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Resumo
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Abstract
1. INTRODUÇÃO
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desenvolveu-se de maneira significativa nos últimos vinte anos, com mudanças
e criação de Leis que propusessem uma melhor forma de tratamento e de
direito dentro das instituições penitenciarias. Visando o fortalecimento das
políticas educacionais, foi essencial para a reforma das Leis Carcerarias no
país, que aglutinou aos Direitos Humanos e os direitos previstos na
Constituição.
1.1 Objetivos
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Afinal, foi naquele período que surgiu a organização criminosa
Primeiro Comando da Capital (PCC), que passou a atuar dentro do
aparelho penal, coordenando, inclusive, rebeliões de encarcerados
(Dias, 2011a). Em outro episódio, conhecido como o “Massacre do
Carandiru”, 111 internos foram mortos por policiais militares, em 2 de
outubro de 1992, durante ação de contenção de um possível motim
na Casa de Detenção de São Paulo. Em decorrência da intervenção e
mortes dos homens alojados no Pavilhão 9 da Casa de
Detenção/Carandiru, no estado de São Paulo, foram denunciados,
criminalmente, 120 policiais militares pelos crimes de homicídio e
lesão corporal (Machado; Machado, 2015).”. (TORRES, Eli narciso.1.
ed. Jundiai (SP): Paco Editorial, 2019, p. 21).
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encarcerada em detrimento de poucos investimentos; (III)o
surgimento da facção criminosa Primeiro Comando da Capital em
1993; e (IV)as sucessivas rebeliões iniciadas no estado de São Paulo,
cujo ápice teve lugar em maio de 2006, quando ocorreu a maior
rebelião de presos no país.( TORRES, Eli narciso.1. ed. Jundiai (SP):
Paco Editorial, 2019, p. 22 e 23).
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Segundo explicam os analistas Coelho e Silveira (1985), a
possibilidade de remição da pena pelo trabalho surgiu por inspiração
no Direito Penal Militar Espanhol, que previa, pelo Decreto Lei n. 281
de 1937, a possibilidade de reduzir parte da pena de indivíduos
presos. Essa legislação tornou-se depois parte do código penal
espanhol, em 1944.
Concessões semelhantes, porém, neste caso com a possibilidade de
reduzir a pena de prisão por intermédio da frequência ou conclusão
de ciclos escolares, são encontradas, também, nos códigos penais de
países da Europa, a exemplo da França, Portugal, Grécia, Noruega,
Bélgica e Bulgária (Julião, 2009); no estado da Califórnia, nos
Estados Unidos, sob o viés metamorfoseado em bônus. O mesmo
ocorre como forma de cumprimento de parte da pena de prisão em
outros países da América Latina, além do Brasil, como Argentina,
Peru, Venezuela, Uruguai, Colômbia, Bolívia, México, Guatemala e
Panamá.(TORRES, Eli narciso.1. ed. Jundiai (SP): Paco Editorial,
2019, p. 41).
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A remição instituída pelas Varas de Execução Penal determinava que
um dia da pena total imposta fosse remido por três dias de estudo,
com a ressalva de que o pedido de remição pela escolarização
deveria chegar ao juiz acompanhado da frequência e aproveitamento
do aluno. (TORRES, Eli narciso.1. ed. Jundiai (SP): Paco Editorial,
2019, p. 45).
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da Divisão de Reabilitação da Penitenciária Federal de
Catanduvas/PR, AléssioAldenucci Júnior; Poder Judiciário pelo juiz
corregedor Sérgio Fernando Moro; e pelo presidente do Conselho da
Comunidade, Fabiano Bordignon (atualmente diretor-geral do Depen),
dentre outros representantes, da OAB, Câmara de Vereadores,
membros de associações, de ONGs. À época, pautaram a urgência
de ações que possibilitassem atividades de “(re)integração” e que, ao
mesmo tempo, pudessem ser desenvolvidas dentro da unidade
prisional de segurança máxima sem impor a possibilidade de riscos à
segurança do estabelecimento (Moro; Bordignon; Silva, 2015).
