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A DESTINAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA AO FIA – UM ATO DE CIDADANIA

THE DESTINATION OF INDIVIDUAL INCOME TAX TO FIA – AN ACT OF CITIZENSHIP

Lorean Lais Rodrigues Cruz1

Remi Lucas Machado2

Alex Barbuda 34

Resumo

O presente trabalho trata-se sobre a destinação de parte do imposto pago sobre a renda da
pessoa física (IRPF), para fundos sociais, visando a congratulação do ato que beneficiará a
cidadania. O intuito é também trazer a discussão de um tema desconhecido, por parte da
sociedade brasileira, a cerca de desempenhar uma postura cidadã, com o simples ato de
destinações de seus devidos impostos. Todavia, permanece a decrépita crítica ao sistema
tributário, inclusive com o julgamento erroneamente de que a tributação é maléfica para a
sociedade presente.
Palavras-chave: Destinação; Fundos Sociais; Impostos; Tributação.

Abstrct

The present work deals with the allocation of part of the tax paid on the income of the
individual (IRPF), to social funds, aiming at the congratulation of the act that will benefit
citizenship. The aim is also to bring the discussion of an unknown topic on the part of
Brazilian society, about playing a citizen posture, with the simple act of allocating your due
taxes. However, the decrepit criticism of the tax system remains, even with the mistaken
judgment that taxation is harmful to the present society.
Keywords: Destination; Social Funds; Taxes; Taxation.

1
Acadêmica do 6º período do Curso de Direito da Faculdade Presidente Antônio Carlos de Teófilo Otoni/MG,
e-mail: laisrodriguescruz@outlook.com

2
Acadêmico do 6° período do Curso de Direito da Faculdade Presidente Antônio Carlos de Teófilo Otoni/MG,
e-mail remilucas@hotmail.com

3
1 Acadêmica do 6º período do Curso de Direito da Faculdade Presidente Antônio Carlos de Teófilo Otoni/MG,
e-mail: laisrodriguescruz@outlook.com
2 Acadêmico do 6° período do Curso de Direito da Faculdade Presidente Antônio Carlos de Teófilo Otoni/MG,
e-mail remilucas@hotmail.com
Professor do Curso de direito da Faculdade Presidente Antônio Carlos de Teófilo Otoni/MG, e-mail:

4
1. Introdução

A participação popular como instrumento de exercício da cidadania está inserida na


CF/88, previstas de participação popular o referendo, o plebiscito e a iniciativa popular. É a
participação popular como expressão da soberania de um povo interferindo como titular do
poder político indispensável à democracia. O cidadão tem a oportunidade de lutar ou
interferir, em conjunto com toda a sociedade, quais as políticas públicas atendem o anseio
dessa comunidade. As decisões administrativas serão tomadas considerando as necessidades
de seus cidadãos, minimizando o risco de erros por parte da administração.

O Estado tem o dever de atuar com base nos princípios da legalidade, impessoalidade,
moralidade e publicidade, além de prestar contas dos seus atos, num gesto de transparência.
Mas nem tudo poderá ficar associado às ações do Estado. O conceito de cidadania vai muito
além. Ser cidadão significa também participar ativamente da vida em sociedade. Segundo
Dalmo de Abreu Dallari: “A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a
possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo”.

Tão importante quanto praticar atos de Cidadania, cumprindo os seus deveres e


respeitando os direitos dos demais é transmitir essa ideia a outras pessoas ampliando o olhar
sob uma perspectiva social desenvolvendo uma mentalidade de que as decisões tomadas no
país, também passam por nós e que podemos criar uma sociedade melhor para se viver a
partir de pequenos gestos que praticados em conjunto, levam a uma grande transformação.
Votar é muito importante, mas não é a única maneira de melhorar as coisas ao seu redor.

A sociedade brasileira tem se manifestado sobre assuntos relacionados à política, à


tributação e arrecadação tributária brasileira, exigindo transparência na aplicação dos
recursos públicos. Há sempre uma desconfiança dos cidadãos no papel do Estado, enquanto
promotor do bem-estar social. Adotam uma postura de desconfiança, contrária ao exercício
da cidadania fiscal. Acham o governo guloso entendendo, o retorno em benefícios não condiz
com o volume pagam de impostos.
O tributo é a principal fonte de receita par levantar os recursos necessários ao custeio
dos gastos públicos. O governo arrecada e aloca os recursos para atender diferentes objetivos
e diferentes áreas da esfera governamental de acordo com um planejamento e um orçamento
aprovados para as áreas de Educação, Saúde, Cultura, Assistência Social, dentre outras, para
não citar todas. De forma organizada em uma estrutura programática são detalhados os
programas e as ações para se alcançar os objetivos de acordo com o que foi planejado e os
recursos disponíveis, ou seja, de acordo com o orçamento.

