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Curso : Técnicos de Apoio à

Gestão

UFCD 8 – Princípios de
Fiscalidade

Formador: Marcus Martins


Impostos
Conceito de Imposto

O Imposto é uma prestação obrigatória estabelecida pela lei a


favor de entidades que exerçam funções públicas e para
satisfação de fins públicos que não constituam sanção de
actos ilícitos. Não dependendo de outros vínculos jurídicos
nem determinando para o sujeito activo qualquer dever de
prestar específico, a relação de imposto não implica qualquer
contraprestação para as entidades públicas credoras.
Imposto e taxa

O Estado e as outras entidades públicas


prestam serviços cuja utilidade não é
divisível pelos cidadãos. A defesa nacional e
a diplomacia constituem exemplos nítidos de
serviços públicos indivisíveis e,
consequentemente, suportados pelo
imposto.
Imposto e taxa

De outros serviços públicos, porém, extraem os


particulares utilidades individualizáveis.
É o caso dos serviços de instrução, de justiça, de
saúde, etc.
Quando esses serviços são divisíveis há a
possibilidade de realizar a sua cobertura
financeira, ou parte dela, através do pagamento
de prestações exigíveis dos particulares que
utilizam tais serviços – a taxa.
Imposto e Taxa

Assim a distinção que existe entre imposto e


taxa é que a taxa tem por causa a realização
de uma utilidade individualizada, o que não
acontece com o imposto.
Classificações jurídicas dos
impostos

a) Impostos estaduais e não estaduais:


Nem sempre o Estado é credor do imposto, o sujeito activo da
relação jurídico-tributária. Esta constitui-se, muitas vezes, em
benefício de uma Autarquia Local ou de um Instituto Público.
Daí a separação dos impostos estaduais e não estaduais. A
origem de uns e de outros é legal e, portanto, estadual; mas só
em relação aos primeiros o Estado se apresenta como credor.
Note-se que os impostos não estaduais são os estruturados no
sentido da sua atribuição a uma entidade diversa do Estado.
Mas acontece frequentemente que a receita de um imposto
estadual seja cedida pelo Estado a outra entidade pública.
Classificações jurídicas dos
impostos

b) Impostos directos e indirectos:


Os impostos directos, visam atingir faculdades contributivas
permanentes, estáveis, enquanto os indirectos, visam atingir
faculdades contributivas intermitentes, instáveis, passageiras.
São impostos directos, aqueles cujo o lançamento se baseia
na elaboração prévia de um rol nominativo de contribuintes; e
indirectos os outros.
Classificações jurídicas dos
impostos

c) Impostos reais e pessoais:


Os impostos reais, visam a atribuição de bens económicos, de
riqueza, em termos objectivos, sem que nessa tributação se
vão reflectir as condições pessoais do contribuinte, os
impostos pessoais, pelo contrário, procuram atingir certos
bens por pertencerem, ou respeitarem a determinadas
pessoas, cuja capacidade contributiva e outras circunstâncias
pessoais, são tidas em conta, através de alguns aspectos da
tributação.
Exercício:

Classifique as seguintes situações:


1. IVA – Imposto sobre o valor acrescentado;
2. IRS – Imposto sobre o rendimento singular;
3. IMI – Imposto municipal sobre imóveis;
4. IS – Imposto de selo;
5. IMT- Imposto municipal transacções;
6. Taxa moderadora serviços de saúde;
7. Taxa audiovisual;
8. Taxa recolha resíduos urbanos;
9. IA – Imposto automóvel;
10. IRC – Imposto sobre o rendimento colectivo.

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