(TORRES, Eli narciso.1. ed. Jundiai (SP): Paco Editorial, 2019, p.
276).
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Em 2012, o ministro corregedor-geral da justiça Federal, João Otávio de
Noronha e o diretor-geral do DPEN, Augusto Eduardo de Sousa Rossinie,
assinaram a Portaria, conjunta 276, que disciplinou o Projeto de Remição pela
Leitura no Sistema Penitenciário Federal.
A portaria fixou o pagamento de pena se daria em 4 (quatro) dias
remidos para cada resenha, inovando ao limitar em 12 (doze) obras lidas e
avaliadas, considerando o limite de tempo remido pelo custodiado seria de até
48 (quarenta e oito) dias, no prazo de 12 (doze) meses (Depen, 2012).
(TORRES, 2019).
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organizar Comissões de Solidariedade, as quais, posteriormente, se tornariam
interlocutoras dos encarcerados com os representantes do Poder judiciário.
(TORRES, 2019).
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Esses acontecimentos parecem derivar diretamente das condições a
que estavam submetidos os encarcerados, em especial no período
posterior às violações constatadas pelo Massacre na Casa de
Detenção de São Paulo. O evento Carandiru, por exemplo, levou a
sucessivas denúncias de violências e negligências institucionais e
teve como desfecho a mobilização das organizações de direitos
humanos que lutavam por medidas de combate às violações destes
direitos. Essas pautas ocuparam a agenda de um grupo significativo
de organizações durante os dez anos seguintes (Machado, 2015, p.
20, apud, TORRES, 2019).
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A segunda frente constituiu-se por intelectuais militantes e políticos
profissionais, vinculados a cargos no Poder Executivo que passaram a atuar
em cargos nos Ministérios da Justiça e da Educação, em Brasília, a partir de
2005. O espaço de luta que se configurou desde então, aproximou
especialistas na direção de intervirem em conjunto pela educação para
pessoas encarceradas, e se caracterizou como a primeira geração que lutava
em defesa do direito à educação no espaço da prisão. A remição de pena pelo
estudo foi incluída no debate desde o seu início, apresentada como um atrativo
para que o aluno permanecesse na escola.
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tivessem nenhum espaço para agir livremente “. (TORRES, Eli
narciso.1. ed. Jundiai (SP): Paco Editorial, 2019, p. 148.)
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As orientações Nacionais para a oferta de Educação nos institutos
penais foi consequência das articulações interministeriais entre MEC e
Depen/MJ iniciadas no ano de 2005, consubstanciada, certamente, pelo apoio
irrestrito dos agentes que apoiavam a luta pela garantia do direito à educação
dos encarcerados. (TORRES, 2019).
Sendo assim, a Resolução n. 3, do CNPCP, de 11 de março de 2009, foi
a primeira a tramitar, esta resolução regulamenta no campo de ação das
políticas penitenciárias, as Diretrizes Nacionais da Educação em unidades
prisionais e tem ligação direta com o Projeto “Educando para a Liberdade”. Isto
porque incorporou integralmente as proposições do documento que mapeava e
elencava direcionamentos para a efetivação da educação.
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8. A REMISSÃO NO CONGRESSO NACIONAL
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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seria fundamental que a sociedade abaixasse um pouco as armas
preconceituosas para que os apenados possam reingressar ao meio social de
forma digna.
Diante do exposto, é notório que o intuito do sistema educacional na
ressocialização dos apenados é que voltem para sociedade com a
oportunidade de ter uma vida digna, tendo em vista que reeducando terão
oportunidade de se transformar, buscar formas de inserção na sociedade e
acessibilidade ao mercado de trabalho.
10. REFERÊNCIAS
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal Parte Geral. São Paulo: Saraiva,
2011.
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TORRES, Eli Narciso. Prisão, educação e remição de pena no Brasil: A
institucionalização da política para a educação de pessoas privadas de
liberdade, 2019. Disponível em: <https://www.catedraunescoeja.com.br/docum
ento/528c2722da287b3dcabdbdfd58b10ddf929326.pdf>. Acesso em: 21 de
mai. 2021.
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