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UMA ANÁLISE DOS REFLEXOS DA SONEGAÇÃO FISCAL NAS POLÍTICAS

PÚBLICAS

Aline dos Santos Paiva1

Cely da Silva Paiva2

Rui Machado Júnior3

______________________________________________________________

RESUMO

A presente pesquisa evidencia as contribuições tributárias como fonte primordial na


efetivação das políticas públicas, enfocando a sonegação fiscal como empecilho para a
concretização destas. Os objetivos são: entender a sonegação fiscal, bem como, os seus
tipos; demonstrar o que são politicas públicas, e por fim, analisar os reflexos da
sonegação fiscal nas políticas públicas. Para isso, o estudo utilizou a pesquisa
bibliográfica, o que possibilitou o entendimento e a conclusão de que a sonegação fiscal
provoca impossibilidades na materialização de uma vivencia digna, pautada nos direitos
sociais, por meio das políticas públicas, traduzindo assim, a relevância do dever de
contribuir fielmente com as obrigações tributárias.
Palavras-chave: Tributos. Contribuição. Sonegação Fiscal. Políticas Públicas.

ABSTRACT

This research highlights the tax contributions as a primary source in the implementation
of public policies, focusing on tax evasion as a hindrance to their realization. The
objectives are: to understand tax evasion as well as its types; demonstrate what public
policies are, and finally, analyze the reflexes of tax evasion in public policies. For this,
the study used bibliographic research, which allowed the understanding and the
conclusion that tax evasion causes impossibilities in the materialization of a dignified
experience, based on social rights, through public policies, thus translating the relevance
of duty faithfully contribute to tax obligations.

Keywords: Tributes. Contribution. Tax evasion. Public policy.

1
Graduanda em Direito pelo Centro Universitário Estácio da Amazônia, e-mail:
aline_gt20@hotmail.com
2
Graduanda em Direito pelo Centro Universitário Estácio da Amazônia, e-mail:
celypaivaslrr@hotmail.com
3
Professor orientador: Rui Machado Júnior. Professor de Direito Financeiro e Tributário do
curso de Graduação do Centro Universitário Estácio da Amazônia – Especialista em Estudos
de Criminalidade e Segurança Pública pela UFMG – Mestrando em Segurança Pública,
Direitos Humanos e Cidadania pela UERR – Escrivão de Polícia Federal.
1. INTRODUÇÃO
A Sonegação fiscal é um assunto recorrente nos principais noticiários do
Brasil, dada a sua gravidade diante do cenário político social. A tributação ainda é vista
como uma forma de exploração estatal, sendo assim, rejeitada por boa parcela da
sociedade. Basta uma rápida pesquisa no Google para termos uma noção da dimensão
dessa sonegação quando nos deparamos com notícias como: “Sonegação no Brasil
atinge R$ 415 bilhões por ano,” “Brasil vai deixar de arrecadar R$500 bilhões em 2016
devido a sonegação fiscal”, “Sonegação Fiscal atinge marca de 500 bilhões em 2017,”
Brasil deixou de arrecadar 345 bilhões por sonegação em 2018.” A tributação é a
manutenção da atividade estatal em todos seus segmentos, sem o tributo ficaria difícil
viabilizar a efetivação das garantias e direitos previstos constitucionalmente.
Assim, diante da relevância social que possui o tema, torna-se imperativo a
discussão contínua sobre a importância da tributação para a manutenção da máquina
pública. O presente estudo visa, à luz das doutrinas acerca do tema, trazer uma breve
reflexão sobre os conceitos dos tributos, o crime de sonegação fiscal e suas
consequências sobre as políticas públicas.
A sonegação de tributos além da tipificação na esfera penal, prejudica o
bem estar da coletividade e ocasiona o aumento da própria carga tributária. O Estado
deve assegurar os direitos mínimos dos cidadãos por meio de ações positivas. Em seu
artigo 3º, a Constituição Federal, traz seus objetivos fundamentais, entre eles:
“Construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento social;
promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.” Para que sejam efetivados esses objetivos, é
necessário que sejam criadas diretrizes que possam alcançar benefícios para a
coletividade, sanando suas mazelas e promovendo o bem estar de todos. Essas diretrizes
são as chamadas políticas públicas e é com base nos tributos que o poder público pode
implementá-las.
As políticas públicas atingem todos os cidadãos, por isso é essencial que
se saiba o que são essas políticas públicas, quais seus atores, quais suas tipologias e o
ciclo de elaboração até que sejam concretizadas, na sociedade. Por fim, busca-se com o
presente estudo discorrer sobre os reflexos da sonegação fiscal nas políticas públicas.
O Brasil é um dos países com as mais altas taxas da carga tributária do
mundo e em contrapartida não consegue oferecer serviços públicos de qualidade o que
ocasiona um índice elevadíssimo de sonegação fiscal, prejudicando o bem estar social
de todos, porque o Estado para gerir os problemas sociais necessita dessa tributação. O
presente estudo objetivou demonstrar como a sonegação fiscal atinge a coletividade,
qual a consequência social e política desse ato delituoso e ainda faz com que o Estado
sobrecarregue o contribuinte.

