
1013 CC.
Da mesma forma que os sócios devem contribuir para a formação do capital, é também
requisito especial de validade do contrato a garantia de que todos eles participem dos resultados
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sociais. Vale lembrar também, que os sócios devem dividir não apenas os lucros, mas também
eventuais prejuízos.
IMPORTANTE!!! É vedada a chamada cláusula leonina, a qual, se existente, será nula de pleno
direito.
Os sócios podem estipular a forma de como será feita a distribuição dos lucros da sociedade.
Todavia, se o contrato social for omisso, aplica-se o art. 1.007 CC.
Art. 1.007. Salvo estipulação em contrário, o sócio participa dos lucros e das
perdas, na proporção das respectivas quotas, mas aquele, cuja contribuição
consiste em serviços, somente participa dos lucros na proporção da média do
valor das quotas.
A sociedade simples pura é uma pessoa jurídica, possuindo assim personalidade jurídica.
Dessa forma, ela responde pelas suas obrigações com seus bens sociais (princípio da autonomia
patrimonial).
Art. 1.024. Os bens particulares dos sócios não podem ser executados por
dívidas da sociedade, senão depois de executados os bens sociais.
Lembrar!!! Empresário individual não é pessoa jurídica e responde direta e ilimitadamente com seus
bens.
IMPORTANTE!!! Mas por se tratar de uma sociedade contratual, a responsabilidade dos sócios,
quanto às obrigações sociais, é ILIMITADA, ou seja, caso os bens sociais não sejam suficientes para
saldar o passivo da sociedade, os credores poderão executar o restante da dívida no patrimônio dos
sócios.
O contrato social não é imutável, podendo ser alterado conforme a vontade do sócio.
Caso a alteração do contrato social seja referente a alguma matéria relacionada no art. 997
CC, esta dependerá de aprovação unânime.
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Art. 999. As modificações do contrato social, que tenham por objeto matéria
indicada no art. 997, dependem do consentimento de todos os sócios; as
demais podem ser decididas por maioria absoluta de votos, se o contrato não
determinar a necessidade de deliberação unânime.
IMPORTANTE!!! Art. 1003 Parágrafo único. Até DOIS ANOS depois de averbada a modificação do
contrato, RESPONDE O CEDENTE SOLIDARIAMENTE COM O CESSIONÁRIO, perante a
sociedade e terceiros, PELAS OBRIGAÇÕES QUE TINHA COMO SÓCIO (diferente do TRESPASSE
que prevê responsabilidade de UM ANO).
Resumindo!!! Prazo para responsabilidade:
Trespasse: 1 ano
Cessão de quotas: 2 anos
Atenção!!! Lembrar aspectos da sucessão empresarial.
I) Responsabilidade do adquirente
O art. 1.146, do Código Civil trata da sucessão empresarial. Esse artigo diz que o adquirente
responde, sim, pelas dívidas anteriores, só que faz uma ressalva. Diz assim: RESPONDE DESDE
QUE A DÍVIDA ESTEJA REGULARMENTE CONTABILIZADA. E se não estiver contabilizada? O
adquirente não responde. Se estiver contabilizada, ele pode, inclusive, diminuir o valor do que ele iria
pagar diante da dívida contabilizada que terá que assumir.
EXCEÇÃO!!! Essa regra do art. 1.146 não se aplica nos seguintes casos:
Dívida trabalhista – Neste caso, quem assume as obrigações, mesmo que não
contabilizadas, é o adquirente.
Dívida tributária – Cai na regra do art. 133, do CTN.
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CTN Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de
outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial,
industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma
ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, RESPONDE (a regra é
sempre responder) PELOS TRIBUTOS, relativos ao fundo ou
estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato:
I - INTEGRALMENTE, se o alienante cessar a exploração do comércio,
indústria ou atividade;
II - SUBSIDIARIAMENTE com o alienante, se este prosseguir na exploração
ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade
no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão.
Então, para toda dívida que não seja tributária ou trabalhista aplica-se a regra do art. 1.146,
do Código Civil. Essa é a responsabilidade de quem comprou.
