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VARGINHA / MG
2013
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RESUMO
ABSTRACT
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We had a legal advance that, after several failed attempts to enter the Brazilian legal
system any chance of limiting the personal liability of the individual entrepreneur, the
Law n. 12.441/2011 was published in the Official Gazette (DOU), which was in
circulation on 12/07/2011, and is a regular individual limited liability company or,
briefly, "EIRELI." This new legal institution authorizing a particular person to be
natural entity for the operation of the company without the need to join any partner,
and doing thus ending corporations incorporated "oranges". After all, before Law n.
12.441/2011 the individual entrepreneur had no choice: if he wanted to explore
certain company, without the collaboration of partners, would be risking all his
personal assets making the attachable. This monograph is a humble claim to
analyze, critically, positively and negatively, some aspects, characteristics,
comparisons of the legal regime of EIRELI with other similar institutes, addressing its
historical creation and review this institute that exists in other countries. Finally,
EIRELI was inaugurated with the recent enactment of Law nº 12.441/2011 in January
2012.
INTRODUÇÃO
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Após uma breve na história acerta da lei 12.441/2011, vale apena discutir que a
primordial novidade introduzida, encontra-se na limitação de responsabilidade outorgada à
pessoa física isoladamente, o que permite analisar os aspectos da atividade empresarial,
incluído seu risco, de forma consideravelmente mais detalhada e segura.
5 (Artigo 146, II e 150 do Decreto n.º 3.000/1999, artigo 4º da Lei 7.689/1988 e artigo 2º, I,
da Lei n.º 9.715/1998.)
7 SALOMÃO FILHO, Calixto. O novo direito societário. 4. ed. São Paulo: Malheiros, 2011, p. 231.
Nesta obra, o autor discorre acerca das diferentes teorias sobre o patrimônio e a subjetividade
jurídica da empresa (ou do estabelecimento, na forma da lei portuguesa), identificando como as
formas societárias trazem as vantagens da perpetuidade ou continuidade da empresa e sua
transferibilidade, traços claramente incorporados ao regime brasileiro da EIRELI.
Com as modificações advindas pela Lei nº 12.441/2011 no nosso Código Civil que
trouxe no caput do artigo 980-A do Codex, "a empresa individual de responsabilidade
limitada será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social,
devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo
vigente no País", tal qual é a vantagem da limitação de responsabilidade que abandonou a
exclusividade das sociedades.
Com efeito, a limitação de responsabilidade, que decorre da separação do
patrimônio entre a pessoa titular e a EIRELI, tem sua previsão legal no artigo 1.052
do Código Civil. Ou seja, figura idêntica àquela aplicável aos sócios da sociedade
limitada, com a diferencial de que a titularidade da EIRELI não necessitar de sócios
para responder solidariamente por eventual não integralização do capital.
A redação original do Projeto de Lei nº 18/2011, que expressamente previa
em seu artigo 2º, parágrafo 4º, que:
Assim sendo, e com base no artigo 2º, parágrafo 6º, da Lei nº 12.441/2011, o
qual prevê que "aplicam-se à empresa individual de responsabilidade limitada, no
que couber, as regras previstas para as sociedades limitadas", e diante de uma
leitura aprofundada o que se pode concluir é que poderão recair sobre os bens do
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Este é um aspecto merece uma sinuosa reflexão, pois precisamos entender que a
fixação de um valor mínimo é necessário, já que existe de fato uma separação entre o
patrimônio aplicado na atividade econômica exercida pela EIRELI e o patrimônio pessoal
particular do seu único sócio e também este capital mínimo é para atingir o patamar de
investimento inicial do empresário para suportar o ônus da atividade empresarial, mas, fixar
esse valor em cima do salário-mínimo não é o mais cabido.
O artigo 7º, inciso IV de nossa Constituição Federal é nítido ao destacar que
“salário-mínimo, fixado em lei..., vedada sua vinculação para qualquer fim”, sendo que o
legislador ao estipular que o capital social não poderá ser inferior a 100 vezes o “maior
salário-mínimo vigente no país” não considerou que muitos doutrinadores e até
jurisprudência atribuem ao piso salarial fixado no inciso V do artigo 7º da Carta Magna e na
Lei Complementar n.º 103/00 com texto “Art. 1o Os Estados e o Distrito Federal ficam
autorizados a instituir, mediante lei de iniciativa do Poder Executivo, o piso salarial de que
trata o inciso V do art. 7o da Constituição Federal para os empregados que não tenham piso
salarial definido em lei federal, convenção ou acordo coletivo de trabalho”, nos termos de
suas legislações internas. Temos diversos exemplos como o estado do Rio de Janeiro, onde
o piso salarial foi reajustado em 14,13% pela Lei 6.163/2012 de 10/02/2012 e que esta
fixação não foi embasada em estudos sobre a capacidade econômico-financeira dos
prováveis interessados nesta espécie tributária.
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Nome Empresarial
ASPECTOS TRIBUTÁRIOS
Neste aspecto, vale ressaltar que a EIRELI, como uma espécie de empresa
(empresário individual ou sociedade empresária, dependendo de comportamento adotado e
de seu sócio único), também pode gozar do SIMPLES NACIONAL10, regime tributário das
microempresas (ME) e das empresas de pequeno porte (EPP), desde que se enquadre
como uma delas. Além do SIMPLES, a EIRELI também pode optar pelo enquadramento nos
seguintes regimes tributários: lucro real 11, lucro presumido12.
Para fins, o tratamento no aspecto de modalidade empresária não se aplica ao caso,
mas sim sua classificação para fins tributários.
