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Tributos e suas espécies

Profa. Valeria Zotelli

Conteúdo produzido e curado pela equipe acadêmica

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TRIBUTO E SUAS ESPÉCIES
Profa. Valeria Zotelli

1 Tributo e suas espécies


1.1. Tributo1

Tributo é uma prestação em dinheiro obrigatória,


instituída por lei e cobrada mediante atividade do
Estado. Temos como principais características de um
tributo:

a) é sempre devido a um ente público;


b) sua arrecadação fundamenta-se no poder de
império do Estado;
c) visa à arrecadação de recursos financeiros para
o Estado realizar suas tarefas;
d) é obrigatório;
e) deve ser pago em moeda nacional ou em valor
que nele se exprima;
f) deve ser previsto em lei;
g) é cobrado mediante atividade administrativa
plenamente vinculada.

a) Imposto2

Imposto é uma espécie de tributo exigido de


acordo com as hipóteses de incidência previstas em
lei, não vinculado diretamente a uma atividade
específica do Estado em relação ao contribuinte.
1
Extraído de SHINGAKI, Mário. Gestão de impostos: para pessoas físicas e jurídicas. 7. ed. São Paulo:
Saint Paul, 2010, p. 11.
2
Extraído de SHINGAKI, Mário. Gestão de impostos: para pessoas físicas e jurídicas. 7. ed. São Paulo:
Saint Paul, 2010, p. 12 – 13.

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Assim, a hipótese de incidência do imposto ocorre


devido a um comportamento do contribuinte ou a uma
situação jurídica em que ele se encontra. O imposto
pode ser instituído em nível federal, estadual e
municipal.

b) Taxas

Taxas são vinculadas a uma atividade estatal


específica e divisível relativa ao contribuinte. É devida
em face da prestação de um serviço ou do exercício
do poder de polícia. Podem ser instituídas em nível
federal, estadual e municipal.

c) Contribuição de melhoria

A contribuição de melhoria é cobrada em


decorrência de valorização imobiliária causada por
obra pública. Pode ser instituída em nível federal,
estadual e municipal.

d) Empréstimo compulsório

Empréstimo compulsório é o tipo de tributo


cobrado para atender a despesas extraordinárias,
como calamidade pública, guerra ou relevante
interesse nacional. Após o término das causas que
motivaram a cobrança, o empréstimo deve ser
restituído ao contribuinte. É instituído em nível
federal.

e) Contribuições especiais

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As contribuições especiais são devidas


independentemente de uma ação direta e específica
do Estado em benefício do contribuinte, e a receita
arrecadada tem destinação específica. São passíveis
de serem instituídas pela União. Exemplos de
contribuições especiais:

(a) Contribuições sociais: destinadas a custear a


seguridade social − saúde, previdência e
assistência social. Exemplo: CSLL, COFINS,
INSS sobre a folha, antiga CPMF.
(b) Contribuição de intervenção no domínio
econômico. Exemplo: CIDE.
(c) Contribuição de categorias profissionais.
Exemplo: CREA, CRM, CRC.

2 CONCEITOS BÁSICOS EM DIREITO


TRIBUTÁRIO
o Fato gerador: situação prevista em lei que,
quando ocorrida, faz nascer a obrigação de
pagar tributo.

o Base de cálculo: valor tributável. Valor sobre o


qual deverá incidir o tributo.

o Alíquota: percentual que, aplicado à base de


cálculo, define o valor do tributo.

o Sujeito passivo: pessoa obrigada ao pagamento


do tributo.

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3 IMUNIDADE, ISENÇÃO E NÃO INCIDÊNCIA


Imunidade é uma limitação constitucional ao
poder de tributar. Atua no plano da definição da
competência. Trata-se da exclusão de competência
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios para instituir tributos especificamente a
determinados atos, fatos e pessoas, e expressamente
previstos pela Constituição Federal. Visa a preservar
valores prestigiados pela Constituição Federal e,
portanto, pela sociedade.

Isenção é uma dispensa legal no campo da


tributação. Atua no plano do exercício da
competência. Delimita a regra de incidência tributária,
impedindo que nasça o fato gerador. Nesse sentido,
o ente político (União, Estados, Distrito Federal e
Municípios) tem competência para instituir os tributos.
Porém, em decorrência de um interesse político
social, afasta a exigência do tributo de atos, fatos e
pessoas.

Não incidência deriva da falta de lei ou da


impossibilidade jurídica de tributar-se certos fatos em
face de a regra-matriz constitucional de tributos a eles
não se ajustar.

BIBLIOGRAFIA

SHINGAKI, Mário. Gestão de impostos: para pessoas


físicas e jurídicas. 7. ed. São Paulo: Saint Paul, 2010.
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