2 . DESENVOLVMENTO

2.1. A SONEGAÇÃO FISCAL COMO UM CRIME CONTRA A ORDEM


TRIBUTÁRIA

Para o início de contextualização, faz-se precipuamente, imprescindível


assinalar a gênese e o significado do verbo sonegar. Neste aspecto, Silva (2014, p. 436)
entende:
SONEGAR do latim subnegare, negar, mas negar escondido, atando o feixe
por baixo, variante de subnectare, acrescentar escondido. Passou a designar a
ação de esconder os ganhos com o fim de pagar menos impostos. É do
mesmo étimo de abnegar, negar,
renegar, negativo e negativar, entre outros. Várias empresas que nada fazem
especializaram-se em vender notas fiscais a produtores culturais que elas
recorrer para obter verbas para seus projetos. Sua única atividade é vender
notas fiscais para obter, não a elisão de impostos, que é legal, mas a evasão,
que é crime.

Conforme o art. 71 da Lei nº 4.502/64:


Sonegação fiscal é toda ação ou omissão dolosa tendente a impedir ou
retardar, total ou parcialmente, o conhecimento por parte da autoridade
fazendária I - da ocorrência do fato gerador da obrigação tributária principal,
sua natureza ou circunstâncias materiais; II - das condições pessoais de
contribuinte, suscetíveis de afetar a obrigação tributária principal ou o crédito
tributário correspondente.

Portanto, diz-se que a sonegação fiscal se consubstancia na prática de atos em


que há ocultação ou omissão de valores de forma dolosa, pelo contribuinte, com intuito
de isentar-se do pagamento de tributo do qual é devedor ou de moderar o valor dessa
obrigação.
Posteriormente, o crime de sonegação fiscal passou a ser elucidado pela Lei nº
4.729 de 1965, que estabelecia as condutas tipificadas, bem como, a pena para cada uma
delas. Assim, estabelecia:
Art. 1º Constitui crime de sonegação fiscal:
I - prestar declaração falsa ou omitir, total ou parcialmente, informação que
deva ser produzida a agentes das pessoas jurídicas de direito público interno,
com a intenção de eximir-se, total ou parcialmente, do pagamento de tributos,
taxas e quaisquer adicionais devidos por lei;
II - inserir elementos inexatos ou omitir, rendimentos ou operações de
qualquer natureza em documentos ou livros exigidos pelas leis fiscais, com a
intenção de exonerar-se do pagamento de tributos devidos à Fazenda Pública;
III - alterar faturas e quaisquer documentos relativos a operações mercantis
com o propósito de fraudar a Fazenda Pública;
IV - fornecer ou emitir documentos graciosos ou alterar despesas, majorando-
as, com o objetivo de obter dedução de tributos devidos à Fazenda Pública,
sem prejuízo das sanções administrativas cabíveis.
V - Exigir, pagar ou receber, para si ou para o contribuinte beneficiário da
paga, qualquer percentagem sobre a parcela dedutível ou deduzida do
imposto sobre a renda como incentivo fiscal. (Incluído pela Lei nº 5.569, de
1969) Pena: Detenção, de seis meses a dois anos, e multa de duas a cinco
vezes o valor do tributo. [...] (BRASIL, 1965).

