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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA

PROGRAMA ENSINAR
POLO- DE VITÓRIA DO MEARIM
FÍSICA LICENCIATURA

LOURAINY DAIANNY SANTANA DE ARAÚJO MORENO DA SILVA


PEDRO ROGÉRIO MUNIZ SILVA
SAMIRA MIRES VIEIRA DE MENESES

PROPOSTA PEDAGÓGICA

UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA COMO PROPOSTA PEDAGÓGICA NO ENSINO DE


FÍSICA: UMA ABORDAGEM EXPERIMENTAL SIGNIFICATIVA NA ÓPTICA

VITÓRIA DO MEARIM – MA
2023
LOURAINY DAIANNY SANTANA DE ARAÚJO MORENO DA SILVA
PEDRO ROGÉRIO MUNIZ SILVA
SAMIRA MIRES VIEIRA DE MENESES

PROPOSTA PEDAGÓGICA

UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA COMO PROPOSTA PEDAGÓGICA NO ENSINO DE


FÍSICA: UMA ABORDAGEM EXPERIMENTAL SIGNIFICATIVA NA ÓPTICA

Proposta Pedagógica apresentado ao Curso de


Física Licenciatura da Universidade Estadual
do Maranhão / Programa Ensinar, Polo Vitória
do Mearim, como parte das exigências para
obtenção do título de Licenciados em Física.

Orientador: Prof. Dr. Willdson Robson Silva


do Nascimento

VITÓRIA DO MEARIM – MA
2023
Moreno da Silva, Lourainy Daianny Santana de Araújo. Muniz Silva,
Pedro Rogério. Vieira de Meneses, Samira Mires.
Uma sequência didática como proposta pedagógica no ensino de
física: Uma abordagem experimental significativa na óptica. / Lourainy
Daianny Santana de Araújo Moreno da Silva, Pedro Rogério Muniz
Silva e Samira Mires Vieira de Meneses. – Vitória do Mearim (Ma),
2023.

116 f.

Proposta Pedagógica (Graduação) – Curso de Física licenciatura.


Universidade Estadual do Maranhão Programa Ensinar, 2023.

Orientador(a): Prof. Dr. Willdson Robson Silva do Nascimento.

1. Aprendizagem significativa. 2. Ensino de Física. 3. Óptica. 4.


Proposta Pedagógica. l. Título.
CDU: 530.1
AGRADECIMENTOS

Gratidão é o sentimento que temos para com Deus, pois Ele foi essencial em todas as
nossas conquistas e superações. Não somente como universitários, mas em todos os
momentos das nossas vidas, pois Dele vem toda a nossa fonte de sabedoria e conhecimento.
À Universidade Estadual do Maranhão, bem como ao seu corpo docente, direção e
administração, pois oportunizaram um ambiente criativo e amigável para que pudéssemos
concretizar o curso.
Ao nosso orientador, professor Dr. Willdson Robson Silva do Nascimento, pelo apoio,
paciência, pelas suas correções e incentivos na elaboração deste trabalho.
Agradecemos a todos os professores por nos proporcionarem o conhecimento não
apenas racional, mas a manifestação do caráter e afetividade da educação no processo de
formação profissional.
Agradecemos também aos nossos amigos do curso, com quem compartilhamos
momentos amistosos e momentos de diversos desafios e obstáculos durante esta jornada de
conhecimento, aprendizado e troca de experiências.
Em especial, aos nossos familiares, que durante este percurso foram compreensivos
com as nossas ausências enquanto nos dedicávamos à realização deste trabalho e pelo apoio e
incentivo nos momentos difíceis.
RESUMO

O entendimento de alguns fenômenos e conceitos físicos da óptica não é uma preocupação


recente, Newton já tinha alguns estudos sobre a luz e desenvolveu o telescópio refletor;
Galileu já compreendia a importância e a potência de certas lentes; os povos indígenas já
tinham algumas noções sobre a reflexão e refração no ato de pescar. Nesse sentido, o objetivo
desta pesquisa é apresentar uma proposta pedagógica que promova o ensino de óptica por
meio de abordagens experimentais sobre reflexão e refração da luz, seus conceitos e
aplicações, com base na teoria da aprendizagem significativa. Desta forma, tem-se o seguinte
questionamento: como promover o ensino de óptica por meio de abordagens experimentais
sobre reflexão e refração da luz seus conceitos e aplicações com base na teoria da
aprendizagem significativa? Para tanto, utilizou-se como referencial teórico para dar suporte
às discussões o conceito de Aprendizagem significativa de Ausubel. Trata-se de uma pesquisa
qualitativa do tipo exploratória e descritiva, tendo como instrumento de constituição de dados
a exploração bibliográfica e como resultado uma sequência didática como proposta
pedagógica por meio de abordagens experimentais sobre reflexão e refração da luz. Assim,
almeja-se com esta proposta promover um ensino de física com sentido, desejo e prazer em
aprender, voltado para a aprendizagem significativa, isto é, que os estudantes possam
relacionar os objetos de conhecimentos em estudo ao já conhecem, de modo não-arbitrário e
substantivo (não-literal). Por isso, acredita-se que a proposta é um recurso viável e de grande
importância para o processo de ensino e aprendizagem no ensino de física fazendo uso de
materiais e aulas planejadas.

Palavras-chave: aprendizagem significativa; ensino de Física; óptica; proposta pedagógica.


ABSTRACT

The understanding of some phenomena and physical concepts of optics is not a recent
concern, Newton already had some studies on light and developed the reflecting telescope;
Galileo already understood the importance and power of certain lenses; indigenous peoples
already had some notions about reflection and refraction for their fishing. In this sense, the
objective of this research is to present a pedagogical proposal that promotes the teaching of
optics through experimental approaches on reflection and refraction of light, its concepts and
applications, based on the theory of meaningful learning. In this way, the question is: how to
promote the teaching of optics through experimental approaches on reflection and refraction
of light, its concepts and applications, based on the theory of meaningful learning? It is used
as a theoretical framework to support discussions on Ausubel's Significant Learning. This is
an exploratory and descriptive qualitative research, using a bibliographic exploration as an
instrument of data constitution and as a result a pedagogical proposal through experimental
approaches on reflection and refraction of light. The aim of this proposal is to promote a
teaching of physics with meaning, desire and pleasure in learning, aimed at meaningful
learning, that is, that students can relate the objects of knowledge under study to what they
already know, in a non-arbitrary way. and noun (non-literal). Thus, it is believed that the
proposal is a viable resource and of great importance for the teaching and learning process in
physics teaching using materials and planned classes.

Keywords: meaningful learning; Physics teaching; optics; pedagogical proposal


LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Fenômeno da reflexão e refração 73
Figura 2 Refração da luz na interface de dois meios com índices de refração 73
diferentes
Figura 3 Polarização da luz 74
Figura 4 Filtro Polarizador 74
Figura 5 Reflexo da paisagem na superfície da água 85
Figura 6 Reflexo da paisagem na superfície da água do Rio Mearim no 86
município de Vitória do Mearim-MA
Figura 7 Indígena enxergando o peixe em uma posição aparente, devido ao 86
desvio sofrido pela luz durante a refração
Figura 8 Campo de visão do observador ou pescador 87
Figura 9 Vista do pescador e da presa em meios diferentes 87
Figura 10 Desvio da luz e laser não acionado 89
Figura 11 Laser acionado 89
Figura 12 Mudança de parâmetros no material: água e vidro 89
Figura 13 Simulador Phet Colorado 90
Figura 14 Materiais da câmera escura 91
Figura 15 Marcação do furo no centro da lata 92
Figura 16 Furo no centro da lata 92
Figura 17 Colagem do papel guache preta no interior da lata 93
Figura 18 Fixação do papel vegetal na abertura da lata 93
Figura 19 Criação de um túnel entre o papel vegetal e os olhos do observador 94
Figura 20 Materiais para construção do Caleidoscópio 94
Figura 21 Junção das réguas para formar um prisma e a cobertura com o papel 95
com o papel guache preta

Figura 22 Fixação de plástico transparente em uma das extremidades 95


Figura 23 Adicionando as lantejoulas e miçangas na ponta plastificada 96
Figura 24 Cobrindo a extremidade com papel vegetal 96
Figura 25 Furo na extremidade onde será feita as observações das imagens 97
Figura 26 Imagens observadas 97
Figura 27 Materiais para construção do Periscópio 99
Figura 28 Marcações no papelão 99
Figura 29 Marcações e recortes das áreas identificadas com letras 100
Figura 30 Marcações e recortes na outra extremidade do papelão nas áreas 100
identificadas com letras
Figura 31 Recortes finalizados das marcações 101
Figura 32 Passagem da cola na superfície do papelão 101
Figura 33 Colagem do papel color set preta na superfície do papelão 101
Figura 34 Montagem da caixa 102
Figura 35 Posicionamento dos espelhos 102
Figura 36 Equipamento concluído 103
Figura 37 Materiais para o experimento da refração da água 104
Figura 38 Adicionando água no recipiente de vidro 104
Figura 39 Recipiente de vidro com água e acionamento do laser na água 105
Figura 40 Visualização do desvio na luz 105
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 Dados levantados no Caderno Brasileiro de Física entre os anos 40


de 2010 a 2022
Gráfico 2 Dados levantados na Revista Brasileira de Física entre os anos de 57
2010 a 2022
Gráfico 3 Dados levantados na revista Física na Escola entre os anos de 70
2010 a 2022
LISTA DE QUADROS

Quadro 1 Classificação dos artigos no Caderno Brasileiro de Ensino de Física 26


Quadro 2 Classificação dos artigos na Revista Brasileira de Ensino de Física 41
Quadro 3 Classificação dos artigos na revista Física na Escola 62
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Classificação dos artigos por tópicos de estudos e ano de publicação 39


–Caderno Brasileiro de Física
Tabela 2 Classificação dos artigos por tópicos de estudos e ano de publicação 56
– Revista Brasileira de Física
Tabela 3 Classificação dos artigos por tópicos de estudos e ano de publicação 70
– Física na Escola
LISTA DE SIGLAS
3D 3 Dimensões
AC Acre
APAA Associação Portuguesa de Astrônomos Amadores
BA Bahia
CCD Charge Couple Device
CD Disco Compacto
CE Ceará
CEETEPS Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza
CEFET-RJ Centro Federal de Educação Tecnologica Celso Suckow da
Fonseca do Rio de Janeiro
COVID-19 Corona Virus Dísease-2019
DF Distrito Federal
DVD Disco Digital Versátil
EJA Educação de Jovens e Adultos
ENPEP Ensino por Processo da Equação Pedagógica
ExP Experimento Portátil
FAMAth Faculdade Maria Thereza
HBT Hanbury Brown e Twiss
HFC História e da Filosofia da Ciência
IFBA Instituto Federa da Bahia
IFSUDESTEM Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de
G Minas Gerais
IpC Instrução Pelos Colegas
ISLE Investigative Science Learning Environment
LDEM Livros Didáticos do Ensino Médio
LDES Livros Didáticos do Ensino Superior
LED Light Emitting Diodo
MG Minas Gerais
MT Mato Grosso
NDC Natureza da Ciência
OEM Onda Eletromagnética
PA Pará
PB Paraíba
PhET Physics Education Technology Project
PR Paraná
PT Paridade-Reversão Temporal
PUC MINAS Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
QUEST Quase-Eletrostático
RJ Rio de Janeiro
RN Rio Grande do Norte
RS Rio Grande do Sul
S4A Scratch For Arduino
SBF Sociedade Brasileira de Física
SEI Sequência de Ensino Investigativa
SENAI-DF Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Distrito Federal
SP São Paulo
SPIE Sociedade Internacional de Fotônica
TCC Trabalho de Conclusão de Curso
TIC Tecnologia de Informação e Comunicação
UBA Universidad Nacional de Buenos Aires
UEA Estados Unidos da América
UEL Universidade Estadual de Londrina
UEMA Universidade Estadual do Maranhão
UEPG Universidade Estadual de Ponta Grossa
UEPS Unidade de Ensino Potencialmente Significativa
UERJ Universidade Estadual do Rio de Janeiro
UFF-RJ Universidade Federal Fluminense do Rio de Janeiro
UFMG Universidade Federal de Minas Gerais
UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro
UFSC Universidade Federal de Santa Catarina
UMA União de Negócios e Administração Ltda
UNB Universidade de Brasília
UNESP Universidade Estadual Paulista
UNMDP Universidade Nacional de Mar Del Plata
USP Universidade de São Paulo
USP-SC Universidade de São Paulo Campus São Carlos
SÚMARIO

1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................14
2 JUSTIFICATIVA...............................................................................................................17
3 OBJETIVOS.......................................................................................................................19
3.1 OBJETIVO GERAL.......................................................................................................19
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS..........................................................................................19
4. ENSINO DE FÍSICA POR MEIO DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA: UMA
RELAÇÃO NECESSÁRIA PARA A PROPOSTA PEDAGÓGICA NO ENSINO DE
ÓPTICA...................................................................................................................................20
4.1 O ENSINO DE FÍSICA A PARTIR DO ENSINO DE ÓPTICA: UM PANORAMA DAS
PESQUISAS ACADÊMICAS NAS PRINCIPAIS REVISTAS DE ENSINO DE FÍSICA
NO BRASIL..........................................................................................................................25
5 ALGUNS FENÔMENOS E CONCEITOS NO ESTUDO DA ÓPTICA........................72
5.1 REFLEXÃO LUMINOSA..............................................................................................72
5.2 REFRAÇÃO DA LUZ..................................................................................................726
5.3 POLARIZAÇÃO.............................................................................................................73
5.4 ASSOCIAÇÃO DE ESPELHOS PLANOS....................................................................75
5.5 PERISCÓPIO..................................................................................................................76
5.6 CALEIDOSCÓPIO.........................................................................................................76
5.7 EXPERIMENTO DO RECIPIENTE DE VIDRO COM ÁGUA...................................77
5.8 CÂMERA ESCURA.......................................................................................................77
6 METODOLOGIA..............................................................................................................78
7 UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA COMO PROPOSTA PEDAGÓGICA POR MEIO
DE ABORDAGENS EXPERIMENTAIS SOBRE REFLEXÃO E REFRAÇÃO DA LUZ
82
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..........................................................................................106
REFERÊNCIAS....................................................................................................................107
14

1 INTRODUÇÃO

Todo o começo é difícil, o novo assusta, causa estranhamento no começo, mas nossas
escolhas vão nos fortalecendo a cada degrau e, assim, conseguimos vencer. Nesse sentido,
esta proposta de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é transversalizada por três histórias,
isto é, o trabalho é atravessado por sujeitos com histórias de vida diferentes, condições sociais
diferentes, objetivos variados, sonhos diferentes, desejos diversos, etc., sendo de essencial
importância apresentar uma breve introdução sobre essas histórias que se cruzaram.
Eu, Lourainy Araújo, com formação nível médio/técnico em Técnica em Agropecuária
e com formação de nível superior em Tecnologia em Gestão Ambiental, agora, graduanda do
Curso de Física Licenciatura. Nas minhas experiências, tento a cada dia buscar o melhor de
mim e das pessoas que me rodeiam. Nos meus planos e nas minhas decisões, Deus está à
frente de tudo para que seja providenciado no tempo Dele e não no meu. Nesse processo, a
minha família é o bem mais precioso que possuo e a importância dela na minha vida é
incomparável.
Nessa linha, considero importante aludir sobre as razões e um pouco da minha
trajetória de querer ingressar no curso de Física Licenciatura. Primeiramente, começo sobre o
desejo em escolher o curso que me direcionou a gostar da ciência, bem como de aprofundar os
estudos e compreender melhor o funcionamento da natureza. Aliado a isso, a vontade de
lecionar, de ser professora para que, de alguma forma, eu possa contribuir na construção de
conhecimentos e aprendizagem de outras pessoas, pois, ser professor é a profissão mais
primordial nos últimos tempos.
Outro fator motivante para a escolha do curso de Física licenciatura, foi o mercado de
trabalho, pois há uma enorme necessidade de docentes. Chegar até aqui não foi fácil,
passamos por um período pandêmico, perdemos pessoas queridas para o vírus da COVID-19,
perdemos qualitativamente e quantitativamente conteúdos importantes para a nossa formação.
Porém, por tudo que passamos, as dificuldades enfrentadas durante o curso, só fez fortalecer
meus objetivos em exercitar a minha resiliência e na certeza de futuros promissores. Por isso,
fica o sentimento de gratidão por todos aqueles que passaram pela nossa turma e contribuíram
na conclusão desta etapa.
Em uma outra vertente, a aprovação no vestibular foi motivo de celebração e muita
alegria para mim e para os meus familiares. Eu, Pedro Rogério Muniz Silva, 38 anos, casado,
pai de um menino de sete anos, licenciando em Física, morando ainda com meus pais, sinto-
15

me lisonjeado por estar cursando em uma universidade pública e renomada, praticamente


dentro de casa.
Esse ciclo teve início em minha vida exatamente no segundo semestre de 2018. Na
oportunidade, já como universitário, comecei a fazer parte do Programa Ensinar –uma
extensão da Universidade Estadual do Maranhão. Essa oportunidade única me trouxe desafios
e uma nova adaptação como estudante, momento em que tive que conciliar o trabalho semanal
com os trabalhos acadêmicos sem perder de vista a dedicação à família. Uma rotina cheia de
atividades durante oito semestres, sem contar com o período pandêmico, que nos trouxe
alguns entraves, mas vencemos com sabedoria e união.
Atualmente, em nossa turma, destacam – se como guerreiros, hoje, são sete discentes,
embora tenha iniciado com 16 alunos matriculados. Nessa fase de conclusão de curso,
estamos construindo uma proposta pedagógica intitulada "Uma Sequência Didática como
Proposta Pedagógica no Ensino de Física: Uma Abordagem Experimental Significativa na
Óptica”, visando uma nova prática pedagógica para o corpo docente do ensino médio.
Somam-se às histórias dos colegas acima, a minha, Samira Mires de Meneses. Decidi
graduar-me em Física licenciatura, por ser uma área da licenciatura onde há poucos
profissionais diplomados na região na qual resido. Isso faz crescer o mercado trabalhista na
localidade. Um outro motivo que me levou a cursar foi também a oportunidade que a
Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) trouxe por meio do Programa Ensinar, de
estudarmos dentro do próprio município, sem que fosse necessário a locomoção para a capital.
Durante o percurso até aqui, houve diversas dificuldades, como, por exemplo, a realização de
algumas disciplinas que envolveram a matemática avançada; a pandemia que nos obrigou a
estudarmos de forma bem diferenciada da que havíamos nos programado; os estágios bastante
desafiadores, etc. Isso me desafiou bastante, pois sou estudante com ofício de professora
simultaneamente e, por isso, conciliar a vida profissional e estágios foi um grande desafio
superado. Enfim, hoje, sinto-me realizada por ter conseguido chegar até aqui e, futuramente,
estarei diplomada em um curso tão valioso e necessário para o mercado de trabalho.
Diante dessa breve retrospectiva da historicidade de cada membro que compõe este
TCC, a presente pesquisa fundamenta-se no desenvolvimento de propostas de atividades
experimentais para o aprendizado do ensino de óptica, partindo do princípio de que a
valorização da experimentação como elemento motivador, capaz de tornar o ensino da Física
mais atrativo, contribui para a aprendizagem significativa e facilitadora no estabelecimento de
relações com o cotidiano. Nessa linha, o objetivo deste estudo é apresentar uma proposta
pedagógica que promova o ensino de óptica por meio de abordagens experimentais sobre
16

reflexão e refração da luz, seus conceitos e aplicações, com base na teoria da aprendizagem
significativa é promover o ensino de óptica por meio de abordagens experimentais sobre
reflexão e refração da luz, seus conceitos e aplicações, com base na teoria da aprendizagem
significativa. E a partir de tal objetivo, surgiu o seguinte questionamento: como promover o
ensino de óptica por meio de abordagens experimentais sobre reflexão e refração da luz, seus
conceitos e aplicações, com base na teoria da aprendizagem significativa? Essa proposta tem
como objetivo discutir os conceitos ópticos de refração e reflexão, aplicados na atualidade,
com o intuito de apresentá-los de forma inovadora no ensino médio."
A experimentação aplicada no ensino da Física serve como instrumento didático para
propiciar uma aprendizagem significativa, fortalecendo a conexão entre teoria e pratica. Os
experimentos sobre refração e reflexão podem ser trabalhados com os discentes do ensino
médio sem a necessidade que a instituição tenha um laboratório sofistica, pois são conteúdos
que podem ser trabalhados com materiais de fácil acesso e de baixo custo.
Nessa perspectiva, este trabalho tem como objetivo promover o ensino de óptica por
meio de abordagens experimentais sobre reflexão e refração da luz, seus conceitos e
aplicações, com base na teoria da aprendizagem significativa. Além disso, tem como questão
de pesquisa: Qual o papel das abordagens experimentais sobre reflexão e refração da luz no
processo da mobilização da aprendizagem de estudantes do 2º ano do ensino médio? Tanto o
objetivo quanto a questão de pesquisa preocupam-se com o processo de ensino e
aprendizagem no ensino de Física a partir de alguns fenômenos e conceitos ópticos. Segundo
Ausubel, Novak e Haanesian (1980):

[...] se tivéssemos que reduzir toda a psicologia educacional a um só princípio,


diríamos: o fator singular mais importante que influencia a aprendizagem é aquilo
que o aprendiz já conhece. Descubra isto e ensine-o de acordo (AUSUBEL;
NOVAK; HAANESIAN, 1980, p. 137).

