CURSO DE EUBIOSE

Módulo 1: A Sociedade Brasileira de Eubiose-SBE

A SBE como Instituição e como Colégio Iniciático 1 / 12

EUBIOSE

A EUBIOSE, segundo os ensinamentos do Prof. Henrique José de Souza, é uma

espécie de "Naturismo Cósmico” em que a criatura humana vive em harmonia com as
forças Universais. Nessa condição, o EU-INTERNO passa a ter vida própria. EU + BIO = o
EU com VIDA. O EU passa a ter vida, movimento, começa a funcionar com liberdade. Passa
a funcionar como "EXPANSÃO DE DEUS”. Nesse sentido, Eubiose está em tudo que
cresce harmonicamente, sob a regência da Lei da Reciprocidade.
A humana criatura, a exemplo desta definição, é algo à semelhança de uma semente,
constituída de atributos divinos em estado de latência. Os atributos divinos estabelecem
harmonia.
A semente, após lançada na gleba, passa a germinar, a dar nascimento, a
desenvolver os atributos que lhe são inerentes. O mesmo acontece às humanas criaturas:
após o nascimento, passam a desenvolver as tendências; a dar forma aos atributos divinos
que estavam em estado de latência.
A gleba, o campo de germinação, o ambiente de desenvolvimento podem ser
representados pelos métodos de ensino, de orientação, baseados em princípios eubióticos,
como o processo de ensino pela insinuação.
Toda criatura humana nasce com atributos ou "arquétipos”, com tendências
superiores e inferiores, que podem se manifestar em maior ou menor grau de harmonia.
A consciência humana desenvolve-se de acordo com as possibilidades, com os
valores, com as dimensões de cada um. Ela se desabrocha de dentro para fora.
Pode-se dizer que não podemos despertar o que se acha em nós, em estado de
latência, se não houver uma motivação externa. Esta motivação, conduzida por um Mestre,
Guru ou Iniciado, segundo os orientais, chama-se "MÂYÂ-BUDISTA”, pois faz uso de
ilusões, projeções, ficções.
A "MÂYÂ-BUDISTA” é, portanto, o processo aplicado para promover, por meio da
motivação, o despertar do interesse para determinada realização, para o estudo, para a
pesquisa de alguma coisa. É o artifício usado para que a criatura humana tome qualquer
posição, atitude ou deliberação. Enquanto não nos interessarmos por um assunto, por
determinada ação, e não tivermos consciência deles, nada realizamos. Nas próprias
palavras de Jesus, o Cristo, está implícita essa ideia: "Faze por ti que Eu te ajudarei”.
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Em tempos idos, o sistema de estudo, de aprendizagem, era realizado em contato

com a Mãe-Natureza, isto é, ao ar livre, nos parques, nos jardins, nos bosques... A
motivação para o estudo era a observação dos modelos que a Natureza apresenta.
O senso estético, a sensibilidade humana em contato com a Natureza, desperta o
interesse por determinada coisa. Começa-se a sentir que cada árvore é um ser vivente e a
brisa soprando na folhagem dá um quê de bailado, de conversa, de diálogo emocional.
Percebe-se o encantamento dos matizes da vegetação, flores, pássaros, lagos, peixes...
revelado com a pujança da poética.
NA EUBIOSE procura-se aplicar os conhecimentos adquiridos na vida prática, e desse
modo, busca-se transmitir orientações com o uso de exemplos.
Platão, com sua "MAYÊUTICA”, aplicou em sua época a EUBIOSE: aplicou a filosofia
da Vida, onde eram relatados os problemas da época e onde era estudado o sentido
filosófico das coisas. O significado da palavra "MAYÊUTICA” é semelhante ao da "MÂYÂ-
BUDISTA”, a suprema arte que os Instrutores ou Mestres usam para fazer compreender o
ilusório, o maiávico, característicos de nossa vida física, de nossa personalidade, por
limitação dos nossos sentidos que não conseguem perceber a eterna impermanência das
coisas, tanto do Universo manifestado, como do ilusório.
Segundo a Filosofia hindu, somente aquilo que é imutável e eterno merece o nome de
"Realidade”. Tudo aquilo que é mutável, sujeito à manifestação, diferenciação, quedas,
exaltações, está no ciclo de transformações, evoluções, aperfeiçoamentos, tem princípio e
fim; está sujeito às leis de causa e efeito; é considerado "MÂY”, ilusão.
MÂYÂ, ÉTICA e ESTÉTICA compõem uma trilogia que deve andar sempre em perfeita
harmonia. Para que se manifeste o interesse, a motivação, o desejo e a coragem de agir,
o EU - O DEUS INTERIOR necessita da MÂYÂ (conhecimento relativo, ou melhor,
gradativo), da ÉTICA (regras, preceitos, orientação, métodos evolutivos, que obedecem à
relatividade do potencial humano) e, da ESTÉTICA (divinas formas canônicas, perfeitas,
equilibradas).
Todo o esforço empregado para conduzir o elemento humano ao ápice da evolução
passa por um caminho maiávico assegurado pelos valores da ética e da estética.
o–O–o
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PRECEITOS DA INICIAÇÃO EUBIÓTICA