Todavia, a atual Lei nº 8.137/90, que regula os crimes contra a ordem tributária
em seu Capítulo I, não faz uso da figuração sonegação fiscal. Sobre isso, Machado
(2006, p. 490), sustenta que: “A Lei n. 8.137, de 27.12.1990, definiu os crimes contra a
ordem tributária. Não utilizou o nome sonegação fiscal, mas definiu os mesmos fatos
antes sob aquela designação, de sorte que se pode considerar revogada a Lei n.
4.729/1965”.
Dessa forma, Franco (2015, p. 38), sinaliza:
A sonegação fiscal pode ser caracterizada quando o contribuinte utiliza-se de
procedimentos que infrinjam espontaneamente a lei fiscal ou o regulamento
fiscal. A alta carga tributária no Brasil é um dos fatores determinantes para
sonegação fiscal. Algumas empresas recorrem à sonegação para sobreviver
mesmo sabendo tratar-se crime contra a ordem tributária, pois entendem que
se cumprirem a legislação à risca, acabarão por inviabilizar o seu negócio.

Dessa forma, Machado e Meira (2005) entendem que, quanto aos sujeitos
ativos dos crimes praticados contra a ordem tributária, estes podem ser: o contribuinte, o
substituto, o responsável e o terceiro estranho à relação tributária. Outrossim,
evidenciam que tais crimes de modo algum podem ser executados por pessoas jurídicas,
senão pelos seus diretores, administradores, gerentes ou funcionários encarregues,
contanto que tenham envolvimento na prática de sonegação fiscal. Não obstante,
sinalizam ainda que a sociedade e o Estado (Administração Pública da União, dos
Estados, Distrito Federal e Municípios), são sujeitos passivos destes mesmos crimes.
Da mesma maneira, Föppel e Santana (2005, p.45) ressaltam:
Não pode a pessoa jurídica ser sujeito ativo de crime contra a ordem
tributária. Os delitos cometidos visando à supressão ou redução de tributo em
favor da sociedade empresária deverão ser imputados aos seus diretores,
administradores, gerentes ou funcionários responsáveis.

Depreende-se então que, conforme os autores, o sujeito ativo dos crimes contra
a ordem tributária, é a aquela pessoa que apresenta um vínculo direto ou de
incumbência no tocante à obrigação tributária.
O Art. 1º da Lei nº 8.137/90, é entendido como crime material ou de resultado,
já que é imprescindível que transcorra a derrogação (eliminação) ou atenuação
(diminuição do valor) de tributos ou contribuição social para que se caracterize o crime,
por meio de alguma das condutas especificadas em seus incisos (HARADA;
MUSUMECCI; POLIDO, 2015).
Os atos previstos neste artigo em apreciação (Lei nº 8.137/90) são:
I - omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias;
II - fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou
omitindo operação de qualquer natureza, em documento ou livro exigido pela
lei fiscal;
III - falsificar ou alterar nota fiscal fatura duplicata, nota de venda, ou
qualquer outro documento relativo à operação tributável;
IV - elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou
deva saber falso ou inexato;
V - negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal ou
documento equivalente, relativa a venda de mercadoria ou prestação de
serviço, efetivamente realizada, ou fornecê-la em desacordo com a legislação.
Pena - reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (BRASIL, 1990, p.
1506)

Ainda conforme Harada, Musumecci e Polido (2015), Já o artigo 2º, ainda que
estabeleça que consista em crime de mesma natureza que o artigo 1º, não preceitua que
exista o resultado para que se consume e, sendo assim, não é substancial o exaurimento
da via administrativa. Para que seja considerado crime e, consequentemente,
responsabilizar o criminoso por meio de ação penal, é necessário que haja a prática das
condutas pormenorizadas em seus incisos, como por exemplo, no inciso I, em que a
mera declaração falsa, bem como, omissão de declaração sobre rendas, bens ou fatos a
fim de se desonerar do pagamento do tributo, caracteriza conduta criminosa suscetível
de ação judicial, independentemente de não haver redução ou extinção do tributo
pertinente.