Atenção!!! A responsabilidade do art. 1.146 do CC é solidária; a responsabilidade do art. 133 do CTN
é integral ou subsidiária.
Art. 1.003.
Parágrafo único. Até 2 (dois) anos depois de averbada a modificação do
contrato, responde o cedente solidariamente com o cessionário, perante a
sociedade e terceiros, pelas obrigações que tinha como sócio.
Art. 1.010. Quando, por lei ou pelo contrato social, competir aos sócios decidir
sobre os negócios da sociedade, as deliberações serão tomadas por
MAIORIA (ABSOLUTA) de votos, CONTADOS SEGUNDO O VALOR DAS
QUOTAS DE CADA UM.
§ 1o Para formação da maioria absoluta são necessários votos
correspondentes a mais de metade do capital (não se refere ao número de
sócios votantes, mas tão somente ao valor das quotas).
§ 2o Prevalece a decisão sufragada por maior número de sócios no caso de
empate, e, se este persistir, decidirá o juiz.
§ 3o Responde por perdas e danos o sócio que, tendo em alguma operação
interesse contrário ao da sociedade, participar da deliberação que a aprove
graças a seu voto.
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Somente os nomes dos sócios comanditados podem constar na firma social, uma vez que
eles respondem ilimitadamente pelas obrigações da sociedade.
Além das hipóteses previstas no art. 1.033 CC, a sociedade em comandita simples se
dissolve nas hipóteses do art. 1.051 CC:
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II - NOME EMPRESARIAL
1. PREVISÃO LEGAL:
A) art. 5º, XXIX, CF/88: a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário
para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas,
aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o
desenvolvimento tecnológico e econômico do País;
B) arts. 1.155 a 1.168, CC
2. CONCEITO:
elemento de identificação no cenário empresarial.
3. MODALIDADES:
A) Firma: individual ou social (razão social)
B) Denominação
4. APLICAÇÃO/COMPOSIÇÃO:
a) FIRMA INDIVIDUAL:
*aplicação: para empresário individual
*composição: (art. 1.156, CC)
OBRIGATÓRIO FACULTATIVO
Nome do empresário 1) Pessoa
(completo ou abreviado) 2) Ramo da atividade
Ex.: Frederico Roma
F. Roma
Frederico Roma Lava Rápido
c) DENOMINAÇÃO:
*aplicação: sociedade composta por sócios com resp. LIMITADA
*composição:
OBRIGATÓRIO OBRIGATÓRIO
Elemento fantasia (expressão Ramo da atividade
lingüística que
não se confunde com nome fantasia)
Ex.: Gato Preto distribuidora de bebidas
Festa Fácil comércio de bolos e doces
Obs.: excepcionalmente poderá constar nome de fundados, acionista ou pessoa que haja
contribuído para o sucesso da atividade empresarial.
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5. ANÁLISE INDIVIDUALIZADA
6. EXCEÇÕES
Casos em que se pode usar tanto firma como denominação.
1º sociedade limitada (art. 1158, CC)
FIRMA
Ex.: Renato Alves e Sandro Melo LIMITADA/LTDA
Sorveteria
R. Alves e Cia Sorveteria
DENOMINAÇÃO
Ex.: Sorvete Sensacional Sorveteria
Sabor de Verão Sorveteria
Obs.: se omitir a expressão LTDA na operação?
Art. 1158, §3º, CC: resp. solidária e ilimitada dos administradores que assim empregarem
firma/denominação.
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Obs.: doutrina prevê possibilidade de alienação de denominação que não contenha nome dos
sócios.
b) Novo e verdadeiro (art. 1167, CC)
Lei 8934/94, art. 33, previsão de obediência aos princípios da novidade e da veracidade para
os nomes empresariais.
Se ocorrer coincidência: quem registrou primeiro é o titular do direito de uso do nome
empresarial dentro daquele Estado. Para tanto deve ajuizar ação para anulação da inscrição
do nome empresarial A QUALQUER TEMPO.
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