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Índice
Abreviaturas e Siglas..............................................................................................................iv
Índice de Tabelas.....................................................................................................................v
Declaração..............................................................................................................................vi
Dedicatória............................................................................................................................vii
Agradecimento.....................................................................................................................viii
Resumo...................................................................................................................................ix
Abstract..................................................................................................................................ix
Introdução..............................................................................................................................11
1.2. Conceptual......................................................................................................................16
1.2.5. Violência doméstica contra os homens: alguns Estudos científicos sobre homens....21
3.3. As razões do silêncio dos homens acerca dos actos de violência praticados pelas........33
3.6. Razões que levam os homens vítimas de violência a continuarem vivenciar as............36
1.9. Noções sobre as leis que protegem homens vitimas de violência domestica.................38
3.10. Razões que levam os homens vítimas de violência a não denunciarem as agressões..39
Conclusão..............................................................................................................................41
Sugestões...............................................................................................................................43
Bibliografia............................................................................................................................44
Apêndice................................................................................................................................46
Abreviaturas e Siglas
iv
VD Violência Doméstica
Índice de Tabelas
v
Declaração
Declaro que esta Monografia Científica é resultado da minha investigação pessoal e das
orientações do meu supervisor, o seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão
devidamente mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia final. Declaro ainda que este
trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para obtenção de qualquer grau
académico.
____________________________________
Dedicatória
Dedico esta monografia aos meus, pais Patrício Máquina e Gema Paulino por tudo que
fizeram para que eu almejasse meus objectivos. E em especial ao meu namorado Octávio
Manuel Assane pelo suporte que ele deu durante o percurso.
viii
Agradecimento
A Deus por ter-me dado saúde nesta longa caminhada, e me ajudado a não me desviar
dos meus objectivos mostrando que tudo na vida tem um porquê; Aos meus pais, Patrício
Máquina e Gema Paulino, pelo amor incondicional, e também, ao trabalho árduo que tiveram
para me manter a estudar e pelos conselhos encorajadores.
Por fim aos meus Colegas e amigos da turma 2015 que estiveram comigo nesta longa
caminhada e passaram a fazer parte da minha vida em todos momentos quanto puderam, em
particular a Cármen Américo simpueque, Djidjo Rabuca, Sofanias Armindo, Nura Cedubai,
Arsénia Ressique da Berta Amade e Albuquerque santos.
Resumo
A presente monografia com tema Violência Doméstica contra o homem: Estudo de caso do
bairro de Natikiri (2015 – 2018), tem como objectivo central analisar as causas que fazem com que os
homens, vítimas da violência doméstica, resolvam não denunciar os actos de violência praticados
pelas suas parceiras. E, de forma específica Identificar as causas que contribuem no silêncio dos
homens acerca dos actos de violência perpetrado pelas suas parceiras; Descrever como é que os
homens vítimas de violência lidam com a situação; Explicar porque que os homens vítimas de
violência optam em não denunciar os actos de violência. No que cerne a sua metodologia, foi uma
pesquisa qualitativa quanto a sua abordagem, exploratória no que concerne os seus objectivos, e foi
usada a entrevista semi-estrutura como ferramenta de recolha dos dados no terreno, foi usado uma
amostra simples ou conveniência, que envolveu 10 homens. Assim, de acordo com os resultados
constatou-se que o medo de divórcio, por ainda gostar da esposa ou por tentar manter a sua
masculinidade, leva os homens vítimas de violência doméstica a não optarem pela denúncia dos actos
de violência praticadas pelas suas esposas ou parceiras, que suportar os actos de violência, manter-se
no silêncio, afastar-se da promotora da violência, conversação com a promotora da violência e a sua
família ou recorrer bebida são as formas que os homens vítimas de violência encontram para lidar com
os actos de violência praticados pelas suas esposas e as principais causas que fazem com que os
homens vítimas de violência optam em não denunciar os actos de violência consistem na falta um
gabinete que se dedica dos casos de homens vitimas de violência, também por as autoridades não
resolver ou se dedicar com tanta eficácia nos casos em que o homem é vítima de violência. Por outra,
alguns homens não denunciam os actos de violência por questões pessoais, como a vergonha de ser
visto pela sociedade como homem fraco e subjugado pela esposa, assim esses, preferem não denunciar
a violência que passam para preservar a sua masculinidade. Com isso, sugere-se o seguinte: Que
alguns homens optem em denunciem os actos de violência que passam, seja para a família ou as
autoridades locais; Que os homens que sofrem os actos de violência não pautem pela preservação da
masculinidade, que recorram aos outrem para resolução dos problemas domésticos; Que homens
procurem saber sobre a existência das leis que os defendam da violência doméstica; Que as
autoridades procurem meios de promover os direitos ou benefícios dos homens perante a violência
domestica.