Dentre todos os tributos (impostos, taxas e contribuições) que representam essa


importante fonte de custeio dos gastos públicos, o imposto é o único que não está vinculado á
uma contraprestação estatal específica. É Tributo Não Vinculado. Nós pagamos, mas a sua
utilização é de forma generalizada. Os valores arrecadados vão para o orçamento geral e não
precisam ser empregados em área correlata à que gerou a tributação. Essa vedação está
especificada no inviso IV, do artigo 167, da CF/88 e na definição dada pelo artigo 16 da lei
5172/1966 (CTN).

Art. 167. São vedados:

IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa,


ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a
que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as
ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e
desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da
administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos
arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações
de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem
como o disposto no § 4º deste artigo; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador
uma situação independente de qualquer atividade estatal
específica, relativa ao contribuinte.

Vinculação é o estabelecimento de elo normativo entre um recurso arrecadado e sua


aplicação, associada a uma atividade específica a ser prestada pelo Estado. O que ocorre por
exemplo com o recolhimento de uma taxa para se obter um alvará de funcionamento de
determinado estabelecimento. Com o imposto isso não acontece a vedação está expressa na
CF/88, art.197 e no, art. 16 do CTN. Mas, o próprio artigo 197, abre ressalvas à destinação do
produto da arrecadação de impostos em áreas específicas, como determinado pelos artigos 37,
inciso XXII, 198, §2º e 212, todos da Constituição Federal.
O Imposto de Renda Pessoa Física, cuja destinação é o objetivo deste estudo, é tributo
não vinculado, sem uma contraprestação específica pelo estado, mas a legislação faculta ao
contribuinte definir que, parte do valor a ser pago na Declaração de Imposto de Renda, seja
aplicado para atender finalidades sociais, na sua região. Com possibilidade, inclusive, de
escolher a entidade a ser beneficiada, desde que ela atenda aos requisitos legais.

É importante analisarmos a questão tributária sob essa ótica em que o cidadão


participa diretamente na escolha de quem e qual região irá se beneficiar do imposto que ele
paga. Desmistifica um pouco aquela ideia de desconfiança, de governo guloso, que citamos
no início, a partir do momento que ele passa a terá visão, da aplicação do imposto pago. É
preciso compreender que a tributação é fonte de recursos para que o estado realize
investimentos que beneficie, principalmente os indivíduos com maior necessidade.

1.1 Objetivo

É possivel destinar parte do valor do imposto de renda de pessoa física (IRPF)? Sim é,
e vamos explicar isso detalhadamente abaixo:

Analisar como é realizada a arrecadação do presente recurso, bem como sanar dúvidas
de como pode ocorrer a destinação do seu imposto de renda, qual é o percentual que pode ser
destinado e à quais fundos esse imposto pode beneficiar.

Argumentar como é possivel realizar esta destinação, e que a mesma não é uma
doação, e sim um ato legal, seja ele destinado á instituições Municipais, Estaduais e até
mesmo Nacionais, que prestam serviço social, mesmo sendo um ato desconhecido pela
sociedade.

2. Revisão da Leitura

Fundo para Infância e Adolescente – FIA


O FIA mais conhecido como Fundo para Infância e Adolescência, foi regulamentado
nas esferas, Federal, Estaduais e Municipais, vinculados aos respectivos Conselhos de
Direitos da Criança e do Adolescente. Para captação de recursos de diversas origens e dentre
elas as destinações de parte do imposto de renda de pessoa física (IRPF), para custear
programas e ações dirigidas ao programa de desenvolvimento da criança e do adolescente.
Para que possam ser abatidas do imposto pago as doações deverão ser realizadas diretamente
a esses Conselhos que farão a distribuição dos recursos arrecadados para as entidades
cadastradas para essa finalidade.São doações espontâneas e de finalidade pública.

