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[...] nos dias atuais, o exercício regular do comércio depende quase de inteiramente da
vontade do Estado que orienta e limita as atividades mercantis de forma soberana. –
pág. 03
Não se pode, com segurança, dizer que houve um Direito Comercial na mais remota
antiguidade. – pág. 04
[...] o ato comercial começa quando alguém compra um bem, produzido por outro ou
quando alguém, ponto em circulação o bem que produz, vende-o a outrem por um preço
superior ao seu custo, o que atesta o intuito de lucro. – pág. 12
Não é mais aceitável, desse modo, a teoria que vê no Direito Comercial apenas o
conjunto de normas reguladoras das atividades dos comerciantes. – pág. 21
O critério, assim para conceituar o direito comercial como o que ampara os atos de
comércio não pode ser aceito, porque os atos de comércio carecem de uma
caracterização científica. – pág. 21
O problema, como se vê, é de difícil solução e só será resolvido, a nosso ver, quando o
ato de natureza econômica servir de base de para o Direito Comercial, qualquer que seja
a origem ou destinação do ato. – pág. 23
[...] teremos de nos contentar com a categorização dos atos de comércio em atos de
comércio subjetivos ou por natureza e os atos de comércio objetivos ou por força da lei
– sem dúvida um critério arbitrário de defeituoso, mas, de qualquer forma, devemos
acatá-lo por imposição legal. – pág. 64
[...] a matrícula obrigatória dos comerciantes foi abolida pela Lei nº 2.662, de 9 de
setembro de 1875, que suprimiu os Tribunais de Comércio, determinando, em sua
substituição que fossem criadas as Juntas Comerciais, sem conservar, contudo, aquela
obrigatoriedade de matrícula estatuída pelo art 4º do Código Comercial. – pág. 74
Na Itália temos a sociedade com único sócio (società con un solo socio) que funciona na
modalidade de empresa individual e mantém a atividade no exercício do seu titular [...]
– pág. 75
[...] nas sociedades que usam denominação, as obrigações serão assumidas debaixo
dessa denominação, não sendo facultado aos sócios ou administradores usar de
expressão diversa da denominação. – pág. 78
A firma poderá ser modificada [...] se a sociedade se alterar pela retirada ou morte de
alguns dos sócios, figurando na firma o nome do sócio que se retirou ou faleceu, a firma
deverá ser alterada [...] se um sócio se retirar de uma sociedade e o seu nome, contudo,
perdurar na firma, continuará a responder pelas obrigações assumidas até o momento
em que se verificar a modificação. – pág. 80
A firma [...] não pode ser cedida. No entanto, havendo concessão do estabelecimento
comercial a que ela está ligada, a firma pode acompanhá-lo, se assim concordar seu
titular. – pág. 80
[...] o exame feito nos livros pelos agentes do fisco não é a mesma coisa que a exibição
dos mesmos livros, feita pelos comerciantes, em determinados casos. A exibição é
judicial, só pode ser processada em juízo, a requerimento das partes e observadas
determinadas circunstâncias. – pág. 91
A lei é rigorosa nesse sentido e não admite o transporte dos livros comerciais para fora
do domicílio do comerciante, ainda que ele nisso convenha. – pág. 92
Assim, fica o contador isento de responsabilidade por atos fraudulentos praticados pelo
comerciante, desde que a escrituração tenha sido feita em face dos documentos
fornecidos por este. – pág. 104
[...] as sociedades de fato são aquelas que contem alguma eiva de nulidade,
apresentando-se ao público como se fossem sociedades, sem no entretanto, terem as
formalidades dessas. Irregulares são as sociedades constituídas dentro das prescrições
legais, mas que deixam de cumprir as obrigações impostas legalmente, conquanto
mantenham personalidade. – pág. 154
Várias teorias existem para justificar a vida das pessoas jurídicas. As mais importantes
são: a que se considera como uma criação artificial da lei, e a que as dá como
preexistindo à lei, ou seja, que as reputa, não como uma ficção, mas como uma
realidade a que a lei apenas traça normas para o funcionamento. – pág. 158
Ora, esses direitos e obrigações serão reclamados depois de extinta a pessoa jurídica, já