Art. 2° Constitui crime da mesma natureza


I - fazer declaração falsa ou omitir declaração sobre rendas, bens ou fatos, ou
empregar outra fraude, para eximir-se, total ou parcialmente, de pagamento
de tributo;
II - deixar de recolher, no prazo legal, valor de tributo ou de contribuição
social, descontado ou cobrado, na qualidade de sujeito passivo de obrigação e
que deveria recolher aos cofres públicos;
III - exigir, pagar ou receber, para si ou para o contribuinte beneficiário,
qualquer percentagem sobre a parcela dedutível ou deduzida de imposto ou
de contribuição como incentivo fiscal;
IV - deixar de aplicar, ou aplicar em desacordo com o estatuído, incentivo
fiscal ou parcelas de imposto liberadas por órgão ou entidade de
desenvolvimento;
V - utilizar ou divulgar programa de processamento de dados que permita ao
sujeito passivo da obrigação tributária possuir informação contábil diversa
daquela que é, por lei, fornecida à Fazenda Pública.
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. (BRASIL, 1990,
p. 1506-1507)

O Art. 3º da referida lei, evidencia hipóteses de crime funcional próprio, visto


que, se incorpora no campo da administração tributária. O inciso I efetua-se na
circunstancia em que os núcleos verbais do tipo (extraviar, sonegar ou inutilizar)
ocasionem no pagamento indevido do tributo. Já no caso dos incisos II e III são
consumados com a mera execução dos seus núcleos verbais, não importando qual seja o
resultado. (HARADA; MUSUMECCI FILHO; POLIDO, 2015)
Art. 3° Constitui crime funcional contra a ordem tributária, além dos
previstos no Decreto-Lei n° 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal
(Título XI, Capítulo I):
I - extraviar livro oficial, processo fiscal ou qualquer documento, de que
tenha a guarda em razão da função; sonegá-lo, ou inutilizá-lo, total ou
parcialmente, acarretando pagamento indevido ou inexato de tributo ou
contribuição social;
II - exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de iniciar seu exercício, mas
em razão dela, vantagem indevida; ou aceitar promessa de tal vantagem, para
deixar de lançar ou cobrar tributo ou contribuição social, ou cobrá-los
parcialmente.
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa.
III - patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a
administração fazendária, valendo-se da qualidade de funcionário público.
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. (BRASIL, 1990, p.
1507)

É relevante ressaltar que, o objetivo da norma é compelir o contribuinte à


quitação do tributo sonegado e não penalizar o infrator, com o propósito de
resguardar os cofres públicos.
Portanto, nota-se que sonegação fiscal é um dos principais infortúnios que a
Fazenda Pública é submetida, visto que, esta tem a incumbência de alcançar uma
arrecadação eficaz, de modo que haja estabilidade no sistema tributário.
2.1 OS PRINCIPAIS TIPOS DE SONEGAÇÃO FISCAL
A sonegação fiscal tem como causa elementar a vontade do contribuinte, é este
quem opta se irá cumprir fielmente seus encargos ou se vai sonegar. Nesse sentido,
conforme Siqueira e Ramos apud Leite (2011, p. 55):
A sonegação é vista como um problema de alocação de portfólio: o
contribuinte deve decidir qual é a parcela de sua renda, caso contrário,
declara somente uma fração dela e aceita correr o risco de ser flagrado e
multado.

Assim, a contrariedade atinge todos os contribuintes, bem como, aqueles que


necessitam da máquina estatal, visto que, o contribuinte que honra completamente os
seus encargos, torna-se assoberbado pela alta carga tributária.
No Brasil, existem vários de sonegação fiscal, assim destacaremos os
principais, subsequentemente.

2.1.1NOTA SANFONADA
Conforme o entendimento de Zanna (2007), nota sanfonada é quando uma
mesma nota presta-se a dar garantia fiscal mais de uma vez à mesma mercadoria, bem
como, bens ou serviços, onerando-se por simulação fiscal. Salienta-se que a nota fiscal
não possui nenhuma falsificação, todos os itens que a integra, coadunam com as
mercadorias, produtos ou bens que ela aponta e aos quais dá garantia fiscal em seu
trânsito.
2.1.2 ACRÉSCIMO PATRIMONIAL A DESCOBERTO (DO SÓCIO)
Representa omissão de receita da empresa quando ocorre acrescência
patrimonial do sócio, sem que este detenha recursos às ordens, considerando que a
empresa seja sua única fonte de renda (AMARAL, OLENIKE, et.al, 2009).

