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INVESTIMENTO
E FONTES DE
FINANCIAMENTO
Fabiane Padilha
Taxa interna de
retorno (TIR)
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
Neste capítulo, você vai estudar a taxa interna de retorno (TIR). Para que
possamos avançar na análise de um projeto de investimento, uma das
formas mais clássicas é o uso da TIR. Assim, primeiro se faz necessário
entender a TIR, seus pressupostos e suas limitações. Após, será descrito
como a TIR é usada em projetos de investimentos e, em seguida, como
reconhecer a TIR modificada.
0 1 2 3 4
Gitman (2010) explica que o fluxo de caixa pode ser dividido em fluxo
operacional, que é aquele intrinsecamente ligado à parte operacional da organi-
zação; fluxo de investimento, que representa a compra e a venda de ativos por
parte da organização; e fluxo de financiamento, que se origina por meio das
transações financeiras da organização. Essa afirmação nos permite entender
que, por meio da análise do fluxo de caixa, teremos uma visão sistêmica
da empresa, facilitando a tomada de decisão sobre investir ou não em um
determinado projeto visando à maximização dos resultados.
Quando se avalia um projeto de investimento, um dos fatores mais impor-
tantes na avaliação dele é o valor do negócio no qual será investido. Conforme
Gitman (2010, p. 121), “o fluxo de caixa é o sangue que corre pelas veias da
empresa e, portanto, uma determinante fundamental do valor do negócio”.
Taxa interna de retorno (TIR) 3
Para Lemes Júnior, Rigo e Cherobim (2010), com a TIR, chega-se a uma
única taxa que sintetiza os méritos de um projeto. Assim, “essa taxa é dita
como interna no sentido de que ela depende somente dos fluxos de caixa do
projeto, e não das taxas oferecidas pelo Mercado” (LEMES JÚNIOR; RIGO;
CHEROBIM, 2010, p. 179).
A TIR mostra-se como uma relação entre o VPL e a taxa de juros do
projeto, conforme a Figura 2.
TIR
VPL
0
Taxa
Figura 2. Visualização da TIR.
Fonte: Adaptada de Souza e Clemente (2008).
Taxa interna de retorno (TIR) 5
Gitman (2010, p. 371) afirma que: “esses critérios garantem que a empresa
receba, pelo menos, o retorno requerido. Tal resultado deve aumentar seu valor
de mercado e, portanto, a riqueza de seus proprietários”.
Já para a análise de risco do projeto de investimento a premissa básica é:
quanto mais próxima a TIR estiver da TMA, maior será o risco inerente ao
projeto de investimento.
Uma das principais vantagens da TIR é considerar o valor do dinheiro
no tempo e, de forma prática, gerar um valor em percentual, facilitando sua
comparação com outras taxas de mercado. Em contrapartida, ela apresenta
um cálculo não muito simples e pressupõe que todos os fluxos de caixa serão
aplicados por ela mesma, o que na prática não ocorre. Além disso, não tem
muita usabilidade em fluxos de caixas mais complexos, gerando inúmeras
taxas de retorno e deixando a tomada de decisão confusa.
0 (1.000,00)
1 200,00
2 300,00
3 500,00
4 400,00
Utiliza-se, então, o método tentativa e erro até zerar o VPL. Por esse método, a
ideia é ir alterando a taxa aplicada (i) até que o investimento e a soma das entradas
igualem-se a zero. Dessa maneira, as tentativas são aplicadas a diferentes taxas (i) até
que se tenha um resultado zero.
Com o uso da calculadora HP 12C, fica mais fácil:
TIR = 13,16%
Sequência de teclas
200 G CFJ
300 G CFJ
500 G CFJ
400 G CFJ
10 i
F NPV 1.078,61
Sequência de teclas
1078,61 CHS PV
10 i
4n
FV 1.579,20
Sequência de teclas
Leitura recomendada
MEGLIORINI, E. Administração financeira. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012.