que a extinção se verifica com a integral liquidação patrimonial social. Se, porém, tais
direitos e obrigações podem ser reclamados depois da dissolução da sociedade, é
evidente que a pessoa jurídica não desapareceu completamente. As ações que
porventura sejam movidas contra os sócios o serão em função da sua antiga qualidade, o
que demonstra que a pessoa jurídica não se extingue com a dissolução da sociedade ,
mas apenas quando prescreverem todas as ações que contra a mesma possam ser
intentadas. Só aí, realmente, a pessoa jurídica está inteiramente livre de compromissos;
a dissolução, assim, marca apenas a cessão definitiva das atividades sociais, a sua morte
aparente, continuando essa, porém, a responder, através dos antigos sócios, pelas ações
que lhe possam ser opostas, ações essas que só deixarão de ser oponíveis uma vez
decorrido o prazo estatuído pela lei. – pág. 164 e 165
Em regra, dá-se a essa contribuição dos sócios para a formação do capital social o nome
de quota, se bem que quota seja chamada especificamente a contribuição do sócio para
um determinado tipo de sociedade, a sociedade por quotas, de responsabilidade
limitada, a que o Código Civil de 2002 chama simplesmente, como o fizeram os
Projetos de Inglês de Souza e Florêncio de Abreu, de sociedades limitadas. O conjunto
de contribuições dos sócios forma o capital social, elemento básico do patrimônio da
sociedade. Lógico que esse patrimônio social não é formado apenas pelo capital:
entrando em negociações ou instalando-se, a sociedade adquire bens móveis e imóveis,
pode sofrer a valorização desses bens, pode reservar parte dos lucros para a garantia de
suas operações. É ao conjunto de todos esses bens que se dá o nome de patrimônio. –
pág. 165
* pág. 166 diz que PJs não registradas não tem proteção ao nome empresarial.
A lei brasileira destaca seis modalidades de sociedades empresárias, sendo quatro delas
reguladas pelo Código Civil e duas pela lei de Sociedade por Ações. – pág. 169
Sociedade de pessoas são aquelas em que a pessoa do sócio tem papel preponderante,
não apenas na constituição como durante a vida da pessoa jurídica. Assim, constituindo-
se uma dessas sociedades ficará, na sua existência, subordinada à pessoa dos sócios: a
morte ou a incapacidade de um refletirá na pessoa jurídica, provocando sua dissolução.
– pág. 171
[...] constitui obrigação dos sócios de todas as sociedades empresárias não aplicar os
fundos sociais nos seus interesses particulares. O Código Civil edita essa norma em
referência à sociedade de pessoas (art. 1.006, CC), mas é evidente que ela se aplica a
todas as sociedades, porque os bens dessas sociedades pertencem a elas próprias e não
aos sócios. – pág. 180
Na realidade o status socii tem o condão de definir o conjunto de direitos inerentes aos
sócios nas respectivas sociedades, dentro do âmbito de participação de transparência,
maior acesso às informações e um quadro seguro da atividade. – pág. 182
Para nós, quer a sociedade tenha os atos constitutivos escritos e não arquivados, que
resulte apenas de atividade comercial em comum, com ânimo societário, teremos uma
sociedade de fato e não uma sociedade irregular. Esta será a sociedade que se organiza
legalmente, arquiva os seus atos constitutivos no Registro Público das Empresas
Mercantis e Atividades Afins, mas, posteriormente, pratica atos que desnaturam o tipo
social [...]; ou que, funciona sem cumprir as obrigações impostas por lei (não possui
livros obrigatórios, não levanta o balanço anual). – pág. 185
[...] os sócios ocultos não respondem perante terceiros pelas obrigações sociais; se tal
acontecer, a sociedade perderá o caráter de participação. Compreenda-se, porém, que o
sócio oculto, juridicamente, não é aquele nome desconhecido para os terceiros; é o que
não age em nome de sociedade, não realiza as transações, não assume compromissos. –
pág. 189
A sociedade em conta de participação não constitui pessoa jurídica e, desse modo, se for
constituída por contrato, não poderá ser esse arquivado no Registro de Comércio. [...]