2.1.3 NOTA CALÇADA

A nota calçada é outro dispositivo grave também. Ela concerne na produção de


documentos fiscais adulterados, podendo ser no preço, ou na descrição da mercadoria
(ENOTAS, 2019).

2.1.4 USO DE LARANJAS


Ocorre quando uma pessoa empresta o seu nome ou a sua conta bancária para mediar
uma negociação com fraude, escondendo a identidade de um terceiro. A intenção do
infrator é esquivar-se do fisco e não deixar pistas para as investigações, como por
exemplo, nas hipóteses de desvio de dinheiro público e de lavagem de dinheiro
(ENOTAS, 2019).
Diante do exposto, fica evidente que há pessoas que portam-se de má fé e
praticam atividades ilícitas, no intento de evadir-se da fiscalização e fixar menos
tributos, provocando, dessa forma, vários embates no que concerne à situação fiscal,
dilatando a desigualdade e acarretando múltiplos problemas econômicos.

É importante destacar que, os reflexos da sonegação, geram grandes


rebatimentos nas politicas públicas, é o que elucidaremos nos próximos capítulos.

2.2 AS POLÍTICAS PÚBLICAS

O desenvolvimento político das sociedades, ocorrido ao longo dos séculos,


nos possibilitou acompanhar uma mudança de perspectiva sobre o papel do Estado, seus
governantes e os governados. As funções do Estado nos séculos XVIII e XIX eram
basicamente a preservação da propriedade privada, a manutenção da segurança interna e
a defesa das fronteiras contra ameaças advindas de outros Estados que pudessem
ameaçar a soberania nacional. No século XX, com o surgimento da democracia, as
responsabilidades do Estado se expandiram. O Estado passa a ter também a função de
promover o bem-estar social, o que exige uma ação mais direcionada aos problemas
cotidianos da sociedade.

Segundo Secchi (2014), “uma política pública é entendida como uma


diretriz criada para que se possa enfrentar um problema e por isso, para sua elaboração,
dois elementos são essenciais: a intencionalidade e a resposta a um problema
coletivamente relevante.”

Nesse contexto que surge as Políticas Públicas, as ações do Estado


destinadas a sanar as carências ou os excessos sociais. Para Tude (2010), “as políticas
públicas, tradicionalmente, compreendem o conjunto das decisões e ações propostas
geralmente por um ente estatal em uma determinada área, sejam elas, saúde, educação,
transportes, reforma agrária, etc., de maneira discricionária ou pela combinação de
esforços com determinada comunidade ou setores da sociedade civil.”
As políticas públicas são espécies de intervenção direcionadas a resolver
os problemas sociais. Nesse sentido, destaca Teixeira (2002, p.02) apud Tude (2010):

Politicas públicas são diretrizes, princípios norteadores de ação do Poder


público; regras e procedimentos para as relações de Poder Público e
sociedade, mediações entre atores sociais e do estado. São nesse caso,
politicas explicitadas, sistematizadas ou formuladas em documentos (leis,
programas, linhas de financiamentos) que orientam ações que normalmente
envolvem aplicações de recursos públicos.

Os atores sociais das politicas públicas podem ser estatais ou privados.


Os estatais são aqueles que estão diretamente ligados à Administração Pública, ocupam
cargos legislativos ou executivos, sendo estes os principais atores estatais. Os políticos
são eleitos, ou ao menos deveriam ser, por suas propostas apresentadas durante o
período eleitoral. Seus projetos de lei respondem aos anseios da sociedade, já que são
eleitos como representantes do povo. Os atores privados não estão diretamente ligados à
Administração Pública, mas participam dela através das Organizações não
governamentais (ONGs), movimentos sociais, sindicatos, associações da sociedade
civil, as mídias em geral, corporações empresariais, grupos políticos, entidades
representativas, etc.

De acordo com o Instituto Internacional para o Desenvolvimento da


Cidadania (IIDAC):

Entre os atores privados de relevância, com grande capacidade de influir em


Politicas Públicas, estão incluídos os empresários, que detêm os meios de
produção, controlam parcelas de mercado e a oferta de emprego. Através dos
sindicatos, os trabalhadores podem, de forma organizada, articular e
expressar seu poder e força políticos, tanto no setor privado quanto público.

