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Discente:
Joice Luis
Docente:
M.s.c Célio Varieque
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Índice
1.Introdução......................................................................................................................................3
3.Contrato de doação........................................................................................................................7
5.Contrato de sociedade..................................................................................................................10
6.Contrato de trabalho....................................................................................................................15
7.Conclusão....................................................................................................................................17
8. Referencias bibliográficas..........................................................................................................18
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1.Introdução
O presente trabalho introduz sobre os contractos em especial, em que encontrei os contractos
contracto de compra e venda em que as partes se comprometem a transferir a propriedade de um
bem para a outra pessoa. A doação é um contracto pelo qual se manifesta pela vontade de uma
das partes, é um contracto unilateral. O contracto de prestação de serviços, em que ilustrarei as
obrigações que deve haver no contracto de prestação de serviços, a suas características, nos
contractos em especial também encontramos os contractos de sociedade, em que abordarei as
clausulas que devem aparecer nos contractos e as obrigações dos sócios a quando a criação das
sociedades comerciais, e por ultimo destrinçarei sobre os contractos de trabalho que tem uma
relação de complementaridade com os contractos de prestação de serviços.
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2.Contrato de compra e venda
Os contractos de compra e venda são documentos compostos por artigos clausulas que estipulam
todos os pormenores referentes a negociação da coisa. trata-se de um instrumento legal no qual o
vendedor relaciona todas as características do que esta sendo colocado em venda, incluindo
forma, peso, metragem ou qualquer outra característica referente ao bem material.
2.1 As partes1
às partes, estas devem ser capazes sob pena de nulidade ou anulabilidade da compra e venda, o
que depende da modalidade de incapacidade. Nesse sentido, não se pode esquecer das regras
especiais de legitimação, como a que consta do, que trata da necessidade de outorga conjugal
para venda de bens imóveis a terceiros.
No que concerne ao consentimento emitido pelas partes, que deve ser livre e espontâneo, deve
ainda recair sobre os demais elementos do contracto de compra e venda, quais sejam a coisa e o
preço. Havendo um dos vícios do consentimento (erro, dolo, coacção moral, estado de perigo e
lesão), o contracto de compra e venda é anulável.
2.2 A coisa
A coisa deve ser lícita, determinada (coisa certa) ou determinável (coisa incerta, indicada pelo
género e quantidade). trata da compra e venda de coisa futura, como ocorre nas vendas sob
encomenda. Mas essa coisa futura deve existir em posterior momento sob pena de ineficácia do
contracto, salvo se a intenção das partes era celebrar um contracto aleatório, dependente da sorte
ou risco. Aliás, diante da boa-fé objectiva a doutrina recomenda que, no momento da realização
do contracto de venda sob encomenda, o vendedor já tenha a coisa à sua disposição.
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TARCUCE Flávio et al. Direito civil: Teoria Geral dos contractos e contractos em espécie. 14ed. Editora forense,
2019, Rio de Janeiro.
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2.3Preço
No tocante ao preço, remuneração do contracto, este deve ser certo e determinado e em moeda
nacional corrente, pelo valor nominal, conforme consta do (princípio do nominalismo). O preço,
em regra, não pode ser fixado em moeda estrangeira ou em ouro, sob pena de nulidade absoluta
do contracto.
O preço pode ser arbitrado pelas partes ou por terceiro de sua confiança (preço por avaliação), A
título de exemplo, cite-se que é comum, na venda de bens imóveis, a avaliação por uma
imobiliária ou por um especialista do ramo. No que interessa a essa confiança, deve-se mencionar
que o princípio da boa-fé objectiva está implícito nesse comando legal. Se esse terceiro não
aceitar a incumbência, ficará sem efeito o contracto (ineficácia), salvo quando os contratantes
concordarem em indicar outra pessoa.
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TARCUCE Flávio et al. Direito civil: Teoria Geral dos contractos e contractos em espécie. 14ed. Editora forense,
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A amostra pode ser conceituada como a reprodução perfeita e corpórea de uma coisa
determinada. O protótipo é o primeiro exemplar de uma coisa criada (invenção). Por fim, o
modelo constitui uma reprodução exemplificativa da coisa, por desenho ou imagem,
acompanhada de uma descrição detalhada (DINIZ, Maria Helena. Código..., 2005, p. 450).