Os autores fornecem elementos para um campo de investigação que busca promover


aulas com sentido, desejo e prazer em aprender por parte dos estudantes a partir de suas
experiências.
De modo geral, para sustentar e organizar o que já foi apresentado até aqui, esta
pesquisa encontra-se distribuída em sete seções.
Na seção 1, em sua metodologia, segue com a proposta de aulas experimentais para o
ensino da Física, referente aos temas óptica de refração e reflexão, capaz de tornar o ensino
mais significativo dos conceitos ensinados.
17

Na seção 2, são justificados os experimentos para estimular a aprendizagem do aluno e


constituir uma alternativa pedagógica, que os professores podem utilizar a fim de chamar a atenção
dos alunos e desenvolver uma predisposição para a aprendizagem dos conteúdos.
Na seção 3, temos como objetivo central promover o ensino de óptica por meio de
abordagens experimentais sobre reflexão e refração da luz, bem como seus conceitos e
aplicações, embasados na teoria da aprendizagem significativa. Proporemos uma conexão
entre teoria e prática para proporcionar uma aprendizagem significativa, envolvendo os
estudantes por meio de atividades experimentais e explorando aulas expositivas e conceituais
de óptica que se relacionem com os experimentos desenvolvidos pelos alunos.
Na seção 4, será descrito sobre o Ensino de Física a partir do Ensino da Óptica
fazendo um panorama das pesquisas acadêmicas nas principais revistas de ensino de Física no
Brasil.
Na seção 5, será comentado sobre os conceitos e fenômenos envolvidos no estudo da
óptica contemplando experimentos de baixo custo.
Na seção 6, tratar sobre a metodologia do trabalho.
E na seção 7, apresentar a proposta pedagógica por meio de abordagens experimentais
sobre reflexão e refração da luz, além de tratar sobre a metodologia do trabalho.

2 JUSTIFICATIVA

O mundo globalizado já é uma realidade, a integração econômica e cultural cada vez


mais se fortalece por meio da expansão e popularização das diversas tecnologias. Nesse
sentido, o estudante deste século vem experimentando esses avanços e provocando rupturas
no processo de ensino e aprendizagem nas escolas que já não se sustenta e nem convence
através de um ensino focado em memorizar mecanicamente fórmulas, conceitos, leis, teorias e
respostas certas, reproduzidas nas provas e esquecidas logo depois (MOREIRA, 2021).
Nessa linha, a nossa percepção é que a prática pode contribuir para a compreensão e
utilização das relações matemáticas, linguagem adotada pelos estudos físicos, promovendo
um sentido, desejo e prazer em aprender física. Por isso, é necessário trabalhar os erros, evitar
aulas maçantes e entender também que para realizar uma experimentação é importante
discutir a teoria. Sendo assim, a prática é interpretada como uma ferramenta ou como fator
estimulante para a construção do conhecimento e não como algo sem sentido e até mesmo
como uma forma de “espetáculo” realizado em meio a uma aula.
18

Segundo as orientações curriculares para o Ensino Médio, especificamente no caderno


de física, a Física deve se apresentar como um conjunto de competências específicas que
permitem os estudantes se relacionarem consigo mesmo, com o outro e com mundo,
possibilitando “[...] perceber e lidar com os fenômenos naturais e tecnológicos, presentes
tanto no cotidiano mais imediato como na compreensão do universo distante, a partir de
princípios, leis e modelos por ela construídos” (MARANHÃO, 2018, p. 38).
O ensino de Física ainda deve garantir aos estudantes, analisar fenômenos naturais e
processos tecnológicos com base nas relações entre Matéria e Energia, construir e utilizar
interpretações sobre a dinâmica da vida, da Terra e do Cosmos para elaborar argumento e
analisar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e tecnológico e
suas implicações no mundo (BRASIL, 2018), ou seja, a dinâmica do mundo no tempo e
espaço em que se vive. Moreira (2021) alerta que ensinar e aprender Física envolve construir
conceitos e conceitualização, modelos e modelagens, atividades experimentais, competências
científicas, situações que façam sentido, aprendizagem significativa, dialogicidade e
criticidade.
Nesse contexto, a realização de atividades experimentais permite aos alunos a
compreensão da teoria e os torna participantes do processo de construção do seu próprio
conhecimento. Esse recurso metodológico é um facilitador do processo de ensino e
aprendizagem, aliando teoria e prática, possibilitando a pesquisa e resolução de problemas em
sala de aula (WICHELLO, 2018).
A aula prática estimula a curiosidade e o interesse dos alunos, além disso, quando os
alunos se deparam com resultados não previstos, desafia sua imaginação e seu raciocínio. Os
educandos se envolvem em investigação cientificas, compreendem conceitos básicos e
desenvolvem habilidades. As atividades experimentais, quando bem planejadas, são recursos
importantíssimos no ensino e aprendizagem, pois cria condições para o estudante se envolver
com sua aprendizagem (WICHELLO, 2018).
Nessa perspectiva, os experimentos em sala de aula permitem ao educando não
permanecer somente com conceitos e fórmulas matemáticas, mas perceber um novo horizonte
dentro da Física. Horizonte envolve a relação com o seu cotidiano, verificando que as
tecnologias existentes são também fruto de muito estudo e experimentação; e tudo que nos
cerca e utilizamos para nossa comodidade é também fundamentado por conceitos físicos.
As aulas de físicas podem ser mais atrativas em sala de aula, quando o docente utiliza
meio e/ou materiais para colaborar na capacidade de compreensão, gerar um sentido e
promover um prazer em aprender nos discentes. Desse modo, os experimentos quando
19

inseridos nas aulas teóricas/expositivas são de grande potencial de aprendizagem e correlação


ao cotidiano, além de servir como alternativa pedagógica mobilizadora para uma relação com
sentido relacionados aos fenômenos e conceitos físicos.
Diante do exposto, a escolha pela temática da óptica se fundamenta pela necessidade
de explorar essa área da física. Essa opção teve em vista que na pesquisa realizada por Ribeiro
e Verdeaux (2012) nas principais revistas de ensino de física no Brasil sobre atividades
experimentais, tais como: Caderno Brasileiro de Ensino de Física, Revista Brasileira de
Ensino de Física e Física na Escola, entre os anos de 1992 a 2001, a área da óptica ficou em
segundo lugar na lista de áreas com quantitativo de trabalhos abordando experimentos.
A óptica, como parte da física, de forma sucinta é o estudo dos fenômenos ligados à
luz e à visão, de forma mais abrangente, seus fenômenos estão intimamente interligados ao
eletromagnetismo, à ondulatória, à física quântica, à relatividade e até mesmo à mecânica, em
alguns casos (como a fotografia estroboscópica de projéteis) (RIBEIRO; VERDEAUX,
2012).
As aulas de ópticas podem ser bastante exploradas pelos os alunos. Nesse sentido,
reflexão e refração são assuntos do ramo da óptica que podem ser ensinados por meio dos
experimentos propostos pelo professor, pois os materiais utilizados são fáceis de serem
encontrados, até mesmo nas próprias residências dos discentes, sem falar que existem
diversos tipos de experimentos que podem ser realizados pelo aluno envolvendo o conteúdo
estudado.
Nesse contexto, o objetivo específico das atividades experimentais é relacionar o
conteúdo com o cotidiano dos alunos para possibilitar uma melhor aprendizagem e conexão
entre os conceitos de reflexão e refração, tornando o conteúdo mais significativo.

3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

 Apresentar uma proposta pedagógica que promova o ensino de óptica por meio de
abordagens experimentais sobre reflexão e refração da luz, seus conceitos e
aplicações, com base na teoria da aprendizagem significativa.

3.2 Objetivos Específicos


20

 Propor uma relação entre teoria e prática, visando uma aprendizagem significativa;
 Mobilizar os estudantes para o ensino de física através de atividades
experimentais;
 Explorar aulas expositivas e dialogadas conceituais de óptica que estão presentes
nos experimentos produzidos pelos alunos.

4 ENSINO DE FÍSICA POR MEIO DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA: UMA


RELAÇÃO NECESSÁRIA PARA A PROPOSTA PEDAGÓGICA NO ENSINO DE
ÓPTICA

A compreensão dos mecanismos que envolvem os caminhos da aprendizagem e os


desafios do mundo atual, indicam a necessidade de considerarmos novas concepções de
ensino, necessárias a construção do conhecimento e formação do homem. Nesse sentido, o
currículo supera a simples seleção dos conteúdos a serem expostos para formalizar itens
orientadores para a prática pedagógica com objetivo de formar um sujeito capaz de interferir
na sociedade.
Em vista desta formação, é necessário que os estudantes atribuam sentidos e
significados ao objeto estudado, associando a aprendizagem às suas vivências e sendo autor
do seu próprio conhecimento, levando em conta o conhecimento prévio trazido para a escola e
para além dela.
A teoria da Aprendizagem significativa de David Paul Ausubel propõe a ideia de
aprofundar o que o estudante já conhece, reconfigurando e ressignificando. Para esse autor, a
aprendizagem ocorre quando as ideias expressas interagem com aquilo que o estudante já
sabe, por isso, o conhecimento existente na estrutura cognitiva é relevante, ele denomina esse
conhecimento como subsunçor ou ideia-âncora. O novo conhecimento interage com o já
existente, e ambos se modificam, o conhecimento prévio é a base para as novas informações,
os subsunçores adquirem novas formas, tornando-se mais firmes (MOREIRA, 2012).
Ausubel considera o material de aprendizagem e a pré-disposição do aprendiz como
condições para a ocorrência da aprendizagem significativa, é aquele capaz de dialogar com os
conhecimentos que o aluno possui. Ou seja, a predisposição para aprender não está
meramente na motivação ou identificação com o componente, mas na vontade de se
relacionar com os novos conhecimentos atribuindo significados. Assim, o papel do educador é
sondar o reportório de conhecimento do aluno, criando uma boa experiência educativa,
pautada em boas atitudes e sentimentos para provocar a aprendizagem. Desse modo, quanto
21

maior o nível de relações que o estudante fizer com o conhecimento que já tem, mas
consolidado ficará o conhecimento (MOREIRA, 2010).
A aprendizagem significativa apresenta três formas segundo seu criador: 1)
aprendizagem representativa: o indivíduo relaciona objetos e símbolos e organiza-se
interiormente e externamente; 2) aprendizagem conceitual: os conceitos são propostos por
signos e símbolos, fazendo observação dos eventos, situações e propriedades dos mesmos e
para além deles; 3) aprendizagem proposicional: grupos de palavras combinadas em
sentenças, associando conceitos com representações para construção de ideias âncoras
(BALDISSERA, 2021).
A aprendizagem significativa é um processo psicológico, um mecanismo humano
construído, em que uma nova informação (um novo saber) se relaciona de maneira não
arbitrária e substantiva (não-literal) à estrutura cognitiva do aprendiz. Com isso, a não
arbitrariedade está relacionada com aquilo que faz sentido para o estudante aprender, aquilo
que é relevante para ele e, isso muito tem a ver com suas experiências de vida; já a
substantividade com a construção de um novo conhecimento para a elaboração de novas
ideias a partir de uma experiência que fez sentido (MOREIRA, 1997).
Diante do exposto, vale destacar que existem duas condições básicas para o processo
de construção de uma aprendizagem significativa: a) o material motivador de aprendizagem
deve ser potencialmente significativo, isto é, que o material utilizado (livros, aplicativos,
experimentos, etc.) tenha significado lógico, faça sentido, gere um desejo e prazer em
aprender física, no caso desse estudo, os experimentos sobre reflexão e refração; b) o
estudante precisa ter ideias preliminares, estruturantes sobre determinado conteúdo relevantes
com os quais esse material possa se relacionar (MOREIRA, 1997).
O professor precisa compreender que os conhecimentos prévios que o aluno traz
consigo são uma forma pessoal de abstração e percepção que ele tem do mundo. Para Moraes
(2014), apostar em uma didática nova não significa apenas atrair o aluno para novidades de
uma atividade experimental, mas um utilizar um artificio para construir um conhecimento
mais próximo de sua realidade.
São inúmeras as dificuldades encontradas pelos professores e alunos no processo de
ensino e aprendizagem da Física, uma vez que, os conteúdos são aplicados em sala de aula de
forma tradicional, no qual se prioriza somente a memorização de leis, fundamentos e
definições, tudo aplicado num contexto que não pertence ao mundo real do estudante.
Consequentemente, provoca uma aula sem atrativos e desmotivadora, produzindo uma gama
de alunos que não conseguem ver sentido algum no que está sendo lecionado pelo docente,
22

que na maioria das vezes, atribui extrema importância à Física voltada para a resolução de
aplicações (atividades) e deixa em segundo plano o sentido da Física conceitual e
experimental.
Em relação ao processo ensino e aprendizagem em Física, principalmente em nível
médio, podemos constatar várias pesquisas nessas últimas décadas, as quais têm registrados as
inúmeras dificuldades, dentre elas, destaca-se o grande número de alunos por turma, a falta de
docentes habilitados para lecionar a disciplina e a inexistência de equipamentos para execução
das atividades práticas/experimentais. Contudo, ainda encontramos professores sem domínio
de conteúdo, como dificuldades metodológicas e didáticas (ALVES, 2006).
Ao aplicar uma proposta de trabalhar aulas experimentais no ensino de Física, muitos
docentes não possuem a habilidade com esta atividade e, os que se dispõem a executar, o
permitem por meio de aulas estruturadas através de roteiros experimentais pré-elaborados,
como se fossem uma receita milagrosa, indicando ao aluno procedimentos e metodologias a
serem seguidos na utilização do aparelho e na coleta de dados, sendo um trabalho de mera
execução de atividades. Como os resultados já são precedentemente conhecidos, a atividade
se torna apenas uma apuração de leis estudada em sala de aula dos livros didáticos ou
apostilas, em que não há interação do sujeito com o objeto em estudo.
Se o professor pretende focar suas atividades experimentais na aprendizagem
significativa, ele deverá adotar um enfoque investigativo. Os alunos, ao estarem embasados na
investigação, deverão participar ativamente de todos os processos da experimentação, pois
não deve somente fazer o que foi proposto pelo roteiro experimental do professor. A
tendência é que o aluno aprenda além da vida escolar e essa aprendizagem atravesse a sua
vida cotidiana.
A prática experimental é um instrumento eficaz ao ensino e aprendizagem de ciências,
em especial no ensino de Física, pois os conhecimentos absorvidos teoricamente em sala
devem promover ao aluno a capacidade de conciliar o seu dia a dia à teoria de forma prática e
pedagógica, expondo suas ideias, pensamentos e críticas. Desse modo, os alunos são
motivados a participarem mais das aulas e tornar os experimentos didáticos mais próximos de
sua realidade no cotidiano, consumando respostas através da atividade experimental.
Simultaneamente é interessante que a forma de linguagem utilizada em sala de aula seja
proporcional ao contexto do aluno, principalmente quando se tem como objetivo a edificação
de novos pensamentos e conceitos (MORAES, 2014).
Em outro contexto, sobre uma abordagem histórica e suas concepções dada por
diversos cientistas físicos e filósofos, a óptica se destina ao estudo dos fenômenos da luz e,
23

suas formas de difusão. A palavra óptica vêm do grego antigo ὀπτική, transcrevido para o
latim optice, que significa Visão. A busca pelos conhecimentos acerca da luz e seus
fenômenos físicos são assuntos de interesse de muitos cientistas filósofos da antiguidade, pois
buscam relacionar a luz inerentemente com a visão sem haver nenhuma distinção entre elas.
Há milênios que o estudo e as observações da natureza da luz, conforme Salvetti
(2008, p.17) afirma, ocorreram “[...] principalmente pelo fato da maior parte do conhecimento
sobre o meio que nos cerca ter sido adquirido, inicialmente, pelo sentido da visão”. Contudo,
muitos filósofos antigos acreditavam que a luz era provinda dos nossos olhos que chegavam
até os objetos e depois retornavam levando informações para o nosso cérebro, porém, no
decorrer dos tempos, cada filósofo tinha sua própria concepção a respeito da luz.
Segundo Silva (2006), os registros relatados sobre o estudo da óptica ocorreram desde
o período da idade antiga, compreendida a partir do século IX a.C., que teve grandes
colaboradores filósofos gregos que já questionavam as propriedades da difusão da luz. Reza à
lenda, que o pioneiro a indagar sobre a óptica, foi o poeta grego, autor dos poemas Ilíada e
Odisseia, Homero (850 a.C.), acreditando que a luz era formada por corpúsculo e seus raios
como uma sequência de partículas.
Seguindo a mesma ideia de a luz ser formada por corpúsculos, Pitágoras (582 - 497
a.C.), matemático e filósofo grego, reformulou um modelo para a teoria da visão, onde
admitia que os objetos enviavam algo para os olhos e, nessa mesma perspectiva, outros
filósofos gregos foram influenciados, como Demócrito de Abdera (460 a 370 a. C), Epícuro
de Samos (341 a 270 a. C), entre outros (SILVA, 2006).
Os filósofos como Platão (427 a 327 a.C.) e Aristóteles (384 a 322 a.C.) também
questionavam sobre a forma de como conseguimos ver os objetos. Para Platão, nossos olhos
lançavam partículas no objeto, que tornavam visíveis aos nossos olhos. Já Aristóteles, “[...]
defendia a ideia de que a luz era causada por uma atividade em um determinado meio”
(SILVA, 2006).
Uma grande descoberta no período da idade antiga foi como alguns filósofos e
cientistas compreenderam a dinâmica da reflexão, que teve como entusiasta Arquimedes de
Siracusa (287-212 a.C.), físico, matemático e inventor grego, que criou enormes espelhos que
refletiam os raios solares sobre as velas dos navios inimigos, arremessando-lhes fogo nas
embarcações inimigas. E, assim, muitos outros filósofos e cientistas contribuíram no estudo
da luz e sua propagação naquele período (SILVA, 2006).
Passando para a idade média, outros grandes colaboradores do entendimento da óptica
também surgiram, Abu Ali Haçane Ibne Haitão (Al Hazem 965-1040), matemático e
24

astrônomo árabe, por muitos considerado o primeiro cientista de verdade, que criou a câmera
escura, e seus estudos com lentes fizeram com que se desenvolvessem a fabricação de óculos,
microscópios e telescópios, escrevendo o Livro da Óptica que falava dos seus experimentos
sobre alguns fenômenos da luz e acreditava que uma teoria só poderia ser comprovada através
do experimento. Posteriormente, Roger Bacon (1214-1294), filósofo, teólogo e cientista
medieval inglês, aperfeiçoou diversos instrumentos de ótica, analisando a travessia dos raios
luminosos em uma lente. Outro grande sábio para esta época, que tratou sobre a refração da
luz e a dispersão da luz branca em prismas e esfera, foi Silesiano Wetelo (1225-1275)
(SILVA, 2006).
Para o período renascentista, grandes descobertas científicas marcaram essa época,
destacando-se Giovani Battist Della Porta (1535-1615) que relatou sobre como funcionava a
câmera escura para obter uma imagem e recomendou o uso de espelhos e lentes convexos.
Outro marco importante foi o surgimento do primeiro telescópio desenvolvido por Galileu
Galilei (1564-1642). Nessa oportunidade, contribuiu com suas observações e descoberta, no
aperfeiçoando da capacidade de efetivar observação em posse de um telescópio,
consequentemente, descobriu satélites de Júpiter, manchas solares, que Vênus tinha fases
como a lua e, também, comprovou a teoria heliocêntrica de Nicolau Copérnico, embora
tivesse que enfrentar a ideia defendida pela igreja – a teoria do geocentrismo.
Posterior a Galileu, o astrônomo alemão Johannes Kepler (1571-1630) iniciou o
estudo sobre as lentes para compreender o funcionamento do telescópio e também buscou
entender a origem e a velocidade da difusão da luz (SILVA, 2006). Além dele, Isaac Newton
(1643-1727), ainda no século XVII, iniciou o estudo sobre óptica, onde descobriu o fenômeno
da dispersão, desenvolveu o telescópio de reflexão, expôs suas experiências sobre ópticas,
entre outros trabalhos (GUIMARÃES; PIQUEIRA; CARRON, 2013).
O grande desenvolvimento da óptica pode-se dizer que deu em meados do século
XVII, com importantes contribuições dos físicos Galileu Galilei (1564-1642) e Robert Hooke
(1635-1703) com as invenções das primeiras lunetas e dos microscópios. Os cientistas
Francesco Grimaldi (1618-1663) e Erasmus Bartholinus (1625-1698) que analisaram
fenômenos ópticos da difração e dupla refração, respectivamente (ORTEGA; MOURA,
2020).
René Descartes (1596-1650) também se destacou sobre o estudo da luz, que se apoiou
nos manuais escolares com textos do filósofo Aristóteles e nas pesquisas ligada a óptica de
Galileu Galilei e Johannes Kepler. Descartes não era adepto da teoria do atomismo, pois
considerava os átomos inexistentes, tentava elucidar quaisquer acontecimentos visíveis
25

através dos movimentos invisíveis das partículas constituintes da matéria. E não acreditava
que a luz possuía uma velocidade precisa, mas sim, que ela teria um caráter de propagação
instantânea, um tipo de pressão que era irradiada por meio da matéria e para explicar sua
teoria, ele fez comparações de um cego com sua bengala, que ao tocar o chão emanava
vibrações instantaneamente para as mãos do cego, que da mesma maneira, a luz agia pela
matéria. Ao descrever sobre os fenômenos da reflexão e refração, fez analogia do movimento
da luz com o movimento de uma bola de tênis lançada por uma raquete para formalizar as
leis, que seguiam as mesmas leis que o próprio movimento dos corpos (ORTEGA; MOURA,
2020).
Através dos trabalhos de Descartes outro cientista também se apoiou nas suas ideias
sobre a vibração da luz, como Christiann Huygens (1629-1695). Em sua obra Tratado sobre a
luz (1690) retrata a natureza e propriedades da luz, mencionando seu comportamento como
uma onda, indo a desencontro das ideias de seus antecessores que a luz fosse uma partícula,
para época gerou grandes discussões. Porém, sua teoria deixava evidentemente que os
fenômenos de reflexão, refração e difração fossem mais observados pelos movimentos das
ondas da água. Através da sua obra e por meio de experimentações concebíveis, Huygens
queria demonstrar a propagação dos raios luminosos de forma retilínea, a uniformidade dos
ângulos dos raios incidentes e dos raios refletidos e da regra dos senos na refração.
(ORTEGA; MOURA, 2020).
Para desfazer da ideia da luz como sendo uma partícula, Huygens recorreu a
pressupostos que as partículas da luz não poderiam se movimentar com enormes velocidades,
que seu espalhamento pudesse se dar por todo o ambiente e que os raios luminosos não
pudessem se chocar ao se cruzarem. Desse modo, Huygens desenvolveu grandes trabalhos
associados à teoria ondulatória da luz, no qual ficou conhecido como princípio de Huygens o
qual explica o fenômeno da difração (ORTEGA; MOURA, 2020).
A história da óptica, por muitos séculos, ganhou grandes contribuições de filósofos e
cientistas que ajudaram a desenvolver tecnologias ópticas no que diz respeito à melhoria da
qualidade de vida das pessoas. Através dos estudos da óptica, podemos usufruir de
equipamentos capazes de diagnosticar microrganismo invisível a olho nu, como é o caso do
microscópio, usar óculos que nos façam enxergar melhor, poder assistir televisão, ou ir ao
cinema, registrar nossos momentos de alegria e lazer por uma câmera fotográfica e muito
mais. Tudo isso graças aos grandes estudiosos e cientistas que fizeram parte da história da
Física (GUIMARÃES; PIQUEIRA; CARRON, 2013).
26

