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SEMANA 36 (EXTENSIVO) | SEMANA 15 (SEMIEXTENSIVO)

UFMS
TEMA OS LIMITES DA JUSTIÇA NO BRASIL
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto
dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema Os limites da justiça no Brasil, apresentando proposta de
intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.

TEXTO 1

A Constituição Federal de 1988, norma fundamental e suprema do Estado Brasileiro, prevê, no artigo 2º, a existência dos poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário, independentes e harmônicos entre si.
A função do Poder Judiciário é garantir os direitos individuais, coletivos e sociais e resolver conflitos entre cidadãos, entidades e Estado. Para isso, tem
autonomia administrativa e financeira garantidas pela Constituição Federal.
O Brasil adota o sistema de unicidade jurisdicional, no qual apenas o Poder Judiciário pode, em caráter definitivo, interpretar e aplicar a lei em cada caso
concreto, com o objetivo de garantir o direito das pessoas e promover a justiça.
A atuação do Judiciário se dá, exclusivamente, em casos concretos de conflitos de interesses trazidos à sua apreciação, sendo que o Judiciário não pode
tentar resolver conflitos sem que seja previamente provocado pelos interessados.
Disponível em https://www1.folha.uol.com.br/colunas/contardocalligaris/1267961-irresponsabilidades.shtml. [Adaptado].

TEXTO 2

Que as punições em geral e a prisão se originem de uma tecnologia política do corpo, talvez me tenha ensinado mais pelo presente do que pela história.
Nos últimos anos, houve revoltas em prisões em muitos lugares do mundo. Os objetivos que tinham, suas palavras de ordem, seu desenrolar tinham certamente
qualquer coisa de paradoxal. Eram revoltas contra toda uma miséria física que dura há mais de um século: contra o frio, contra a sufocação e o excesso de
população, contra as paredes velhas, contra a fome, contra os golpes. Mas eram também revoltas contra as prisões-modelos, contra os tranquilizantes, contra o
isolamento, contra o serviço médico ou educativo. Revoltas cujos objetivos eram só materiais? Revoltas contraditórias contra a decadência, e ao mesmo tempo
contra o conforto; contra os guardas, e ao mesmo tempo contra os psiquiatras? De fato, tratava-se realmente dos corpos e de coisas materiais em todos esses
movimentos: como se trata disso nos inúmeros discursos que a prisão tem produzido desde o começo do século XIX. Tratava-se bem de uma revolta, ao nível
dos corpos, contra o próprio corpo da prisão. O que estava em jogo não era o quadro rude demais ou ascético demais, rudimentar demais ou aperfeiçoado
demais da prisão, era sua materialidade na medida em que ele é instrumento e vetor de poder.
Michel Foucault. Vigiar e punir. Disponível em: https://www.ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/centrocultural/foucault_vigiar_punir.pdf [Adaptado].

TEXTO 3

Segundo os dados do governo mais atualizados, o Brasil atingiu, no ano de 2016, o terceiro lugar em população em privação de liberdade no mundo.
Naquele ano, eram 726 mil pessoas nessa condição no Brasil. A maioria está encarcerada – apenas 21% cumprem penas no regime aberto e no semiaberto,
em que a presença nos presídios não é constante. A proporção de pessoas em privação de liberdade no Brasil para cada 100 mil habitantes também tem
crescido. A taxa era de 260 em 2010, e chegou a 353 em 2016.
Disponível em: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2018/11/12/O-plano-do-CNJ-para-reduzir-a-populacao-carceraria-em-40. [Adaptado].

TEXTO 4

PERFIL DAS PESSOAS PRESAS NO BRASIL

Disponível em: https://www.conjur.com.br/2016-out-18/numero-penas-prisao-dobra-cinco-anos.

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