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Elisão Fiscal e Evasão: entenda a diferença

À primeira vista, estes dois termos soam praticamente como sinônimos. No entanto, isso está
longe de ser verdade. Eles determinam conceitos totalmente diferentes, afinal, um deles faz
menção às práticas lícitas, enquanto outro adota comportamentos que não estão previstos na
legislação. Siga a leitura e entenda!

O que é Elisão Fiscal?

A Elisão Fiscal é um método lícito de se alcançar reduções na carga tributária. Ela depende
de estratégias, ferramentas e conhecimento da legislação para poder ser aplicada de forma
plena e eficaz.

Esse conceito é bastante relacionado a um planejamento tributário de sucesso, afinal, a


prática tem por objetivo realizar uma diminuição significativa nos impostos pagos por uma
empresa nos conformes da legislação vigente.

Uma forma de praticar a elisão fiscal e economizar em tributos é trocar de regime tributário.
Por exemplo, se uma empresa enquadrada no Lucro Real, percebe que sua margem de lucro é
maior do que aquela prevista no Lucro Presumido, compensa fazer a migração para reduzir a
base cálculo dos tributos.

O que é Evasão Fiscal?

Evasão Fiscal, por outro lado, diz respeito a um conjunto de práticas ilegais que visam a
redução da carga tributária. Ela se baseia no registro seletivo e parcial, ou até na completa
omissão, dos tributos devidos, implicando em alterações nos documentos e notas fiscais.

A Evasão Fiscal é uma infração grave às normas tributárias, portanto, pode gerar diversas
sanções às empresas que a praticam.

Exemplo: Ao deixar de emitir nota fiscal sobre a comercialização de um determinado produto


ou serviço, a empresa se exime de pagar os tributos devidos. Da mesma forma, ao registrar na
nota fiscal um valor inferior ou subestimado, mais uma vez, a empresa pode estar incorrendo
em evasão fiscal.

Elisão Fiscal x Evasão Fiscal: quais as diferenças?

A principal diferença entre estes dois conceitos refere-se ao intuito de sua aplicação.
Enquanto a elisão fiscal procura a redução tributária por meios lícitos, a evasão fiscal se vale
de práticas totalmente proibidas, atuando através da sonegação e da falsificação de dados.
Elas também se diferenciam no momento de intervenção: a elisão interfere sobre os dados já
declarados, procurando corrigi-los; e a evasão pretende antecipar-se às cobranças tributações,
procurando afastar a incidência de impostos.

Vale salientar que a evasão fiscal é uma prática prejudicial não apenas à empresa, em si, mas
também à toda economia do país, já que gera falhas na arrecadação tributária federal,
impactando em outras diversas áreas.

E o que é Planejamento Tributário?

Por conta das diversas práticas de evasão fiscal, muitos empresários têm receio do
termo Planejamento Tributário. Mas não há razão para isso, visto que o Planejamento é
uma forma de Elisão Fiscal, totalmente legítima e permitida por lei.

O Planejamento Tributário acontece através da análise dos registros declaratórios dos


impostos ao longo do tempo. Assim, é possível identificar erros e corrigi-los — quer seja no
sentido de recuperar créditos pagos a mais, quer seja para recolher os impostos pagos a
menos.

Para as empresas, o Planejamento Tributário, bem como as demais formas de elisão fiscal são
muito vantajosas, permitindo, além da redução da carga tributária, uma melhor análise da
situação fiscal da empresa. Desta forma, é possível conhecer melhor quais os erros e acertos
que a empresa vem cometendo em suas declarações, possibilitando ações preventivas que
resultarão em mais segurança para o negócio e suas responsabilidades tributárias.

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