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Adjudicação e Arrematação
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All content following this page was uploaded by Marcelo Negri Soares on 30 December 2014.
Adjudicação e Arrematação
p. 1
INTRODUÇÃO
O tema mostra-se relevante para ora proposto, saber se, quanto à origem,
a propriedade do bem imóvel que tem por título aquisitivo a carta de adjudicação
ou de arrematação, classifica-se como derivada ou originária, em muito facilitará
a vida do credor, ou do arrematante, tendo-se em vista os efeitos, mormente
pecuniários, duma e doutra forma aquisitiva.
1. ADJUDICAÇÃO E ARREMATAÇÃO
1.2 CONCEITO
p. 2
processual é assinação do bem, que foi posto em hasta pública, ao lançador que
ofereceu maior lanço". (2)
2. FINALIDADE
p. 3
3. NATUREZA JURÍDICA
p. 4
Francesco Carnelutti, com uma teoria que não se afastava muito
da que considerava compra e venda. O jurista italiano partindo do fato da
ocorrência de casos em que a lei admite que um direito seja exercido pela
vontade de outrem, por conta do respectivo titular, como se verifica no caso dos
representantes legais de menores e incapazes, que exercem o direito destes,
onde a vontade manifestada pelos representantes, possui efeitos em relação aos
representados, assevera que na arrematação ocorre fenômeno análogo.
p. 5
não perde o direito de alienar a coisa, que apenas se torna ineficaz em relação
ao processo em que se fez a penhora.
p. 6
A conversão do bem em dinheiro que é feita pelo Estado não pode
ser confundida com a figura da compra e venda, ou da desapropriação. Aqui, a
desapropriação do bem não é o fim do ato mas, pelo contrário, é meio para que
se possa chegar à arrematação e a consequente conversão em dinheiro que,
esta sim, é a finalidade do ato expropriatório.
4. PROCEDIMENTO
p. 7
artigo 687, § 5º do CPC, que o devedor deverá ser informado pessoalmente do
dia, hora e local da alienação judicial.
E o artigo 698 da Lei Adjetiva diz que não poderá ser realizada
praça de imóvel hipotecado, sem que o credor hipotecário seja intimado com,
pelo menos, 10 (dez) dias de antecedência.
p. 8
No caso de execução de hipoteca de vias férreas (art. 699, do
CPC), as pessoas jurídicas não serão intimidas previamente, ao contrário, serão
intimadas somente após a arrematação.
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1.aquela se realizará no átrio do edifício do fórum; este, onde
estiverem os bens, no lugar designado pelo juiz (art.686, § 2º);
5. AUTO DE ARREMATAÇÃO
p. 10
A lei não diz que a falta do auto de arrematação é causa de
nulidade da arrematação, vez que a arrematação sem auto, é arrematação que
não se perfez, não se acabou. Como o auto é condição pro substância da
arrematação, não se pode falar em nulidade desta, uma vez que ainda não foi
consumada.
6. DESFAZIMENTO DA ARREMATAÇÃO
p. 11
juiz é incompetente em relação à matéria ou, ainda, se o bem arrematado era
impenhorável.
p. 12
Nessa ordem de ideias, supondo que, por equivoco, tenha sido
apreendido e lavado a licitação pública bem que não pertencia ao devedor, o
proprietário do bem (terceiro no processo) poderá utilizar-se do remédio jurídico
dos embargos de terceiro para defender seu bem que foi penhorado e
arrematado indevidamente.
7. CARTA DE ARREMATAÇÃO
p. 13
Quando se tratar de bem móvel, a tradição far-se-á mediante
expedição de mandado ao depositário para que seja entregue ao arrematante,
independente da carta de arrematação.
8. EFEITOS DA ARREMATAÇÃO
p. 14
Porquanto, se no caso da arrematação pelo credor não há depósito
do valor da arrematação, pode-se concluir que não há o efeito da transferência
do preço depositado pelo arrematante para o vínculo da penhora, via de
consequência não haverá entrega de dinheiro, como pagamento ao credor.
p. 15
Para solucionar toda essa divergência doutrinária, o Código Civil
de 2002 estabelece, no artigo 447, que o devedor responde perante o comprador
pela evicção da coisa objeto da compra. E que, mesmo em se tratando de objeto
adquirido em hasta pública, ainda assim subsistirá esta garantia, devendo o
vendedor responder pela evicção do bem, perante o comprador.
a praça, para os bens imóveis, e o leilão, para os móveis (CPC, art. 686,
IV). O Projeto elimina essa dicotomia, para adotar apenas o leilão, que 21 se
pretende seja praticado de forma eletrônica ou presencial (art. 802, II). Aponta,
outrossim, para o caráter preferencial do meio eletrônico (art. 804, § 1º).
Tal como já prevê o Código em vigor (art. 692), o Projeto não permite que
na hasta pública o bem penhorado seja arrematado por “preço vil” (art. 809,
caput). Entretanto, sempre foi um problema de difícil definição jurisprudencial o
p. 16
de conceituar e estimar, in concreto, quando o lance formulado no leilão deva ser
qualificado como representativo de preço vil.
Optando por uma solução pragmática, o Projeto qualifica como vil “o preço
inferior a cinquenta por cento do valor de avaliação” (art. 809, parágrafo único).
Reconhecendo, contudo, que circunstâncias particulares do caso concreto
podem aconselhar a adoção de outro parâmetro, o dispositivo aludido ressalva a
hipótese de o juiz fixar outro limite de preço mínimo a ser observado na alienação
judicial. É claro, portanto, que o padrão de cinquenta por cento funcionará apenas
como regra geral, que, por isso mesmo, poderá ser alterado para mais ou para
menos por decisão judicial. A deliberação, porém, haverá de ser tomada antes
do leiloamento e figurará no respectivo edital, para que não haja surpresa para
os interessados.
p. 17
houverem sido expedidas, não será mais admitida sua invalidação dentro do
processo executivo. O vício invalidante terá de ser argüido em ação autônoma,
“na qual o arrematante figurará como litisconsorte necessário” (Projeto, art.
826, § 3º).
Foi de extrema importância o objeto deste trabalho pois, pudemos ter uma
visão melhor de tais institutos , tão importantes para o processo de execução.
ARRUDA ALVIM, José Manoel; ASSIS, Araken de; ALVIM, Eduardo Arruda.
Comentários ao Código de Processo Civil. 1ªed. Rio de Janeiro: GZ, 2012, pág.
1126.
ASSIS, Araken de. Manual da Execução. 11. ed. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2007,pág. 765.
p. 18
BARBOSA MOREIRA, José Carlos. O Novo Processo Civil Brasileiro. 19ª edição.
Rio de Janeiro: Forense, 1997.
CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de Direito Processual Civil. Vol. II. 3ª edição.
Rio de Janeiro: Lumen Júris, 2000.
SHIMURA, Sérgio Seiji. Título Executivo. 2ª ed., São Paulo: Método, 2005.
THEODORO JUNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil. Vol. II. 16ª
edição. Rio de Janeiro: Forense, 1996.
NOTAS
6 Liebman, Enrico Túlio. Apud, Miranda, Santos, Moacyr Amaral. op. cit.
7 Paula Batista. Apud, Miranda, Pontes de. op.cit.
p. 19
8 Barbosa Moreira, José Carlos. O Novo Processo Civil Brasileiro. 19ª
edição.
Rio de Janeiro: Forense, 1997.
9 Theodoro Junior, Humberto. Curso de Direito Processual Civil. Vol. II. 16ª
edição. Rio de Janeiro: Forense, 1996.
10 Pontes de Miranda. op. cit.
p. 20