A Eubiose é um plano universal de evolução que segue três caminhos: desenvolve a

emoção pela educação; a inteligência pela instrução e a vontade pelo trabalho.
A Eubiose admite a Ciência, a Religião, a Arte e a Filosofia como ramos do saber
humano para se chegar à compreensão do Todo, da Unidade.
A finalidade da Eubiose, em última análise, é a readaptação do homem ao meio
cósmico.
Para tanto, utiliza como método de ensino, o da insinuação, pois que ela é a semente
da meditação, que conduz ao manancial do Conhecimento.
Tudo isso com o intuito de promover o desenvolvimento do poder do pensamento,
habilitando-nos a acessar uma substância sutilíssima na qual está mergulhado o globo
terrestre, que na linguagem esotérica é conhecida como matéria mental, sobre a qual
comentou um Mahatma da Linha Kut-Humi: "Um cérebro que põe em ação as formas
superiores do pensamento, de dinâmica espiritual, produz na ação cósmica consequências
ilimitadas; enquanto um cérebro que trabalha automaticamente retém e conserva em si
somente uma certa quantidade de força bruta, improdutiva para o indivíduo e para a
humanidade.”
Somente em sua alma o homem poderá encontrar os preciosos elementos que farão
abrir os lábios da sua consciência superior, que o conduzirão ao templo da sabedoria
(Templo de Ísis) onde se acham guardados os preciosos tesouros com quais se alcança a
Suprema Felicidade.
No entanto, há princípios elementares de conduta moral e intelectual que, aplicados
na prática, asseguram que a jornada não se torne por demais penosa a ponto de advir o
fracasso.
A preparação para essa jornada é como a do viajante; sem o equipamento completo
e mantimentos suficientes haverá grande probabilidade de ficar pelo caminho, e então, ser
arrastado de roldão pela massa humana que segue atrás. O perigo será tanto maior quanto
mais tiver gasto suas energias na arrancada inicial sem o necessário equipamento,
impossibilitando-o de firmar-se no lugar já conquistado.
Aquele que se prepara para atravessar o caminho da iniciação precisa obedecer a
certas regras. Não se pense que essas regras foram estabelecidas arbitrariamente por
algum personagem mais ou menos oculto, por mero capricho; elas constituem verdadeiros
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instrumentos e materiais cujo uso dará ao peregrino aquela fortaleza interior que o
capacitará para suportar os ataques insidiosos dos inimigos internos (dúvidas, incertezas,
paixões, vícios, mazelas etc) que estão à espreita, aguardando a menor distração dos
sentidos.
Uma das primeiras regras é não ficar em dívida para com o nosso próximo. Desde
que nos dispomos a partir para uma jornada tão longa não podemos deixar credores para
trás, pois estes nos perseguiriam implacavelmente, provocando nossa ruína. A uns
devemos respeito e veneração; a outros, amizade correspondida ou auxílio e serviços, ou
ainda, desculpas e perdão.
Outra regra é não ofender os que fazem seus esforços bem intencionados, como nós,
para alcançar uma meta suprema, só porque seguem outros caminhos.
Temos também o dever de amar a todos os seres dignos com quem partilhamos,
direta ou indiretamente, a longa viagem. Nunca esquecer que amar ao próximo é a condição
moral que o homem necessita para gozar da verdadeira paz interior.
A tolerância para com as peculiaridades alheias, o mesmo para com os seus defeitos,
é um auxiliar imprescindível para se atingir a pureza de uma alma bondosa. Para se atingir
esse estágio, sem o qual a vida se tornará cada vez um fardo mais pesado, de nada valerá,
a pura especulação teórica.
Será pura ilusão admitir que em só se aprendendo essas regras, sem colocá-las em
prática, já será suficiente para atingir a meta. O conhecimento teórico dessas regras só nos
dará maior inquietude e apreensão, pois estaremos levando uma vida aquém do estado de
consciência já atingido. Comecemos a pôr em prática esses princípios com os que nos são
mais próximos, como os de nossa família e de nosso convívio social e profissional.
Todas as nossas ações diárias para com as pessoas que nos cercam devem se
envolver da compreensão de sua dignidade como seres que tiveram a mesma origem que
nós e que são tão merecedores de ajuda, como nós mesmos. Contudo, aqueles com quem
depois de todos os recursos, se torna impossível qualquer reconciliação, devemos o nosso
perdão porque, se agem contrariando os princípios da interdependência social, é porque
ainda não puderam arregimentar bastante força para iniciar a marcha consciente pela
senha do progresso.
EUBIOSE, como sabedoria, almeja a vida perfeita por meio do cultivo do Bem, do Bom
e do Belo.
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Do Bem, em relação à prosperidade justa de nossa vida física e material; do Bom, em