Oficialmente regulamentado na Lei Federal nº 8.981/95, onde relata o regimento


tributário, no artigo 34, que fora alterado pela Lei nº 9.065/95, entrando em vigor da seguinte
forma:

“Art. 34. Para efeito de pagamento, a pessoa jurídica poderá deduzir,


do imposto apurado no mês, o imposto de renda pago ou retido na fonte
sobre as receitas que integraram a base de cálculo correspondente (arts.
28 ou 29), bem como os incentivos de dedução do imposto, relativos ao
Programa de Alimentação do Trabalhador, Vale Transporte, Doações
aos Fundos da Criança e do Adolescente, Atividades Culturais ou
Artísticas e Atividade Audiovisual, observados os limites e prazos
previstos na legislação vigente”.

Não menos importante, expor que o FIA é capaz de designar-se em um instrumento de


grande eficácia na garantia dos direitos da criança e adolescente, exercendo o controle na
distribuição desses recursos, dando consentimento a celeridade por consequência e solução
dos problemas enfrentados por crianças/adolescentes, e também, o acompanhamento da
aplicação dos recursos que são de interesse público.

Quem Pode Destinar Parte do Imposto de Renda

A Lei (8.069/90) do ECA autoriza aos contribuintes do Imposto de Renda, seja


pessoas jurídicas ou físicas, todos aqueles que tem imposto de renda a liquidar, encaminhem
uma pequena porcentagem do presente recurso, o qual pode ser destinado para projetos que
passaram ser validos pelo Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente, realizando
deposito em uma conta destinada aos Fundos Municipais, Estaduais e Nacionais, como
previsto no art. 260, o mesmo foi alterado pela Lei nº 8.242/91, que prevê:

“Os contribuintes poderão deduzir do imposto devido, na declaração


do imposto sobre a renda, o total das doações feitas aos Fundos dos
Direitos da Criança e do Adolescente – Nacional, Estaduais ou
Municipais – devidamente comprovadas, obedecidos os limites
estabelecidos em decreto do Presidente da República.”

Esta destinação incide sob imposto de renda a ser pago, sendo este apurado na
declaração de ajuste anual, no caso de pessoas físicas, e na declaração anual ou mensal das
pessoas jurídicas, cumprindo os termos legais.

O valor destinado pode ser afamado como uma ascensão do imposto de renda, isto
significa, que o contributário realiza apenas a destinação deste valor para a entidade desejada,
visto que quem realiza o pagamento é o governo. Ocorre que quando o recurso é destinado
diretamente ao FIA, através do conselho municipal, o valor destinado mantém-se no
Município e o a contribuinte pode assistir há aplicação do recurso.

Contudo, não são todos os colaboradores que são capazes de fazer as destinações do
imposto de renda. Exclusivamente a pessoa física que faz a escolha da Declaração de Ajuste
Anual, através da tributação do Imposto de Renda modelo completo e aos contribuintes de
pessoas jurídicas tributados em base benefício justo, existe a possibilidade de realizar
destinação sob parte do imposto respectivo ao fundo.

O órgão da Receita Federal considera que o contributário que escolhe a Declaração de


Ajuste Anual Modelo Simples, o mesmo e limitado a um valor de R$ 12.743,63 (doze mil
setecentos e quarenta e três reais e sessenta e três centavos) hospeda um corte de 20% no
rendimento tributável da declaração, incluindo nesse valor todas as deduções possíveis
legalmente. Desta feita, quaisquer das conjecturas legais em que o pagante tenha direito na
declaração dos ganhos, até mesmo as que estariam abatidas no imposto de renda, conforme
versa o art. 10, letra III e IV da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, com redação
alterada pela Lei nº 11.482, de 31 de maio de 2007:

O órgão da Receita Federal considera que o contributário que escolhe a Declaração de


Ajuste Anual Modelo Simples, o mesmo e limitado a um valor de R$ 12.743,63 (doze mil
setecentos e quarenta e três reais e sessenta e três centavos) hospeda um corte de 20% no
pagamento tributável da declaração, desta feita, quaisquer das conjecturas legais em que o
pagante tenha direito na declaração dos ganhos, até mesmo as que estariam abatidas no
imposto de renda, conforme versa o art. 10, letra III e IV da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro
de 1995, com redação alterada pela Lei nº 11.482, de 31 de maio de 2007:

“Art. 10. O contribuinte poderá optar por desconto simplificado, que


substituirá todas as deduções admitidas na legislação, correspondente
à dedução de 20% (vinte por cento) do valor dos rendimentos
tributáveis na Declaração de Ajuste Anual, independentemente do
montante desses rendimentos, dispensadas a comprovação da despesa
e a indicação de sua espécie, limitada a: (...) III - R$ 12.743,63 (doze
mil, setecentos e quarenta e três reais e sessenta e três centavos) para
o ano-calendário de 2009; IV - R$ 13.317,09 (treze mil, trezentos e
dezessete reais e nove centavos) a partir do ano-calendário de 2010”.