4.1 O ENSINO DE FÍSICA A PARTIR DO ENSINO DE ÓPTICA: UM PANORAMA DAS


PESQUISAS ACADÊMICAS NAS PRINCIPAIS REVISTAS DE ENSINO DE FÍSICA NO
BRASIL

Nesta seção, foi realizado um mapeamento do “estado da arte” das publicações


realizadas no Caderno Brasileiro de Ensino de Física, Revista Brasileira do Ensino de Física e
a Revista Física na Escola, com o intuito de verificar a produção dos pesquisadores em ensino
de Física na perspectiva do ensino de óptica, e identificar alguns aspectos relevantes ou
lacunas na produção. Quanto ao método utilizado, realizou-se uma exploração bibliográfica,
buscando identificar a forma, o conteúdo e o universo geográfico que essa produção apresenta
a partir de dados quantitativos e qualitativos coletados no período entre 2010 e 2022.
O recorte temporal dos últimos 12 anos se deve a continuação e atualização do
trabalho organizado por Ribeiro e Verdeaux (2012) que realizaram uma revisão de artigos que
tratam sobre a experimentação no ensino de óptica, entre 1998 e 2010 no Caderno Brasileiro
de Ensino de Física, Revista Brasileira do Ensino de Física e a Revista Física na Escola.
Nesse sentido, a óptica é uma área da física bastante ampla, e seus fenômenos também
são variados, indo desde ao eletromagnetismo, à ondulatória, à física quântica, à relatividade e
até mesmo `a mecânica, em alguns casos (como a fotografia estroboscópica de projéteis)
(RIBEIRO; VERDEAUX, 2012).
Em conformidade com a questão anterior, compreendendo a amplitude da área é que
esta proposta operacionalizou um recorte metodológico com base apenas nos artigos que
investigaram estratégias de ensino de física voltando para o ensino de óptica. Entende-se por
estratégias ações o “[...] sentido de estudar, selecionar, organizar e propor as melhores
ferramentas facilitadoras para que os estudantes se apropriem do conhecimento”. Ou seja,
práticas que promovam um sentido, desejo e prazer em aprender.
Nessa linha, o quadro 1 apresenta o arranjo dos resultados após os artigos terem sido
classificados de acordo com o recorte metodológico proposto, revista e ano de publicação.

Quadro 1 – Classificação dos artigos no Caderno Brasileiro de Ensino de Física


Site: Caderno Brasileiro de Ensino de Física Quant./Ano: 4/2010

Ordem: 01
Título: Exposições museológicas para aprendizagem de física em espaços
formais de educação: um estudo de caso
Autores: Franco de Salles Porto - Escola SENAI-Taguatinga – DF
Erika Zimmermann - Universidade de Brasília (UNB)
Objetivo: Estudar as interações que acontecem quando se usa uma atividade não
27

formal de educação científica (uma exposição museológica) em espaço


formal de educação (em uma escola). A partir de uma parceria museu-
escola, levou-se uma exposição sobre óptica para uma escola pública
do Distrito Federal, com o propósito de observar e descrever as reações
de alunos de Ensino Médio ao visitá-la. Baseada nos trabalhos de
Queiroz, Barbosa-Lima e Santiago (2006), a exposição objetou mostrar
como grandes mestres da pintura faziam uso de princípios da óptica
geométrica para criar suas telas.
Temática: Exposição museológica.

Ordem: 02
Título: O entendimento dos estudantes sobre a natureza da luz em um
currículo recursivo
Autores: Geide Rosa Coelho -Faculdade de Educação (UFMG)
Oto Borges1 – Colégio Técnico (UFMG), Belo Horizonte – MG
Objetivo Investigar a mudança no entendimento dos estudantes sobre a natureza
da luz, ao longo da terceira série do Ensino Médio e o patamar de
entendimento dos estudantes sobre essa temática, ao final da terceira
série. Para avaliar o entendimento dos estudantes, desenvolvemos um
instrumento qualitativo e criamos um sistema categórico hierarquizado
constituído de cinco modelos sobre a natureza da luz.
Temática: Investigar a mudança no entendimento dos estudantes sobre a natureza
da luz.

Ordem: 03
Título: O prêmio Nobel de física de 2009
Autores: José Maria Filardo Bassalo - Fundação Minerva Belém – PA
Objetivo: O prêmio Nobel concedido aos físicos norte-americanos: Charles Kuen
Kao e Willard Sterling Boyle por haver descoberto o processo de
transmissão de luz em fibra óptica e invenção do primeiro sensor de
imagem digital, um circuito semicondutor de imagem, conhecido como
sensor CCD, consecutivamente.
Temática: Prêmio Nobel

Ordem: 04
Título: Proposta simples para o experimento de espalhamento Rayleigh
Autores: Adriano José Ortiz – Universidade Estadual de Londrina (UEL)
Carlos Eduardo Laburú (UEL) – Párana
Osmar Henrique Moura da Silva (UEL) – Paraná
Objetivo: A proposta sugerida propõe demonstrar experimentalmente fenômenos
físicos como a polarização da luz do céu, do arco-íris e a reflexão
polarizada em superfície não condutoras, assim como determinar a
direção dessas polarizações. 
Temática: Polarização da Luz

Site: Caderno Brasileiro de Ensino de Física Quant./Ano: 3/2011


28

Ordem: 01
Título: Relatos de aulas de ótica no ensino médio: o quê eles nos revelam
sobre a atuação do professor?
Autores: João Antônio Corrêa Filho - Departamento de Ciências Naturais
Universidade Federal de São João del Rei São João del Rei – MG.
Jesuína L. A. Pacca - Instituto de Física (USP)
Objetivo: Apresentar uma análise de relatos sobre as aulas de óptica de duas
professoras de física de Ensino Médio, participantes de um programa
de formação contínua de professores dentro de uma linha de ensino-
aprendizagem construtivista.
Temática: Formação contínua de professores

Ordem: 02
Título: O tratado sobre a luz de Huygens: comentários
Autores: Sonia Krapas - Programa de Pós-graduação em Educação – (UFF)
Niterói – RJ
Glória Regina - Pessôa Campello Queiroz Departamento de Física –
(UERJ), Rio de Janeiro – RJ
Diego Uzêda - Instituto de Ciências e Tecnologia Maria Thereza
(FAMA) Th Niterói – RJ
Objetivo: Evidenciar o raciocínio de Huygens, sua inventividade na defesa de um
modelo ondulatório para a luz como alternativo ao modelo corpuscular
Temática: Tratado da Luz

Ordem: 03
Título: Livros didáticos: Maxwell e a transposição didática da luz como onda
eletro-magnética
Autores: Sonia Krapas Programa de Pós-graduação em Educação (UFF) – RJ
Objetivo: Compreender melhor a especificidade do tratamento didático do saber
relativo à luz como OEM, vamos analisar livros didáticos do Ensino
Médio (LDEM) e do Ensino Superior (LDES) e duas edições do livro
de Ganot
Temática: Análises nos livros didáticos acerca da luz como onda eletromagnética

Site: Caderno Brasileiro de Ensino de Física Quant./Ano: 4/2012

Ordem: 01
Título: Quando é que um espelho esférico pode funcionar tão bem como um
espelho parabólico?
Autores: Fábio Luís Alves Pena - Instituto Federal da Bahia (IFBA), Simões
Filho – BA
Vânia Santos Leitão - Colégio Estadual Dr. Eduardo Bahiana Salvador
– BA
Objetivo: Verificar o funcionamento do espelho esférico comparado ao espelho
parabólico
Temática: Funcionamento dos espelhos esféricos e parabólicos
29

Ordem: 02
Título: Simulação computacional aliada à teoria da aprendizagem
significativa: uma ferramenta para ensino e aprendizagem do efeito
fotoelétrico
Autores: Stenio Octávio de Oliveira Cardoso-Instituto Regina Pacis
Adriana Gomes Dickman-PUC MINAS
Objetivo: Relatar o processo de elaboração e aplicação de uma sequência de
atividades que se apoia no uso de simulações computacionais para o
ensino do efeito fotoelétrico, explorando os conhecimentos prévios dos
alunos e, de maneira gradual, introduzindo novos conceitos.
Temática: Aprendizagem significativa

Ordem: 03
Título: Física moderna no ensino médio: um experimento para abordar o
efeito fotoelétrico
Autores: Luciene Fernanda da Silva - Universidade de São Paulo (USP)
Alice Assis Departamento de Física e Química (UNESP),
Guaratinguetá
Objetivo: Propor uma atividade experimental, confeccionada com materiais de
baixo custo, que aborda o efeito fotoelétrico.
Temática: Metodologias experimentais para alunos do ensino médio

Ordem: 04
Título: Demonstrações em óptica geométrica: uma proposta de montagem para
ambientes de educação não formal
Autores: Osmar Henrique Moura da Silva; Ferdinando Vinicius Domenes
Zaparolli Sérgio de Mello Arruda; Museu de Ciência e Tecnologia
(UEL), Londrina – PR
Objetivo: Apresentar a montagem de um equipamento automatizado à energia
elétrica padrão de 127V que abrange as demonstrações de óptica
geométrica costumeiramente realizadas com um raio de luz incidente
em uma lente cilindro-plano-convexa centrada em um círculo
trigonométrico giratório.
Temática: Óptica geométrica

Site: Caderno Brasileiro de Ensino de Física Quant./Ano: 3/2013

Ordem: 01
Título: Espelhos esféricos confeccionados com materiais acessíveis para
demonstração de formação de imagens em sala de aula
Autores: Wellington Luís de Almeida - Universidade Estadual de Ponta Grossa
(UEPG), Ponta Grossa – PR
Objetivo: Corroborar com o educador propondo a confecção de um conjunto
didático para o estudo de espelhos esféricos, a saber: espelhos esféricos
côncavo e convexo (de vidro de relógio de 50 mm de diâmetro) com
30

suporte, anteparo e fonte de luz e espelhos esféricos côncavo e


convexo (de vidro de relógio de 150 mm de diâmetro), cujos resultados
têm imagens formadas com boa nitidez e torna viável a utilização
do conjunto em análises quantitativas, essenciais em situações de
ensino-aprendizagem em aulas teórico-experimentais.
Temática: Espelhos esféricos

Ordem: 02
Título: Convergência e divergência de raios de luz por lentes e espelhos: um
equipamento para ambientes planejados de educação informal
Autores: Osmar Henrique Moura da Silva; Amarildo Ramos de Almeida
Ferdinando - Vinicius Domenes Zapparoli; Sérgio de Mello Arruda -
Museu de Ciência e Tecnologia (UEL), Londrina – PR
Objetivo: Descrever a elaboração de um equipamento automatizado de óptica
geométrica que abrange demonstrações de convergência e divergência
de raios de luz por lentes e espelhos.
Temática: Óptica geométrica

Ordem: 03
Título: Como queimar um papel à luz de sírio
Autores: Guilherme de Almeida - Colégio Militar
Associação Portuguesa de Astrônomos Amadores (APAA) Lisboa –
Portugal
Objetivo: Abordar as diversas perspectivas sobre como queimar um papel à luz
de sírio, mostrando as limitações e as possibilidades práticas de tal
procedimento.
Temática: Lentes Convergentes.

Site: Caderno Brasileiro de Ensino de Física Quant./Ano: 5/2014

Ordem: 01
Título: Uso de diodos emissores de luz (led) de potência em laboratório de
óptica
Autores: Luiz Pinheiro Cordovil da Silva - Universidade do Estado do Rio de
Janeiro (UERJ)
C. E. da Silva - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
A. M. Freitas - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
A. J. Santiago - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
Objetivo: Apresentar, de maneira simples e didática uma fonte de luz e sua
respectiva fonte de alimentação, que utiliza como componente
principal um LED de potência e mostrar que está pode substituir com
muitas vantagens as fontes de luz tradicionalmente empregadas em
muitos experimentos de óptica.
Temática: Fonte de luz

Ordem: 02
31

Título: A massa de ar e a sua determinação analítica


Autores: Guilherme de Almeida - Colégio Militar Associação Portuguesa de
Astrônomos Amadores (APAA) Lisboa – Portugal
Objetivo: Demonstrar como calcular, por meio de um raciocínio geométrico, o
quociente do comprimento do percurso da luz através da atmosfera
pela espessura desta, valor conhecido como "massa de ar", em função
da altura do astro.
Temática: Massa de ar

Ordem: 03
Título: A natureza da ciência no ensino de física: estratégias didáticas
elaboradas por professores egressos do mestrado profissional
Autores: Abigail Vital - Centro Universitário Geraldo di Biase; Andreia Guerra
(CEFET-RJ)
Objetivo: Apresentar os resultados de uma investigação sobre as estratégias
utilizadas por professores de Física egressos do Mestrado Profissional,
na construção de propostas pedagógicas em que o conceito de Natureza
da Ciência é utilizado como eixo condutor do ensino de Física no
Ensino Médio. Analisar os caminhos seguidos por tais professores e
verificar como as referências atuais sobre o tema foram por eles
incorporadas.
Temática: Formação de professores-construção de proposta pedagógica

Ordem: 04
Título: A refração atmosférica e os seus problemas nas observações
astronômicas
Autores: Guilherme de Almeida - Colégio Militar (atualmente professor
aposentado) Associação Portuguesa de Astrônomos Amadores
(APAA) Lisboa – Portugal
Objetivo: Observar o fenômeno da refração atmosférica e suas implicações
prejudiciais nas observações astronômicas.
Temática: Refração atmosférica

Ordem: 05
Título: Usando física em quadrinhos para discutir a diferença entre inversão e
reversão da imagem em um espelho plano
Autores: Eduardo Oliveira Ribeiro de Souza - Instituto Oswaldo Cruz – Fiocruz
Deise Miranda Vianna - Instituto Oswaldo Cruz – Fiocruz Instituto de
Física – UFRJ
Objetivo: Apresentar algumas tirinhas e seus objetivos no ensino de Física, além
de explicitar como elas podem ser trabalhadas pelos professores. O
tema escolhido foi óptica, enfocando reflexão em espelhos planos.
Temática: Reflexão em espelhos planos

Site: Caderno Brasileiro de Ensino de Física Quant./Ano: 6/2015


32

Ordem: 01
Título: O prêmio Nobel de física de 2014
Autores: José Maria Filardo Bassalo - Fundação Minerva, Belém, PA
Objetivo: Tratar sobre o Prêmio Nobel de Física de 2014, concedido aos físicos:
os japoneses Isamu Akasaki (n.1929) e Hiroshi Amano (n.1960), e o
nipo-norte-americano Shuji Nakamura (n.1954) pela invenção dos
Diodos-Emissores de LuzAzul[“Blue Light-Emittings Dio-des”
(LED)] que permitiram o brilho e a economia de energia das fontes de
luz branca.
Temática: Prêmio Nobel

Ordem: 02
Título: Os três momentos pedagógicos como metodologia para o ensino de
óptica no ensino médio: o que é necessário para enxergarmos?
Autores: Kleber Briz Albuquerque - Mestrando do Programa de Pós-graduação
em Educação Científica e Tecnologia (UFSC)
Paulo José Sena dos Santos - Departamento de Física (UFSC)
Gabriela Kaiana Ferreira - Departamento de Sociais e Humanas,
Universidade Federal do Paraná, Palotina, PR
Objetivo: Apresentar uma proposta temática em grupos, baseados em três
momentos pedagógicos. A partir da análise da transcrição do áudio da
aplicação de um dos temas para uma turma do ensino médio discutir as
potencialidades e limitações dessa atividade, que ao longo do processo
proporcionou uma excelente oportunidade de aprendizagem para
alunos e os motivou a terem mais interesse com os conteúdos de
ciência.
Temática: Momentos Pedagógicos

Ordem: 03
Título: Vinculo de la teoría con la práctica para la comprensión de la óptica
geométrica en el nivel superior en las escuelas de ingeniería de la uanl
a partir del modelo por competencias
Autores: Juan Carlos Ruiz Mendoza - Universidad Autónoma de Nuevo León,
San Nicolás de los Garza; Mario Humberto Ramírez Díaz - Instituto
Politécnico Nacional, Ciudad de Mexico, D.F.
Objetivo: Propor uma estratégia de estudo da articulação entre teoria e prática,
para favorecer uma mudança conceitual para o desenvolvimento de
competências cientificamente aceitas como componentes da formação
integral do aluno de Nível Superior. Recorrer a equipamentos de óptica
geométrica e complementar com o apoio de software de óptica
geométrica.
Temática: Instrumentos ópticos

Ordem: 04
Título: Uma alternativa de baixo custo ao experimento de óptica denominado
33

comercialmente “magic hologram – mirage 3d”


Autores: Osmar Henrique Moura Silva - Departamento de Física -Universidade
Estadual de Londrina; Carlos Eduardo Laburú - Departamento de
Física, Universidade Estadual de Londrina
Objetivo: Demonstrar a formação da imagem real de um objeto vista no ar
tridimensionalmente. Realizar uma análise dessa alternativa indicando
os aspectos educacionais do seu uso em sala de aula em termos
quantitativos.
Temática: Óptica geométrica

Ordem: 05
Título: Sobre as pesquisas relacionadas ao ensino do efeito fotoelétrico
Autores: Ronivan Sousa Silva - Instituto Federal do Mato Grosso do Sul
Nádia Cristina Guimarães Errobidart - Instituto de Física, Universidade
Federal de Mato Grosso do Sul
Objetivo: Apresentar o resultado de uma pesquisa bibliográfica relacionada
exclusivamente ao ensino do efeito fotoelétrico, preferencialmente no
ensino médio, realizada em periódicos nacionais e internacionais da
área de ensino e educação.
Temática: Efeito fotoelétrico

Ordem: 06
Título: Câmera escura estéreo: construção e atividades experimentais
Autores: Gilmário Barbosa Santos - Departamento de Ciência da Computação,
Universidade do Estado de Santa Catarina, Joinville
Sidney Pinto Cunha - Centro de Tecnologia da Informação Renato
Archer, Campinas
Objetivo: Apresentar os aspectos da óptica e da geometria envolvidos na
construção da câmera escura estéreo de forma ilustrada. Propor
experimentos com a utilização das imagens obtidas pela câmera para a
visualização em 3D por meio de par de óculos anaglifos, bem como é
discutida a realização de estimativas de profundidade relativa por meio
de triangulação.
Temática: Atividade Experimental: Câmera escura

Site: Caderno Brasileiro de Ensino de Física Quant./Ano: 5/2016

Ordem: 01
Título: Newton versus huygens: como (não) ocorreu a disputa entre suas
teorias para a luz
Autores: Breno Arsioli Moura - Centro de Ciências Naturais e Humanas,
Universidade Federal do ABC
Objetivo: Apresentar uma análise crítica da possível disputa entre as teorias
sobre luz e cores elaboradas por Newton e Huygens que teria ocorrido
entre os séculos XVII e XIX. Com base em diversos estudos historio
gráficos já realizados sobre o tema, será mostrado que na
34

Historiografia da Ciência a ideia de uma disputa entre as ópticas de


Newton e Huygens é considerada ultrapassada. O artigo fornece um
apanhado histórico da Óptica no período, oferecendo subsídios para
que essa questão seja também problematizada no Ensino, assim como
foi na Historiografia da Ciência atual.
Temática: História da Óptica.

Ordem: 02

Título: Duas atividades experimentais sobre associações de espelhos e lentes


inspiradas por questões de vestibulares
Autores: Jair Lúcio Prados Ribeiro – Colégio Marista de Brasília
Objetivo: Descrever atividades experimentais envolvendo associações de
espelhos e lentes, delineadas a partir de questões de exames
vestibulares.
Temática: Montagens experimentais com associações de espelhos.