Os credores da sociedade não poderão acionar, em nenhuma hipótese, os sócios ocultos,
pois juridicamente esses nenhum compromisso tomaram com eles. Também os sócios
ocultos comerciantes não poderão ser declarados falidos por obrigações assumidas pela
sociedade, já que somente os sócios ostensivos figuram nas relações desta com
terceiros. – pág. 190
A sociedade, igualmente, não pode possuir uma firma social, visto que esta é
denunciadora da existência de uma pessoa jurídica, e na em conta de participação o
sócio ostensivo age em seu próprio nome. – pág. 190
[...] na sociedade em nome coletivo, a gerencia cabe aos sócios, e, se não houver
expressa disposição, todos eles serão considerados gerentes. – pág. 196
[...] a apuração dos votos é feita tendo em vista o capital de cada sócio. A lei se refere à
maioria dos sócios, mas na realidade determina que se apure por força de regra que se
reporta ao capital social. – pág. 196
A sociedade em comandita é a mais antiga das sociedades empresárias [...] Provém ela
do antigo contrato de comenda, que era aquele em que na idade média as pessoas
abastadas, principalmente os nobres, não querendo exercer o comércio individualmente,
pois as atividades mercantis, desde os tempos romanos, eram consideradas infamantes,
passaram a fazê-lo indiretamente, confiando aos capitães dos navios determinadas
importâncias para que eles mercadejassem, em seus próprios nomes, convencionando-se
que, se houvesse lucros nas expedições, esses lucros seriam repartidos entre aqueles e os
prestadores do capital; em caso de prejuízo os prestadores de capitais se sujeitariam a
perder apenas até o montante das importâncias dadas em comenda. – pág. 200
[...] os funcionários públicos, que não podem exercer individualmente o comércio, nem
tomar parte em sociedades empresárias como sócios de responsabilidade ilimitada,
poderão ser sócios comanditários. – pág. 202
[...] ao estipularem-se as cláusulas do contrato social, deve constar uma nomeando os
gerentes, sendo de notar que a escolha desses não pode recair em sócios comanditários,
pois, se assim acontecer, esses perderão o benefício da limitação da responsabilidade
[...] – pág. 202
* obs.: na pág. 203 diz o autor que não podem os comanditários ter o nome na firma
social, ser gerentes, sob risco de se tornar responsáveis.
Caso um sócio comanditário realize algum ato de gestão da sociedade, mesmo como
procurador, ficará equiparado aos sócios de responsabilidade ilimitada, ou seja, aos
comanditados, perdendo, assim, os benefícios da limitação [...] – pág. 204
Como direito dos sócios comanditários a lei prescreve o de tomar parte nas deliberações
sociais e o de fiscalizar os negócios da sociedade. – pág. 204
Note-se que a adição das palavras & companhia ou e Companhia, por extenso ou
abreviadamente, é obrigatória nas sociedades em comandita, o que não ocorre nas
sociedades em nome coletivo, em que todos os sócios podem figurar na firma social. –
pág. 205
Sociedade simples
Define-se a sociedade simples como sendo aquela constituída por duas ou mais pessoas,
mediante escrito particular, ou público, de finalidade não empresarial,
caracteristicamente de pessoas, podendo destinar-se à determinada atividade
profissional, ou ser supletivamente adotada por outro modelo societário. – pág. 207
Nas sociedades simples a presença dos sócios, no mínimo dois, se faz por meio de
pessoas físicas, cuja responsabilidade é adstrita ao capital social integralizado, mas com
a possibilidade expressa, no ato da constituição, de suceder subsidiária consideração
pelas obrigações sociais. – pág.208
Sociedades limitadas
Sociedade limitadas são aquelas formada por duas ou mais pessoas, cuja
responsabilidade é identificada pelo valor de suas quotas, porém todos se obrigam
solidariamente em razão da integralização do capital social. – pág. 211
Nas sociedades limitadas temos sócios que tanto podem ser pessoas físicas ou jurídicas;
apesar das doutrinas, o legislador teve em mente manter o hibridismo, de uma sociedade
mista, tanto de capital como de pessoas. – pág. 214
[...] o legislador brasileiro poderia ter sido mais exigente, mas, ao dispor a respeito, deu
aos sócios a responsabilidade pelo total do capital social. A solidariedade resta clara no
Código Civil, no qual respondem os sócios pela integralização do capital social. – pág.