Sendo um conjunto de ações, programas e decisões tomadas pelos


governos, federal, estadual ou municipal, as politicas públicas afetam todos os cidadãos,
independentemente do grau de escolaridade, sexo, religião ou nível social. Abrangem
todas as áreas: educação, saúde, segurança, mobilidade, meio ambiente, habitação, entre
outros e visam assegurar determinados direitos de cidadania para vários grupos da
sociedade ou determinados seguimentos.

As politicas públicas possuem um viés político, quando suas decisões


envolvem conflitos de interesses, como na maioria dos casos e um viés administrativo,
pois são fundamentais para as melhorias que anseia a sociedade. As políticas públicas
estão intimamente ligadas com a Política de Estado e a Política de Governo. A primeira
independe de quem está no governo, sendo amparada constitucionalmente, a segunda é
definida pelo governo eleito, que estando no poder tem a oportunidade de criar seu
próprio planejamento com projetos e programas de acordo com as diretrizes sociais e
econômicas de seu partido de origem.

2.4 TIPOS DE POLÍTICAS PÚBLICAS

Para compreendermos melhor o campo das Políticas Públicas, iremos


trazer aqui, sem o intuito de sanar todas as informações relevantes acerca do tema em
questão, breves considerações sobre alguns tipos de políticas públicas.

Segundo Meringo e Andrade apud Teixeira (2002), as políticas públicas


podem ser classificadas: quanto a natureza ou o grau de intervenção e podem ser
Estruturais e Conjunturais ou Emergenciais. As primeiras, quando buscam interferir em
relações estruturais como renda, emprego e a criação de apoio governamental para
aumentar a produtividade industrial do país. As segundas têm o objetivo de amainar
uma situação temporária. Quanto à abrangência dos possíveis benefícios podem ser:
Universais, para todos os cidadãos; Segmentais, caracterizando um fator determinado
(idade, condição física, gênero e etc.); Fragmentadas, destinadas a grupos sociais dentro
de cada segmento.

Com base na concepção das “arenas politicas” de Lowi citada por


Tude(2010), identificam-se os seguintes tipos de políticas públicas: a) Políticas
Públicas Distributivas , estas não consideram a limitação do recurso público e buscam
privilegiar não a sociedade como o todo, mas uma parcela da população; b) Políticas
Públicas Redistributivas, procuram atingir grandes contingentes sociais, mas
consequentemente acarretam quase que equitativamente perdas e ganhos que muitas
vezes representam um jogo quase que resulta em soma zero, tornando assim as políticas
adotadas ineficazes; c)Políticas Publicas Regulatórias, são as mais facilmente
reconhecidas e envolvem prioritariamente os “policy mackers” a administração pública
e a burocracia estatal, além dos grupos de interesse; d) Políticas Públicas Constitutivas,
Constitucionais ou Estruturadoras, incorporariam em si os outros três tipos de políticas
e seriam responsáveis pelos procedimentos necessários para que as outras politicas
entrem em vigor.
Antes de serem concretizadas materialmente na sociedade as políticas
públicas passam por um ciclo que se inicia pela formulação, seguindo para a
implantação até a avaliação dos resultados e consequências dos planos em postos em
ação, seria a “Policy Cycle.”

Sobre essa questão FREI (2000) apud TUDE (2010) propõe uma divisão
dessas fases que estaria representada pelas seguintes etapas: a) Fase da percepção e
definição dos problemas: a grande questão envolvida nesse elemento concerne ao fato
de como entre uma infinidade de demanda especifica converte-se em um problema
público que acaba por gerar um “Policy Cycle.”; b) Fase da agenda setting: nessa fase é
decidido se o tema frá parte da agenda, excluído ou adiado para uma data posterior; c)
Fase da elaboração de programas e de decisão: decide-se qual alternativa de ação é mais
apropriada para o problema em questão; d) Fase da implementação de politicas: seria a
concretização da ação escolhida entre as demais, transformando-a em ação política
concreta; e) Fase da avaliação de politicas e correção de ação: nessa fase acontece a
avaliação da política adotada, uma espécie de reflexão custo x benefício empreendida na
política pública, momento propicio à correção de possíveis falhas de formulação ou
execução.