Ordem: 03
Título: Caracterização dos focos de estudo da produção acadêmico-científica
brasileira sobre experimentação no ensino de física
Autores: Fernanda Sauzem Wesendonk - Doutoranda do Universidade Estadual
Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Campus de Bauru
Eduardo Adolfo Terrazzan - Universidade Federal de Santa Maria
Objetivo: Apresentar uma caracterização da produção acadêmico-científica
recente sobre experimentação no Ensino de Física, em termos de focos
e intenções de pesquisa, bem como de resultados construídos no
âmbito dessas investigações. Para isso, foram utilizados como fontes
de informações 10 Periódicos Acadêmico-Científicos nacionais, com
publicações disponíveis em websites. Identificando, mediante consulta
nesses periódicos, 147 trabalhos publicados no período de 2009 a
2013, que apresentavam como foco principal de investigação a
experimentação.
Temática: Revisão de Literatura

Ordem: 04
Título: A reflexão da luz nos periódicos de ensino de física: evidenciando
tendências e carências de pesquisa a partir de uma revisão bibliográfica
Autores: Jair Lúcio Prados Ribeiro - Doutorando do Programa de Pós-
Graduação em Educação em Ciências, Universidade de Brasília
Maria Helena da Silva Carneiro - Faculdade de Educação,
Universidade de Brasília
Objetivo: Usar de materiais cotidianos em atividades experimentais também foi
evidenciado, principalmente em artigos voltados para o tratamento da
óptica no ensino médio, fato que contribui para a continuidade de
pesquisas sobre o tema.
Temática: Reflexão da luz
35

Ordem: 05
Título: O experimento virtual da dupla fenda ao nível de ensino médio (parte
i): uma análise clássica do comportamento corpuscular e ondulatório e
o desenvolvimento de um software computacional
Autores: Danilo Cardoso Ferreira - Instituto Federal do Paraná
Moacir Pereira de Souza Filho - Universidade Estadual Paulista “Julio
de Mesquita Filho”
Objetivo: Mostrar numa análise de probabilidades simples ao nível do ensino
médio. E em seguida, analisar o comportamento ondulatório (ondas de
água, por exemplo) do experimento da dupla fenda. Fazer uma breve
revisão do conceito de interferência (construtiva e destrutiva) com o
auxílio de experimentos virtuais. 
Temática: Difração

Site: Caderno Brasileiro de Ensino de Física Quant./Ano: 3/2017

Ordem: 01
Título: Experimentação no ensino de física moderna: efeito fotoelétrico com
lâmpada néon e leds
Autores: Dario Eberhardt - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do
Sul, Porto Alegre; João Bernardes Da Rocha Filho - Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre; Regis
Alexandre Lahm - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do
Sul, Porto Alegre; Pedro Barros Baitelli - Aluno da Escola Monteiro
Lobato, Porto Alegre
Objetivo: Apresentar uma experimentação destinada ao ensino de Física
Moderna no Ensino Médio, especificamente o Efeito Fotoelétrico, e
visa a instrumentalizar o professor ou servir como inspiração para a
proposição de atividades didáticas.
Temática: Efeito Fotoelétrico

Ordem: 02
Título: Elementos histórico-culturais para o ensino dos instrumentos ópticos
Autores: Marlon C. Alcantara - Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais, Juiz de Fora
Marco Braga - Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow
da Fonseca, RJ
Objetivo: Apresentar uma proposta para o ensino dos instrumentos ópticos a
partir de uma abordagem contextual da História das Ciências. A visão
contextual desse período histórico poderá fornecer subsídios para a
construção de um currículo interdisciplinar a partir dos instrumentos
ópticos.
Temática: Instrumentos ópticos

Ordem: 03
36

Título: Sistema sensor com câmera usb para uso em experimentos de


polarização da luz
Autores: José Luís Fabris - Universidade Tecnológica Federal do Paraná;
Marcia Muller - Universidade Tecnológica Federal do Paraná; Luís
Victor Muller Fabris - Estudante de Física, Universidade Federal do
Paraná
Objetivo: Apresentar detalhes da montagem experimental, na qual a luz de uma
lanterna de LED usada como fonte luminosa no visível é projetada
numa tela branca após passar por dois polarizadores. A imagem
projetada na tela é captada pela câmera e o software fornece a
intensidade luminosa relativa da luz. 
Temática: Polarização da luz

Site: Caderno Brasileiro de Ensino de Física Quant./Ano: 1/2018

Ordem: 01
Título: O estudo da óptica na modalidade de educação para jovens e adultos
(eja) por meio de uma sequência didática diversificada
Autores: Elisete Lopes da Cunha - Centro Universitário UNA, Belo Horizonte
Adriana Gomes Dickman - Pontifícia Universidade Católica de Minas
Gerais
Objetivo: Discutir a aplicação de uma sequência didática para ensinar Óptica
para alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA). A sequência de
atividades, composta por estratégias como exibição de vídeos, leitura
de artigos de divulgação científica, reconstrução e demonstração de
experimentos, e discussões em grupo, foi elaborada tendo por base um
ensino de física contextualizado visando uma formação caracterizada
pela autonomia intelectual e pensamento crítico
Temática: Educação de jovens e adultos

Site: Caderno Brasileiro de Ensino de Física Quant./Ano: 1/2019

Ordem: 01
Título: O experimento virtual da dupla fenda ao nível do ensino médio (parte
II): uma análise quântica do comportamento corpuscular e ondulatório
da luz
Autores: Danilo Cardoso Ferreira - Instituto Federal do Paraná, Campus
Jacarezinho, PR; Moacir Pereira de Souza Filho - Universidade
Estadual Paulista, Presidente Prudente, SP
Objetivo: Analisar o experimento virtual da dupla fenda dividido em duas partes:
a Parte I (publicada) que trata da análise clássica do comportamento
(corpuscular e ondulatório) e a Parte II (o presente artigo) que aborda o
comportamento quântico da luz (fótons).
Temática: Ensino de Física-experimento da dupla fenda

Site: Caderno Brasileiro de Ensino de Física Quant./Ano: 6/2020

Ordem: 01
37

Título: O ensino por investigação como abordagem para o estudo do efeito


fotoelétrico com estudantes do ensino médio de um instituto federal de
educação, ciência e tecnologia
Autores: João Mauro da Silva Júnior - Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Espírito Santo; Geide Rosa Coelho - Universidade
Federal do Espírito Santo.
Objetivo: Apresentar uma análise de uma aula na qual o efeito fotoelétrico foi o
tema da Física, desenvolvido com estudantes do ensino médio no
contexto da educação profissional e tecnológica.
Temática: Efeito Fotoelétrico

Ordem: 02
Título: Temas de natureza da ciência a partir de episódios históricos: os
debates sobre a natureza da luz na primeira metade do século XIX
Autores: Rilavia Almeida de Oliveira - Universidade Estadual da Paraíba
André Ferrer Pinto Martins - Universidade Federal do Rio Grande do
Norte, Natal, RN
Ana Paula Bispo da Silva - Universidade Estadual da Paraíba,
Campina Grande, PB
Objetivo: Discutir acerca da inserção da chamada “Natureza da Ciência” (NDC)
no ensino de ciências por meio do uso da História e da Filosofia da
Ciência (HFC). A partir da análise de aspectos dos debates sobre a
natureza da luz no início do século XIX, propomos a discussão de
diversos temas da NDC, com ênfase nos diferentes fatores envolvidos
no processo de avaliação entre teorias concorrentes.
Temática: Natureza da Luz

Ordem: 03
Título: Obtención de espectros usando un smartphone en la clase de Física
Autores: Esteban Guillermo Szigety - Universidad Nacional de Mar del Plata
(UNMDP); Luis Jaime Bernal - Universidad Nacional de Mar del Plata
(UNMDP); Luis Bilbao - Universidad Nacional de Buenos Aires
(UBA)
Gabriel Horacio Pérez - Universidad Nacional de Mar del Plata
(UNMDP)
Objetivo: Apresentar os fundamentos para transformar um smartphone (ou
smartphone) em um espectrômetro doméstico. Utilizando um Compact
DiscDigital Audio e um slot devidamente localizado, é possível
observar, entre outros, o espectro de emissão de uma lâmpada
fluorescente compacta.
Temática: Converter um smartphone em um espectrômetro doméstico.

Ordem: 04
Título: Atividades experimentais de física da revista ciência hoje das crianças
Autores: Jéssica Taynara Martins - Universidade Federal do Amazonas
Elrismar Gomes Oliveira - Universidade Federal do Amazonas
Objetivo: Apresentar a análise das atividades experimentais de Física propostas
38

na Ciências Hoje das Crianças.


Temática: Atividades experimentais

Ordem: 05
Título: Aspectos de corpúsculo e de onda na teoria newtoniana da luz: das
visões do período pós-newtoniano à visão atual dos fenômenos
microscópicos
Autores: José Fernando Moura Rocha - Instituto de Física, Universidade Federal
da Bahia
Objetivo: Apresentar o contexto histórico e científico em que o fenômeno das
cores em películas transparentes delgadas foi estudado por Newton e
discutir algumas de suas contribuições para o entendimento desse
fenômeno, apresentadas na segunda metade do século XVII e início
do século XVIII.
Temática: História da Natureza da Luz

Ordem: 06
Título: À luz da ciência na educação infantil: desafiando a imaginação infantil
a desvendar fenômenos ópticos
Autores: Guilherme Frederico Marranghello - Universidade Federal do Pampa,
Campus Bagé; Márcia Maria Lucchese - Universidade Federal do
Pampa, Campus Bagé; Ângela Maria Hartmann - Universidade Federal
do Pampa, Campus Caçapava do Sul
Objetivo: Apresentar uma análise da visitação de crianças de 4 a 6 anos à
exposição à Luz da Ciência na Educação Infantil, promovida pela
Universidade Federal do Pampa, a partir de uma proposta de
divulgação e popularização da ciência sobre a temática Luz.
Temática: Fenômenos ópticos

Site: Caderno Brasileiro de Ensino de Física Quant./Ano: 3/2021

Ordem: 01
Título: As “observações sobre luz e cores” (1756) de thomas melvill (1723-
1756): tradução comentada
Autores: Breno Arsioli Moura - Centro de Ciências Naturais e Humanas,
Universidade Federal do ABC, Santo André, SP
Objetivo: Apresentar uma tradução comentada do ensaio “Observações sobre luz
e cores”, escrito por Thomas Melvill (1726-1753). Onde o texto é um
autêntico retrato da óptica nesse século, incorporando temas,
controvérsias e novas perspectivas de estudo decorrentes do legado de
Isaac Newton (1642-1727) na Grã-Bretanha.
Temática: Observações sobre luz e cores

Ordem: 02
Título: Aspectos sobre a visão humana em uma abordagem interdisciplinar no
ensino médio
39

Autores: André Luís Miranda de Barcellos Coelho - Secretaria de Estado de


Educação do Distrito Federal, Escola SEB Dínatos
Objetivo: Explorar a possibilidade de uma abordagem psicobiofísica no estudo
da visão humana em salas de aula de ensino médio, dentro do contexto
da disciplina de física. Uma abordagem que se vale de conhecimentos
das neurociências (relação entre processos bioquímicos e o
processamento visual), da biologia (sobretudo a teoria da evolução
biológica) e da física (interação luz-matéria).
Temática: Física da Visão

Ordem: 03
Título: Jugando con los polarizadores: una propuesta de un laboratorio
didáctico interdisciplinario sobre la luz polarizada
Autores: Fabrizio Logiurato - Università di Trento
Wendy Roxana Llive Carrillo - Universidad Regional Amazónica
Ikiam;
Rocio Cecibel Jimenez Paute - Universidad Regional Amazónica
Ikiam;
Enith Vanessa Yánez Ramirez - Universidad Regional Amazónica
Ikiam
Objetivo: Descrever alguns exemplos de atividades apresentadas no laboratório e
algumas novas ilustrações das propriedades da luz polarizada. Dar
explicações elementares de alguns fenômenos, muitas vezes difíceis de
encontrar em espanhol, com uma breve introdução histórica.
Temática: Luz Polarizada

Site: Caderno Brasileiro de Ensino de Física Quant./Ano: 2/2022

Ordem: 01
Título: O projeto “óptica com ciência”: da concepção à derradeira avaliação
Autores: André Luís Miranda de Barcellos Coelho - Secretaria de Estado de
Educação do Distrito Federal, Escola SEB Dínatos
Objetivo: Tratar do resultado de alguns anos de pesquisa, trabalho e formações
na área do ensino de ciências e educação científica do projeto “Óptica
Com Ciência” que foi um dos vencedores do Prêmio Educador Nota 10
edição 2020.
Temática: Óptica com ciência

Ordem: 02
Título: Estudo sobre a formação das cores na óptica: possibilidades a partir
das fontes documentais históricas
Autores: Alessandra Marques Ferreira dos Santos - Escola Técnica Estadual,
Osasco –SP; Márcia Helena Alvim - Universidade Federal do ABC
Objetivo: Investigar a contribuição da História das Ciências, com o uso de fontes
históricas diversas, como forma de ampliar a compreensão dos saberes
científicos e do desenvolvimento das Ciências.
Temática: Formação das cores na óptica
40

Fonte: Elaborado pelos autores (2023).

Tabela 1 – Classificação dos artigos por tópico de estudo e ano de publicação-Caderno


Brasileiro de Física

Total
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
2022
Tema / Ano
Natureza da Luz 1 2
Reflexão 1 1
Refração 1 1
Difração 1
Polarização 1 1 1
Óptica 1 1 1 4 1 1 1 1 1 2 14
Luz 1 1
Tratado da Luz 1
Espectro da Luz 1
Lentes convergentes 1
Luz como onda
eletromagnética 1
Espelhos 1 1 1 1
Efeito Fotoelétrico 2 1 1
Formação de Professores 1 1
Total 3 3 4 3 4 5 4 3 1 1 5 3 2 41
Fonte: Elaborado pelos autores (2023).

Gráfico 1 – Dados levantados no Caderno Brasileiro de Física entre os anos de 2010 a


2022

Caderno Brasileiro de Física


6
Formação de Professores Efeito Fotoelétrico
5
Espelhos Luz como onda eletro-
magnética
4
Lentes convergentes Espectro da Luz
3 Tratado da Luz Luz
Óptica Polarização
2 Difração Refração
Reflexão Natureza da Luz
1

0
12 01 5 01 8 02 1
20 2 2 2
Fonte: Elaborado pelos autores (2023).
41

Os artigos revisados do Caderno Brasileiro de Física abrangem os anos de 2010 a


2022, ao longo da revisão, percebemos uma maior quantidade de artigos dedicados à
experimentação de óptica, somando 14 artigos, de um total geral de 41, foram
identificados 14 temas. A óptica é uma área de conhecimento amplo, interligada à
ondulatória, efeito fotoelétrico, a quântica e até mesmo a mecânica. Nos anos de 2015 e
2020 houve o maior número de publicação de artigos, a óptica foi o tema mais trabalhado
em 2015 na revista.
Os anos que o Caderno de Física mais publicou artigos foram os anos de 2015 e
2020. Os anos com menor número de publicação foram os anos de 2018 e 2019. Entre
2018 e 2015, a temática “Espelhos” foi o único tema de artigos em publicação, sendo o
ano de 2019 o único ano onde não houve nenhum trabalho com esse tema. A temática
“formação de professores” aparece somente nos anos de 2011 e 2014.
Temas ligados a natureza da luz e espelhos obteve menor índice de publicações de
artigos, pois se baseavam em metodologias experimentais e análises de matérias lúdicos.
De modo geral, refração e reflexão são tópicos poucos abordados, apesar de apresentarem
um vasto campo de conhecimento.
As universidades presentes são diversificadas, inclui institutos federais de vários
estados do Brasil, como da Bahia, Rio de janeiro, Mato Grosso e Amazonas.

Quadro 2 – Classificação dos artigos na Revista Brasileira de Ensino de Física


Site: Revista Brasileira de Ensino de Física Quant./Ano: 4/2010

Ordem: 01
Título: CDS como lentes difrativas
Autores: Francisco Catelli - Universidade de Caxias do Sul, Brasil 
Helena Libardi
Objetivo: Desenvolver atividades didáticas que envolvem o uso de CDs como
redes de difração. Confeccionar espectroscópios simples e a projeção
de espectros para grandes audiências. Sugestão de um retroprojetor
como fonte de luz, munido de uma fenda circular.
Temática: Difração da Luz

Ordem: 02
Título: Pensamento transdisciplinar: uma abordagem para compreensão do
princípio da dualidade da luz
Autores: Paulo Fernando Lima Souza – Universidade Federal Rural de
Pernambuco, Departamento de Educação; Heloisa Flora Brasil
Nóbrega Bastos - Universidade Federal Rural de Pernambuco, Unidade
Acadêmica de Garanhuns; Ernande Barbosa da Costa - Universidade
Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Física; Romildo de
42

Albuquerque Nogueira - Universidade Federal Rural de Pernambuco,


Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal.
Objetivo: Investigar, numa turma de alunos de Licenciatura em Física, se o
Pensamento Transdisciplinar pode contribuir para a compreensão do
princípio da dualidade da luz.
Temática: Dualidade da Luz

Ordem: 03
Título: Fibra óptica plástico como um instrumento para a experimentação com o
pêndulo simples
Autores: Milan S Kovačević, Kragujevac - Faculty of Science, Department of
Physics, Serbia; Saša Simić, Kragujevac - Faculty of
Science, Department of Physics, Serbia
Objetivo: Apresentar experiência com fibra óptica de plástico para controlar o
movimento de um pêndulo simples. O sistema de monitoramento da
posição do pêndulo é baseado em curva perda de fibra óptica de
plástico, que depende do raio de curvatura. Como um dispositivo de
gravação de uma placa de som do PC foi usado.
Temática: Fibra óptica

Ordem: 04
Título: O princípio de huyghens, a óptica de fourier e a propagação de feixes de
laser
Autores: E Campos - Instituto Tecnológico de Aeronáutica, Brasil; T.J
Fernandes- Instituto Tecnológico de Aeronáutica, Brasil; N.A.S
Rodrigues - Instituto Tecnológico de Aeronáutica, Brasil. 
Objetivo: Apresentar uma abordagem que foi adotada para o ensino de óptica
física e de propagação de feixes de laser para alunos provenientes de
um Curso de Bacharelado em Matemática, no programa de Iniciação
Científica do Instituto de Estudos Avançados. Inicialmente é feita uma
apresentação fenomenológica do Princípio de Huyghens e de como o
tratamento matemático adequado deste princípio resulta nos conceitos
básicos da óptica de Fourier. 
Temática: Propagação de feixes de laser

Site: Revista Brasileira de Ensino de Física Quant./Ano: 1/2011

Ordem: 01
Título: Alguns aspectos da óptica do olho humano

Autores: Otaviano Helene – Departamento de Física Experimental, Instituto de


Física, Universidade de São Paulo, SP, Brasil.
André Frazão Helene – Departamento de Fisiologia, Instituto de
Biociências, Universidade de São Paulo, SP, Brasil.
Objetivo: Descrever alguns aspectos da óptica do olho humano adotando uma
abordagem progressiva.
43

Temática: Óptica do olho humano

Site: Revista Brasileira de Ensino de Física Quant./Ano: 4/2012

Ordem: 01
Título: Uma visualização do princípio de huygens-fresnel na obtenção de um
padrão de difração
Autores: Valmar Carneiro Barbosa - Instituto de Física, Universidade Federal
do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil; Ana Maria Senra
Breitschaft - Instituto de Física, Universidade Federal do Rio de
Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil; José Paulo Rodrigues Furtado de
Mendonça - Laboratório de Óptica Aplicada, Universidade Federal de
São João del-Rei, São João del-Rei, MG, Brasil; Leonardo Marmo
Moreira - Laboratório de Óptica Aplicada, Universidade Federal de
São João del-Rei, São João del-Rei, MG, Brasil; Pedro Claudio
Guaranho de Moraes - Laboratório de Óptica Aplicada, Universidade
Federal de São João del-Rei, São João del-Rei, MG, Brasil.
Objetivo: Utilizar a relação que fornece a irradiância devida à interferência de
fontes pontuais, mostrando por meio de gráficos como o princípio de
Huygens-Fresnel funciona quando é aplicado para determinar o padrão
de difração de Fraunhofer gerado por uma onda plana que incide
perpendicularmente em um anteparo que contém apenas uma fenda.
Temática: Princípio de Huygens-Fresnel

Ordem: 02
Título: Sistemas ópticos com dois espelhos
Autores: M.F. Ferreira da Silva - Departamento de Física, Universidade da
Beira Interior, Covilhã, Portugal.
Objetivo: Estudar vários sistemas ópticos formados por dois espelhos.
Temática: Óptica Geométrica-espelhos

Ordem: 03
Título: Solução do problema da difração na abertura circular
Autores: Mauro Lucio Lobão Iannini1 - Centro Federal de Educação
Tecnológica de Minas Gerais, Divinópolis, MG, Brasil
Objetivo: Apresentar uma formulação alternativa para o problema de encontrar a
intensidade das franjas de difração numa fenda simples e estende-la
para a difração na abertura circular. Em seguida, estudamos algumas
propriedades das funções de Bessel com o objetivo de compreender a
solução da equação para o caso circular.
Temática: Óptica física-difração

Ordem: 04
Título: Atividades experimentais no ensino de óptica: uma revisão
Autores: Jair Lúcio Prados Ribeiro - Universidade de Brasília, Instituto de
Física.
44

Maria de Fátima da Silva Verdeaux - Universidade de Brasília,


Instituto de Física.
Objetivo: Apresentar uma revisão de artigos que tratam sobre a experimentação
no ensino de óptica, entre 1998 e 2010. Os artigos revisados foram
publicados nos seguintes periódicos: Caderno Brasileiro de Ensino de
Física, Revista Brasileira de Ensino de Física e Física na Escola.
Fornece um panorama atualizado da pesquisa na área de
experimentação em óptica, dividida e classificada por temas: natureza
da luz, reflexão, refração, difração, polarização, interferência e
espalhamento. Enfatizar também a necessidade de produção de
revisões semelhantes em outras áreas temáticas
Temática: Experimento de Óptica-Revisão de artigos entre 1998 e 2010.

Site: Revista Brasileira de Ensino de Física Quant./Ano: 1/2013

Ordem: 01
Título: Princípios da óptica geométrica e suas exceções
Autores: Roberto de Andrade Martins - Universidade Estadual da Paraíba,
Campina Grande, Departamento de Física, Centro de Ciências e
Tecnologia; Ana Paula Bispo da Silva - Universidade Estadual da
Paraíba, Campina Grande, Departamento de Física, Centro de Ciências
e Tecnologia.