Se a venda tiver como objecto bens móveis e se realizar por amostra, protótipos ou modelos, há
uma presunção de que os bens serão entregues conforme a qualidade prometida. Caso tal entrega
não seja efectuada conforme o pactuado, terão aplicação as regras relacionadas com os vícios
redibitórios e do produto, outrora estudadas.
Conforme o magistério de Maria Helena Diniz, “o contracto de compra e venda, desde que as
partes o consintam, vem, muitas vezes, acompanhado de cláusulas especiais, que embora não lhe
retire os seus caracteres essenciais, alteram sua fisionomia, exigindo a observância de normas
particulares, visto que esses pactos subordinam os efeitos de contracto a evento futuro e incerto,
tornando condicional o negócio” (Curso…, 2005, p. 206). Essas cláusulas especiais, também
chamadas de pactos adjectos, previstas pela actual codificação privada, são as seguintes:
Cláusula de retrovenda
3.Contrato de doação
Doação é um contracto onde uma das partes se obriga a transferir para a outra parte um bem de
sua propriedade. - O artigo 538 do Código Civil define a doação como o contracto em que uma
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TARCUCE Flávio et al. Direito civil: Teoria Geral dos contractos e contractos em espécie. 14ed. Editora forense,
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das partes, por liberalidade, transfere bens ou vantagens do seu património para terceiro, que os
aceita.
3.1Características do contracto de doação 4
o doador “pode” fixar prazo para que o donatário declare se aceita ou não a liberalidade,
percebe-se que a aceitação não é essencial ao acto. Aliás, eventual silêncio do doador traz a
presunção relativa (iuris tantum) de aceitação.
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Código civil Moçambicano
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coisa doada ao donatário serve de ‘titulus adquirendi’, pois o domínio só se transmitirá pela
tradição se móvel o bem doado.
a) A doação será formal e solene no caso de doação de imóvel com valor superior a 30
salários mínimos.
b) A doação será formal e não solene nos casos envolvendo imóvel com valor inferior ou
igual a 30 salários ou bens móveis. Nos dois casos não é necessária escritura pública
(contracto não solene), mas sim escrito particular, o que faz com que o contracto seja
formal.
Luiz Netto Lôbo afirma: “O valor de cada doação será considerado no momento em que for feita.
A soma dos valores da doação não poderá ultrapassar a metade do património. Se ocorrer, terá de
ser calculado o excesso; este será pronunciado nulo, considerando a doação que por último for
realizada6
1.O Unilateral: somente uma das partes tem ônus; a outra aufere a vantagem, não tendo
contraprestação.
2.O Formal: o artigo 541 do Código Civil exige a escritura pública ou o instrumento particular
para o aperfeiçoamento da doação. A doação verbal só é válida para bens móveis de pequeno
valor, desde que a tradição seja imediata;
3.O Gratuito: gera para o donatário apenas enriquecimento. Caso seja imposto um encargo ao
donatário, o contracto passa a ter natureza de oneroso.
4.O consensual (a entrega é apenas o momento da sua materialização
4. Contracto de prestação de serviço
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LUIZ José Carlos Ferreira, Direito civil 2014
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4.1 Conceito e natureza jurídica do contracto de prestação de serviço
O contracto de prestação de serviços (locatio operarum) pode ser conceituado como o negócio
jurídico pelo qual alguém (o prestador) compromete-se a realizar uma determinada actividade
com conteúdo lícito, no interesse de outrem (o tomador), mediante certa e determinada
remuneração.
Trata-se de um contracto bilateral, pela presença do sinalagma obrigacional, eis que as partes são
credoras e devedoras entre si. O tomador é ao mesmo tempo credor do serviço e devedor da
remuneração. O prestador é credor da remuneração e devedor do serviço.8
Ainda quanto à prestação de serviço, é forçoso reforçar que ela não é mais tratada pelo Código
Civil como espécie de locação, pois a actual codificação distancia a prestação de serviços da
locação de coisas, tratando-a após o contracto de empréstimo (comodato e mútuo). Essa alteração
estrutural demonstra uma mudança de paradigma em relação ao anterior enquadramento da
matéria, uma vez que a locação de serviços era apontada como espécie do género locatício.
Então, deve ficar claro que apenas para fins didácticos é que se está tratando a prestação de
serviço antes do contracto de empréstimo.