Com relação, aos contribuintes jurídicos, doações realizadas ao fundo ficam visto
como incentivo fiscal, onde a sua utilização estanque às empresas, as quais são tributadas
pelo valor atingido. A destinação do imposto pago devem respeitar os limites da atual
regulamentação.

Como Funciona a Doação

Para que seja possível realizar a doação faz-se necessário que o contributário defina a qual
fundo da criança e do adolescente ou estatuto do idoso deseja realizar a doação. Mediante
deste primeiro passo concluído, é necessário gerar e realizar o pagamento do DARF. Nos
casos de ter imposto a restituir, o valor doado será somado a sua restituição e atualizado pela
taxa SELIC ou se o resultado da declaração for imposto a pagar, o valor destinado será
subtraído do imposto a ser pago. Nesse caso, seria efetuado dois pagamentos, o da parte
destinada e o outro referente ao imposto a ser pago.

Pré-Requisitos

Os pré-requisitos é muito simples não existe dificuldade alguma se você é um


contribuinte deseja destinar parte do imposto a pagar.
A declaração a ser apresentada, mais favorável para o contribuinte, seja o modelo
completo. Se o modelo simplificado oferece uma tributação mais favorável ao contribuinte
ele não terá como destinar o imposto.

Ficar sempre atento à prazos, inclusive ao prazo da declaração anual. E por fim,
porém, não menos importante o simples fato de querer ajudar ao próximo, faz-se necessário
apenas a vontade de ajudar aquele que precisa.

Como Destinar o Imposto de Renda

Grande parte da população sabe que o Brasil tornou-se um dos países com o maior
indíce de carga tributária do mundo. Com base em gráficos do ano de 2019 teve um
percentual de impostos quitados por pessoas fisica e pessoas jurídicas atingiu um percentual
de 35,0% do PIB. A arrecadação de imposto não é vista como um problema para a sociedade
brasileira, dada ocasião que estes são responsáveis pela conservação de seus serviços
públicos, investimentos sociais e na infraestrutura, alem de outras urgências para a vida na
sociedade.

Desconhecido por grande parte, entretanto, existe a possibilidade de destinação de


parte do imposto de renda de pessoa física (IRPF) conveniente para projetos sociais, por meio
de leis de incentivo. Visando assim que está é uma grande oportunidade de desempenhar um
ato de cidadania, assistindo assim pessoas carentes e colaborando com o destino do
desenvolvimento cultural do pais. Desta forma, e possível ajudar o próximo sem pagar nada
por esse ato.

Para Onde Vai o Dinheiro

Conforme disponibiliza o site do Órgão da Receita Federal no momento em que o


contribuinte realiza a entrega da Declaração de Ajuste Anual (DAA) do pagamento sobre o
imposto de renda da pessoa física (IRPF), o qual deve ser realizado no período do mês de
março e abril, o contribuinte consegue fazer a destinação de até 3% do imposto pago para o
fundo de alguma entiada, entre elas o fundo do idoso e o fundo da criança e do adolescente.
Este recursos recebidos devem ser aplicados, exclusivamente, para programas e ações
de defesa e garantia dos direitos da pessoa idosa, do adolescente e das crianças, mediante a
propensão dos responsáveis conselhos, os quais ficam sujeitos à fiscalização do MP.

Nos dias atuais estas doações podem ocorrer mediante o pagamento do imposto de
renda, onde tem sido o principal meio de captar recursos para destinar aos fundos sociais.

Entretanto, o Comitê não tem acesso à este dinheiro destinado, o mesmo não passa
pela instituição. O processo financeiro é efetuado pelo Órgão da Receita Federal, e ademais
órgãos envolvidos, também sendo todos fiscalizados pelo Ministério Público.

