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Limites na elaboração de um

planejamento tributário empresarial


face o ordenamento jurídico
nacional

Barbara Martins dos Santos


Fernanda Alves Cordeiro
Até onde podemos
nos beneficiar sem
fraudar?
•Existem limitações ao
planejamento tributário?
•Qual é a importância da liberdade
negocial no Estado democrático de
direito?
•Quais as consequências da não
aplicação do princípio da estrita
legalidade tributária?
Objetivos
específicos
1- Identificar os possíveis
limites ao planejamento
tributário.
2- Demonstrar a importância
dos princípios constitucionais e
como se relacionam com a
liberdade negocial do
contribuinte.
3- Analisar e comparar as
consequências geradas pelas
diferentes interpretações dadas
a legislação sobre o tema.
• Temos como exemplo o
planejamento anual para
pagamento do IRPF, onde
podemos comprovar
alguns gastos que tivemos
durante o ano e fazer com
que a alíquota diminua ou
até mesmo sermos
restituídos.
O planejamento tributário pode
ser definido como o conjunto de
atos e negócios jurídicos lícitos
escolhidos pelo contribuinte
com o fim de evitar, reduzir ou
postergar encargos tributários:
assim, ainda que as ações
adotadas tenham por
fundamento outros aspectos,
um dos principais objetivos
almejados, senão o único, é a
economia tributária dentro da
legalidade. (Martins,2021)
‘’ O Brasil possui cerca de 93 tributos, o que implica uma carga tributária que
ultrapassa 32% do produto interno bruto (PIB), segundo dados divulgados pela
Receita federal (Brasil, 2018).’’
• A Lei Complementar 104/2001
acrescentou, ao artigo 116 do CTN, o
seguinte parágrafo único: "a autoridade
administrativa poderá desconsiderar
atos ou negócios jurídicos praticados
com a finalidade de dissimular a
ocorrência do fato gerador do tributo
ou a natureza dos elementos
constitutivos da obrigação tributária,
observados os procedimentos a serem
estabelecidos em lei ordinária".
O Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário - IBPT fez em 2005, através da
PNAD – Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar, uma análise sobre a
problemática do nosso sistema tributário e chegou à conclusão de que para o
contribuinte compreender minimamente a realidade tributária no Brasil seria
necessário analisar três mil normas fiscais, estudar os 61 tributos cobrados no
Brasil, além de verificar 93 obrigações assessórias aplicáveis empresas
brasileiras. (Siqueira, 2011)
Princípios Constitucionais Tributários
• Legalidade
• Isonomia ou igualdade Tributária
• Capacidade Contributiva
A economia de tributos dentro da legalidade pode
ocorrer em três áreas:

- No âmbito particular, na empresa, por meio de medidas


gerenciais que viabilizem a inocorrência do fato gerador
do tributo, que diminua a quantia devida ou que postergue
seu vencimento.

- No âmbito administrativo, responsável pela arrecadação


do tributo, promovendo a utilização dos meios previstos
em lei que lhe garantam uma diminuição legal do ônus
tributário.

- Por meio de um Planejamento Tributário possa optar por


um caminho fiscal mais favorável e por fim, a terceira no
âmbito do Poder Judiciário, pela adoção de medidas
judiciais, com o fim de suspender o pagamento,
diminuição da base de cálculo ou alíquotas e contestação
quanto à legalidade da cobrança. (Amaral, 2001)
• No entanto, quando não há uma definição clara dos limites do planejamento tributário, pode
haver abusos e práticas que ultrapassam os limites da legalidade, configurando evasão fiscal. A
evasão fiscal ocorre quando os contribuintes utilizam métodos ilegais para evitar o pagamento de
impostos, como falsificação de documentos, omissão de informações ou subfaturamento de
transações.
• É importante ressaltar que a linha que separa a elisão da evasão fiscal pode ser tênue e muitas
vezes depende da interpretação da lei pelos órgãos fiscais e do poder judiciário. A ausência de
uma definição clara dos limites do planejamento tributário pode gerar insegurança jurídica e
dificultar a fiscalização e combate à evasão fiscal.
• Portanto, é fundamental que o legislador se empenhe em estabelecer critérios claros e objetivos
para diferenciar o planejamento tributário lícito da evasão fiscal, a fim de garantir a justiça fiscal e
a adequada arrecadação dos tributos necessários ao financiamento das políticas públicas. Além
disso, é necessário que os contribuintes atuem de forma ética e responsável, buscando o
cumprimento da legislação e evitando práticas abusivas que possam ser consideradas evasão
fiscal.
• Final da Apresentação / Dúvidas

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