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4.2 Obrigações do prestador de serviços
Um dos cuidados a ter está relacionado com as obrigações que tem como prestador de
serviços. Assim, como prestador de serviços, deve:
Praticar os actos especificados no contracto de prestação de serviços, de acordo com as
instruções facultadas pelo adquirente dos serviços;
Prestar contas, após o término do serviço ou quando o adquirente do serviço as requerer;
Comunicar atempadamente ao adquirente do serviço, a realização do serviço ou, caso não
tenha sido executado, a razão pela qual não foi possível fazê-lo.9
4.3. Principais características do contracto de prestação de serviços
As principais características no contracto de prestação de serviços são:
Contratado: é a pessoa (física ou jurídica) que por seu conhecimento profissional ou técnico, é
capaz de prestar serviços em favor de outro e solicitar a devida compensação por isso.
5.Contrato de sociedade
O contracto da sociedade é aquele em que duas ou mais pessoas se obrigam a contribuir com
bens e serviços para o exercício em comum de certa actividade económica, que não seja de mera
fruição, a fim de repartirem os lucros resultantes dessa sociedade.
O contracto de sociedade não esta sujeito a forma especial, á excepção de que for exigida pela
natureza dos bens que os sócios entram para a sociedade. A observância da forma, quando esta
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TARCUCE Flávio et al. Direito civil: Teoria Geral dos contractos e contractos em espécie. 14ed. Editora forense,
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for exigida, só anula todo o negocio se este não puder converter-se segundo o disposto do artigo
293º do código civil de modo que a sociedade fique o simples uso e fruição dos bens cuja
transferência determina a forma especial, ou se o negocio não puder reduzir-se, nos termos do
artigo 292, as demais participações.10
São três os requisitos essenciais do contracto de sociedade referidos no art. 980º CC: a
contribuição dos sócios, o exercício em comum de certa actividade económica que não seja de
mera fruição e a repartição dos lucros.
Atenta a natureza obrigacional que o contracto no fundo reveste, qualquer dos sócios, se o outro
ou outros não realiza a prestação a que ficou adstrito, pode exigir do faltoso ou faltosos a
contribuição em dívida. Essa prestação não se destina, porém, a quem tem o poder de a exigir,
mas ao conjunto dos sócios. Neste aspecto se distingue o contracto de sociedade do contracto de
troca ou permuta, em que a prestação de cada um dos contraentes se destina ao património do
outro.
Atenta a natureza obrigacional que o contracto no fundo reveste, qualquer dos sócios, se o outro
ou outros não realiza a prestação a que ficou adstrito, pode exigir do faltoso ou faltosos a
contribuição em dívida. Essa prestação não se destina, porém, a quem tem o poder de a exigir,
mas ao conjunto dos sócios. Neste aspecto se distingue o contracto de sociedade do contracto de
troca ou permuta, em que a prestação de cada um dos contraentes se destina ao património do
outro.
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BASTOS, Rodrigues Jacinto. Código civil anotado e actualizado. 7ed. Almedina editora, 1984, Coimbra Portugal
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Escola.mmo.mz/contracto-de-sociedade.
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A actividade a exercer em comum – o fim comum a todos os sócios – deve ser determinada
(certa). Não podem constituir-se sociedades para fins indeterminados. Estes têm de ser sempre
especificados ou individualizados no contracto, embora possam ser vários, esses fins.
O fim comum deve consistir numa actividade económica, o que significa que dela deve resultar
um lucro patrimonial, embora se não deva confundir actividade económica com simples produção
de bens, pois a economia abrange outras actividades além da produção.
A sociedade tem sempre por objecto repartição de lucros, não bastando que o sócio lucre
directamente através da actividade em comum. As sociedades civis são aplicáveis,
subsidiariamente as disposições que regulam as pessoas colectivas, quando a analogia das
situações o justifique (art. 157º CC). A organização é a forma coordenada de prossecução do
objecto.
5.2Elementos constitutivos da sociedade12
O art. 980º CC exige que a actividade a desenvolver pelos seus sócios sejam certos, pelo que se
faltar essa determinação o contracto não pode deixar de considerar-se nulo por
indeterminabilidade do objecto (art. 280º/1 CC).
Que essa actividade tenha conteúdo económico, não podendo este consistir na mera
fruição;
Que essa actividade seja exercida em comum pelos sócios.