3. Metodologia

A metodologia que será utilizada para este trabalho fundamenta-se em uma pesquisa
bibliográfica. Na pesquisa bibliográfica utilizaremos materiais já elaborados, (tais como,
livros e artigos científicos), tendo como principal vantagem de ampla cobertura do assunto.

Portanto, iremos nos basear em materiais já publicados tendo como fundo para
fundamentação do presente artigo.

4. Resultados e Discussão

A tributação é um instrumento de grande importância na distribuição de renda e


promoção da justiça social em todas as sociedades modernas. É uma grande discussão entre a
alta carga tributária e os benefícios prestados pelo estado. Não queremos entrar no mérito de
que os recursos arrecadados estão ou não sendo aplicados corretamente. Esse não é o objetivo
do nosso trabalho. O fato é, nenhum país consegue promover a justiça social, oferecer uma
boa educação, saneamento básico, cuidar da saúde da população, sem os recursos da
tributação. Os países com os menores índices de tributação, são também àqueles com
menores investimentos de forma geral, por motivos óbvios. Faltam-lhes o principal, os
recursos. É sob essa ótica é que daremos enfoque à destinação de parte do IRPF pago.

O cidadão poderá destinar, mensalmente, durante o ano calendário o percentual de até


6%, do valor do imposto mensal ou 3%, se optar por fazê-lo no período de entrega da
Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (DIRPF), na opção
Doações diretamente na declaração.

Mesmo se tratando de uma operação legal, os valores destinados são muito pouco se
comparados àqueles que poderiam ser realizados se houvesse por parte da população o
conhecimento e a consciência do que poderia representar aquele pequeno gesto de destinar
recursos a uma instituição da sua cidade, do seu bairro, aquela bem perto da sua casa, que
presta um excelente serviço social aos seus conterrâneos.

Para exemplificar vamos listar alguns municípios destacando o potencial de destinação e o


valor que realmente é destinado:

TEÓFILO OTONI

POTENCIAL 6% POTENCIAL 3% Nº DE VALORES


DESTINADORES DESTINADOS

4.947.032,81 2.473.516,41 50 36.426,51

Fonte: Dados do último cadastro nacional em 2019, realizado pela Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e
do Adolescente (SNDCA/MMFDH)

GOVERNADOR VALADARES

POTENCIAL 6% POTENCIAL 3% Nº DE VALORES


DESTINADORES DESTINADOS

11.739.665,57 5.869.827,78 66 102.819,71

Fonte: Dados do último cadastro nacional em 2019, realizado pela Secretaria Nacional dos Direitos da Criança
e do Adolescente (SNDCA/MMFDH)

CARATINGA
POTENCIAL 6% POTENCIAL 3% Nº DE VALORES
DESTINADORES DESTINADOS

2.344.945,92 1.172472,96 8 7.450,94


Fonte: Dados do último cadastro nacional em 2019, realizado pela Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e
do Adolescente (SNDCA/MMFDH)

Em que pese não se tratar de doação, porque o cidadão irá pagar o imposto, destinando ou
não, o que se constata é que a sociedade tem pouco conhecimento sobre o assunto.
Analisando os valores destinados, notamos, que o percentual é muito baixo em relação ao
potencial do município, muitas vezes não chegando a 1%. Em alguns municípios chega a ser
zero.

Algumas considerações que precisamos salientar é que para ser beneficiário desses recursos é
imprescindível que o fundo esteja regularmente cadastrado na Receita Federal e que o
pagamento seja efetuado até a data de vencimento da primeira da primeira quota ou quota
única do imposto.

Conclusão

O Fundo da Infância e Adolescência - FIA tem sido de grande valia e aprovação


diante dos direitos e interesses das crianças e dos adolescentes dos munícipios vigentes, e os
recursos que são apurados financiam determinados projetos, e todos nesta área.