Como se vê, a Lei Complementar n.º 123, de 14 de dezembro de 2006, criou o
Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, trazendo prescrições
de natureza societária e tributária, principalmente, e atendendo as previsões constitucionais
conforme a leitura abaixo dos artigos 146, inciso III, alínea "d", e 170, inciso IX:
No dia 10 de novembro de 2011 foi editada a Lei Complementar n.º 139, que, entre
as várias alterações na legislação da Microempresa, incorporou às modificações inseridas
no Código Civil pela Lei n.º12.441/2011 para possibilitar expressamente esse
enquadramento:
Aspectos econômicos
Neste tópico, como já visto anteriormente, a EIRELI trouxe avanço no que tange ao
avanço econômico, pois, a limitação da responsabilidade outorgada à pessoa física na figura
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Este dispositivo confirma que o veto presidencial não seria conveniente, visto
que limitar a responsabilidade patrimonial dos sócios, é uma previsão expressa nos
dispositivos aplicáveis às sociedades limitadas.
Art. 102. O falido fica inabilitado para exercer qualquer atividade empresarial
a partir da decretação da falência e até a sentença que extingue suas
obrigações, respeitado o disposto no § 1º do art. 181 desta Lei. Parágrafo
único. Findo o período de inabilitação, o falido poderá requerer ao juiz da
falência que proceda à respectiva anotação em seu registro.
Então, assim, somente após o decurso dos prazos dos incisos III ou IV, ou diante a
da raríssima hipótese de pagamento integral de todos os créditos existentes ou da possível
ocorrência de pagamento de mais de 50% (cinquenta por cento) dos créditos quirografários,
poderá o falido requerer em juízo a sentença que declare a extinção de suas obrigações
conforme o artigo 159, para finalmente desabilitar o impedimento do artigo 102.
Veja, a continuação das obrigações não atinge os sócios da sociedade falida, e
também não atingirá o titular da EIRELI, salvo as hipóteses de identificação superveniente
de bens que foram irregular ou ilicitamente alienados, ou créditos de direito do falido em
recebimento judicial ou não, podendo ser exigidos pelos credores que ainda não tenham
recebido na concorrência falimentar. Mas os prazos do artigo 158 em nada poderão impedir
o titular da empresa individual de responsabilidade limitada - EIRELI de exercer outra
profissão ou mesmo especular e titularizar quotas ou ações em outras sociedades
empresárias. E, conforme já dito, poderá sim realizar na junta comercial sem qualquer
impedimento nova inscrição de empresário individual, só não podendo criar nova empresa
individual de responsabilidade limitada - EIRELI, em face do impedimento de figurar em uma
empresa individual por vez, conforme a nova redação do artigo 980-A, parágrafo 2º do
Código Civil.
CONCLUSÃO
Mas, contudo, o regime jurídico da EIRELI, instituído pela Lei 12.441/2011, é passível
de algumas críticas. Uma dessas críticas é quanto à imposição de um piso para o capital
inicial, que não pode ser inferior a 100 (cem) salários mínimos, visto que igual restrição não
é imposta às sociedades e, poderá ser facilmente contornada na prática.
Agora, quanto às nomenclaturas adotadas, algumas delas não se enquadram bem
no mundo jurídico. Sendo a EIRELI uma nova modalidade de pessoa jurídica, não é
justificada a utilização de nomenclaturas exclusivas das sociedades, como “capital social” e
“denominação social”. Por outro lado, sendo um sujeito de direito autônomo, com direitos e
obrigações próprios, deveria o Legislador ter nominado-a de “empresário individual de
responsabilidade limitada” – dessa forma haveria preservação dos princípios que norteiam a
teoria jurídica da empresa adotada pelo Código Civil. Ademais, totalmente inócua a
autorização para a constituição de EIRELI para explorar os reflexos econômicos de direitos
autorais.
Porém, é preciso reconhecer que, na prática empresarial, a nomenclatura é o que
menos importa. O que é realmente relevante, é a diminuição de custos e riscos com o
propósito de incentivar o ingresso de mais agentes empresariais no mercado. É verdade que
não há empresa sem risco. Porém, também é verdade que quanto mais puder nossa
legislação diminuir os riscos de perda patrimonial daqueles que se aventuram a produzir ou
circular bens ou serviços para o mercado, mais teremos pessoas estimuladas a exercerem
empresa.
É importante frisar que, muitas vezes, o insucesso da atividade empresarial
não deve ser atribuído a um agir doloso ou culposo do explorador da atividade. A
crise econômica que assola determinado empresário ou sociedade empresária pode
decorrer de diversos fatores como, por exemplo, condições de mercado, mudanças
na economia e na política.
Assim, nos parece justo impedir a limitação da responsabilidade, e extinguir a
figura que colocava em risco o patrimônio pessoal da pessoa física, por meio do
empresário individual, apenas para dar maiores garantias e satisfazer os credores. A
inexistência de previsão legal de uma figura como a EIRELI acabava por estimular
a criação de sociedades de fachada, em que apenas um dos sócios era, de fato,
participante das atividades da pessoa jurídica, ou até mesmo levava o indivíduo a
não explorar a empresa.
Razões estas que podemos agradecer aos idealizadores do projeto de lei,
que, foram imprescindíveis para nos trazer a mudança legislativa.
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com esse privilégio, pois o empresário, conta com laranjas que apenas garantem a
pluralidade de sócios, sendo na prática ele próprio o administrador e comandante do
negócio, constituindo uma irregularidade. E por último, espera-se que esse novo
instrumento posto à disposição do segmento empresarial seja amplamente utilizado,
e com isso, conseqüentemente, mais empresas sejam iniciadas e movimentem,
aqueçam a economia brasileira de forma próspera, positiva, ajudando o progresso
nacional, social e até político.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SALOMÃO FILHO, Calixto. O novo direito societário. 4. ed. São Paulo: Malheiros,
2011.