Objetivo: Apresentar um histórico do princípio de Heron e de suas críticas no


período moderno, discutindo os limites de validade desse princípio.
Temática: História da óptica-Principio de Heron

Site: Revista Brasileira de Ensino de Física Quant./Ano: 2/2014

Ordem: 01
Título: O experimento da dupla fenda com luz do ponto de vista da soma de
múltiplos caminhos de Feynman
Autores: María de los Ángeles Fanaro - Universidad Nacional del Centro de la
Provincia de Buenos Aires, Facultad de Ciencias Exactas, Núcleo de
Investigación en Educación en Ciencia y Tecnología, Argentina;
Marcelo Arlego - Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y
Técnicas, Argentina; Maria Rita Otero - Universidad Nacional de La
Plata, Instituto de Física, Argentina.
Objetivo: Apresentar uma análise da experiência de fenda dupla com luz,
utilizando conceitos do método de "Soma de vários caminhos" da
formulação de Feynman da mecânica quântica. São analisadas as
vantagens desta formulação para o ensino no nível médio de aspectos
básicos da mecânica quântica.
Temática: Experiência da Dupla Fenda

Ordem: 02
Título: Isaac Newton e a dupla refração da luz
45

Autores: Breno Arsioli Moura - Universidade Federal do ABC, Santo André,


SP, Centro de Ciências Naturais e Humanas.
Objetivo: Apresentar uma abordagem histórica sobre a dupla refração da luz,
especialmente sobre as ideias de Isaac Newton. Discutir os estudos de
Erasmus Bartholinus, que descobriu o fenômeno e o descreveu em
1669, e de Christiaan Huygens, que elaborou um modelo explicativo
baseado em uma concepção vibracional para a luz em seu Tratado
sobre a luz (1690). Analisar em detalhes o conceito de lados da luz
elaborado por Newton para explicar o fenômeno, descrito nas
"Questões" de seu Óptica (1704). Também, delinear outros elementos
da óptica newtoniana ainda desconhecidos por acadêmicos e
educadores.
Temática: Abordagem histórica sobre a dupla refração da luz

Site: Revista Brasileira de Ensino de Física Quant./Ano: 9/2015

Ordem: 01
Título: Alguns aspectos da Óptica quântica usando campos luminosos em modos
viajantes
Autores: C. Valverde - Campus Henrique Santillo, Universidade Estadual de
Goiás, Anápolis, GO, Brasil - Universidade Paulista, Goiânia, GO,
Brasil
A.N. Castro - Campus Henrique Santillo, Universidade Estadual de
Goiás, Anápolis, GO, Brasil - Universidade Paulista, Goiânia, GO,
Brasil
E.P. Santos - Campus Henrique Santillo, Universidade Estadual de
Goiás, Anápolis, GO, Brasil; B. Baseia - Instituto de Física,
Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO, Brasil 
Objetivo: Descrever o campo luminoso na óptica quântica fosse genérico,
durante bom tempo ele era referido predominantemente a modos
ópticos aprisionados em cavidades. Resultados importantes foram
obtidos nesse cenário. Mas, em vista da dificuldade prática no uso
desse campo, trazida pelos deletérios efeitos de descoerência sobre
estados aprisionados, muitos físicos da área passaram a focalizar com
maior ênfase o tratamento em modos viajantes. Neste breve relato
tratamos o caso da engenharia de estados não clássicos da luz para
mostrar alguns detalhes das aplicações nesse cenário. Aqui a interação
“campo aprisionado-átomo” dá lugar à interação “campo viajante-
separador de feixes ópticos”.
Temática: Óptica quântica

Ordem: 02
Título: Padrão de difração de um conjunto de n fendas não simétricas e de larguras
arbitrárias
Autores: Daniel M. Reis - Departamento de Física, Universidade Estadual de
Feira de Santana, Feira de Santana, BA, Brasil; Edson M. Santos -
Departamento de Física, Universidade Estadual de Feira de Santana,
46

Feira de Santana, BA, Brasil; A.V. Andrade Neto - Departamento de


Física, Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana,
BA, Brasil.

Objetivo: Investigar o padrão de difração no regime de Fresnel (campo próximo)


e de Fraunhofer (campo distante) para um conjunto de n fendas não
simétricas e de larguras diferentes. Partindo da fórmula de difração de
Fresnel-Kirchhoff conseguimos obter uma expressão para a
intensidade da onda difratada por um conjunto de n fendas de
tamanhos arbitrários onde é possível observar a transição do regime de
Fresnel para o regime de Fraunhofer.
Temática: Difração

Ordem: 03
Título: Formalismo óptico matricial e aplicações
Autores: F.A. Callegari - Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais
Aplicadas, Universidade Federal do ABC, Santo André, SP, Brasil 
A.A. Freschi - Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais
Aplicadas, Universidade Federal do ABC, Santo André, SP, Brasil
Objetivo: Formalizar a óptica matricial e desenvolver a partir da aplicação da lei
de Snell para descrever a refração de raios óticos numa superfície
esférica. A seguir, dito formalismo é aplicado para achar e justificar
parâmetros típicos e expressões como distância focal, condição de
imagem e aumento lateral para o caso de uma lente esférica fina imersa
em ar. Além disso, é estudado o caso de uma lente esférica fina imersa
em dois meios ópticos com índices de refração diferentes e
encontrados os parâmetros e expressões correspondentes para este
caso.
Temática: Óptica matricial

Ordem: 04
Título: Uma concisa abordagem histórica e conceitual da luz e de algumas de suas
aplicações: apresentação de artigos convidados na edição comemorativa do
ano internacional da luz
Autores: Nelson Studart - Universidade Federal de São Carlos, Universidade
Federal de São Carlos, São Carlos, SP, Brasil.
Objetivo: Apresentar aos leitores uma abordagem histórica e conceitual da
concepção da luz desde as ideias de Newton e contemporâneos até a
concepção atual construída a partir de ideias brilhantes e experimentos
sofisticados, realizados em vários laboratórios, que permitem a
manipulação e controle de fótons individuais. Uma breve discussão
sobre algumas de suas aplicações.
Temática: Concepção da Luz

Ordem: 05
Título: As pesquisas de newton sobre a luz: uma visão histórica
Autores: Roberto de Andrade Martins - Instituto de Física de São Carlos,
47

Universidade de São Paulo, São Carlos, SP, Brasil; Programa de Pós-


Graduação em Ciência, Tecnologia e Sociedade, Universidade Federal
de São Carlos, São Carlos, SP, Brasil.
Objetivo: Apresentar uma visão histórica geral sobre o desenvolvimento dos
trabalhos de Isaac Newton a respeito da óptica, desde suas primeiras
investigações em 1664 até o final de sua vida, quando publicou as
várias edições de seu livro Opticks.
Temática: histórica geral sobre o desenvolvimento dos trabalhos de Isaac Newton
a respeito da óptica.

Ordem: 06
Título: Thomas Young e o resgate da teoria ondulatória da luz: uma tradução
comentada de sua teoria sobre luz e cores
Autores: Breno Arsioli Moura - Centro de Ciências Naturais e Humanas,
Universidade Federal do ABC, Santo André, SP, Brasil.
Sergio Luiz Bragatto Boss - Centro de Formação de Professores,
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Amargosa, BA, Brasil.
Objetivo: Discutir a contribuição de Young para o desenvolvimento da teoria
ondulatória da luz e, por outro, oferecer subsídios para promover
discussões sobre a natureza do conhecimento científico em ambientes
de ensino e aprendizagem de ciências.
Temática: Teoria ondulatória da Luz.

Ordem: 07
Título: Uma nova luz sobre o conceito de fóton: para além de imagens
esquizofrênicas
Autores: Indianara Silva - Departamento de Física, Universidade Estadual de
Feira de Santana, Feira de Santana, BA, Brasil.
Objetivo: Celebrar o ano Internacional da Luz contando uma história sobre o
conceito de fóton ao longo do Século XX. Revelar os caminhos que
levaram a um conceito de fóton mais sofisticado, passando pelo efeito
HBT, os estados coerentes de Glauber, e os experimentos que
trouxeram à tona a natureza quântica da luz.
Temática: Natureza quântica da luz.

Ordem: 08
Título: Os quanta de luz e a ótica quântica
Autores: Luiz Davidovich - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de
Janeiro, RJ, Brasil.
Objetivo: Apresentar um panorama sobre a “teoria da luz”, a partir da proposta
de Planck de 1900, até os temas atuais de emaranhamento de fótons e
informação quântica. Discutir a radiação do corpo negro, a lei de
Planck e a teoria da emissão induzida, o maser e o laser, e a revolução
conceitual da ótica quântica.
Temática: Ótica quântica
48

Ordem: 09
Título: Discutindo a natureza ondulatória da luz e o modelo da óptica geométrica
através de uma atividade experimental de baixo custo
Autores: L.A. Souza - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do
Estado do Rio de Janeiro, Volta Redonda, RJ, Brasil.
L. da Silva - Instituto de Ciências Exatas, Universidade Federal
Fluminense, Volta Redonda, RJ, Brasil.
J.A.O. Huguenin - Instituto de Ciências Exatas, Universidade Federal
Fluminense, Volta Redonda, RJ, Brasil.
Programa de Pós-Graduação em Física, Instituto de Física,
Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brasil.
W.F. Balthazar - Programa de Pós-Graduação em Física, Instituto de
Física, Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brasil.
Objetivo: Apresentar ao ensino de óptica no nível médio a óptica geométrica.
Propor um experimento simples e de baixo custo para discutir a
natureza ondulatória da luz e o limite em que a óptica geométrica é
válida. A proposta constitui também um dispositivo para realização de
medidas de objetos cuja dimensão seja da ordem do comprimento de
onda da luz.
Temática: Óptica Geométrica-experimento

Site: Revista Brasileira de Ensino de Física Quant./Ano: 2/2016

Ordem: 01
Título: Geração de imagens animadas gif com o mathematica®: simulações
didáticas de ondas eletromagnéticas e polarização da luz
Autores: Maria Aparecida da Conceição dos Santos - Universidade Estadual de
Maringá, Maringá, PR, Brasil.
Marinez Meneghello Passos - Universidade Estadual de Londrina,
Londrina, PR, Brasil; Sergio de Mello Arruda - Universidade Estadual
de Londrina, Londrina, PR, Brasil; Ronaldo Celso Viscovini -
Universidade Estadual de Maringá, Maringá, PR, Brasil.
Objetivo: Apresentar o uso do Mathematica® para a produção de imagens
animadas para simular ondas eletromagnéticas propagando,
atravessando polarizadores e meios opticamente ativos.
Temática: Experimento virtuais-uso de aplicativo Mathematica®

Ordem: 02
Título: Disco de Newton com led’s
Autores: M V Silveira - Instituto de Física, Universidade Federal do Rio de
Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil; R B Barthem - Instituto de Física,
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Objetivo: Construir um disco, como o de Newton, no qual podemos compor
através de LEDs coloridos não apenas a cor branca, como também a
amarela, a ciano e a magenta. Dessa vez, as cores são geradas através
da síntese aditiva com base na teoria tricromática de Young-
Helmholtz.
Temática: Disco de Newton
49

Site: Revista Brasileira de Ensino de Física Quant./Ano: 1/2017

Ordem: 01
Título: Refração luminosa em recipientes preenchidos parcialmente com água:
análise de problemas e proposta experimental
Autores: M. A. V. Macedo Junior - Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Rio de Janeiro, Campus Duque de Caxias, Avenida
República do Paraguai, 120; CEP 25.050-100, Duque de Caxias, RJ,
Brasil
V. L. B. de Jesus - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
do Rio de Janeiro, Campus Nilópolis, Rua Lúcio Tavares, 1045; CEP
26.530-060, Nilópolis, RJ, Brasil
Objetivo: Discutir a abordagem utilizada por alguns livros didáticos de física de
nível médio sobre o fenômeno da refração luminosa. Caracterizar os
livros didáticos dentro de um conjunto de critérios estabelecidos,
apresentar também uma proposta experimental com o intuito de
aprofundar a discussão acerca do tema. Usando a lei de Snell-
Descartes, mostrar medidas relacionadas às posições das imagens
formadas a partir de um canudo parcialmente imerso em diferentes
níveis de água para dois tipos de recipientes: um de base circular e
outro retangular.
Temática: Fenômeno da refração da luz.

Site: Revista Brasileira de Ensino de Física Quant./Ano: 3/2018

Ordem: 01
Título: Formação de imagens na óptica geométrica por meio do método gráfico de
Pierre Lucie
Autores: Fábio F. Barroso - Instituto de Ciências Exatas, Programa de Pós-
Graduação em Ensino de Física, Universidade Federal Fluminense,
Polo de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ, Brasil; Silvânia A.
Carvalho - Departamento de Matemática, Física e Computação,
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Campus de Resende,
Resende, RJ, Brasil; José A. O. Huguenin - Instituto de Ciências
Exatas, Universidade Federal Fluminense, Campus de Volta Redonda,
Volta Redonda, RJ Brasil; Alexandre C. Tort - Instituto de Física,
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Objetivo: Resgatar e modernizar o método gráfico de Pierre Lucie (1917 – 1985)
para o estudo de formação de imagens a partir de lentes delgadas, no
contexto de óptica geométrica. Associamos a este método o uso de
Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) por meio do
simulador PhET - Simulações Interativas, para visualização da
formação de imagens e obtenção de pontos conjugados, bem como o
uso do software GeoGebra para analisar os dados e chegar à equação
de Gauss. Tendo por base a Teoria de Aprendizagem significativa de
Ausubel, uma sequência didática para ensino de formação de imagens
por lentes delgadas foi elaborada e aplicada em turmas do ensino
50

médio. Os resultados da aplicação são também apresentados neste


trabalho e indicam que o uso de TIC associada ao método gráfico de
Pierre Lucie pode ser potencialmente significativo.

Temática: Tecnologias de informação e comunicação

Ordem: 02
Título: Um iluminador de baixo custo para a realização de experimentos de óptica
geométrica
Autores: Gerson Kniphoff da Cruz - Universidade Estadual de Ponta Grossa,
Departamento de Física, Ponta Grossa, PR, Brasil; Marcos Aurélio
Viatroski - Universidade Estadual de Ponta Grossa, Departamento de
Física, Ponta Grossa, PR, Brasil; Maria Eugênia Meyer Levy –
Universidade Estadual de Ponta Grossa, Departamento de Física, Ponta
Grossa, PR, Brasil; Franciele Nunes de Siqueira - Universidade
Estadual de Ponta Grossa, Departamento de Física, Ponta Grossa, PR,
Brasil; Sergio Leonardo Gomez - Universidade Estadual de Ponta
Grossa, Departamento de Física, Ponta Grossa, PR, Brasil; Cláudia
Bonardi - Universidade Estadual de Ponta Grossa, Departamento de
Física, Ponta Grossa, PR, Brasil.
Objetivo: Descrever um iluminador de LEDs de baixo custo que apresenta uma
alta performance quando comparado com os iluminadores comerciais
para o estudo de lentes esféricas. Associando-se ao iluminador a lente
de uma lupa, que pode ser adquirida em loja de materiais de escritório,
é possível a conceituação completa da óptica geométrica de lentes
esféricas. Apresentar e discutir exemplos de aplicações do iluminador.
Temática: Experimentos básicos e fundamentais da óptica geométrica de lentes
esféricas

Ordem: 03
Título: A luz e suas tecnologias: um estudo da Física
Autores: Alexandre Tort - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de
Física, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Objetivo: Fazer um estudo da física em uma coletânea de artigos sobre a luz e
suas interações com a matéria organizada. As contribuições que fazem
parte da coletânea são divididas em duas partes distintas: a primeira
parte com um número maior de contribuições do que a segunda, tem
como foco alguns aspectos do desenvolvimento histórico relativos ao
nascimento da física moderna, principalmente ao papel de Albert
Einstein (1879–1955), sem sombra de dúvida, o físico mais importante
do século passado e um dos grandes de todos os tempos. A segunda
parte é dedicada às aplicações tecnológicas modernas como a fotônica
não-linear e pinças óticas e aos estranhos efeitos provocados pelos
jogos de luz e sombra gerados pela luz do Sol ao incidir sobre
obstáculos.
Temática: Estudo da física sobre a luz
51

Site: Revista Brasileira de Ensino de Física Quant./Ano: 4/2019

Ordem: 01
Título: Estudo teórico de transição quântica de fases em gases bosônicos
aprisionados por redes ópticas periódica e quase periódica
Autores: Renan Pereira Paes - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul,
Instituto de Física, Programa de Pós-Graduação em Ciência dos
Materiais, Campo Grande, MS, Brasil; Valter Aragão do Nascimento -
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Faculdade de Medicina,
Programa de Pós-Graduação em Saúde e Desenvolvimento na Região
Centro-Oeste, Campo Grande, MS, Brasil.
Objetivo: Estudar qualitativamente as propriedades microscópicas de um
condensado bosônico em uma rede óptica periódica através do modelo
homogêneo de Bose-Hubbard, e em uma rede quase periódica, através
do modelo não homogêneo de Bose-Hubbard. Ambos os modelos são
resolvidos analiticamente através da Aproximação de Campo Médio.
Enfatizamos o aspecto didático do estudo com riqueza descritiva de
detalhes no aspecto matemático.
Temática: Rede Óptica

Ordem: 02
Título: Uma análise da difração de elétrons por um fio delgado de comprimento
variado com e sem efeitos de fase Aharonov-Bohm
Autores: Denise Assafrão - Universidade Federal do Espírito Santo, Centro de
Ciências Exatas, Departamento de Física, 29075-910, Vitória, ES,
Brasil.
Cássio C. Favarato - Universidade Federal do Espírito Santo, Centro
de Ciências Exatas, Departamento de Física, 29075-910, Vitória, ES,
Brasil.
Sergio V. B. Gonçalves - Universidade Federal do Espírito Santo,
Centro de Ciências Exatas, Departamento de Física, 29075-910,
Vitória, ES, Brasil.
Objetivo: Estudar o fenômeno da difração de ondas eletromagnéticas por
sistemas de fendas simples e dupla via teoria escalar da difração e a
integral de Kirchoff. De maneira alternativa, analisamos aqui nesse
trabalho os padrões de difração de elétrons por uma barreira ou fio
delgado de comprimento variado, com e sem efeito de fase Aharonov-
Bohm, via integrais de caminho de Feynman. Observar o gradativo
surgimento e a predominância dos diferentes domínios da óptica, a
física e a geométrica, na região imediatamente anterior ao obstáculo,
nos levando a um comportamento complementar ao observado na
difração por fenda simples, em particular, quando o obstáculo se torna
muito maior que o comprimento de onda.
Temática: Fenômeno da Difração de ondas eletromagnéticas.

Ordem: 03
Título: Uma análise de experimentos de corpos em movimento no éter sob a
52

perspectiva da teoria ondulatória da luz de Fresnel


Autores: Roberto dos Santos Menezes Júnior - Instituto Federal de Educação
Ciência e Tecnologia da Bahia, Departamento de Física, Rua Emídio
Santos, Barbalho, Salvador, BA, Brasil.
Fernando Santos Lordêlo - Instituto Federal de Educação Ciência e
Tecnologia da Bahia, Departamento de Física, Rua Emídio Santos,
Barbalho, Salvador, BA, Brasil.
Objetivo: Estudar a teoria ondulatória da luz de Fresnel, longe de ser uma mera
especulação teórica, gozava no século XIX de reconhecimento pela
comunidade científica. Mostrar como a teoria ondulatória de Fresnel é
capaz de explicar observações experimentais conhecidos à sua época,
são elas: a aberração da luz, o prisma e o espelho em movimento no
éter, o experimento de Fizeau.
Temática: Teoria ondulatória da luz de Fresnel.

Ordem: 04
Título: Espectroscopia óptica de baixo custo: uma estratégia para a introdução de
conceitos de física quântica no ensino médio
Autores: Aissa L. Azevedo - Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia de Brasília, DF, Brasil; Anderson K.S. Sousa - Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília, DF, Brasil;
Tiago J. Castro - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
de Brasília, DF, Brasil.
Objetivo: Reportar a confecção e discutir a aplicabilidade de um espectrômetro
óptico de baixo custo como recurso didático para a introdução de
conceitos de Física Quântica no ensino médio. Propor também uma
atividade experimental com base na fotoexcitação de LEDs para tratar
da relação entre energia do fóton e seu comprimento de onda. Além
disso, mostrar que o protótipo pode ser satisfatoriamente empregado
para a obtenção de espectros de absorção, os quais podem ser usados
como elemento motivador para o estudo da interação entre radiação e
matéria. Por fim, à luz dos resultados encontrados, discutir a aplicação
da espectroscopia óptica como uma estratégia para atender às diretrizes
dos Parâmetros Curriculares Nacionais brasileiros quanto à inserção da
Física Quântica na educação básica.
Temática: Experimentos de baixo custo-espectrômetro óptico.

Site: Revista Brasileira de Ensino de Física Quant./Ano: 5/2020

Ordem: 01
Título: Medindo os parâmetros de Stokes: uma nova prática para ensino de óptica
Autores: R. L. S. Lima - Universidade Federal do Pará, Faculdade de Física,
Instituto de Ciências Exatas e Naturais, Belém, PA, Brasil; E. S. Silva -
Universidade Federal do Pará, Faculdade de Física, Instituto de
Ciências Exatas e Naturais, Belém, PA, Brasil; A. G. Rodrigues -
Universidade Federal do Pará, Instituto de Tecnologia, Belém, PA,
Brasil; P. T. Araujo - University of Alabama, Department of Physics
and Astronomy, Tuscaloosa, Alabama, United States; N. M. Barbosa
53

Neto - Universidade Federal do Pará, Faculdade de Física, Instituto de


Ciências Exatas e Naturais, Belém, PA, Brasil.
Objetivo: Mostrar e apresentar a implementação de uma prática de laboratório
utilizada para investigar os parâmetros de Stokes através da análise do
comportamento da luz polarizada transmitida por elementos ópticos
polarizantes.
Temática: Experimentação do comportamento da luz polarizada.