Abstract
This monograph on Domestic Violence against Man: A case study of the Natikiri neighborhood (2015-
2018), aims to analyze the causes that cause men, victims of domestic violence, to resolve not to report
acts of violence practiced by their partners. And, specifically, identify the causes that contribute to the
silence of men about the acts of violence perpetrated by their partners; describe how men who are
victims of violence deal with the situation; Explain why men who are victims of violence choose not
to report acts of violence. Regarding its methodology, it was a qualitative research regarding its
approach, exploratory regarding its objectives and the semi-structure interview was used as a data
collection tool in the field, a simple sample or convenience was used, which involved 10 men.
According to the results, it was found that the fear of divorce, by still liking the wife or trying to
maintain her masculinity, leads men who are victims of domestic violence not to choose to denounce
the acts of violence practiced by their wives or violence, to remain silent, to distance oneself from the
promoter of violence, to talk with the promoter of violence and to his family, or to resort to drinking
are the forms that men who are victims of violence find to deal with acts of violence committed by
their wives and the main causes that cause men who are victims of violence to choose not to report
acts of violence are a lack of a cabinet dedicated to the cases of men who are victims of violence, or to
devote himself so effectively in cases where man is a victim of violence. On the other hand, some men
do not denounce acts of violence on personal grounds, such as the shame of being seen by society as a
weak man and subjugated by the wife, so they prefer not to denounce the violence they suffer to
preserve their masculinity. Thus, it is suggested that: Some men choose to denounce the acts of
violence that they pass, be it for the family or the local authorities; That men who suffer acts of
violence do not rely on the preservation of masculinity, that they use others to solve domestic
problems; Let men seek to know about the existence of laws that defend them from domestic violence;
That the authorities seek means to promote the rights or benefits of men in the face of domestic
violence.
Key words: Domestic Violence, Men, Natikiri Ward
xi
Introdução
A presente monografia tem como tema Violência Doméstica contra o homem: Estudo
de caso do bairro de Natikiri (2015 – 2018), busca analisar as causas que fazem com que os
homens, vítimas da violência doméstica, resolvam não denunciar os actos de violência
praticados pelas suas parceiras.
Nos últimos tempos, a violência tornou-se um problema central para a sociedade sendo
um assunto discutido e estudado por várias áreas do conhecimento. Neste caso, os estudos
referem que a violência Doméstica é um problema de natureza social que vem afectando
centenas de mulheres em todo mundo. É uma amostra que traz como conceito a violência de
género atingindo mulheres de todas as faixas etárias e de diferentes classes sociais, regiões,
grupos étnicos, graus de escolaridade, orientação do desejo sexual e religião. (CÔRTES,
2012).
Na mesma ordem de ideias, MACHADO & MATOS (2012) sustentam que os estudos
defendem que a violência pode ser bi-direcional e multifacetada, sendo importante
compreender o fenómeno de violência doméstica como um todo, independentemente do sexo
da vítima ou perpetrador.
Com base nesta perspectiva, importa referenciar que nos últimos anos, o perfil de
vítima de violência doméstica tem-se transformando, evidenciando diferentes realidades,
como por exemplo, o aumento dos casos em que o homem é vítima de violência doméstica
(MATOS & SANTOS, 2014).
Neste caso, para responder a problemática em questão, o trabalho tem como objectivo
principal, analisar as causas que fazem com que os homens, vítimas da violência doméstica,
resolvam denunciar os actos de violência praticados pelas suas parceiras. E, para se alcançar
esse objectivo, tem-se os seguintes objectivos específicos:
Identificar as causas que fazem com que os homens denunciem os actos de violência
perpetrados pelas suas parceiras;
Descrever como é que os homens vítimas de violência lidam com a situação;
Explicar porque que os homens vítimas de violência optam em não denunciar os actos
de violência.
xiii
Hipóteses
O intuito de preservar a sua masculinidade é uma das causas que faz com que os
homens optem em não denunciar sobre a violência que sofrem com suas parceiras;
O desconhecimento das leis que defende os homens vítimas de violência contribui
para que os homens não denunciem sobre os actos de violência;
A construção social sobre a personalidade e potencialidade do homem leva os
homens a não denunciar os actos de violência feitos pelas suas parceiras.
Também, propôs-se em estudar esse tema por ser um fenómeno que preocupa muito as
entidades socais em relação a frequência da violência e procurar analisar sobre as razões que
levam os homens a não denunciar os actos de violências praticadas pelas suas parceiras e ao
passo que as mulheres fazem o contrario.
Neste caso, os resultados deste estudo podem ser usados para reflectir em torno da
violência contra os homens, que por vezes passa despercebido para muitos, as autoridades, a
comunidade científica e entre outros meios de produção de conhecimento. Também podem
contribuir na formulação de leis que possam vir privilegiar os homens que se encontram na
situação de violência doméstica, pois, os resultados revelam o lamentar dos homens sobre o
desconhecimento e não promoção das leis que beneficiam os homens vítimas de violência
doméstica.
