O Imposto é uma prestação obrigatória estabelecida pela lei a
favor de entidades que exerçam funções públicas e para satisfação de fins públicos que não constituam sanção de actos ilícitos. Não dependendo de outros vínculos jurídicos nem determinando para o sujeito activo qualquer dever de prestar específico, a relação de imposto não implica qualquer contraprestação para as entidades públicas credoras. Imposto e taxa
O Estado e as outras entidades públicas
prestam serviços cuja utilidade não é divisível pelos cidadãos. A defesa nacional e a diplomacia constituem exemplos nítidos de serviços públicos indivisíveis e, consequentemente, suportados pelo imposto. Imposto e taxa
De outros serviços públicos, porém, extraem os
particulares utilidades individualizáveis. É o caso dos serviços de instrução, de justiça, de saúde, etc. Quando esses serviços são divisíveis há a possibilidade de realizar a sua cobertura financeira, ou parte dela, através do pagamento de prestações exigíveis dos particulares que utilizam tais serviços – a taxa. Imposto e Taxa
Assim a distinção que existe entre imposto e
taxa é que a taxa tem por causa a realização de uma utilidade individualizada, o que não acontece com o imposto. Classificações jurídicas dos impostos
a) Impostos estaduais e não estaduais:
Nem sempre o Estado é credor do imposto, o sujeito activo da relação jurídico-tributária. Esta constitui-se, muitas vezes, em benefício de uma Autarquia Local ou de um Instituto Público. Daí a separação dos impostos estaduais e não estaduais. A origem de uns e de outros é legal e, portanto, estadual; mas só em relação aos primeiros o Estado se apresenta como credor. Note-se que os impostos não estaduais são os estruturados no sentido da sua atribuição a uma entidade diversa do Estado. Mas acontece frequentemente que a receita de um imposto estadual seja cedida pelo Estado a outra entidade pública. Classificações jurídicas dos impostos
b) Impostos directos e indirectos:
Os impostos directos, visam atingir faculdades contributivas permanentes, estáveis, enquanto os indirectos, visam atingir faculdades contributivas intermitentes, instáveis, passageiras. São impostos directos, aqueles cujo o lançamento se baseia na elaboração prévia de um rol nominativo de contribuintes; e indirectos os outros. Classificações jurídicas dos impostos
c) Impostos reais e pessoais:
Os impostos reais, visam a atribuição de bens económicos, de riqueza, em termos objectivos, sem que nessa tributação se vão reflectir as condições pessoais do contribuinte, os impostos pessoais, pelo contrário, procuram atingir certos bens por pertencerem, ou respeitarem a determinadas pessoas, cuja capacidade contributiva e outras circunstâncias pessoais, são tidas em conta, através de alguns aspectos da tributação. Exercício:
Classifique as seguintes situações:
1. IVA – Imposto sobre o valor acrescentado; 2. IRS – Imposto sobre o rendimento singular; 3. IMI – Imposto municipal sobre imóveis; 4. IS – Imposto de selo; 5. IMT- Imposto municipal transacções; 6. Taxa moderadora serviços de saúde; 7. Taxa audiovisual; 8. Taxa recolha resíduos urbanos; 9. IA – Imposto automóvel; 10. IRC – Imposto sobre o rendimento colectivo.