relação ao melhoramento de nossa alma; do Belo, em relação à expansão de nossa
consciência espiritual.
Do grande Iniciado que orientou H. P. Blavatsky, conhecido por Kut-Humi, são
preceitos morais de grande valor algumas de suas recomendações lidas no livro "O Prazer
de Servir”:
• Antes de falar, considera sempre se o que vais dizer afetará os outros;
• Lembra-te que tens ainda muito que aprender e, portanto, podes frequentemente
errar; fala, pois, com conveniente modéstia;
• Quando chamado, movimenta-te rápido para atender, não esperando concluir o
que estiveres lendo ou fazendo; se estiveres executando uma obrigação
importante, explica muito gentilmente o que é.
De outro Iniciado de igual valor, Djwhal Khul, referindo-se àqueles que se dedicam a
servir a Humanidade, são suas palavras:
“O Serviço não é uma qualidade; não é uma atividade; não é um desempenho. É uma
demonstração de vida. É um instinto da alma. É, por excelência, a técnica das corretas
relações humanas”.
A Eubiose recomenda que seus praticantes façam o bem que compete no mundo,
cumprindo bem as etapas, ocupando-se da obra que encontrar para fazê-la o melhor
possível.
Em se tratando das relações com a Natureza, a Eubiose não propõe a volta às
condições primitivas da existência humana, mas ao que elas possuem de favorável ao
melhoramento da vida, em todas as suas formas e debaixo de todos os aspectos, com o
fim imediato de assegurar a Felicidade a quantos à mesma se sujeitam.
A Eubiose não admite o esforço estéril, quer para as energias orgânicas, quer para as
potências mentais. Como recurso equilibrante ao dispêndio das forças mentais de um
trabalho do intelecto, indica alternância com um trabalho manual ou uma atividade física.
Para um trabalhador braçal, vale a mesma regra, lançando mão de uma atividade mental.
A Eubiose não reconhece como instrução o processo informativo que cansa, muito
menos o que fomenta a competitividade entre os que partilham da mesma jornada,
infelizmente interpretado como condição para adquirir competência, mas que em verdade,
torna-se um culto à rivalidade, o que destila certa dose de ódio disfarçado de várias
maneiras.
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São palavras do Autor do artigo "O que é Eubiose?”: "Uma instrução que cansa, uma
educação que oprime, não é eubiótica”.
Apesar do sentido mal interpretado da crítica, a Eubiose reconhece que essa, quando
despojada de seus elementos negativos para ofender e destruir, torna-se a mais poderosa
tribuna do aperfeiçoamento.
Em atendimento aos nove atributos da alma humana surgidos da subdivisão ternária
da Vontade, da Inteligência e da Emoção, a Eubiose, como um acervo de saberes milenares
de aplicação prática no dia a dia, resgata a natural harmonização com as Leis Universais,