Ordem: 02
Título: Experimento de difração luminosa utilizando coleta de dados totalmente
automatizada por Arduino
Autores: Tiago Destéffani Admiral - Instituto Federal Fluminense, Campos dos
Goytacazes, RJ, Brasil, Universidade Estadual do Norte Fluminense,
Campos dos Goytacazes, RJ, Brasil
Objetivo: Observar que sistematicamente os erros relacionados às medidas se
concentravam nas medidas entre as franjas de difração. Essas medidas
são sempre suscetíveis à sensibilidade do olho humano, exigindo certa
experiência e cuidado. A alternativa metodológica experimental e de
baixo custo, para realizar o experimento de difração automatizado com
Arduino, metodologia esta que nos permitirá não apenas calcular a
espessura de um fio de cabelo, com erro estimado de 3%, como
também visualizar graficamente a distribuição de intensidade luminosa
por meio de gráficos ao longo de todo espectro de difração, algo
impossível sem o recurso utilizado.
Temática: Experimento de Young

Ordem: 03
Título: Armadilhas ópticas de dipolo: teoria e experimento de forma didática
Autores: Naomy Duarte Gomes - Universidade de São Paulo, Instituto de Física
de São Carlos, São Carlos, SP, Brasil; Barbara da Fonseca Magnani -
Universidade de São Paulo, Instituto de Física de São Carlos, São
Carlos, SP, Brasil; Luiz Gustavo Marcassa - Universidade de São
Paulo, Instituto de Física de São Carlos, São Carlos, SP, Brasil.
Objetivo: Experimentar Armadilhas ópticas de dipolo como sugestão a partir do
que hoje conhecemos por pinças ópticas. Realizar o passo-a-passo e
didaticamente, a construção teórica da armadilha de dipolo e de um de
seus dois possíveis regimes, o regime quase-eletrostático (QUEST).
Apresentar uma possibilidade de montagem experimental, enfatizando
as vantagens da armadilha óptica de dipolo no regime QUEST.
Temática: Armadilha óptica de dipolo: atividade experimental.

Ordem: 04
Título: Proposta de atividade didática teórica e experimental de telescópios
refratores e suas aplicações
Autores: L. F. G. Dib - Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza
(CEETEPS) Unidade de Pós-Graduação, Extensão e Pesquisa, São
Paulo, SP, Brasil; E. A. Barbosa - Centro Estadual de Educação
54

Tecnológica Paula Souza (CEETEPS) Unidade de Pós-Graduação,


Extensão e Pesquisa, São Paulo, SP, Brasil.
F. T. Degasperi - Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula
Souza (CEETEPS) Unidade de Pós-Graduação, Extensão e Pesquisa,
São Paulo, SP, Brasil. 
Objetivo: Propor uma atividade didática para o estudo teórico e experimental do
princípio de funcionamento do telescópio refrator é proposta para
cursos de graduação em física, tecnologia e engenharia. Utilizar o
formalismo matricial para determinar as propriedades do telescópio,
como a distância entre as lentes e a magnificação, em função dos
comprimentos focais das lentes objetiva e ocular e da distância objeto-
telescópio. Na parte experimental, montar um arranjo com o telescópio
em si e um olho artificial, composto de uma lente positiva como
cristalino e um anteparo plano como retina.
Temática: Óptica matricial

Ordem: 05
Título: Interferência da luz: uma correlação entre o experimento de Young e a
litografia interferométrica
Autores: J. W. Menezes - Universidade Federal do Pampa, Campus Alegrete,
RS, Brasil; C. Valsecchi - Universidade Federal do Pampa, Campus
Alegrete, RS, Brasil.
Objetivo: Relacionar o experimento de Young com uma técnica experimental de
fabricação de estruturas periódicas conhecida como litografia
interferométrica de dois feixes. O estudo possibilita ampliar a
discussão da interferência luminosa, particularmente o uso deste
fenômeno em aplicações tecnológicas.
Temática: Interferência da luz.

Site: Revista Brasileira de Ensino de Física Quant./Ano: 4/2021

Ordem: 01
Título: O radiômetro de Crookes é um cata-luz
Autores: José Joaquín Lunazzi - Universidade Estadual de Campinas, Instituto
de Física, Campinas, SP, Brasil.
Antonio Marcos de Souza - Universidade Estadual de Campinas,
Instituto de Física, Campinas, SP, Brasil.
Objetivo: Estudar as práticas experimentais mais importantes do século XIX está
um que liga o eletromagnetismo com a mecânica de forma direta.
Fazer um recenso das dúvidas que acontecem, em nível de escola,
graduação e pós-graduação. Mostrar a influência do atrito por meio de
um experimento simples.

Temática: Experimentos didáticos

Ordem: 02
Título: Lei da reflexão, lei de Snell e efeito Goos-hänchen: abordagem via modelo
55

corpuscular da luz
Autores: A. V. Andrade-Neto - Universidade Estadual de Feira de Santana,
Departamento de Física, Feira de Santana, BA, Brasil; Davy Dias
Andrade - Universidade Estadual de Feira de Santana, Departamento
de Física, Feira de Santana, BA, Brasil.
Objetivo: Usar as leis de conservação de energia e momento linear no contexto
do modelo corpuscular da luz de Einstein para obter as leis de reflexão
e refração da óptica geométrica.
Temática: Lei da reflexão

Ordem: 03
Título: Índices de refração não convencionais – uma breve introdução à simetria
PT
Autores: Cícero Julião - Instituto Federal de Alagoas, Murici, AL, Brasil.
S.S. de Albuquerque - Universidade Federal de Alagoas, Arapiraca,
AL, Brasil.
Objetivo: Facilitar a modelagem matemática de fenômenos em algumas áreas da
física. Em óptica, índices de refração podem ser modulados para
revelar comportamentos não convencionais, como invisibilidade
unidirecional e refração assimétrica. Em mecânica quântica,
hamiltonianos com potenciais complexos apresentando a condição de
simetria sob inversão espacial e temporal podem ter todo o espectro de
energia real. Essa condição de simetria é conhecida como simetria PT
(simetria paridade-reversão temporal). Simetria PT pode ser
empregada em óptica para o desenvolvimento de materiais com índices
de refração complexos e novos fenômenos ópticos.
Temática: Índice de refração

Ordem: 04
Título: Moldando a luz: a física por trás dos feixes ópticos
Autores: J. P. Amaral – Escola de Ensino Médio Prefeito Antônio Conserva
Feitosa, Juazeiro do Norte, CE, Brasil.
C. H. M. Lima - Universidade Federal do Acre, 22290-180, Rio
Branco, AC, Brasil.
Objetivo: Mostrar a natureza dos feixes ópticos respeitando o marco histórico de
cada feixe e descrevendo matematicamente suas características,
iniciando com feixes gaussianos passando por modos Hermite-Gauss,
Laguerre-Gauss em seguida terminamos com feixes Bessel.
Temática: Natureza dos feixes ópticos

Site: Revista Brasileira de Ensino de Física Quant./Ano: 2/2022

Ordem: 01
Título: Experimento de baixo custo para o ensino de física óptica: o caso da lei de
Malus
Autores: Gustavo Henrique de França - Universidade Federal de São Carlos,
56

Departamento de Física, Química e Matemática, Sorocaba, SP, Brasil;


Johnny Vilcarromero Lopez - Universidade Federal de São Carlos,
Departamento de Física, Química e Matemática, Sorocaba, SP, Brasil.
Objetivo: Apresentar e realizar experimentos de baixo custo utilizando apenas
objetos do cotidiano para a verificação da propriedade de polarização
da luz. O objetivo é facilitar a prática da experimentação no processo
de ensino de ciências em um contexto de baixo investimento em
infraestrutura escolar pública ou até mesmo de ensino remoto
emergencial. Com materiais presentes em dispositivos eletrônicos em
desuso e a utilização de aplicativos e softwares gratuitos, o presente
artigo mostra que é possível verificar a Lei de Malus – que relaciona o
ângulo entre um polarizador e a direção de polarização de uma luz
incidente e a intensidade da luz transmitida. Esse experimento permite
uma abordagem prática do conteúdo de óptica do ensino básico, além
de viabilizar o estudo do funcionamento e utilização de dispositivos e
aplicativos digitais.
Temática: Materiais de baixo custo- Propriedade de polarização da luz

Ordem: 02
Título: Experimentos portáteis para a aprendizagem das leis da óptica geométrica
com metodologia Isle
Autores: A. Tavares - Instituto Federal do Rio grande do Norte, Diretoria de
Ciências, Campus Central, Tirol, Natal, RN, Brasil; A. Silva - Fractal
Experimentos, Capim Macio, Natal, RN, Brasil; C. Chesman - Fractal
Experimentos, Capim Macio, Natal, RN, Brasil. Universidade Federal
do Rio Grande do Norte, Departamento de Física, 59078-970, Natal,
RN, Brasil.
Objetivo: Socializar-se-ão a idealização e a construção de experimentos portáteis
planejados para alargar a aprendizagem no campo das Ciências da
Natureza. Descrever-se-á detalhadamente uma sequência didática para
a aplicação do Experimento Portátil (ExP) sobre as leis da óptica
geométrica, desenvolvida a partir de orientações psicopedagógicas de
Freire, Vygostky, Ausubel e Moreira. Os experimentos portáteis foram
produzidos a partir de pesquisa relacionada com os estudos da
metodologia para o ensino de física recorrendo à metodologia ISLE.
Tais produtos podem ser montados e manuseados na sala de aula, em
aulas presenciais ou online, se constituindo em experimentos
pedagógicos que podem auxiliar assertivamente professores de
ciências e de matemática no contexto do ensino remoto, motivado pela
pandemia da COVID-19. Esta nova ferramenta se afirmou como uma
solução assertiva para o ensino de ciências e de matemática
experimental no período da pandemia, contexto em que as aulas
remotas ou gravadas se constituíram na alternativa possível para
mitigar aglomerações, principalmente, porque a partir da mediação do
produto pedagógico, sobre as leis da óptica geométrica, as
aprendizagens se tornaram potentes, mesmo que os estudantes se
encontrassem distantes da infraestrutura laboratorial das instituições de
ensino que o adotaram no seu repertório metodológico.
Temática: Aprendizagem e experimento Portátil.
57

Fonte: Elaborado pelos autores (2023).

Tabela 2 – Classificação dos artigos por tópico de estudo e ano de publicação-Revista


Brasileira de Física

Total
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
2022
Tema / Ano
Natureza da luz 2 1 1 4
Reflexão 1 1
Refração 1 1 1 3
Difração 1 2 1 1 1 1 7
Interferência 1 1
Polarização 1 1 1 3
Óptica 1 1 1 1 2 1 1 1 9
Fibra óptica 1 1
Óptica do olho humano 1 2 3
Óptica quântica 1 1 2
Óptica matricial 1 1
Luz 1 1 2
Dualidade da luz 1 1 1 3
Espelhos 1 1
Total 4 1 4 1 2 9 2 1 3 4 5 3 2 41
Fonte: Elaborado pelos autores (2023).

Gráfico 2 – Dados levantados na Revista Brasileira de Física entre os anos de 2010 a


2022

Revista Brasileira de Física


10
9 Espelhos Dualidade da luz
8 Luz Óptica matricial
7 Óptica quântica Óptica do olho humano
6 Fibra óptica Óptica
5
Polarização Interferência
4
Difração Refração
3
Reflexão Natureza da luz
2
1
0
11 13 15 1 7 1 9 2 1
2 0 2 0 2 0 20 20 20
Fonte: Elaborado pelos autores (2023)

Diante do exposto, percebe-se que na Revista Brasileira de Ensino de Física


divulgado os principais conteúdos relacionados à Dualidade da luz com maior evolução,
mostrando os princípios de propagação de um raio de luz e a apresentação da velocidade
58

da luz no vácuo como uma permanente da natureza.


A tabela 2 apresenta a tabulação dos conteúdos abordados entre 2010 a 2022. A
análise foi feita através de uma seleção de conteúdos voltado para o campo da óptica.
Pode - se observar que o avanço das atividades experimentais está ganhando cada vez
mais espaço nas escolas públicas e privadas, visando uma aprendizagem significativa.
Entre os anos de 2010 a 2022, foram divulgados 9 artigos fomentando a óptica,
pois é um ramo da física que tem como objetivo o estudo da luz e está presente desde a
antiguidade – quando os fenômenos ópticos já eram observados e utilizados no cotidiano .
Enquanto entre os anos 2010 a 2020 houve 7 artigos divulgados sobre Difração, sendo o
segundo maior tema a ser publicado na Revista Brasileira de Ensino de Física. Isso porque
a Difração é um dos mais típicos dos fenômenos ondulatórios, que ocorre quando a luz
atravessa fendas ou se desvia de obstáculos de mesma ordem de grandeza do seu
comprimento de onda.
Entre 2015 a 2021, como mostra na tabela, foi o período com o maior número de
divulgação de artigos relacionados à Natureza da Luz, um total de 4 artigos. Dentre eles, o
primeiro capítulo de óptica é a introdução apesentada especialmente a natureza dual da
luz, seguida de propagação, polarização, refração, reflexão e interferência.
A tabela nos mostra um crescimento nítido na Óptica e Difração, esta análise nos
permite concluir que existe uma primazia, pois há um destaque significativo, em
comparação aos demais temas.
Quadro 3 – Classificação dos artigos na revista Física na Escola
Site: Física na Escola Quant./Ano: 1/2010

Ordem: 01
Título: Estereogramas e Óptica artística: ilusão de optica em sala de aula
Autores: Fabiana Cristina Nascimento - Departamento de Física, Universidade
Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, PR, Brasil; Carla Emília
Nascimento - Departamento de Artes Visuais, Universidade Estadual
de Ponta Grossa, Ponta Grossa, PR, Brasil.
Objetivo: Discutir e apresentar ideias para se trabalhar a ilusão de óptica em sala
de aula em diferentes disciplinas, como física, arte, matemática,
biologia, geometria e história. Dentre os diversos tipos de ilusão de
óptica é dado um maior enfoque nos estereogramas e na óptica
artística.
Temática: Ilusão de óptica em sala de aula

Site: Física na Escola Quant./Ano: 2/2011

Ordem: 01
59

Título: Enxergando no escuro: a física do inisivel


Autores: Daniel Neves Micha - Centro Federal de Educação Tecnológica Celso
Suckow da Fonseca, Petrópolis, RJ, Brasil; Instituto de Física,
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Reio de Janeiro, RJ, Brasil;
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Nanodispositivos
Semicondutores, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro,
Rio de Janeiro, RJ, Brasil; Germano Maioli Penello - Instituto de
Física, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Reio de Janeiro, RJ,
Brasil - Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de
Nanodispositivos Semicondutores, Pontifícia Universidade Católica do
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil; Rudy Massami Sakamoto
Kawabata - Departamento de Engenharia Elétrica, Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. -
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Nanodispositivos
Semicondutores, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro,
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Teo Camarotti - Departamento de Engenharia Elétrica, Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. -
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Nanodispositivos
Semicondutores, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro,
Rio de Janeiro, RJ, Brasil ; Guilherme Torelly - Departamento de
Engenharia Elétrica, Pontifícia Universidade Católica do Rio de
Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil - Instituto Nacional de Ciência e
Tecnologia de Nanodispositivos Semicondutores, Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil;
Patrícia Lustoza de Souza - Departamento de Engenharia Elétrica,
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ,
Brasil - Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de
Nanodispositivos Semicondutores, Pontifícia Universidade Católica do
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Objetivo: Apresentar técnicas de imageamento no infravermelho, que possibilita
ver no escuro e medir as temperaturas de um corpo ou de um ambiente.
Alguns experimentos são propostos com o objetivo de auxiliar a
visualização desse tipo de radiação, que está fora da faixa que
conseguimos enxergar, e, por isso, dizemos invisível.
Temática: Enxergando no escuro

Ordem: 02
Título: Ilusões de óptica: contrastes
Autores: Mara Fernanda Parisotto - Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
Porto Alegre, RS, Brasil; Thaís Rafaela Hilger - Universidade Federal
do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.
Objetivo: Apresentar ilusões de óptica envolvendo contraste, propor alternativas,
através de atividades experimentais de fácil confecção e custo
acessível e, por último, elaborar uma sugestão de atividade utilizando
ilusões para o ensino da óptica física. Apresentar também implicações
e curiosidades das ilusões de óptica no cotidiano. Trata-se de uma
proposta interdisciplinar que, facilitada pelas ilusões de óptica e
mediada pela ação do professor, relaciona teoria e prática, instigando a
60

curiosidade dos alunos e podendo facilitar a aprendizagem.


Temática: Ilusão de óptica

Site: Física na Escola Quant./Ano: 2/2012

Ordem: 01
Título: Material didático de baixo custo para laboratório de ensino: construção
de uma fonte para banco óptico
Autores: Elymar Souza de Oliveira - Centro de Formação de Professores,
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Amargosa, BA, Brasil;
Isaías dos Santos Lima - Centro de Formação de Professores,
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Amargosa, BA, Brasil;
Glênon Dutra - Centro de Formação de Professores, Universidade
Federal do Recôncavo da Bahia, Amargosa, BA, Brasil.
Objetivo: Descrever a construção de uma fonte de raios paralelos utilizando
como base materiais de baixo custo e fácil manuseio. A confecção
desse tipo de fonte muitas vezes requer a utilização de lâmpadas com
características bem definidas que dificultam ou aumentam os custos
para aqueles que desejam construir um banco óptico.
Temática: Atividades didáticas experimentais

Ordem: 02
Título: Experimento simples, explicação nem tanto! Reflexão e polarização
em óculos 3D
Autores: Jair Lúcio Prados Ribeiro, Programa de Pós-Graduação em Ensino de
Ciências, Universidade de Brasília, Brasília, DF, Brasil
Maria de Fátima da Silva Verdeaux, Instituto de Física, Universidade
de Brasília, Brasília, DF, Brasil.
Objetivo: Explicar o experimento que envolve o entendimento do conceito de
polarização circular. Um experimento simples pode ser conduzido com
o uso de um óculo polarizador, usado em exibições de filmes 3D.
Olhando-se no espelho enquanto usa esses óculos, o observador fecha
um dos olhos. Nesse caso, a lente que recobre o olho oposto (aberto)
parecerá negra, impedindo a visualização da imagem desse olho,
enquanto a imagem refletida do olho fechado continuará sendo
observada.
Temática: Reflexão e polarização em óculos 3D

Site: Física na Escola Quant./Ano: 4/2016

Ordem: 01
Título: Traçado da cáustica a partir de imagens do Google Maps: uma
atividade em óptica geométrica para o ensino médio
Autores: Jair Lúcio Prados Ribeiro - Programa de Pós-Graduação em Educação
em Ciências -Universidade de Brasília, Brasília, DF, Brasil.
Objetivo: Apresentar uma atividade prática para o traçado da curva cáustica por
estudantes de Ensino Médio, a partir do prolongamento das projeções
61

observadas nessas fotografias. A atividade permite estabelecer uma


conexão entre os princípios da óptica e a arquitetura, rara na literatura
acadêmica.
Temática: Óptica geométrica

Ordem: 02
Título: Visualizando a difração e interferência de ondas através do programa
Google Earth: discutindo história da ciência e a natureza da luz
Autores: Wagner Tadeu Jardim - IFSUDESTEMG, Juiz de Fora, MG, Brasil.
Objetivo: Apresentar uma proposta de ensino acerca da natureza da luz, a partir
da História e Filosofia da Ciência, discutindo as concepções
vibracionais e corpusculares atribuídas à luz do século XVII ao início
do XIX. Como suporte aos conceitos relacionados à Ondulatória,
utilizando o Software Google Earth, dentre outros recursos.
Temática: Difração e Interferência de ondas.