5.4 O fim dos contractos de sociedade14
O fim para o qual converge toda a actividade societária é a repartição dos lucros. Constitui este,
com efeito, o momento da realização do interesse individual dos sócios, por força do qual se
subordinaram ao interesse social na prossecução do objecto. Por essa mesma razão é que o art.
980º CC vem considerar elemento do conceito de sociedade o fim de repartir os lucros e não a
sua produção.15
O contracto de sociedade exige apenas a sua celebração pelas partes para se constituir, não sendo
necessário uma efectiva atribuição de bens à sociedade. O preenchimento do elemento
instrumental deste contracto verifica-se com a simples assunção de obrigações por parte dos
sócios. Por essa razão a sociedade não é um contracto real que constituem, mas antes um
contracto consensual.
A sociedade assume-se como um contracto oneroso, dada a necessidade de haver uma atribuição
patrimonial por parte de todos os contraentes, uma vez que o art. 983º CC que estabelece a
obrigação de entrada dos sócios é inderrogável.
A existência de uma responsabilidade ilimitada e solidária dos sócios pelas dívidas da sociedade
(art. 997º CC) impõe que se verifique, para a celebração do contracto uma relação de confiança
mútua entre todos, sem a qual a sociedade civil não teria condições de funcionamento. Daí que se
deve qualificar a sociedade civil como um contracto intuito personae, atenta a importância
fundamental que nesta reveste a pessoa dos sócios.18
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Escola.mmo.mz/contracto-de-sociedade.
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Código civil Moçambicano
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Escola.mmo.mz/contracto-de-sociedade.
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O facto de as entradas no contracto de sociedade não serem típicas, antes podendo consistir em
quaisquer bens ou serviços (arts. 980º e 983º/1 CC), desde que os aptos para a prossecução da
actividade económica que os sócios se propõem desenvolver, dá origem a que a sociedade, que se
apresenta primordialmente como um contracto obrigacional, venha a ter natureza real quanto a
entrada consista na transmissão de um direito real. Nesse caso a sociedade adquire características
de um contracto real quod effectum.
6.Contrato de trabalho
O contracto de trabalho é o acordo entre o empregador e empregado que estipula as
especificações do trabalho, com obrigações e direitos para cada parte. O trabalhador presta
serviços manuais e intelectuais e a entidade empregadora paga os mesmos através de um
vencimento e outros abonos definidos no contracto. Normalmente, o contracto é realizado por
escrito, impresso em duplicado, assinado e rubricado. Deve ser entregue uma copia ao
trabalhador, dentro de 60 dias, apos a data do inicio do contracto.19
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TARCUCE Flávio et al. Direito civil: Teoria Geral dos contractos e contractos em espécie. 14ed. Editora forense,
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O acto de improbidade; incontinência de conduta ou mau procedimento; negociação habitual por
conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir acto de concorrência à
empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço; condenação criminal do
empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena; desídia
no desempenho das respectivas funções; embriaguez habitual ou em serviço; violação de segredo
da empresa; acto de indisciplina ou de insubordinação; abandono de emprego; acto lesivo da
honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas
mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; acto lesivo da honra
ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo
em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; prática constante de jogos de azar, e.tc. 20
7.Conclusão
Chagado ao fim do meu trabalho, vale ressaltar que os contractos em especial são um instrumento
essencial para a transferência de riqueza. Entende-se que um contracto regido de acordo com as
espectadores das partes e do tipo de obrigação que as vincula é uma forma segura de explicitar
regras e princípios básicos da relação que esta sendo estabelecida, o objecto dos contractos de
doação, compra e venda, de sociedade é coisa que pode ser objecto da relação jurídica, os
contractos em especial vem evoluindo ao longo dos tempos, o legislador já adoptou politicas para
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TARCUCE Flávio et al. Direito civil: Teoria Geral dos contractos e contractos em espécie. 14ed. Editora forense,
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a protecção credor e do devedor na execução dos contractos e as suas sanções caso não sejam
cumpridas as clausulas estabelecidas por ambas as partes na elaboração contracto.
8. Referencias bibliográficas
- TARCUCE Flávio et al. Direito civil: Teoria Geral dos contractos e contractos em espécie. 14ed.
Editora forense, 2019, Rio de Janeiro.
- BASTOS, Rodrigues Jacinto. Código civil anotado e actualizado. 7ed. Almedina editora, 1984, Coimbra Portugal
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