de onde procedem as Leis Naturais, assegurando o progresso da readaptação cósmica.
Na palavra do Fundador: "Muitas das leis da Natureza são tão simples que a maioria das
criaturas não lhes dá a menor atenção”.
Do ponto de vista prático, a evolução do direito e afirmação da liberdade refere-se
apenas aos atributos da Vontade, desde o seu nível mais inferior, mais instintivo, ou pré-
vontade, passando pelos níveis intermediários da auto-vontade até alcançar os níveis
superiores da supra-vontade.
Assim também, pode-se identificar os vários setores do humano progresso,
correspondentes ao desenvolvimento dos atributos da inteligência e da emoção, conforme
os vários exemplos revelados no artigo "O que é Eubiose?”, de L. P. Domiciani.
Propaga a Eubiose que a esperança está na reconstrução da natureza humana para
reedificação do lar, da escola, da sociedade, para que o cérebro transmude-se ao lado do
coração, pois só assim a Humanidade se tornará digna do estado de consciência que é
exigido para a Nova Civilização. Dessa reconstrução sairá o ser humano educado, segundo
o sistema integral ou eubiótico por considerar, que, ao cidadão, deverão ser dadas as
oportunidades para se tornar apto fisicamente, psiquicamente e espiritualmente.
Quanto à seleção literária, vale refletir sobre o pensamento do Professor Henrique:
"Um livro tanto pode ser um poderoso auxiliar como um formidável destruidor de tua mente”.
Sobre a preparação do principiante no processo do aprimoramento da natureza
humana, há que dosar o entusiasmo para um nível de moderação que controle a pressa
em receber o caudal impactante de informações da Sabedoria Iniciática, sem a devida
metodologia, conforme insinuam esses pensamentos do Fundador da Sociedade Brasileira
de Eubiose:
"Não se ensina ou inicia ninguém começando pelo fim, e sim, como esse nome o diz,
pelo começo”. E complementa: "A leitura e o alimento são semelhantes, porque, se não
assimilados, não nutrem”. E, para tanto: "Lê pouco e pensa muito”, o que pode significar
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que, a cada pouco que se lê, é exigido um bom período para o bem pensar. Em todo evento
da Natureza, ao ciclo de atividade, segue um de descanso, de assimilação, de adaptação,
e semelhante fenômeno ocorre na aprendizagem, inclusive na formação dos hábitos.
O que a Sabedoria Iniciática almeja de seus praticantes difere da ciência oficial no
que diz respeito ao grau de percepção da realidade.
O cientista que raciocina, limitando-se ao plano da percepção
dos incompletos sentidos humanos, terá dificuldade em descobrir a verdade, uma vez que
essa só é descoberta, de modo completo, pela percepção direta, como no lampejo búdico
ou intuitivo dos gênios.