Secchi (2014) traz exemplos de políticas públicas existentes no Brasil em


diferentes áreas:

Na área da saúde existe o programa de distribuição de medicamentos


gratuitos por meio do SUS (Sistema Único de Saúde); A instalação de UPPs
(Unidades de Polícia Pacificadora ) em bairros carentes do Rio de Janeiro, na
área da segurança pública; O Programa Minha Casa Minha Vida, no setor de
habitação; a Politica Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/10).

Existem muitas outras políticas públicas que são criadas para atender às
necessidades sociais a nível federal, estadual e municipal, em todas as áreas como
saúde, educação, planejamento urbano, previdência social, tecnologia e informação,
emprego e renda, esporte e lazer, meio ambiente, infraestrutura e transporte, entre
outros. Vale destacar que em um país como o Brasil com tantas complexibilidades de
problemas sociais, ainda em passos lentos para a transparência ideal, conhecer os
conceitos, as tipologias e os ciclos das políticas públicas torna-se, sem dúvidas,
imperativo.
2.5 OS REFLEXOS DA SONEGAÇÃO FISCAL NAS POLÍTICAS PÚBLICAS
A arrecadação tributária no Brasil tem como intuito fundamental, oportunizar a
concretização de ações sociais, em favor da coletividade, resguardando o princípio da
dignidade da pessoa humana.
Dessa forma, conforme Coêlho (2005, p. 464), “O tributo, em última análise, é
uma forma de financiar o Estado. É a finalidade de todo tributo.” Corroborando com
esta ideia, Boff e Torques (2011, p. 4), afirma que “o Estado brasileiro, assim como a
maioria das nações ocidentais, apresenta-se como Estado Fiscal, cujas necessidades
financeiras são essencialmente coberta por tributos.”
Logo, a precípua incumbência dos tributos é suplementar os cofres públicos,
com o objetivo de efetivar a atividade pública, devendo ter como norte, o interesse
público, de acordo com Mello (2003), destacando um dos sustentáculos da
Administração Pública: a supremacia do interesse público.
O tributo deve atender a uma função tipicamente social, pois ele é criação do
povo para atender ao povo. Por outro lado, a arrecadação tributária também
serve para abastecer os cofres públicos do Estado, de forma a permitir que
este último realize os gastos necessários para realizar as necessidades
públicas. (CARDOSO,2010, p.3).

Depreende-se, então que, a arrecadação de tributos realizada pelo Estado, não


objetiva ocasionar o enriquecimento da Administração Publica, todavia, esta busca a
solidificação do bem comum.
No entendimento de Scaff (2007, p.33-35):
Não é necessário que se aloquem todos os recursos públicos disponíveis para
sua implementação, mas é imprescindível que sejam disponibilizados
recursos públicos bastantes e suficientes, de forma proporcional aos
problemas encontrados e de forma progressiva no tempo, de modo que as
deficiências para o exercício das liberdades jurídicas sejam sanadas por meio
do pleno exercício das liberdades reais, ou, por outras palavras, para o
exercício pleno das capacidades de cada indivíduo ou coletividade de
indivíduos.

Dessa forma, torna-se imprescindível conscientizar-se, de que com a falta do


pagamento dos tributos, é possível que se fale na aplicação do dinheiro público em
serviços ofertados com excelência à população, com independência de classe social e
que, exclusivamente por meio dessa contribuição da sociedade será factível, com maior
propriedade, executar acirrada fiscalização das contas públicas e a penalização do gestor
público que utiliza ilegalmente as contribuições (SANTOS, 2016).
Ainda conforme a autora:
Observa-se assim, que a cada ano, o número sonegado em reais só aumenta e
quem paga essa conta é o cidadão de bem, honesto, que não é o dono de
empresas fantasmas, nem possui conta bancária em algum paraíso fiscal. É
aquele cidadão que paga seus impostos corretamente e espera receber uma
contraprestação do Estado, por meio das políticas públicas. No entanto, esse
cidadão não recebe a contraprestação que espera e, com isso, não vê
efetivados os seus direitos sociais (IBID, p.214).