Ordem: 03
Título: Estudos das cores com o Arduino, Scratch e Tracker
Autores: Marisa Almeida Cavalcante - Grupo de Pesquisa em Ensino de Física,
Departamento de Física, Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo, São Paulo, SP, Brasil.
Anderson de Castro Teixeira - Departamento de Física, Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.
Mariana Balaton - Departamento de Física, Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.
Objetivo: Apresentar um experimento de espectroscopia didático de baixo custo
e fácil montagem para auxiliar o entendimento dos conceitos físicos
ligados à luz e às cores. Usar a plataforma livre Arduino, e linguagem
de programação “em blocos” Scratch for Arduino (S4A). Apresentar
links para acesso a vídeos aplicativos e a instalação de cada um dos
softwares, bem como tutoriais e atividades que permitam ao leitor
reproduzir o experimento.
Temática: Estudo das cores

Ordem: 04
Título: A projeção de sombras refletidas no espetáculo de dança de gravité:
relato de uma atividade didática
Autores: Jair Lúcio Prados Ribeiro - Programa de Pós-Graduação em Educação
em Ciências, Universidade de Brasília, Brasília, DF, Brasil.
Objetivo: Construir um aparato experimental simples, a partir de um espelho
plano, para emular alguns aspectos do espetáculo para alunos de
Ensino Médio. O espetáculo de dança contemporânea Gravité
apresenta o artista francês Fabrice Lambert se movimentando sobre
uma lâmina de água, com a projeção de sua sombra em uma tela
vertical no fundo do palco. Quando o artista se encontra deitado sobre
a água sua sombra era simples, mas quando ele se dispunha na vertical,
a sombra se apresentava dupla. Em um ambiente de laboratório
62

tradicional, esse experimento foi usado de forma demonstrativa, em


conjunto com um vídeo do espetáculo.
Temática: Projeção de Sombras

Site: Física na Escola Quant./Ano: 4/2017

Ordem: 01
Título: Espelhos, lentes e pintura: uma proposta de atividade baseada na obra
de David Hockney
Autores: Marlon C. Alcantara - Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais, Juiz de Fora, MG, Brasil e
Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Educação –
CEFET-RJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil; Marco Braga - Programa de
Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Educação – CEFET-RJ, Rio
de Janeiro, RJ, Brasil; Marcio F.S. Costa - Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais, Juiz de
Fora, MG, Brasil
Objetivo: Relatar uma atividade que teve o propósito de discutir como algumas
pinturas feitas entre os Séculos XV e XVII podem ter sido produzidas
com o auxílio de instrumentos óticos. Para tal, utilizazou-se como
fonte de inspiração a obra de David Hockney intitulada O
Conhecimento Secreto.
Temática: Espelhos e Lentes

Ordem: 02
Título: Ilusões de óptica geométrica nas aulas de física do nível médio:
aplicação e resultados.
Autores: David Henrique da Silva Araujo - Instituto de Física, Universidade
Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Leonardo Rodrigues de Jesus - Instituto de Física, Universidade
Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Almir Guedes dos Santos - Instituto Federal de Educação, Ciência e


Tecnologia do Rio de Janeiro, Nilópolis, RJ, Brasil Universidade de
São Paulo, Faculdade de Educação, São Paulo, SP, Brasil
Vitorvani Soares - Instituto de Física, Universidade Federal do Rio de
Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Objetivo: Apresentar um relato sobre a aplicação da ilusão de óptica como uma
ferramenta educacional, realizada com os alunos do nível médio
técnico de um instituto federal fluminense. Realizado a partir de um
roteiro didático elaborado por monitores sob a orientação do professor
da turma. Aplicar em uma aula regular da turma e apresentar após as
atividades experimentais e exposições teóricas realizadas sobre óptica
geométrica. As ilusões de óptica discutidas estão relacionadas à
reflexão e à refração da luz, incluindo a formação de imagens
anamórficas, às projeções em 3D, aos truques com espelhos planos, às
miragens e à “garrafa invisível”.
Temática: Ilusão de óptica
63

Ordem: 03
Título: Luz, cor e visão: uma proposta de ensino por investigação
Autores: Alexandre Campos - Unidade Acadêmica de Física, Universidade
Federal de Campina Grande, Campina Grande, PB, Brasil; Wellington
Batista de Sousa – Escola Estadual Miguel Munhoz Filho, Diretoria
Sul 2, SP, Brasil; Tadeu Nunes Souza – Escola Estadual Profa. Fanny
Monzone Santos, Diretoria Osasco, SP, Brasil.
Objetivo: Relatar uma experiência de uma Sequência de Ensino Investigativa
(SEI) ocorrida em três escolas da rede pública do Estado de São Paulo,
realizada por professores de Escola Pública. Trabalhar conceitos de
luz, pigmentos e suas interações. O público-alvo era composto de
alunos e alunas do Ensino Médio.
Temática: Interação entre luzes e pigmentos

Ordem: 04
Título: Receitas doces e coloridas: demonstrações com luz polarizada
Autores: Diogo Soga - Instituto de Física, Universidade de São Paulo, São
Paulo, SP, Brasil; Simone P. Toledo - Instituto de Física, Universidade
de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil; Mikiya Muramatsu - Instituto de
Física, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.
Objetivo: Apresentar algumas “receitas” para preparar demonstrações sobre luz
polarizada e obter padrões coloridos nítidos. Mostrar que os
experimentos podem ser feitos em salas de aula escurecidas ou outro
ambiente escuro. Também destacar a possibilidade do uso de um
monitor de cristal líquido como fonte de luz polarizada e discutir o
papel de bolhas de ar na nitidez dos padrões coloridos. Além disso,
propor um experimento diferente ao estudante.
Temática: Luz Polarizada

Site: Física na Escola Quant./Ano: 3/2018

Ordem: 01
Título: Abordando os fenômenos de difração e interferência de ondas com o
método da instrução pelos colegas (peer instruction)
Autores: Wagner Tadeu Jardim - Instituto Federal de Educação - Ciência e
Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais, Campus Juiz de Fora, MG;
Mary Anne Marques da Silva - Centro Federal de Educação
Tecnológica; Celso Suckow da Fonseca, RJ, Brasil; Marina Valentin
Barros - Colégio Santo Antônio, MG, Brasil.
Objetivo: Apresentar uma proposta de ensino dos conceitos de difração e
interferência de ondas baseada na metodologia da Instrução pelos
Colegas (IpC) (Peer Instruction).
Temática: Difração e interferência de ondas por Peer Instruction

Ordem: 02
64

Título: Preparação de material tátil-visual torna o ensino dos conceitos de


óptica acessível para pessoas com deficiência visual – exposição “luz
ao alcance das mãos”
Autores: Hilde Harb Buzza – Instituto de Física de São Carlos, Universidade de
São Paulo, São Carlos, SP, Brasil - SPIE Student Chapter, USP-SC
SPIE Student Chapter, São Carlos, Brasil.
Carolina de Paula Campos – Instituto de Física de São Carlos,
Universidade de São Paulo, São Carlos, SP, Brasil - SPIE Student
Chapter, USP-SC SPIE Student Chapter, São Carlos, Brasil.
Michelle Barreto Requena – Instituto de Física de São Carlos,
Universidade de São Paulo, São Carlos, SP, Brasil - SPIE Student
Chapter, USP-SC SPIE Student Chapter, São Carlos, Brasil.
Cintia Teles de Andrade – Instituto de Física de São Carlos,
Universidade de São Paulo, São Carlos, SP, Brasil - SPIE Student
Chapter, USP-SC SPIE Student Chapter, São Carlos, Brasil - Instituto
Federal de Alagoas, Piranhas,AL, Brasil.
Ilaiali Souza Leite – Instituto de Física de São Carlos, Universidade de
São Paulo, São Carlos, SP, Brasil - SPIE Student Chapter, USP-SC
SPIE Student Chapter, São Carlos, Brasil.
Thereza Cury Fortunato – Instituto de Física de São Carlos,
Universidade de São Paulo, São Carlos, SP, Brasil - SPIE Student
Chapter, USP-SC SPIE Student Chapter, São Carlos, Brasil.
Mirian Denise Stringasci – Instituto de Física de São Carlos,
Universidade de São Paulo, São Carlos, SP, Brasil - SPIE Student
Chapter, USP-SC SPIE Student Chapter, São Carlos, Brasil.
Mariana Carreira Geralde – Universidade Federal de São Carlos, São
Carlos, SP, Brasil - SPIE Student Chapter, USP-SC SPIE Student
Chapter, São Carlos, Brasil.
Clara Maria Faria – Instituto de Física de São Carlos, Universidade de
São Paulo, São Carlos, SP, Brasil - SPIE Student Chapter, USP-SC
SPIE Student Chapter, São Carlos, Brasil.
Thaila Quatrini Correa – Universidade Federal de São Carlos, São
Carlos, SP, Brasil - SPIE Student Chapter, USP-SC SPIE Student
Chapter, São Carlos, Brasil.
Renan Armon Romano – Instituto de Física de São Carlos,
Universidade de São Paulo, São Carlos, SP, Brasil - SPIE Student
Chapter, USP-SC SPIE Student Chapter, São Carlos, Brasil.
Ramon Gabriel Teixeira Rosa – Instituto de Física de São Carlos,
Universidade de São Paulo, São Carlos, SP, Brasil - SPIE Student
Chapter, USP-SC SPIE Student Chapter, São Carlos, Brasil.
Bruno Ono – Instituto de Física de São Carlos, Universidade de São
Paulo, São Carlos, SP, Brasil - SPIE Student Chapter, USP-SC SPIE
Student Chapter, São Carlos, Brasil.
Bruno Pereira Oliveira – Instituto de Física de São Carlos,
Universidade de São Paulo, São Carlos, SP, Brasil - SPIE Student
Chapter, USP-SC SPIE Student Chapter, São Carlos, Brasil.
Eder Pires Camargo – Faculdade de Ciências, Universidade Estadual
Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Bauru, SP, Brasil.
Cristina Kurachi - Instituto de Física de São Carlos, Universidade de
São Paulo, São Carlos, SP, Brasil - SPIE Student Chapter, USP-SC
65

SPIE Student Chapter, São Carlos, Brasil.


Objetivo: Realizar o desenvolvimento de abordagens alternativas que facilitem a
aprendizagem de conceitos físicos para pessoas com deficiência visual,
assim como para videntes. Construir painéis, que constituirão a
exposição “Luz ao alcance das mãos”, com recursos tátil-visuais e
auditivos para explicar conceitos e fenômenos de óptica, além de
demonstrar para professores a possibilidade de desenvolver um
material completo e inclusivo para o ensino de física. Abordar tópicos
desde óptica geométrica até ondas eletromagnéticas e dualidade onda-
partícula, em cada um dos painéis foram implementados textos
explicativos em sua forma gráfica, em braile e na forma de
audiodescrição, adaptados para conter a localização dos elementos
táteis nos painéis.
Temática: Preparação de material tátil-visual e conceitos de óptica

Ordem: 03
Título: Revistando os prismas caseiros: uma atividade experimental no estudo
da refração da luz
Autores: Diogo Soga Instituto de Física - Universidade de São Paulo, São Paulo,
SP, Brasil; Doris Kohatsu - Instituto Federal de São Paulo, São Paulo,
SP, Brasil; Mikiya Muramatsu - Instituto de Física, Universidade de
São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.
Objetivo: Apresentar uma revisão dos prismas caseiros usados em experimentos
de dispersão da luz branca, similares ao experimento realizado por
Isaac Newton, publicado em 1672, usando um prisma de vidro.
Também apresentar um novo modelo que é construído usando plástico
transparente de embalagens ou da capa de CD/DVD, ao invés de usar
lâminas de vidro. Além disso, apresentar um estudo que indica novas
fontes de luz ao invés da luz do sol e as condições propícias que
melhoram a visualização do espectro visível da luz, utilizando
materiais de fácil acesso.
Temática: Prismas caseiros: Estudando a refração da luz

Site: Física na Escola Quant./Ano: 5/2019

Ordem: 01
Título: O estudo da refração e a lei angular
Autores: Marcos Martinho - Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Rio de Janeiro, Sacra Família do Tinguá, Engenheiro
Paulo de Frontin, RJ, Brasil; Vitorvani Soares Instituto de Física,
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Objetivo: Descrever um método para o estudo da refração a partir da análise de
imagens refratadas através de uma lente semicilíndrica. Com a análise
dos dados angulares obtidos com o experimento, derivando a lei de
Snell-Descartes partindo da variação geométrica das posições
observadas. A proposta é simples e fácil de ser desenvolvida em
qualquer sala de aula. Além da apresentação do aparato experimental,
também apresentar os procedimentos necessários para o uso do recurso
66

instrucional, mostrando um roteiro para guiar a atividade e as


possibilidades didáticas do experimento. O professor de física poderá
utilizar o aparato experimental com intuito de explicar a formação de
imagens. Desse modo, ele pode relacionar os resultados e as
conclusões obtidas para comparação das imagens projetadas por
reflexão ou projeção (sombras e câmera escura) e levar o estudante a
compreender, no sentido mais amplo, o significado da óptica
geométrica.
Temática: O estudo da refração e a lei angular

Ordem: 02
Título: Obtenção de redes de difração e filmes polarizadores para laboratórios
de ensino a partir de telas de LCD descartadas
Autores: André Diestel Colégio Israelita Brasileiro, Porto Alegre, RS, Brasil
Objetivo: Descrever uma forma barata e eficaz para obtenção de uma quantidade
significativa de filmes polarizadores e redes de difração. A obtenção
desses recursos poderá facilitar a realização de experimentos no campo
da óptica física e geométrica, estendendo-se até a física moderna, em
questões de emaranhamento e difração de elétrons.
Temática: Redes de difração e filmes polarizadores

Ordem: 03
Título: Espalhamento Rayleigh e efeito Tyndall: explicando e simulando o
azul do céu
Autores: A.V. Andrade-Neto - Departamento de Física, Universidade Estadual
de Feira de Santana, Feira de Santana, BA, Brasil; Brenda Pinheiro
Carneiro - Departamento de Física, Universidade Estadual de Feira de
Santana, Feira de Santana, BA, Brasil; Maíra Paixão - Departamento
de Física, Universidade Estadual de Feira de Santana, BA, Brasil
Objetivo: Revisitar o experimento de espalhamento da luz em uma cuba d’água
que simula a cor azul do céu e os tons vermelho e alaranjado do nascer
e do pôr do sol na atmosfera terrestre. Além da observação
experimental do espalhamento da luz, principal mecanismo que causa
o azul do céu, observar também a polarização da luz espalhada e a
absorção da luz pelo meio. Essas observações são acompanhadas de
uma discussão detalhada dos conceitos físicos envolvidos. Em
particular, chamamos a atenção para o fato de que o principal
mecanismo de espalhamento no experimento realizado é o efeito
Tyndall e não o espalhamento Rayleigh.
Temática: Espalhamento Rayleigh e efeito Tyndall

Ordem: 04
Título: Capital cultural e o ensino de Física: exemplos em ótica
Autores: Antonio Carlos F. Santos - Instituto de Física, Universidade Federal do
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Objetivo: Mostrar como isso é possível numa aula de ótica geométrica a escola
assumir um papel essencial, facilitando e estimulando o acesso dos
67

alunos aos bens culturais e sociais, minimizando os mecanismos de


seleção. Muitos estudantes não atingem os objetivos estabelecidos
pelos currículos e esse fracasso mostrou-se fortemente correlacionado
com a classe social do aluno. O aprendizado em ciências atua como
uma barreira, ampliando as oportunidades daqueles mais bem
preparados e limitando as oportunidades daqueles menos privilegiados.
Estudantes das classes sociais menos favorecidas falham em assuntos
que são considerados importantes e altamente valorizados. A educação
científica torna-se assim um fator-chave na reprodução de uma
sociedade desigual.
Temática: Capital cultural e o ensino de Física.

Ordem: 05
Título: Construção de um banco óptico para atividades experimentais no
ensino de física em ambientes formais e não formais
Autores: Marcos Farina - Laboratório de Biomineralização, Instituto de Ciências
Biomédicas, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro,
RJ, Brasil; Erika Negreiros - Espaço Memorial Carlos Chagas Filho,
Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, Universidade Federal do
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil; Gabriella Mendes - Espaço
Memorial Carlos Chagas Filho, Instituto de Biofísica Carlos Chagas
Filho, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ,
Brasil; Eleonora Kurtenbach - Laboratório de Biologia Molecular e
Bioquímica de Proteínas, Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho,
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Objetivo: Propor a construção de um banco óptico para a utilização em
ambientes formais (escolas) e não formais (museus e espaços de
divulgação científica), evidenciando conteúdos dos últimos anos do
Ensino Fundamental e do Ensino Médio. Detalhes sobre a obtenção e a
fabricação das peças e montagem do equipamento são fornecidos.
Temática: Construção de um banco óptico para atividades experimentais

Site: Física na Escola Quant./Ano: 1/2020

Ordem: 01
Título: Lasers, as ferramentas de luz: prêmio Nobel de 2018
Autores: Larissa do Nascimento Pires - Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia de Santa Catarina, Araranguá, Santa Catarina, Brasil; Israel
Müller dos Santos - Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia de Santa Catarina, Araranguá, Santa Catarina, Brasil;
Felipe Damasio - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
de Santa Catarina, Araranguá, Santa Catarina, Brasil.
Objetivo: Possibilitar a discussão sobre aspectos históricos e epistemológicos
presentes na construção da tecnologia dos lasers que consistem em
uma das temáticas que demonstram potencial para serem exploradas no
ensino de física, pelo fato de propiciarem uma aproximação com o
cotidiano dos alunos e alunas. Perceber a relevância dos lasers na
atualidade, a temática das láureas no Prêmio Nobel de Física de 2018
68

consistiu em reconhecer cientistas cujas contribuições fossem


relevantes para a área da física dos lasers. Articular, para o contexto de
ensino de física, as contribuições desenvolvidas pelos laureados no
Nobel de Física: Donna Strickland, Gérard Mourou e Arthur Ashkin.
Contribuir com ações docentes que possam discutir, no ambiente de
sala de aula, conhecimentos relativos à física moderna e
contemporânea, além de problematizar elementos para a abordagem de
questões relativas à presença de mulheres cientistas.
Temática: Física dos lasers

Site: Física na Escola Quant./Ano: 2/2021

Ordem: 01
Título: Proposta educacional de formação de imagens em espelhos reunindo
dois experimentos cativantes
Autores: Felipe Moraes Laburú – Universidade de Campinas, Faculdade de
Engenharia Elétrica e Computação, Campinas, SP, Brasil; Osmar
Henrique Moura da Silva – Universidade Estadual de Londrina;
Departamento de Física, Londrina, PR, Brasil; Carlos Eduardo Laburú
- Universidade Estadual de Londrina, Departamento de Física,
Londrina, PR, Brasil.
Objetivo: Propor uma estratégia pedagógica que apresenta duas atividades
experimentais para o ensino de formação de imagens em espelhos
durante o estudo de óptica geométrica. Defende-se a viabilidade da
proposta em que se consideram duas demonstrações para o educador
interessado em provocar experimentos cativantes com potencial de
facilitar a compreensão de imagens reais e virtuais, ideias normalmente
de difícil compreensão para estudantes do ensino básico.
Temática: Proposta educacional de formação de imagens em espelhos

Ordem: 02
Título: Demonstrações exploratórias em óptica física via materiais de baixo
custo
Autores: George Chaves da Silva Valadares - Universidade Federal do Acre,
Campus Rio Branco, AC, Brasil; Esperanza Lucila Hernandez Ângulo
- Universidade Federal do Acre, Campus Rio Branco, AC, Brasil;
M.A.M. de Oliveira - Escola Estadual de Ensino Médio Raimunda
Silva Pará, Rio Branco, AC, Brasil
Objetivo: Propor a utilização e a atualização de uma sequência didática com
construção e execução de experimentos demonstrativos para auxiliar o
professor, principalmente de escolas públicas, em suas práticas e quiçá
tornar o ensino de óptica física potencialmente significativo no que diz
respeito a aspectos conceituais e lúdicos associados ao tema, por meio
do uso sequenciado e planejado de materiais simples e de baixo custo,
capazes de reproduzir efeitos de difração, interferência e dispersão da
luz. Com isso, acreditamos poder contribuir para o debate sobre ensino
de Física Básica em nossas escolas.
Temática: Demonstrações exploratórias em óptica física
69

Site: Física na Escola Quant./Ano: 3/2022

Ordem: 01
Título: Caçando monstros microscópicos com uma webcam hackeada:
possibilidades para o ensino de física e ciências
Autores: João Paulo Mannrich - Serviço Social da Indústria de Santa Catarina,
Florianópolis, SC, Brasil. Programa de Pós-Graduação em Educação
Científica e Tecnológica, Universidade Federal de Santa Catarina,
Florianópolis, SC, Brasil.
Objetivo: Analisar aspectos do funcionamento do microscópio, em particular a
partir de conceitos de óptica e microscopia. Além disso, apresentar
algumas ideias que permitem abordagens interdisciplinares situando-as
em um contexto mais amplo no ensino de ciências
Temática: Caçando monstros microscópicos com uma webcam hackeada.

Ordem: 02
Título: Caminhos da iluminação: a interdisciplinaridade entre biologia e física
em sala de aula
Autores: Carina Ferraz Marcos - Pós-Graduação em Educação Científica e
Tecnológica, Instituto Federal de Santa Catarina, Campus Araranguá,
Araranguá, SC, Brasil; Felipe Damasio - Instituto Federal de Santa
Catarina, Campus Araranguá, Araranguá, SC, Brasil; Samuel Costa -
Instituto Federal de Santa Catarina, Campus Araranguá, Araranguá,
SC, Brasil. Programa de Pós-Graduação em Educação para a Ciência,
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Campus
Bauru, Bauru, SP, Brasil.
Objetivo: Descrever uma proposta didática que tem por objetivo o estudo
interdisciplinar entre Biologia e Física, buscando problematizar como a
abordagem da evolução dos olhos pode contribuir para um ambiente
que fomente a interdisciplinaridade entre essas disciplinas. Para tal,
propõe-se uma unidade de ensino potencialmente significativa (UEPS)
que apresenta, como evidência da teoria da evolução, a evolução do
olho e os diversos tipos de olhos existentes nos seres vivos, aliando
este estudo aos conceitos de óptica e fisiologia da visão abordando,
assim, concomitantemente, conteúdos de Física e Biologia.
Salientamos, ainda, que esse estudo tem como eixo teórico a Teoria da
Aprendizagem significativa e a epistemologia de Paul Feyerabend.
Temática: Evolução dos olhos

Ordem: 03
Título: Estratégia de ensino Philips 66 no ensino de óptica na educação básica
Autores: Wellinton Angi Valin de Souza - Universidade Federal de Mato
Grosso, Sinop, MT, Brasil. Colégio Marista Santo Antônio, Sinop,
MT, Brasil; Jean Reinildes Pinheiro - Universidade Federal de Mato
Grosso, Sinop, MT, Brasil.
Objetivo: Investigar se a relação entre a estratégia de ensino Phillips 66 e a
70

experimentação tem a capacidade de promover o aprendizado de


conceitos de óptica geométrica no aluno. Para isso, seguindo a
estratégia Phillips 66, realizar a prática experimental por meio de
grupos de aprendizes de uma turma do segundo ano do Ensino Médio
de uma escola pública estadual do município de Sinop/MT. Para fins
de avaliação dos procedimentos adotados, aplicar um pré e um pós-
teste aos estudantes e, além disso, analisar alguns itens destacados pela
literatura como forma de avaliar a Phillips 66. Portanto, a estratégia de
ensino Phillips 66 põe-se como uma excelente metodologia de ensino
ativa, que busca romper com os grilhões do ensino tradicional que
assolam as salas de aula de ciências.
Temática: Estratégia de ensino Phillips 66 no ensino de óptica

Fonte: Elaborado pelos autores (2023).

Tabela 3 – Classificação dos artigos por tópico de estudo e ano de publicação-Física na


Escola

Total
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
2022
Tema / Ano
Natureza da Luz 1 1 2
Reflexão 1 1
Refração 1 1 2
Difração 1 1 2
Estudo da Visão 1 1
Polarização 1 1
Espalhamento 1 1
Formação de imagem 1 1 1 1 4
Ilusão de óptica 1 1 1 3
Espectroscopia 1 1 1 3
Banco óptico 1 1 2
Formação de sombras 1 1
Conceitos da óptica 1 1
Óptica geométrica 1 1 2
Total 1 2 2 0 0 0 4 4 3 5 0 2 3 26
Fonte: Elaborado pelos autores (2023).

