Luane Silva Nascimento

FACULDADE EVANGÉLICA RAÍZES

PROFESSORA LUANE S. NASCIMENTO
DIREITO EMPRESARIAL I

Teoria Geral do Direito Societário. Sociedades Não Personificadas (Sociedade em

Comum e Sociedade em Conta de Participação).

Caríssimos alunos, neste material vocês estudarão essas disciplinas e seus principais
aspectos legais e doutrinários.
Aproveitem a leitura e contem comigo para esclarecimento de dúvidas no nosso Fórum de
Dúvidas.
Aguardo vocês!
Professora Luane Nascimento

TEORIA GERAL DO DIREITO SOCIETÁRIO

Generalidades
Mesmo com a evolução e todos os benefícios do chamado “mundo moderno” há certa
dificuldade na identificação de uma noção precisa da realidade referenciada mediante o
emprego da dicção “empresa”. Na verdade o termo peca pela indeterminação. A
significação do vocábulo costuma variar sistematicamente, de acordo com o contexto no
qual foi inserido.

Para Silveira Bueno empresa é: “Negócio; associação para explorar uma atividade
econômica, associação mercantil; companhia.”

Para o ilustre prof. Miguel Reale empresa é:

“A organização dos fatores de produção, isto é, natureza, capital e trabalho, no exercício
da atividade econômica que promove a produção e a circulação de bens ou de serviços,
com a finalidade lucrativa. Ela é marcada pela profissionalidade”.

Para a Professora, a sociedade empresária consiste numa entidade constituída por no

mínimo duas pessoas com objetivos econômicos, que desenvolve alguma atividade que
contenha elemento de empresa. No entanto, não é de se olvidar que o artigo 1.052, § 1º,
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Autora sujeitará o infrator às penalidades da Lei 9.610/1998 – Lei da Propriedade Intelectual.
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do Código Civil, que foi incluído pela Lei 13.874/2019, dispôs sobre a possibilidade de
constituição de sociedade limitada unipessoal, ou seja, a sua formação se dará por
apenas um sócio com a responsabilidade limitada ao patrimônio social.

Personificação das sociedades empresárias

Fabio Ulhôa assevera que a pessoa jurídica não se confunde com as pessoas que a
compõem. Este princípio, de suma importância para o regime dos entes morais, também
se aplica à sociedade empresária, uma vez que ela possui personalidade jurídica distinta
da de seus sócios, ou seja, são pessoas inconfundíveis, independentes entre si.

CLASSIFICAÇÃO LEGAL E FORMAS DE RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS E DAS

SOCIEDADES EMPRESARIAIS
Dependendo do critério estabelecido, existem várias formas de classificação das
sociedades que desenvolvem atividade econômica, tais como:

• Sociedades empresariais e não empresariais (sociedades econômico-civis);

• Sociedades contratuais e institucionais;
• Sociedades de pessoas e de capital;
• Sociedades de responsabilidade limitada, ilimitada e mista;
• Sociedades por quotas (cotas) e por ações;
• Sociedades nacional e estrangeira;
• Sociedades personificadas e não personificadas;
• Sociedades industriais, comerciais, rurais, de prestação de serviços;
• Sociedades públicas, privadas e de economia mista;
• Sociedades familiares e não-familiares, dentre outras.

O Código Civil de 2002 optou por classificar as sociedades em personificadas e não

personificadas prescrevendo sobre as classificações e formas de responsabilidade nos
artigos 981 e ss.

Notas:
• Por sociedade personificada entenda a que tem registro, personalidade jurídica,
CNPJ, nome empresarial. Por outro lado, as que não possuem esses atributos são as
sociedades não personificadas.

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Sociedades não personificadas

a) Sociedade em comum (Arts. 986 ao 990).

• Ressalvadas as novidades e melhoramentos, este tipo societário corresponde às
antigas sociedades de fato;
• Responsabilidade do patrimônio especial ou afetado com titularidade comum a
todos os sócios;
• Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais,
excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que contratou pela
sociedade.

b) Sociedade em conta de participação (Arts. 991 ao 996).

• Conhecidas como sociedades de “contrato de gaveta”;
• Tem duas modalidades de sócios: o ostensivo e o oculto. A atividade constitutiva
do objeto social é exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome individual e
sob sua própria e exclusiva responsabilidade;
• Obriga-se perante terceiro tão-somente o sócio ostensivo; e, exclusivamente
perante este, o sócio participante, nos termos do contrato social.
• O sócio oculto, excepcionalmente, poderá se responsabilizar perante terceiros, caso
pratique atos de gestão ou se tomar parte nas relações do sócio ostensivo com os
terceiros, ocasião em que o sócio oculto responderá solidariamente pelas obrigações em
que intervier.

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