Para a concretização deste trabalho, sobretudo, no que diz respeito a teoria de base,
propôs-se no presente trabalho como teoria de base a teoria construtivista ou teoria de
construção social. Essa teoria facultou na percepção sobre as razões que fazem com que os
homens, vítimas da violência doméstica, resolvam não denunciar os actos de violência
praticados pelas suas parceiras.
A construção social aqui referida ocorre por via de interacção entre os indivíduos no
seu quotidiano, tal como referem Berger e Luckmann que a existência no mundo da vida
quotidiana, está condicionada pela interacção com outros indivíduos, portanto, os dois autores
afirmam que “não se pode existir na vida quotidiana sem estar continuamente em interacção
e em comunicação com os outros”.
xvi
Segundo Von GlaserFeld (1994, 1995) apud MORAIS (2002), “o indivíduo constrói o
conhecimento através de suas crenças com os alicerces da sua construção do mundo”.
Mediante disso, a realidade deve ser vista como uma construção social desenvolvida
através de práticas sociais específicas de cada contexto histórico. Trata-se de considerar o
imaginário social expressado mediante símbolos, condutas, rituais, mitos, que de forma
contínua ou descontinuada, reflectem as ideologias e utopias que tornam estáticas ou
dinâmicas as visões sobre o mundo em geral.
Portanto, a partir desta teoria pode captar as reais motivações que fazem com os
homens, vítimas da violência doméstica, resolvam manter o silêncio sobre os actos de
violência praticados pelas suas parceiras.
1.2. Conceptual
Com base no posicionamento dos autores supra mencionados reside a ideia de que a
modalidade da manifestação da violência e a sua motivação devem ser reflectidos dentro de
um contexto sócio-histórico específico. Assim, se entre a Antiguidade e a Idade Média a
violência era motivada por questões ligadas à mera sobrevivência dos indivíduos e exploração
de uns pelos outros, na Modernidade a manifestação desta é justificada por factores como
pobreza, desemprego, exclusão sócio-política, desigualdades sociais e a falta de acesso aos
recursos básicos para a sobrevivência na sociedade moderna.
Partindo desse pressuposto importa ressaltar que o termo “violência doméstica” vem
sendo alterado ao longo do tempo, tal como destaca DIAS (2014:15) “a violência entre
parceiros íntimos teve várias denominações ao longo do tempo, durante a primeira metade
do século XX, foi retratada como intrafamiliar, nos anos 70, passou a ser denominada de
violência contra a mulher, na década de 80, passou a ser chamada de violência doméstica;
por fim, a partir da década de 90, intitulou-se violência de género”.
Assim, após todas estas definições, actualmente a violência específica entre casais tem
se intitulado como violência entre parceiros íntimos. Esse termo não faz limitações apenas à
violência contra a mulher ou somente em relações heterossexuais, mas abrange as novas
configurações familiares presentes na contemporaneidade.
Contudo, cada sociedade de acordo com as suas regras e normas terá critérios
diferentes para a designação do que é a violência na própria cultura.
Ainda com mesmo teor MACHADO e GONÇALVES avançam que este padrão de
comportamento violento continuado resulta, a curto ou médio prazo, em danos físicos,
sexuais, emocionais, psicológicos, imposição de isolamento social ou de privação económica
à vítima, visa dominá-la, fazê-la sentir-se subordinada, incompetente, sem valor ou fazê-la
viver num clima de medo permanente.
Assim, o relatório Mundial da Saúde de 2002 da OMS enfatiza que a violência tem
aumentado a mortalidade entre os indivíduos e é responsável por um elevado índice de
morbilidade, sequelas tardias em populações de idosos, crianças e mulheres, considerados
mais vulneráveis.
A Organização das Nações Unidas (ONU) (2004) citada por QUARESMA (2012), por
seu turno fomenta que “a violência doméstica consiste na violência que ocorre na esfera da
vida privada, geralmente entre indivíduos que estão relacionados por consanguinidade ou
por intimidade”.
xix
Com base na definição dada pela ONU compre-se que a violência domestica é um
fenómeno social que abrange a todos indivíduos, sem distinção de género ou sexo, visto que a
violência doméstica consiste me qualquer acção intencional, perpetrada por indivíduo, grupo,
instituição, classes ou nações dirigida a outrem, que cause prejuízos, danos físicos, sociais,
psicológicos e (ou) espirituais.
A perspectiva acima nos remete a visão da MANITA (2004:19), quando afirma que
“no âmbito conjugal a violência doméstica é um fenómeno transversal, que não se reporta
apenas à violência do homem para com a mulher, mas também a situação inversa, estando
presente também em casais homossexuais, tanto femininos como masculinos”.
Violência Física – consiste no uso da força física com o objectivo de ferir ou causar
dano físico ou orgânico, deixando ou não marcas evidentes. Engloba actos como
empurrar, puxar o cabelo, dar estaladas, murros, pontapés, apertar os braços com
força, apertar o pescoço, bater com a cabeça da vítima na parede, armários ou outras
superfícies;
xx
Assim sendo, para a análise deste fenómeno importa perceber o significado que o
sujeito atribui aos actos violentos, perceber como este configura a violência doméstica, tendo
em conta a cultura que o rodeia. Visto que, os indivíduos e grupos ao atribuir sentido às suas
condutas e compreender a realidade através do seu próprio sistema de referências.