A TRILOGIA INICIÁTICA ESCOLA – TEATRO – TEMPLO

A iniciação eubiótica apoia-se na trilogia ESCOLA - TEATRO - TEMPLO, tal como

fizeram os iniciados da Grécia antiga, que utilizavam os recursos de aprendizagem de modo
informativo, teatralizado e ritualizado.
Na ESCOLA, comprometida com a iniciação eubiótica, aprendemos pela humana
linguagem a Sabedoria relativa aos conhecimentos superiores, de modo descritivo,
especialmente aqueles ligados à Cosmogênese e à Antropogênese, sem deixar de
destacar os aspectos da constituição humana, e dos heroicos esforços dos Iluminados de
todos os tempos em prol da evolução nesse planeta.
Por intermédio do TEATRO, da educação teatralizada, desenvolvemos e
aprimoramos o nosso corpo afetivo-emocional, sede das nossas emoções. A nossa vida
diária representa esse drama por excelência, onde vivenciamos o conhecimento adquirido.
O TEMPLO oferece os recursos para o modo ritualizado ou ritualístico do aprendizado,
permitindo a vivenciação de conhecimentos superiores, fora do poder discursivo do
intelecto e do seu habitual limite de examinar, dando condições para que o praticante
comece a vislumbrar lampejos do conhecimento direto da realidade única, algo próprio do
poder da abstração, mais particularmente do seu latente princípio búdico ou da verdadeira
intuição.
Como ensina a Eubiose, há uma diferença muito sensível entre perceber e entender
a verdade. Podemos percebê-la com o "coração”, o âmago de nossa alma e entendê-la
com o "cérebro”, nossas potências mentais. Assim, sentir a verdade intuitivamente deve
preceder o ato de examinar por meio da inteligência. Todavia, a inversão desse natural
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processo deu-se ao exagero da valorização das faculdades intelectuais que priorizam mais
o examinar do que o perceber.
Essa correção, no processo hierárquico do entendimento, é alvo, também, da prática
dos modos de aprendizagem, de igual importância da Trilogia Escola-Teatro-Templo.
Aprendemos no modo informativo, teatralizado, e no modo ritualizado quando a vivenciação
do Conhecimento exigir as condições ideais para a abstração.
A tendência ao equilíbrio, à linha do meio, à moderação, é uma característica no
processo da iniciação baseada na trilogia Escola-Teatro-Templo. Sendo assim, pode-se
dizer que pouco valor possui quem cultiva as faculdades do intelecto fazendo-as prevalecer
sobre as expressões do amor incondicional; do mesmo modo falha também quem muito
amor possui sem esforçar-se para desenvolver a inteligência.
Desde sua fundação, a Sociedade Dhâranâ, hoje Sociedade Brasileira de Eubiose,
prima pelo desenvolvimento das forças morais, alegorizadas como o "coração” da alma
humana por ser a ponte que possibilita tocar os lábios do Ser Interno, o Ser Real que habita
no interior da criatura humana. Dele se ouvirá a voz silenciosa da Consciência sinalizando
o caminho evolucionário, muito bem ilustrado no livro, de H. P. Blavatsky, "A Voz do
Silêncio”.
É com o desenvolvimento das forças morais que se assegura o das faculdades do
intelecto as quais, sem o equilíbrio daquelas, entorpece a natureza humana com a tirania
da mente. Pessoas tidas como muito inteligentes, porém sarcásticas e muitas vezes
estúpidas, não são difíceis de serem encontradas no cenário humano. Faltou-lhes a
educação integral, prevaleceu o valor do intelecto sem o consórcio das emoções refinadas
que potencializam as forças morais. Não são dessas pessoas que se espera o modelo a
ser copiado para o Novo Ciclo, pois que o refinamento da percepção é o que proporciona
a lucidez espiritual, o lampejo da intuição, característico dos novos ramos raciais
formadores das sexta e sétimas sub-raças arianas.
Do ponto de vista iniciático, Beethoven, consagrado gigante da Arte, desponta entre
os músicos da sua época por ter em si um "coração bondoso” ao lado da genialidade de
um intuído, um clarividente mental.
o–O–o
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PROPÓSITOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE EUBIOSE