216
Essas razões pelas quais julgamos que não se torna necessária a escritura pública para a
constituição de sociedades por quotas, em que os sócios pagam suas contribuições para
o capital com imóveis. – pág. 224
Dissolução de sociedades
O liquidante será o órgão da pessoa jurídica durante o intervalo de tempo que pratica os
atos destinados à sua extinção. – pág. 231
Sociedade Anônima
* obs.: diz o autor na página 239 que a sociedade S.A. distingue-se por: divisão do
capital social em partes, responsabilidade limitada dos sócios ao preço das ações
subscritas ou adquiridas, livre cessibilidade das ações por parte dos sócios,
possibilidade de subscrição do capital social mediante apelo ao público, uso de
denominação ou nome fantasia, pode ter sócios menores ou incapazes (sem que
acarrete nulidade para a mesma).
A Lei das Sociedades Anônimas levou em consideração esse fato econômico. Assim, as
sociedades que têm as suas ações negociadas nesse mercado especial são chamadas
sociedades abertas; quando as ações das sociedades não são negociadas por intermédio
das entidades autorizadas a negociar neste mercado, a sociedade é denominada de
sociedade fechada (Lei nº6.404, art. 4º). – pág. 242
[...] nas sociedades abertas o valor nominal das ações não pode ser inferior ao mínimo
fixado pelo órgão fiscalizador das negociações das ações. – pág. 244.
Com o aprofundamento, porém, dos estudos sobre natureza das sociedades anônimas,
vários juristas chegaram à conclusão de que o ato constitutivo dessas sociedades não
era, na realidade, um contrato. Constataram os mestres que os sócios não tinham, como
os contratantes, interesses antagônicos, mas idênticos [...] – pág. 277
De acordo com a lei, as sociedades anônimas terão, como órgãos sociais, a Assembleia-
Geral, o Conselho de Administração da Diretoria e o Conselho Fiscal. Representam esse
órgãos os poderes da sociedade. O primeiro será o poder deliberativo, composto da
coletividade dos acionistas, incumbido de tomar todas as decisões da sociedade, dando,
assim, assim, órgãos executivos a que compete administrar os negócios sociais,
realizando o objeto da sociedade dentro das normas traçadas pela assembléia. O
Conselho Fiscal é o órgão fiscalizador, de controle da sociedade, tendo por finalidade
precípua examinar todas as operações da mesma, representando, assim, a totalidade dos
sócios na fiscalização dos negócios sociais. – pág. 293
Ações
As ações ordinárias ou comuns dão em princípio, aos seus possuidores a plenitude dos
direito sociais: participarão nos dividendos da sociedade e nas deliberações das
assembléias, que são o poder social mais alto e nas quais cada ação terá direito a um
voto. – pág. 246
Ações preferenciais são aquelas às quais é concedido algum tipo de privilégio, mas que
podem ser privadas do direito de voto, se assim decidir, prévia expressamente, nos
estatutos, a sociedade. – pág. 246
As ações preferenciais, quando houver sido feita qualquer restrição ao direito de voto,
não podem ser emitidas em número superior a uma porcentagem do capital estabelecida
na lei. – pág. 247
Ações de gozo ou fruição são aquelas que substituem as outras espécies de ações quando
essas são amortizadas. – pág. 248
Nas ações escriturais a propriedade das mesas é atestada pelo registro na conta de
depósitos de ação. Essa conta, como se disse, é aberta em nome do acionista, nos livros
da instituição financeira depositária. – pág. 250
A ação é indivisível em, relação à companhia [...] se, por acaso, a ação pertencer a mais
de uma pessoa, haverá um condomínio e os direitos conferidos pela ação serão
exercidos pelo representante desse. – pág. 252.
A ação é indivisível em relação à companhia [...] se, por acaso, a ação pertencer a mais
de uma pessoa, haverá um condomínio e os direitos conferidos pela ação serão
exercícios pelo representante desse. – pág. 252
Nas companhias abertas, somente depois de realizados trinta por cento do preço de
emissão poderão as ações ser negociadas. Havendo infração a esse princípio, será nulo o
ato de negociação. – pág. 252
[...] a amortização é o fato de, tendo a sociedade fundos disponíveis, antecipar aos
acionistas as importâncias que lhes poderiam tocar no caso de liquidação da companhia.