Segundo estudos feitos sobre o fenómeno, a violência doméstica não atinge só os lares
de estratos mais baixos, pois classes de posição social elevada (médicos, políticos e
professores universitários), cometem também esta prática (Idem).
Em geral, vários são os factores apontados como estando por detrás da manifestação
da violência doméstica, desde factores da ordem psicológica a factores de ordem cultural.
1.2.5. Violência doméstica contra os homens: alguns Estudos científicos sobre homens
vítimas de violência doméstica
As literaturas sobre a violência doméstica contra o homem revelam que este fenómeno
é ainda uma realidade pouco estudada, em parte devido à resistência face à denúncia e à
partilha de vivências por parte dos mesmos. Pode afirmar-se que embora os registos
demonstre que as mulheres sofram as mais elevadas taxas de violência, também os homens se
vêem envolvidos em relações conjugais violenta.
Ainda na óptica dos autores supracitados, segundo os dados mais recentes do National
Crime Victimization Survey, 18% dos homens inquiridos foram vítimas de violência
doméstica. E a nível europeu, dados da organização Parity revelaram que aproximadamente
40% das vítimas de violência doméstica eram homens.
xxii
Além desta perspectiva o estudo revela ainda que a não representatividade da realidade
da violência doméstica contra o homem deve-se ao facto destes:
Assim, foi num longo processo de campanhas e debates promovidos a nível nacional
sobre o combate á violência doméstica contra a mulher que foi elaborado um dispositivo legal
exclusivamente virado para a luta contra a violência doméstica praticada contra a mulher, a
Lei 29/2009.
Portanto, a elaboração da proposta de Lei contra a violência doméstica foi baseada nos
princípios defendidos na Constituição da República de Moçambique e na Declaração
Universal dos Direitos Humanos. Tanto a Constituição da República assim como a
Declaração Universal dos Direitos Humanos defendem o princípio de igualdade de direitos
entre os homens e as mulheres.
xxiv
Esta Lei defende, nos três primeiros artigos do seu primeiro capítulo, o seguinte:
Artigo 1:
2- Nos casos em que dos actos de violência resulte a morte, são aplicadas as
disposições do Código Penal.
Artigo 2:
Artigo 3:
A presente Lei visa proteger a integridade física, moral, psicológica, patrimonial e
sexual da mulher, contra qualquer forma de violência exercida pelo seu cônjuge, parceiro,
ex-parceiro, namorado, ex-namorado e familiares.
Entretanto, os artigos acima citados mostram claramente que, a lei em alusão foi criada
para servir como um dispositivo legal que proteja a mulher da prática da violência doméstica.
Esta lei prevê igualmente as formas de sancionar os agressores.
Assim sendo, no presente trabalho foi usado o método indutivo como método de
pesquisa, visto que, parte de algo particular para uma questão mais ampla, mais geral.
De acordo com a perspectiva acima, importa ressaltar que essa generalização não
ocorre mediante escolhas a priori das respostas, visto que essas devem ser repetidas,
geralmente com base na experimentação. Isso significa que a indução parte de um fenómeno
para chegar a uma lei geral por meio da observação e de experimentação, visando a investigar
a relação existente entre dois fenómenos para se generalizar.
Na mesma ordem ideia, GIL (2008:10) sustenta que “O método indutivo procede
inversamente ao dedutivo: parte do particular e coloca a generalização como um produto
posterior do trabalho de colecta de dados particulares”.
Com base nos aspectos acima, reside a ideia de que no método indutivo, partimos da
observação de factos ou fenómenos cujas causas desejamos conhecer. A seguir, procuramos
compará-los com a finalidade de descobrir as relações existentes entre eles. Por fim,
procedemos à generalização, com base na relação verificada entre os fatos ou fenómenos.
xxvii
No que diz respeito a abordagem, o presente trabalho foi usado abordagem qualitativa.
Porque neste tipo de abordagem, o pesquisador vai se cingir nas abordagens dos entrevistados
ou dos dados originais fornecidos pelos entrevistados.
Segundo GIL (2002:41) “as pesquisas exploratórias têm como objectivo proporcionar
maior familiaridade como problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir
hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objectivo principal o aprimoramento
de ideias ou a descoberta de intuições”.
xxviii
Os dados foram colhidos por meio de três (3) técnicas: entrevista, observação simples
e história oral. Segundo HAGUETTE (1999:86), “a entrevista é um processo de interacção
social, no qual o entrevistador tem a finalidade de obter informações do entrevistado, através
de um roteiro contendo tópicos em torno de um problema central”.
A razão da escolha deste tipo de entrevista deu-se pelo facto de a mesma permitir o
entrevistado a possibilidade de expressar as suas experiências a partir dos pontos principais
elaborados para a entrevista, e permitindo de igual modo respostas livres e espontâneas do
informante e ao entrevistador colocar perguntas ao longo da conversação que não estavam
previstas no roteiro.