Torna-se evidente que a sonegação fiscal é um problema


social, visto que, acarreta múltiplos desdobramentos e alcança, de forma negativa,
vários âmbitos da sociedade, desrespeitando os princípios da igualdade, da dignidade da
pessoa humana e da livre concorrência.

Neste aspecto, Mello (1986, p.230) ressalta:

Violar um princípio é muito mais grave do que transgredir uma norma. A


desatenção ao princípio implica ofensa não apenas a um específico
mandamento obrigatório, mas a todo um sistema de comandos. É a mais
grave forma de ilegalidade ou inconstitucionalidade, conforme o escalão do
princípio atingido, porque representa insurgência contra todo o sistema,
subversão de seus valores fundamentais [...].

Portanto, os rebatimentos mais cruéis da sonegação fiscal, é o obstáculo no


estabelecimento de programas sociais, em prol da coletividade, visto que, o déficit de
arrecadação de tributos impossibilita o desenvolvimento do país, em razão das
contribuições que não são integrados nos cofres públicos, que se fossem, seriam
utilizadas para atender as necessidades básicas da população.

Logo, para que os cidadãos tenham acesso à uma boa qualidade de vida,
respeitando os direitos sociais, é imprescindível que haja o cumprimento efetivo das
obrigações contributivas, com vistas à uma sociedade equânime.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo nos possibilitou inicialmente fazer uma reflexão sobre o


crime de sonegação fiscal do Brasil, demonstrando como se caracteriza o delito em
questão. Para Franco (2015), a sonegação fiscal pode ser caracterizada quando o
contribuinte utiliza-se de procedimentos que infrinjam a lei fiscal e o regulamento
fiscal. Trouxe ainda quem são os sujeitos ativos e quais as penas previstas para aqueles
que incorrem nas praticas desse crime.
A sonegação fiscal pode ocorrer de diversas formas, no Brasil nos
deparamos com a nota sanfonada, que é quando a mesma nota dá garantia a mesma
mercadoria mais de uma vez. O Acréscimo patrimonial a descoberto do sócio; nota
calçada e o uso de laranjas, este muito comum entre grandes corruptos do Brasil.

Acerca das políticas públicas ficou claro a sua importância social visto que
é através dessas diretrizes que o Estado busca atender os anseios dos diversos
seguimentos sociais, buscando uma sociedade com mais equidade. Trouxe-nos sua fase
de elaboração e ainda os principais atores sociais das politicas públicas, que podem ser
estatais ou privados. Os estatais são aqueles que estão diretamente ligados à
Administração Pública, ocupam cargos legislativos ou executivos, são os políticos que
se elegem por suas propostas que devem responder os anseios sociais da população
sendo vistos como representantes do povo. Os atores privados, apesar de não estarem
diretamente ligados à Administração Pública, tem fundamental importância para as
decisões das políticas públicas eleitas para atender a coletividade ou até mesmo alguns
segmentos específicos, valorizando a criação de uma sociedade justa e com mais
igualdade.

Os atores privados participam da elaboração das políticas públicas através


das Organizações não governamentais (ONGs), movimentos sociais, sindicatos,
associações da sociedade civil, as mídias em geral, corporações empresariais, grupos
políticos, entidades representativas, etc.

Assim, entendendo que as políticas públicas são os meios de alcance do


Estado às necessidades sociais e que a arrecadação de tributos torna possível a
concretização delas, é indiscutível que os crimes contra a ordem tributária, prejudicam
toda a sociedade impedindo que se aperfeiçoem os serviços prestados à coletividade.
Sendo necessário, portanto, que se mantenha uma constante discussão sobre o tema para
que sejam discutidos meios de fazer com que a carga tributária seja mais justa para o
contribuinte, que muitas vezes se veem obrigados a agir dentro da ilegalidade, para fugir
dos altos tributos, que sufoca quem tenta ascender economicamente.

Conclui-se que quanto maior forem os índices de sonegação, o aumento da


carga tributária torna-se mais eminente. São inúmeros os efeitos negativos dos crimes
contra a ordem tributária, entre eles está o baixo desenvolvimento do país em todos seus
segmentos, em decorrência do montante de deixa de ser arrecado para os cofres públicos
que necessitam dele para o suprimento das necessidades básicas sociais, tais como:
saúde, educação, segurança, mobilidade, meio ambiente, habitação, entre outros.

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