Conforme exposto os contributários ao realizar a destinação do recurso financeiro não


pagam e não perdem nada, pois os mesmo estão apenas destinando o valor para determinada
instituição, visto que já deve realizar o pagamento ao governo. Ocorre que com a destinação
do valor de 3% sobre imposto de renda ao fundo, por menor que possa parecer, essa
destinação fica para o município e a sua soma final pode ser muito significativa.
Modificadamente de pagá-lo de maneira integral ao governo, previsto que todo dinheiro
arrecadado e destinado a uma única conta, onde todas as preexistências à serem definidas
ocorrem em nível federal e não ao municipal.
Os recursos que são destinados ao Fundo são administrados pelo Conselho Municipal
da Criança e do Adolescente, sendo este formado por representante do Poder Público e da
Sociedade Civil, onde eles realizam a deliberação de acordo com os levantamentos das
necessidades do município, em que refere-se a idosos, crianças e adolescente. Portanto, quem
analisa a melhor forma de realizar o levantamento do conselho, investigando e atuando dentro
da legalidade é o Gestor do Fundo, tendo assim a responsabilidade legal, como o secretário
(a) de assistência social, sendo este responsável na parte burocrática deste processo. Tendo
em vista a importância da boa comunicação entre as duas partes, pois realizar só o
levantamento das necessidades não é o suficiente, todos os passos devem ser levados ao
conhecimento do Gestor todas as ações que pretendem ser tomadas, para que o gestor esteja
ordenado legalmente, orçamentariamente e financeiramente.

Todos os projetos são aprovados pelo conselho e financiados com o recurso do FIA,
onde os mesmo formam uma geração arranjada para o futuro, realizando assim a mudança na
vida de centenas de crianças e adolescente, os quais muitas das vezes vivem em situação não
muito agradável. Sendo que com estas atividades são realizadas, eles passam visualizar
oportunidades de expansão dentro das comunidades em que são inseridas.

Demonstrando ainda, como é possível contribuir para o FIA, e que realizar a


destinação não traz ônus a quem o faz, sendo ao contrário, este ato traz a responsabilidade
social para as comunidades, a contribuição torna o Fundo Municipal dos Direitos da Criança
e do Adolescente forte. Com a realização destes programas muda a realidade de diversas
crianças e adolescentes que vivem em situações carentes, tendo em vista a inclusão social,
assim diminuindo o índice de marginalidade e dando a possibilidade de um futuro melhor,
com o envolvimento e compromisso do Estado e da sociedade.

Independente que deva ser compromisso dos governantes atuarem e orientarem os


recursos públicos de forma consciente, entretanto, este não resolve os problemas sociais.
Sendo de grande valia a participação da comunidade, ficando envolvido na elaboração e
aprovação destes projetos, realizando doações e fiscalizando como o dinheiro vem sendo
utilizado.

Para que as pessoas possam realizar doações ao Fundo, eles devem procurar o
Conselho para emitirem um recibo o qual servirá de comprovante para a destinação diante da
Receita Federal. O papel do Conselho e passar a informação ao Órgão da Receita Federal por
meio de uma Declaração de Benefício Fiscal informando quem irá contribuir para o Fundo,
consociando todas as informações.

Mediante a contribuição pode-se dizer que o papel dos contribuintes esta sendo feito
ao destinar os 3% dos seus impostos pagos, embora seja capaz de ser muito mais, talvez não
seja de grande valia mediante pois é um assunto ainda desconhecido por grande parte da
sociedade, tendo assim uma possível desconfiança da população.

Grande parte das pessoas reclamam que os impostos pagos são altos e que são mal
administrados ou aplicados de maneira erronia em precisões diferentes as quais e de interesse
da população. Todavia quando o contribuinte realiza a destinação do imposto de renda ao
Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, o mesmo tem a possibilidade de
acompanhar todos os resultados atingidos por tais projetos, analisando se os mesmo estão
surtindo efeito dentro das comunidades em que estes projetos atuam, tendo assim a
possibilidade de exercer o direito de cidadania.

Desta feita, é necessário que exista divulgação da provável utilização da destinação


como um incentivo fiscal, tendo em vista que ocorre mediante dos cálculos e proporção, para
que não exista encargo maior.
Referências

https://www.cristais.mg.gov.br/portal/noticias/0/3/94/destine-3-do-seu-imposto-de-
renda-sem-custo-algum/

Lei n° 8.981, de 20 de janeiro de 1995. Altera a legislação tributária Federal e dá outras


providências. Diário oficial da república Federativa do Brasil, Brasília.

Lei n° 9.065, de 20 de junho de 1995. Dá nova redação a dispositivos da Lei nº 8.981, de 20


de janeiro de 1995, que altera a legislação tributária federal, e dá outras providências. Diário
oficial da república Federativa do Brasil, Brasília.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição Federativa do Brasil. Brasília: DF: Senado, 1988.

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