Neste procedimento, o pesquisador é muito mais um espectador que um actor. Daí por
que pode ser chamado de observação reportagem, já que apresenta certa similaridade com as
técnicas empregadas pelos jornalistas.
xxix
De acordo com Lopes (1995: 5), fundamenta que “a cidade de Nampula encontra-se
rodeado taxativamente pelo distrito de Nampula, pelo qual ocupa uma posição sensivelmente
central”.
No POSTO BAIRROS
01 Central Bombeiros, 25 de Setembro, 1o de Maio,
Limoeiro, Liberdade e Militar
02 Muhala Muhala, Namutequeliua e Muahivire
03 Muatala Muata e Mutuanha
04 Natikiri Marrere, Natikiri e Murrapaniua
05 Napipine Napipine e Carrupeia
06 Namicopo Namicopo e Mutave Rex
Neste capítulo, faz-se análise dos dados colhidos no campo, de acordo com os
objectivos específicos previamente traçados. Assim, fez-se a apresentação, análise e
interpretação de dados assim como a discussão e validação das hipóteses tendo como suporte
os dados colectados por meio da entrevista, com intuito de responder a questão ou o problema
levantado.
A violência doméstica entre casais ocorre de diversos modos, por isso, julgamos
necessário procurar compreender a percepção que os nossos entrevistados têm acerca deste
fenómeno. Assim sendo, os nossos entrevistados possuem percepções diferenciados sobre a
violência doméstica entre casais, mas todos vão ao encontro da ideia da falta de algo no
relacionamento e também na ideia de agressão, seja ela, física, psicológica, sexual e entre
outros. Tal como ilustram os depoimentos que se seguem:
“É falta de entendimento entre os casais, por exemplo, quando uma mulher ou homem
não cumpre com os seus deveres, e cada um começa falar muito e faltando respeito ao
outro” (MIGUEL, casado, possui nível básico).
Além dessa perspectiva, outros olham como sendo uma forma de agressão ao outrem
dentro do relacionamento marital, o mesmo pode confirmar-se no depoimento a baixo:
xxxii
“Violência doméstica entre casais é quando um homem agride sua esposa, batendo
ela ou falar-lhe coisas desrespeitosas”. (ANTÓNIO, casado, nível básico de
escolaridade).
“Para mim, violência domestica e quando um homem bate uma mulher e uma mulher
bate num homem” (ABDUL, casado, nível médio de escolaridade).
Para compreender o tipo de violência que os homens abrangidos pela pesquisa sofrem,
primeiro procuramos saber como forma de sondagem se os nossos entrevistados já tinham
passado ou ainda passam por uma situação de violência perpetrada pelas suas parceiras ou
esposas. Onde no mesmo questionamento, esses afirmaram terem passado ou ainda sofrem
actos de violências oriundos nas suas esposas ou parceiras.
Nesta contenda, quanto aos tipos de violências que os homens vítimas de violência sofrem, os
nossos entrevistados revelaram que o tipo de violência que mais sofrem é a violência física,
psicológica e psicologia. Os depoimentos que se seguem ilustram essa realidade:
“Foi física, aconteceu quando eu estava desconfiando de ela, que estava me traindo e
quando quis tirar satisfação com isso, ela exaltou-se e acabamos em espancamento,
onde ela bateu-me com pau no rosto e fiquei inchado toda cabeça”. (HÉLDER, união
de facto).
“Física, ela me bate sempre que chego tarde e embriagado a casa, mas eu a deixo”.
(CARLOS, união de factos, nível médio de escolaridade).
1
Machado & Gonçalves (2002)
xxxiii
No entanto, a violência física pode consistir muitas vezes no uso da força física com o
objectivo de ferir ou causar dano físico ou orgânico, deixando ou não marcas evidentes.
Englobando assim, actos como empurrar, puxar o cabelo, dar estaladas, murros, pontapés,
apertar os braços com força, apertar o pescoço, bater com a cabeça da vítima na parede,
armários ou outras superfícies2.
“Já sofri e até hoje sofro violência psicológica, ela sempre está a me chamar de
nomes feios, nomes que fazem sentir-me mal”. (VALENTIM, Casado, nível médio de
escolaridade).
3.3. As razões do silêncio dos homens acerca dos actos de violência praticados pelas
parceiras
2
GUERRA (2016)
xxxiv
Com estes depoimentos, compreende-se que os homens que vivem o seu dia-a-dia
repleto de actos de violência vindos por parte das suas esposas ou parceiras, sente a
necessidade de denunciar esses actos de violência com intuito de amenizar, de modo que não
volte acontecer. Toda via, a razão de fazer denúncia consiste na necessidade persuadir a
mulher a não optar a violência como modo de resolver os problemas caseiros e procura de um
bem-estar para ambos. Como a declaração a baixo elucida:
Ainda na mesma linha de pensamento, constatamos que alem destes que optam em
denunciar os actos de violência que sofrem, existem outros que preferem não denunciar os
actos de violência porque têm medo de a mulher pedir divorcio, por ainda gostar da esposa e
por querer preservar a sua masculinidade. As declarações a baixo demonstram essa realidade:
“Eu não denuncio o que ela me faz, porque tenho medo de ela divorciar-se de mim”.