Essa amortização poderá ser total, ou seja, referente ao valor integral da ação, ou
parcial, referente apenas à parte desse valor. Em se tratando de amortização integral,
ou de todo o valor da ação, compreenderá todas as ações ou algumas delas, ou uma só
categoria ou classe de ações. Se, por acaso, a amortização integral se fizer apenas a
algumas ações, deve ser efetuada mediante sorteio, para evitar privilégios a
determinados acionistas. A amortização parcial compreenderá sempre todas as ações
(Lei nº 6.404, art. 44). – pág. 255
Se a sociedade não pode permitir que os seus livros sejam devassados pelos estranhos-
mesmo aos acionistas é restrito o direito de exame direto dos livros comerciais – tem,
contudo, a obrigação de fornecer as certidões pedidas a respeito, mencionando em ditas
certidões a situação exata dos acionistas. – pág. 284
São considerados direitos essenciais do acionista que deles não podem ser privados nem
pelo estatuto nem pela assembléia-geral, os de participar dos lucros da sociedade, de
participar do acervo da sociedade em casos de liquidação; de fiscalizar a gestão dos
negócios sociais, na forma estabelecida pela lei; de ter preferência na subscrição de
ações, debêntures conversíveis em ações, observadas as restrições legais e retirar-se da
sociedade nos casos previstos em lei. – pág. 288
Debêntures e bônus de subscrição
Debêntures conversíveis em ações são, assim, debêntures que facultam aos seus
titulares, dentro de um prazo estipulado, a opção de serem os títulos convertidos em
ações, passando assim, o debenturista de credor a participante da sociedade. – pág. 262
Debêntures com garantia real são aquelas em que o empréstimo é contraído oferecendo
a sociedade garantia real (hipotecária, penhor ou anticrese) aos mutuantes, no caso os
debenturistas, devendo os bens oferecidos em garantia ficar devidamente gravados com
esse ônus. – pág. 263
Debêntures com garantia flutuante são as que têm como garantia todo o ativo da
sociedade. [...] O ativo que garantirá os credores debenturistas da sociedade é o que for
encontrado por ocasião da liquidação da mesma. – pág. 263
Debêntures sem garantia são aqueles que não gozam de preferência entre os credores da
sociedade. – pág. 263
Debêntures subordinadas são as debêntures sem garantia em que hpa uma cláusula de
subordinação dos debenturistas aos demais credores quirografários [...] só serão
satisfeitos depois de pagos os credores quirografários. – pág. 263
O estatuto pode conter autorização para aumento de capital sem que haja reforma do
mesmo. Essas sociedades são denominadas sociedades de capital autorizado (...) A
Assembleia-Geral ou o Conselho de Administração, conforme dispuser o estatuto
delibera sobre o aumento, dentro do limite autorizado. – pág. 314
* Obs. da pág. 313 - 315: segundo o autor, aumentam o capital: correção monetária
capital, aumento por autorização estatutária, por conversão de debêntures ou direito de
subscrição em ações, capitalização de lucros de reservas, subscrição de ações, direito de
preferência.
A parte que cabe a cada sócio proporcional às ações que possuir na sociedade, tem o
nome de dividendo, por resultar da divisão do lucro liquido pelo número de ações. Pode
o estatuto prefixar uma base para a distribuição dos dividendos [...] Se o estatuto não
prefixar a percentagem distribuição dos lucros, cabe à Assembleia-Geral, por proposta
da administração, com parecer do Conselho Fiscal, determinar o montante dos lucros a
serem distribuídos. – pág. 377
* obs do autor na pág. 317: a Lei da S.A. pede 50% de dividendo, no mínimo, sobre o
total do lucro liquido do exercício.
Dissolução de sociedades
A dissolução pode ser de várias modalidades: de pleno direito, por decisão judicial ou
por decisão da autoridade administrativa, nos casos e na forma previsto (SIC) em lei
especial. – pág. 320
Dissolve-se a sociedade por decisão judicial quando anulada sua constituição, em ação
proposta por qualquer acionista; quando, em ação proposta por acionistas que
representem, cinco por cento, ou mais do capital social, ficar provado que não pode
preencher o seu fim; e por motivo de falência, nos casos e na forma previstos na lei. –
pág. 320
A deliberação para que a assembléia incorpore a outra ou outras sociedades não requer a
maioria qualificada que a lei pede para a aprovação de alguns casos de reforma de
estatuto. – pág. 326
Fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para transformar uma
sociedade nova, que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações. [...] Essa operação,
contudo, não dissolve as sociedades, apenas as extinguindo. – pág. 328
[...] sociedade coligadas são aquelas em que uma participa no capital de outra, com dez
por cento ou mais sem, contudo, controlá-la. – pág. 331
Não será permitida a participação recíproca entre a companhia e suas controladas, a não
ser nos casos em que a lei permite à sociedade adquirir suas próprias ações [...] – pág.