Desde sua fundação, a Sociedade Brasileira de Eubiose, como organização de

utilidade pública, segue seus propósitos de bem servir a Humanidade. Seu corpo de
associados é caracterizado pelo altruísmo e o prazer de servir. Compartilhando suas
tarefas, sem remuneração e privilégios materiais pelos seus trabalhos, caracterizam essa
Sociedade como núcleo onde cultiva-se a Fraternidade, atributo esse que, com a Igualdade
e a Liberdade, consolidarão a trilogia almejada pelos sábios e heróis para o mundo
civilizado.
Ao contrário de muitas correntes derrotistas, a Sociedade Brasileira de Eubiose
mantém sua fé inabalável em melhores dias para a Humanidade que se fizer digna do Novo
Ciclo. Seus propósitos estatutários respaldam os compromissos sociais e esotéricos
assumidos desde sua origem, destacando-se entre eles:
• O respeito às crenças e às origens raciais;
• O incentivo ao estudo comparativo das ciências, artes, filosofias e religiões do
mundo inteiro;
• A investigação das leis da Natureza e o desenvolvimento seguro de poderes
latentes da natureza superior da criatura humana;
• O combate aos maus costumes e demais entraves sociais que retardam a evolução
humana;
• O uso sistemático da crítica, despojada do poder destrutivo, a bem do
aperfeiçoamento humano.
Tendo adotado o lema latino "SPES MESSIS IN SEMINE”, a Sociedade Brasileira de
Eubiose não poderia deixar de demonstrar profundo compromisso com a educação integral
das novas gerações, dando o respaldo qualificado para ações socioeducativas e culturais
adequadas às crianças, adolescentes e jovens, sem distinção de gênero e nacionalidade.

O CURSO PREPARATÓRIO: PEREGRINO

A palavra preparação, segundo o dicionário Aurélio da língua portuguesa, vem do

latim praeparatione - ato, efeito, ou modo de preparar (-se); preparativo, apresto, preparo,
etc... A partir desses significados, podemos observar que essa primeira etapa procura dar
noções dos conhecimentos propagados pela Sociedade Brasileira de Eubiose.
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O Peregrino é aquele que caminha à procura da sua identidade em todos os cantos

e, até encontrá-la, sente-se estranho por todo o lugar onde passa; é compelido, nesse
peregrinar, a passar por muitas instituições, onde procura as respostas para suas
interrogações ou questionamentos internos, até encontrar um porto seguro, onde a sua
sede de saber possa ser saciada.
O objetivo, portanto, desse Curso é o de preparar o candidato à Iniciação na
Sociedade Brasileira de Eubiose, à luz dos conhecimentos deixados pelo Professor
Henrique José de Souza.
Ao adentrar no portal do ensino da Sociedade Brasileira de Eubiose, o interessado
constatará que está numa instituição civil, sem fins lucrativos e que, apesar de não ter
compromissos filantrópicos, age de modo indireto para a superação do sofrimento alheio e
para o progresso material e espiritual da Humanidade.
Seus propósitos priorizam o desenvolvimento das forças morais aliado ao das
potências mentais, sem o que a iniciação não alcançará seus mais nobres objetivos.
Como Colégio Iniciático, o cuidado com as crises relacionais possíveis de entravar o
progresso coletivo, em qualquer organização humana, conta com o respaldo de um Código
de Ética, com um acervo de formalidades que expressam os preceitos recomendados já
nos primeiros passos, mantendo-os em vigor pelo tempo em que seus membros estiverem
filiados à Instituição.
Dá-se o título de Peregrino ao inscrito cursando os primeiros passos como membro
da Sociedade Brasileira de Eubiose.
Ao aprofundamento do nível dos conhecimentos e das práticas individuais
didaticamente distribuídas nos passos seguintes, seguirá um aprofundamento
correspondente na demonstração dos preceitos enunciados na aula anterior. O
compartilhamento com os seus pares ou membros de seu Grupo, das dificuldades, das
soluções, das regras que, naturalmente, organizarão um caminho mais direto com a
finalidade maior, possibilitará a vivenciação do primeiro dos propósitos estatutários: o
cultivo de um núcleo de Fraternidade Universal, sob a regência da Lei da Reciprocidade.