(HÉLDER, união de facto).
“Não denuncio nada, porque ainda gosto dela e quero viver com ela”. (ANTÓNIO,
casado, nível básico de escolaridade).
Assim, enquanto uns não denunciam por medo de divórcio e por ainda gostar da
esposa, outros não denuncia porque querem preservar a sua masculinidade. Tal como revela o
depoimento que se segue:
“Eu não denuncio, porque eu não sou mulher, mulher é que faz isso, eu sou homem e
posso resolver isso com ela”. (MIGUEL, casado, possui nível básico).
Entretanto, o medo de divórcio, por ainda gostar da esposa ou por tentar manter a sua
masculinidade, leva os homens vítimas de violência doméstica a não optarem pela denúncia
dos actos de violência praticadas pelas suas esposas ou parceiras.
xxxv
Por via dos depoimentos dos nossos entrevistados, constatamos que vários são as
formas de lidar com a violência doméstica que os homens passam, essas formas consistem
geralmente suportar os actos de violência e manter-se no silêncio e se distanciar ou afastar-se
sempre da promotora da violência, de modo a evitar a sua ocorrência frequente.
“Geralmente para mim a melhor opção é manter-me calado e fazer de tudo para
afastar-me do local onde ela está”. (ANIFO, casado, nível superior de escolaridade).
“A minha forma de lidar com isso é suportar os actos de violência que sofro”.
(MIGUEL, casado, possui nível básico).
Além deste que optam pelo silêncio, outros lidam de um modo diferente, pautando
assim pela conversação com a esposa ou com a família, mas os mesmos revelam que não é
uma tarefa fácil de lidar com a violência, porque quem a comete é uma pessoa que tanto a
querem e a mãe dos filhos, por essa razão continuam na relação, mesmos com as ocorrências
dos actos de violência e alguns. Como se pode notar nas declarações a baixo:
“As vezes tenho chamado os familiares dela para mediar o conflito, depois disso, tudo
volta a normalidade”. (HÉLDER, união de facto).
“Acontece, são coisas da vida, é minha esposa e mãe dos meus filhos, apenas
conversamos depois de tudo e fica tudo ok”. (PEDRO, união de facto, nível médio de
escolaridade).
Nem todos optam pela conversão e nem pelo afastamento do local, recorrem ao álcool
como forma de lidar com a violência, isto é, estando embriagado esquecem tudo que passam
pelas suas esposas.
“Eu normalmente quando isso acontece, vou beber muito para esquecer isso, saio
com amigos para conversar e beber, mas eles não costumam saber que estou a beber
para esquecer alguma coisa”. (JANEIRO, unidos, nível médio de escolaridade).
Todavia, com base nos depoimentos supracitados reside a ideia de que suportar os
actos de violência, manter-se no silêncio, afastar-se da promotora da violência, conversação
com a promotora da violência ou a sua família, beber são as formas que os homens vítimas de
violência encontram para lidar com os actos de violência praticados pelas suas esposas.
xxxvi
Com intuito de levantar informações quem os homens recorrem quando são agredidos,
constatamos que os homens vítimas de violência, recorrem os seus familiares ou os familiares
da esposa, os padrinhos do casamento, com intuito de resolver os problemas que originam as
agressões que passam. Essa perspectiva é ilustrada pelas declarações que se seguem:
“Sim tenho a quem recorrer, quando isso acontece recorro aos nossos padrinhos de
casamento”. (SAMUEL, casado, possui nível médio).
“Sim, aos familiares da minha esposa, se caso não haver uma boa concordância
única entre nós, recorro nas estruturas de base”. (VALENTIM, Casado, nível médio
de escolaridade).
Com base nessas declarações, constata-se que recorrer a família é o meio que homens
vítimas de violência encontram para resolver os problemas. Alem dos familiares, os homens
vítimas de violência recorrem também aos secretários do bairro. Tal como ilustram os
depoimentos que se seguem:
Contudo, os nossos entrevistados têm a quem recorrer quando são violentados, esses
consistem em familiares, padrinhos e secretários do bairro.
Neste ponto, tínhamos como objectivo fulcral procurar saber as razões que fazem com
que os homens vítimas de violência a continuar na relação, mesmos com as agressões que têm
passado.
Assim sendo, constatamos que vários são as razões que fazem com que homens
vitimas de violência continuem vivenciando os actos de violência na relação. Porem, esses
revelaram que continuam vivenciando as agressões vindas das suas esposas por causa dos
filhos, isto é, com intuito de fazer acompanhamento do crescimento dos filhos, os homens se
sentem obrigados a continuarem na relação, também por causa dos bens e de tudo que juntos
constituíram.
xxxvii
“O que me leva a suportar tudo isso, é por causa das crianças”. (CARLOS, união de
factos, nível médio de escolaridade).