331
[...] permite a lei que a sociedade seja constituída, mediante escritura pública, com um
único acionista, desde que esse seja sociedade brasileira [...] Essa sociedade de um
único acionista tem o nome der subsidiária integral. – pág. 332
[...] a sociedade em comandita por ações pode ser definida como aquela na qual o
capital é dividido em ações, respondendo os acionistas apenas pelo valor delas
subscritas ou adquiridas, mas tendo os administradores (diretores ou gerentes)
responsabilidade subsidiária, ilimitada e solidária, em razão das obrigações sociais. –
pág. 335
As sociedades em comandita por ações não possuem estatuto próprio são reguladas
pelas normas do Código Civil [...] – pág. 339
A nosso ver, pelo uso mínimo do tipo societário, as comanditas por ações, no Brasil,
deveriam ser abolidas. – pág. 340
Poderão essa sociedades usar firma ou denominação, mas, no primeiro caso, da firma só
constarão os nomes dos acionistas que ocuparem as funções de gerentes ou diretores. –
pág. 341
A sociedade em comandita por ações não tem natureza contratual e sim institucional. –
341 (obs.: isto é, mais de capital que de pessoas).
[...] em vários casos, não pode ela deliberar, a não ser com o consentimento dos
diretores ou gerentes. [...] Compreende-se esse fato porque qualquer um dos atos
enumerados poderá acarretar maiores responsabilidades para os diretores e gerentes, em
face da responsabilidade subsidiária que os mesmos assumem. – pág. 343.
[...] o art. 61 do Dec. n.º1.800, de 1996, estatui que a proteção ao nome empresarial
decorre automaticamente do arquivamento da declaração de firma mercantil individual,
do ato constitutivo de sociedade empresária ou das respectivas alterações,
circunscrevendo-se à unidade federativa do Registro de Emptresa que procedeu ao
arquivamento (§1º), podendo-se entendê-la a outras unidades da federação mediante
requerimento da empresa interessada [...] – pág. 357
A lei protege a propriedade e o uso exclusivo das marcas a fim de evitar a concorrência
desleal. – pág. 371
As indicações geográficas não são registráveis como marcas (art.124, IX), podendo,
todavia, o nome geográfico constituir elemento característico de marca, desde que não
constitua indicação de procedência ou denominação de origem e não induza falsa
procedência. – pág. 373
Nesse diapasão, o Código Civil em vigor, no art. 1.144, estabelece que, na hipótese de
alienação, usufruto ou arrendamento do estabelecimento, o ato somente terá efeitos em
relação a terceiros depois de ser averbado à margem da inscrição do empresário ou da
sociedade empresária no Registro Público de Empresas Mercantis e for publicado pela
imprensa oficial. – pág. 376
Recuperação de empresa
Sentimos uma relativa melhora em alguns setores, mas um absoluto non sense em
outros, principalmente se olharmos o modelo espelho das telefonias, com graves
problemas, constantes intervenções do BNDES e fundos de pensão, afora o custo
elevado. – pág. 392
[...] cumpre questionar até que ponto o CADE tem agilidade e mapeamento suficientes à
manifestação, precedendo o processo concentracionista, uma vez que nosso contencioso
administrativo, ao contrário do modelo francês, não é provido de coisa julgada. – pág.
394
EIRELI
Controle do mercado
ENUNCIADOS SELECIONADOS
21. Nos contratos empresariais, o dirigismo contratual deve ser mitigado, tendo em vista
a simetria natural das relações interempresariais.
22. Não se presume solidariedade passiva (art. 265 do Código Civil) pelo simples fato
de duas ou mais pessoas jurídicas integrarem o mesmo grupo econômico.
56. A Fazenda Pública não possui legitimidade ou interesse de agir para requerer a
falência do devedor empresário.