O CURSO DA INICIAÇÃO EUBIÓTICA

Iniciação (do latim initiatio), segundo o dicionário Aurélio da língua portuguesa,

significa: ato ou efeito de iniciar (-se); ato de começar qualquer coisa; início; recebimento
das primeiras noções de coisas misteriosas ou desconhecidas ...
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A Sociedade Brasileira de Eubiose, baseada nos ensinamentos legados pelo

Professor Henrique José de Souza, nesse processo da iniciação, procurou adequar o
aprofundamento do ensino, ou modo informativo do Conhecimento, tal qual o compasso
quaternário da Terra, por etapas, dotadas da flexibilidade necessária, tal como é o jogo da
vida para atender o processo evolucionário, regido pelas grandes Leis Universais.
Sob a regência desse quaternário, suas expressões podem ser conferidas nas 4
estações do ano, nas 4 fases da Lua, nos 4 pontos cardeais, nos 4 clássicos
temperamentos da natureza humana etc. E, analogamente a esse compasso quaternário,
o progresso na iniciação eubiótica é conquistado em 4 etapas, níveis de aprofundamento
ou graus a saber:

1o grau: MANU;
2o grau: YAMA;
3o grau: KARUNA;
4o grau: ASTAROTH.

Os nomes dos graus são originários da terminologia sânscrita e representam as quatro

faces mais objetivas da manifestação da Divindade.
Do ponto de vista iniciático, toda forma criada no Cosmo, unidade representativa de
um Grande Sistema de Evolução, tem um ciclo de existência repartido em etapas que
compõem a espiral evolucionária ou ascendente.
Qualquer que seja a forma, desde a sua geração até a sua natural destruição, tem
sobre ela a ação de forças universais: as construtoras, as preservadoras, as destruidoras.
Há, no entanto, um poder que regula os limites de atuação dessas forças para garantir as
etapas evolucionárias, que podemos chamar de potência coordenadora.
As mitologias e os antigos sistemas filosófico-religiosos do Oriente representaram
essas forças como potestades e a vivenciação desse conhecimento muitas vezes era
proporcionado de modo ritualizado.
As grandes forças do quaternário universal estão representadas nas potestades, cujos
nomes adotados procedem da terminologia esotérica com significados diversos conforme
pode-se ler no Glossário Teosófico de H. P. Blavatsky.
Usando da chave analógica, pode-se dizer que cada uma dessas potestades expressa
o poder das forças que atuam no Universo.
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São forças criadoras, geradoras ou construtoras; forças destruidoras; forças

preservadoras e forças coordenadoras. Todas elas são indispensáveis no metabolismo
cósmico, tanto no Micro quanto no Macrocosmo, mantendo vivo o Grande Corpo do
Universo. Chamam atenção as forças destruidoras, pelo caráter renovador que segue à
eliminação das formas já desatualizadas, desgastadas e anacrônicas, alcançando o
significado transcendental da morte como recurso purificador, tanto no Micro quanto no
Macrocosmo.
Os hindus adotaram o nome de Yama como a potestade representativa dessas forças.
A mitologia grega cita uma potestade similar em funções a que denominaram Hades, o
Plutão dos romanos. Em qualquer dessas versões, estão correlacionadas as forças
transformadoras que removem o que se tornou inútil e desnecessário no processo
evolucionário, por isso mesmo são forças que operam para a contínua renovação no
Universo.
E assim seguem as correspondências entre potestades, isto é, as que geram, as que
preservam com o rigor da justiça universal e as que coordenam. Na linguagem esotérica
do Oriente, as principais têm, respectivamente, os nomes de Manu, Karuna e Astaroth;
essas três potestades compõem com Yama os "4 Senhores da Evolução”.
O objetivo maior no Curso da iniciação é firmar o Conhecimento e a vivenciação das
Leis que regem a evolução do macrocosmo e do microcosmo, possibilitando, pouco a
pouco, a readaptação do ser humano ao meio cósmico, de onde originou e com o qual deve
estar em harmonia, como processo em si para alcançar e compartilhar a Suprema
Felicidade que está destinada a todas as criaturas humanas.
o–O–o

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