“Os filhos, os bens que temos juntos, são coisas que me levam ainda a permanecer no
casamento”. (JANEIRO, unidos, nível médio de escolaridade).
Para além deste que continuam numa relação repleta de agressões devido os filhos, os
bens, nos deparamos com alguns homens que são movidos por outras razões para continuar
vivenciando as agressões, como ainda gostar e amar a esposa e não querer a perder, por não
querer estar a trocar de mulheres, sustentando assim, que em qualquer relação existem
qualquer tipo de violência, por isso continuam com as suas esposas.
“O que me leva a suportar tudo isso, porque evito trocar de esposas e para não
deixar os meus filhos vivendo nas trevas”. (VALENTIM, casado, nível médio de
escolaridade).
Quanto ao estado da relação entre os casais após as agressões, captamos dos nossos
entrevistados diversas perspectivas, as mesmas confluem na medida que todos afirmam que
após as agressões a relação tem sido tensa no começo e com tempo tudo volta a sua
normalidade. Como ilustram o depoimento que se segue:
“Geralmente nos primeiros instantes é muito frustrante, mas após algum tempo tudo
volta a normalidade e pelo amor que sentimos um para com outro”. (ANIFO, casado,
nível superior de escolaridade).
Contudo, com base nos depoimentos acima percebemos que por mais sejam as
agressões que ocorrem na relação, a relação sempre volta a sua normalidade. Isto é, após as
agressões vindas das esposas que homens vivenciam a relação volta a sua normalidade, que é
uma relação de amor, respeito e paz.
Esses, acreditam que denunciando, a promotora das agressões será persuadida a não
pautar pela agressão ao resolver os problemas domésticos. Tal como demonstram as
declarações a baixo:
“Acho importante porque lá ambos recebemos conselhos para não resolver os nossos
problemas com base na violência”. (SAMUEL, casado, nível médio de escolaridade).
“Sim acho importante porque denunciando evita que as agressões se tornem uma
rotina”. (ANTÓNIO, casado, nível básico de escolaridade).
Com base nesses aspectos, reside a ideia de que homens olham a denúncia dos actos
de violência que passam pelas suas esposas como uma forma de resolver o problema, isto é,
denunciando, a mulher recebera conselhos, oriundos das pessoas que ficarão em frente do
caso, assim a relação volta ao seu estado normal.
Assim, para além desses, nos deparamos com uns que preferem não denunciar os actos
de violência que passam sob pretexto de resolver tudo entre casal, não envolvendo assim,
outros indivíduos no caso. A declaração que se segue aclara essa realidade:
“Eu que não é importante, porque o problema é de nós os dois e então devemos
resolver apenas nós”. (JANEIRO, unidos, nível médio de escolaridade).
1.9. Noções sobre as leis que protegem homens vitimas de violência domestica
esposa. Esse desconhecimento consiste na falta de divulgação das leis ou na não existência
das mesmas. Como demonstram o depoimento a baixo:
“Não existem, aliás não me recordo ter visto em alguma parte porque a maior parte
das leis estão mais centradas na mulher”. (ANIFO, casado, nível superior de
escolaridade).
Este pensamento de desconhecimento das leis, é manifestada por muitos dos nossos
entrevistados, os mesmos olham o desconhecimento das leis como sendo uma das razões que
levam os homens vítimas de violência a não pautarem pela denúncia das agressões que sofrem
pelas esposas. O depoimento que se segue ilustra essa realidade:
“Não conheço nenhuma lei, por isso muitos de nós homens não temos hábito de
denunciar uma violência doméstica”. (SAMUEL, casado, nível médio de
escolaridade).
3.10. Razões que levam os homens vítimas de violência a não denunciarem as agressões
que sofrem
Quanto a este ponto, constatamos que várias são as razões que homens vítimas de violência
encontram para não denunciar os actos de violência que sofrem. Assim, as principais razões
apontadas por esses consistem na falta um gabinete que se dedica dos casos de homens
vitimas de violência, também por as autoridades não resolver ou se dedicar com tanta eficácia
nos casos em que o homem é vítima de violência.
“Porque não tem um sítio que resolve os problemas de homem, um gabinete por
exemplo não existe”. (CARLOS, união de factos, nível médio de escolaridade).
“Porque até na polícia vão me mandar voltar para casa e ir resolver com ela, então
não vejo porque perder meu tempo indo denunciar”. (JANEIRO, unidos, nível médio
de escolaridade).
Com estes dados, percebe-se que a não existência de gabinete que se dedica nos casos de
homens que saem como vítimas, limita os homens na denúncia da violência que sofrem no
seu lar.
Pare além desses, nos deparamos também com alguns homens que não denunciam os actos de
violência por questões pessoais, como a vergonha de ser visto pela sociedade como homem
fraco e subjugado pela esposa. Assim, esses homens preferem não denunciar o que passam
para preservar a sua masculinidade. Tal como ilustram os depoimentos a baixo:
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“Porque muitas das vezes tem sido por vergonha, não quero ser visto como um
homem dominado pela esposa”. (PEDRO, união de facto, nível médio de
escolaridade).
Conclusão
A presente monografia tem como tema Violência Doméstica contra o homem: Estudo
de caso do bairro de Natikiri (2015 – 2018), procurou perceber as causas que fazem com que
os homens, vítimas da violência doméstica, resolvam não denunciar os actos de violência
praticados pelas suas parceiras.
Assim, para uma percepção profunda da problemática que o trabalho continha, este
teve como objectivo principal analisar as causas que fazem com que os homens, vítimas da
violência doméstica, resolvam não denunciar os actos de violência praticados pelas suas
parceiras. E de forma específica procurava-se Identificar as causas que contribuem no silêncio
dos homens acerca dos actos de violência perpetrado pelas suas parceiras; Descrever como é
que os homens vítimas de violência lidam com a situação; Explicar porque que os homens
vítimas de violência optam em não denunciar os actos de violência.
Neste contexto, por via dos dados obtidos no campo através de uma entrevista com os
nossos entrevistados, chegamos a determinadas conclusões de acordo com os nossos
objectivos específicos, previamente traçados, respondendo assim a nossa questão da
problemática que consistia: Quais são as causas que fazem com que os homens, vítimas da
violência doméstica, resolvam não denunciar os actos de violência praticados pelas suas
parceiras?
Assim sendo, com base nossos dados constatamos que o tipo de violência que se
manifesta no seio dos homens que foram o nosso grupo alvo consiste na violência física,
económica e psicológica.
No entanto, constatamos também que o medo de divórcio, por ainda gostar da esposa
ou por tentar manter a sua masculinidade, leva os homens vítimas de violência doméstica a
não optarem pela denúncia dos actos de violência praticadas pelas suas esposas ou parceiras.
Ainda com o mesmo intuito, notamos que os homens vitimas de violência continuam
vivenciando os actos de violência perpetrados pelas suas parceiras ou esposas por causa dos
seus filhos, dos bens e por ainda amar a esposa ou parceira.
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De um modo geral, concluímos que as principais causas que fazem com que os
homens vítimas de violência optam em não denunciar os actos de violência consistem na falta
um gabinete que se dedica dos casos de homens vitimas de violência, também por as
autoridades não resolver ou se dedicar com tanta eficácia nos casos em que o homem é vítima
de violência. Por outra, alguns homens não denunciam os actos de violência por questões
pessoais, como a vergonha de ser visto pela sociedade como homem fraco e subjugado pela
esposa, assim esses, preferem não denunciar a violência que passam para preservar a sua
masculinidade.
Primeira hipótese: “O intuito de preservar a sua masculinidade é uma das causas que
faz com que os homens optem em não denunciar sobre a violência que sofrem com suas
parceiras”. Confirmar-se com o seguinte depoimento dos entrevistados: “Porque muitas das
vezes tem sido por vergonha, não quero ser visto como um homem dominado pela esposa”.
Sugestões
De acordo com as conclusões e com aquilo que foi constatado durante a pesquisa,
sugere-se o seguinte:
Que alguns homens optem em denunciem os actos de violência que passam, seja para
a família ou as autoridades locais;
Que os homens que sofrem os actos de violência não pautem pela preservação da
masculinidade, que recorram aos outrem para resolução dos problemas domésticos;
Que homens procurem saber sobre a existência das leis que os defendam da violência
doméstica;
Que as autoridades procurem meios de promover os direitos ou benefícios dos homens
perante a violência domestica.
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Bibliografia
ALVES, Cláudia. Violência Doméstica. Faculdade de Economia da Universidade de
Coimbra. Coimbra: Fontes de Informação Sociológica, 2005.
GERHARDT, Tatiana Engel & SILVEIRA, Denise Tolfo. Método de Pesquisa. 1.ed,
2009.
GIL, António Carlos. Como elaborar projectos de pesquisa. 4.ed, editora atlas, São
Paulo, 2002.
GIL, António Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6.ed, São Paulo, 2008.
Apêndice
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Questionário
Bom dia!
Sou estudante do curso de Sociologia – Universidade Pedagógica – Nampula. Pretendo com o
presente questionário, recolher dados referentes a Violência Doméstica contra o homem:
Estudo de caso do bairro de Natikiri (2015 – 2018), para aquisição de grau de licenciatura em
Sociologia com habilitações em Desenvolvimento Rural. As suas respostas e o nome não
serão revelados a nenhuma outra pessoa. Agradecemos desde já pela sua colaboração!
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10. Conhece alguma lei que protege os homens vítimas de violência doméstica? Qual?
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11. Porque os homens vítimas de violência não denunciam as agressões que sofrem?
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Dados demográficos