Gráfico 3 – Dados levantados na Revista Física na Escola entre os anos de 2010 a 2022
71

Física na Escola
6

5 Óptica geométrica Conceitos da óptica


Formação de sombras Banco óptico
4 Espectroscopia Ilusão de óptica
Formação de imagem Espalhamento
3
Polarização Estudo da Visão
2 Difração Refração
Reflexão Natureza da Luz
1

0
1 1 013 01 5 01 7 019 02 1
20 2 2 2 2 2
Fonte: Elaborado pelos autores (2023).

Destaca-se que na revista Física na Escola os temas mais publicados foram sobre
Formação de Imagens, Ilusão de Óptica, Espectroscopia, Natureza da Luz e os Fenômenos da
Óptica. Desse modo, concentra-se um grande número de compreensão sobre o
comportamento da luz e como ela interage com a matéria e tem grande importância em
diversas aplicações práticas.
A Tabela 3 apresenta uma revisão bibliográfica de artigos publicados no site da revista
Física na Escola, no período de 2010 a 2022 envolvendo assuntos da Óptica. Todos os artigos
foram classificados por temas e conforme a sua temática, aqueles que apresentavam mais de
uma temática foram classificados de acordo com o primeiro tópico de seu estudo.
Em geral, após tabulação dos resultados obtidos, foi possível verificar que são artigos
com pesquisas e propostas nas áreas de experimentação em óptica. Apenas um faz menção a
uma proposta didática no estudo da integração de conteúdos da disciplina de Biologia com a
disciplina de Física. Além disso, em relação à teoria da evolução dos olhos e sua agregação ao
estudo dos conceitos de óptica e da fisiologia da visão, foi classificado como parte da temática
do Estudo da Visão no ano de 2022.
Na tabulação dos dados, conforme mostra a Tabela 3, no ano de 2012, o artigo
classificado com o tema sobre Reflexão também faz abordagem sobre o conceito de
polarização circular. Da mesma maneira aconteceu nos artigos dos anos de 2016, 2018 e
2019, classificados como Difração. Estes apresentam mais de uma temática, em destaque nos
anos de 2016 e 2018 desenvolveram a temática de difração e de Interferências de Ondas. O
primeiro, apresenta proposta sobre o fenômeno da difração e o estudo de Interferências de
Ondas. O segundo descreve o uso da aplicação da metodologia IpC (Instrução pelo Colega)
72

com alunos da 3ª série do Ensino Médio sobre os conceitos de difração e interferência de


ondas.
Em 2019, a temática de difração foi agregada com o tema de polarização. No ano de
2017, a classificação de ilusão de óptica, além de relatar sobre o uso da ilusão de óptica como
ferramenta didática educacional para alunos do Ensino Médio, relata a aplicação de uma
atividade de experimentação que aborda conceitos sobre Reflexão, Refração e Formação de
Imagens. O artigo catalogado em 2019 como banco óptico, além de propor sua construção,
discorre atividade de experimentação sobre formação de imagens por lentes convergentes e
divergentes para serem usados em espaços formais e não formais.
Para os anos de 2021 e 2022, o artigo especificado na tabela acima com a temática de
óptica geométrica apresenta a utilização e atualização de uma sequência didática com
experimento lúdico para auxiliar o professor nas aulas do ensino de óptica física, com os
conceitos de difração, interferência e dispersão de luz (2021). E abordagens acerca da
estratégia de ensino Phillips 66, discorrendo temas sobre a natureza da luz, conceito da luz,
difração, reflexão, Propagação da luz, entre outros temas relativos a óptica geométrica (2022).
É possível analisar por meio da tabela que o tema mais catalogado no site Física na
Escola, no período de 2010 a 2022, foi sobre Formação de Imagem. Em segundo lugar
ficaram os temas de ilusão de óptica e espectroscopia, em terceiro, os temas sobre a natureza
da luz, refração, difração e óptica geométrica e, por último, os temas sobre conceitos da
óptica, formação de sombras, reflexão, estudo da visão, polarização e espalhamento da luz.
O ano de 2019 recebeu o maior número de artigos publicados no campo do ensino da
óptica, com edições de temáticas sobre a natureza da luz, refração, difração, espalhamento da
luz e formação de imagem. Observa-se que nos anos de 2013 a 2015 não houve divulgação de
trabalhos na Física na Escola, porém, no ano de 2020, ocorreu a edição de um prêmio Nobel
tratando sobre os aspectos históricos e epistemológicos na construção da tecnologia dos
lasers. Apesar do mesmo ter sido publicado, não foi catalogado em nossa revisão
bibliográfica, devido ao seu tema não estar voltado à aplicações do ensino da física.

5 ALGUNS FENÔMENOS E CONCEITOS NO ESTUDO DA ÓPTICA

5.1 REFLEXÃO LUMINOSA

Reflexão luminosa é o fenômeno que ocorre quando uma onda luminosa alcança uma
superfície que separa dois meios diferentes de propagação e regressa ao meio de origem.
Nesse caso, o raio de luz refletido pode mudar de direção e sentido, porém não muda de meio,
73

ou seja, conserva-se no meio de origem. Nesse sentido, os raios que alcançam a superfície são
denominados de raios incidentes e os raios que retornam ao meio de propagação de origem
são chamados de raios refletidos (GUIMARÃES; PIQUEIRA; CARRON, 2013).
A reflexão luminosa obedece a duas leis, sendo:
1ª – O feixe de luz incidente, o feixe de luz refletido e a normal à superfície no
ponto de incidência são coplanares;
2ª – O ângulo de incidência e o ângulo de reflexão possuem as mesmas medidas
(i = r).
A reflexão luminosa pode ser classificada como reflexão difusa (irregular) e reflexão
especular (regular), para os dois casos a lei de reflexão da luz são válidas. Na verdade, na
reflexão difusa acontece que os raios quando incidem na superfície não polida, os raios de
reflexão se espalham em todas as direções. Já na reflexão especular, os raios de luz refletidos
são regulares em suas direções, possibilitando a visualização de imagens, devido a superfície
ser lisa e polida, é o caso dos espelhos (GUIMARÃES; PIQUEIRA; CARRON, 2013).

5.2 REFRAÇÃO DA LUZ

A passagem da luz por meio de uma superfície (ou interface) que separa dois meios
diferentes é chamada de refração. Se o raio incidente não for perpendicular à interface a
refração da luz altera a direção de propagação da luz (HALLIDAY; RESNICK, 2016). Tal
mudança de superfície ou meio implica uma mudança na velocidade de propagação da luz,
assim o índice de refração absoluto (n) de um meio é dado pela relação entre a velocidade da
luz no vácuo (c) e a velocidade da luz no meio onde está localizado (v).
A primeira lei da refração nos diz que o raio incidente, o raio refratado e a normal à
interface estão no mesmo plano. Na segunda lei, para cada par de meios e para cada luz
monocromática (o que significa que o raio de luz tem um comprimento de onda λ) refratada, a
resultante entre o seno do ângulo formado pelo raio com o limiar entre o meio (i, para o lado
do raio incidente e r, para o raio refratado) e entra no índice de refração do meio em que o raio
de luz está localizado (ver Ilustração 3) (HALLIDAY; RESNICK, 2016).

Figura 1 – Fenômeno da reflexão e refração


74

Fonte: Halliday e Resnick (2016, p. 61).

Figura 2 – Refração da luz na interface de dois meios com índices de refração diferentes

Fonte: Halliday e Resnick (2016, p. 61).

5.3 POLARIZAÇÃO

A polarização pode ser entendida como o processo de “filtrar” ondas, no qual elas são
selecionadas de acordo com sua direção de vibração, após passarem por um material que
serve como filtro, denominado de polarizador. Esse é um fenômeno exclusivo das ondas
transversais, ou seja, tipo de ondas que possuem a propagação perpendicular à vibração. Essas
ondas longitudinais possuem direção de propagação paralela à direção de vibração e não
podem ser polarizadas (HALLIDAY; RESNICK, 2016).

Figura 3 – Polarização da Luz


75

Fonte: Halliday e Resnick (2016, p. 51)

A figura (a) representa a oscilação de uma onda eletromagnética polarizada, enquanto


que na figura (b) mostramos uma vista frontal da onda e indicamos a direção das oscilações
do campo elétrico (HALLIDAY; RESNICK, 2016).
Para se obter luz linearmente polarizada a partir de luz com outra polarização ou até
mesmo de luz não polarizada, é utilizado um polarizador. Esse dispositivo possui a
propriedade de ser totalmente transparente a luz polarizada em determinada direção, chamada
eixo de transmissão, e totalmente opaco à luz polarizada na direção perpendicular. É possível
atribuir ao filtro como um todo uma direção de polarização, a direção que a componente do
campo elétrico deve ter para atravessar o filtro. A luz não polarizada se polariza depois de
passar por um filtro, mas a direção de polarização é a mesma do filtro, como representada na
ilustração por retas verticais (HALLIDAY; RESNICK, 2016).
Figura 4 – Filtro Polarizador

Fonte: Halliday e Resnick (2016, p. 53).


76

A intensidade de uma onda eletromagnética é proporcional ao quadrado de sua


amplitude, ou seja, do valor máximo do campo elétrico, a intensidade I da luz transmitida
através do analisador é dado por:
I =I 0 cos 2 θ
Nesse caso, I 0 é a intensidade da luz não polarizada que incide no analisador (HALLIDAY;
RESNICK, 2016, p. 54).

5.4 ASSOCIAÇÃO DE ESPELHOS PLANOS

A visualização de imagens obtidas por meio de materiais de superfícies planas


refletoras é resultada da associação de espelhos planos. Assim, a quantidade de imagens que
podem ser formadas pela associação de dois ou mais espelhos, vai depender da angulação que
eles se encontram entre si (GUIMARÃES; PIQUEIRA; CARRON, 2013). A representação de
número n de imagens que serão vistas na combinação de dois espelhos planos é dada por:

360 °
n= −1
θ

O ângulo formado entre os espelhos é caracterizado por θ .

Para que seja válida a expressão acima, n tem que resultar em duas situações:

360°
1ª – Quando o resultado de for ímpar, o objeto é colocado em um em um ponto
θ
ao meio entre os dois espelhos;

360°
2ª – Quando o resultado de for par, o objeto deve ser colocado no plano bissetor
θ
do ângulo θ .

Excluindo essas duas condições, o número de imagens formadas é dado pela


expressão:

360 °
n=
θ

Ao colocar dois espelhos paralelamente e frontalmente, o número de imagens


produzidas será infinito, pois a imagem de um espelho servirá de objeto para o outro
incessantemente (GUIMARÃES; PIQUEIRA; CARRON, 2013).
77

5.5 PERISCÓPIO

O periscópio é um instrumento óptico que possui em cada uma de suas extremidades


espelhos paralelos posicionados em um ângulo de 45º, seu sistema permite observar imagens
que estão longe do campo de visão e seu funcionamento se dá a partir da entrada de raios
luminosos provindos do objeto que está sendo observado, incidindo no primeiro espelho e,
posteriormente, refletindo no segundo espelho plano que leva a imagem até ao espectador. O
percursso que a luz faz no interior do aparelho se assemelha a forma da letra “Z” (ARAÚJO,
2014).
O periscópio é uma ferramenta de fundamental importância para os submarinos, que
mesmo estando imersos conseguem visualizar imagens em posição elevada do mar, ele foi
amplamente utilizado durante as guerras, onde os soldados conseguiam visualizar seus
inimigos no interior das trincheiras (ARAÚJO, 2014).
O funcionamento do periscópio tem como princípio físico da óptica observar o estudo
da reflexão da luz e associação de espelhos planos, o qual permite obter a formação de
imagens por meio da combinação de espelhos e da passagem da luz do objeto.

5.6 CALEIDOSCÓPIO

O caleidoscópio é um artefato constituído por duas ou mais placas refletoras (espelho,


vidro, acrílico, entre outros materiais que podem servir como reflexão de imagens) com o
formato de um triângulo ou prisma, onde possui um pequeno orifício em uma das suas
extremidades para a observação das imagens formadas pelos os objetos variados e coloridos
contidos na outra extremidade do artefato que estão dentro de um invólucro aerofano ou
translúcido, conforme o movimento circulatório no dispositivo, vão formando inúmeras
reflexões de imagens coloridas com formatos simétricos (OMELCZUCK; SOGA;
MURAMATSU, 2017).
Etimologicamente, o termo caleidoscópio vem de origem grega, kallos que significa
belo, bonito; eidos significa imagem, forma; e skopien quer dizer olhar, observar. Nesse
sentido, a palavra caleidoscópio tem como significado observar belas imagens
(OMELCZUCK; SOGA; MURAMATSU, 2017).
Na física, o caleidoscópio é um instrumento óptico muito antigo e lúdico utilizado
como experimentação para trabalhar sobre as leis da Reflexão. A origem deste aparato é
atribuída ao físico inventor escocês David Brewster (1781-1868), que em 1816 na Inglaterra,
78

por meio dos seus estudos sobre polarização da luz surgiu o caleidoscópio. A princípio, seu
uso era para fins de conhecimentos científicos, escolha fundamental para o progresso da
óptica. Entretanto se popularizou como um simples divertido brinquedo e, atualmente, os
padrões de imagens simétricas formadas são utilizados na área artística e como material
didático no ensino da física, da matemática e da arte, servindo como um grande aliado para os
professores destas áreas (OMELCZUCK; SOGA; MURAMATSU, 2017).
Os fenômenos que podem ser observados e conceituados no caleidoscópio são de
reflexão e polarização da luz. A partir destes conceitos, é possível compreender o sistema
geométrico de formação de imagens em superfície planas refletoras do caleidoscópio.

5.7 EXPERIMENTO DO RECIPIENTE DE VIDRO COM ÁGUA

O experimento do recipiente de vidro com água explica o fenômeno da refração da luz,


ocorre que o líquido contido no recipiente se transforma em uma espécie de lente, desde que a
velocidade da luz percorre uma velocidade diferente no ar e no líquido. Ao incidir com a
superfície de separação ar e vidro, o feixe de luz sofre um desalinhamento, se cruzam e ao
incidir no vidro para o ar, mais uma vez, ocorre outro desalinhamento que é a refração,
resultando em uma imagem invertida. Em resumo, relatou-se que o feixe de luz se propaga em
linha reta e ao cruzar a superfície entre vidro e água (meio de maior refringência) sofre um
desalinhamento de seu trajeto refratando-se e invertendo o sentido dos objetos
(NUSSENZVEIG, 1998).

5.8 CÂMERA ESCURA

A primeira descoberta importante para a photograhia foi a “câmera escura”, seus


princípios ópticos são atribuídos a Aristóteles. Nessa oportunidade, ele observou a imagem do
sol durante um eclipse parcial, quando os raios passavam por um pequeno orifício entre folhas
e, assim, constatou que quanto menor fosse o orifício, mas nítida era a imagem. Com isso, a
câmera escura foi usada como um meio de estudar eclipses sem o risco de danificar os olhos,
olhando diretamente para o sol. Apesar de haver referências à sua utilização ao longo de
várias épocas, foi no período do renascimento que voltou a ser valorizada, nomeadamente
com Leonardo da Vinci e o seu discípulo Cesare Cesariano em 1521 (FUÃO, 2023).
79

Giovanni Baptista Della porta, cientista napolitano, publicou no ano de 1797, uma
descrição da câmera escura e seu uso. Esta câmara era um quarto estanque à luz, possuía um
orifício de um lado e a parede à sua frente pintada de branco. Quando um objeto era posto
diante do orifício, do lado de fora do compartimento, sua imagem era projetada invertida
sobre a parede branca. Alguns, na tentativa de melhorar a qualidade da imagem projetada,
diminuíam o tamanho do orifício. Para estudar este efeito óptico utilizaram-se caixas de várias
dimensões e feitas em vários materiais (BERNARDO, 2005).
A luz é refletida pelos objetos em todas as direções, de acordo com suas próprias
qualidades de reflexão e refração, cada ponto na superfície da tela recebe raios de luz de todos
os objetos ao redor; esses raios se misturam e combinam em forma de síntese aditiva.
Ao restringir a luz externa para que seus raios de luz, emanados da decoração, entrem
apenas por um único ponto em uma sala escura, a tela que intercepta essa luz recebe, em cada
ponto preciso de sua superfície, apenas os raios derivados, em uma linha reta (princípios da
óptica geométrica) a partir de um único ponto da decoração colocado em frente à parede com
o orifício.

6 METODOLOGIA

Esta pesquisa se fundamenta na base epistemológica da Aprendizagem significativa,


isto é, aprendizagem na qual as “ideias expressas simbolicamente interagem de maneira
substantiva e não-arbitrária com aquilo que o aprendiz já sabe” (MOREIRA, 2012, p. 1). A
escolha por esse tipo de definição metodológica está associada à pesquisa qualitativa,
colocando em evidência o estudo das relações humanas, que cada vez mais passam por novos
contextos e perspectivas sociais. Além desse tipo de pesquisa “[...] permitir práticas e
interações dos sujeitos na vida cotidiana, diferentemente de uma pesquisa com uma receita
pronta, em que são reproduzidas situações artificiais criadas em laboratórios”
(NASCIMENTO, 2018, p.82).
Para alcançar os objetivos propostos, esta proposta foi dividida em etapas. Na primeira
etapa, realizou-se uma pesquisa exploratória buscando maior familiaridade com a temática,
objetivo e questão de pesquisa (GIL, 2007). Assim, fez-se uma exploração bibliográfica nas
principais revistas de ensino de Física apoiados pela Sociedade Brasileira de Física (SBF). Na
segunda etapa, buscou-se apoio teórico na Aprendizagem significativa. E na terceira etapa,
apresenta-se uma descrição da proposta pedagógica como subsídios para futuros professores e
80

professoras de física ou ciências na promoção de um ensino com sentido para os estudantes


por meio de alguns experimentos relacionados à óptica.
Para realizar a terceira etapa, estruturou-se uma metodologia de ensino: aula
expositiva dialogada com o uso de experimentos construídos com materiais de baixo custo.
A estratégia de aula expositiva e dialogada está na exposição do conteúdo com a
participação ativa dos estudantes, levando em consideração seus conhecimentos prévios.
Nessa perspectiva, a presente metodologia vem sendo proposta para superar a tradicional
“palestra docente”, onde o docente leva os estudantes a questionarem, interpretarem e
discutirem o conteúdo, superando as tendências tradicionais, a exemplo, a prática em que
somente o professor fala e os alunos ouvem (ALVES, 2003).
Os experimentos de baixo custo são aqueles cujo material seja reaproveitado ou
adquirido com facilidade no comércio local comparado com o valor dos experimentos
vendidos comercialmente, e que substitui o experimento o qual normalmente seria realizado
em um laboratório convencional, ou seja, serve como uma abordagem paliativa às vezes
definitiva. Nesse contexto, Moreira (2015) afirma:

Os experimentos didáticos denominados de “baixo custo” vêm, há tempos, sendo


uma linha de desenvolvimento de aparelhos e experimentos didáticos muito
empregados no ensino de Física. O prefácio de uma obra do século XIX diz que,
após dez anos da publicação no jornal Natureza, em Paris, da primeira notícia sob o
título de Física sem aparelhos, estava-se longe de suspeitar o interesse que a ideia de
fazer experiências de Física, não com aparelhos especiais, mas por meio de objetos
de uso comum, que todo mundo tem ao alcance das mãos, ou de fácil aquisição, iria
despertar (MOREIRA, 2015, p.20 apud LABURÚ; SILVA; BARROS, 2008).

No ensino de Física o interesse por experimentos de baixo custo é benéfico aos


objetivos didáticos, no que se diz respeito à forma de como o discente irá interagir com a
teoria aprendida em sala de aula ao defrontar-se com a prática vivenciada no seu dia a dia.
A princípio será realizado um questionário, estruturado com cinco perguntas objetivas,
aplicadas em sala de aula, buscando compreender a concepção dos estudantes em relação ao
conteúdo proposto. Em um segundo momento, os alunos participarão de aulas teóricas com
uma metodologia utilizada pelos professores que serão aulas expositivas e dialogados,
fazendo uso de material impresso, slides e livro didático. Posteriormente os alunos serão
estimulados às práticas do estudo da óptica, através da elaboração de experimentos ligados ao
conteúdo. Os experimentos selecionados estarão associados a reflexão e refração da luz,
sugerindo matérias de fácil acesso, disponibilizados pelos acadêmicos do curso de física.
81

Dessa forma, os alunos farão exposição dos experimentos e apresentarão para os


colegas, aliando a teoria que envolve cada experimento elaborado à sua utilização prática.
A seguir, seguem os experimentos escolhidos previamente:

CALEIDOSCÓPIO

MATERIAIS
3 – Réguas acrílicas;
1 – Fita isolante ou fita adesiva;
1 – Tesoura;
1 – Cartolina preta;
1 – Pedaço de papel vegetal (10 cm x 10 cm);
1 – Pedaço de papel filme (10 cm x 10 cm);
Diversas miçangas coloridas e/ou materiais decorativos.

PROCEDIMENTO

Junte as três extremidades das réguas, para que formem um prisma de base triangular,
passe a fita isolante ou a fita adesiva ao redor para que fiquem fixas. Em seguida, encape as
réguas com a cartolina preta, corte com a tesoura um pedaço de papel filme e fixe em uma das
extremidades das réguas, faça um recorte da cartolina preta e crie um compartimento onde
ficarão as miçangas e os materiais decorativos sobre o papel filme. Após, coloque as
miçangas e os outros materiais dentro do compartimento e feche sua abertura com um pedaço
de papel vegetal. Finalize o caleidoscópio, fixando na extremidade oposta, um pedaço de
cartolina preta e faça um pequeno furo no meio para visualizar o efeito da luz dentro do
caleidoscópio.

PERISCÓPIO

MATERIAIS
2 – Espelhos de mesmos tamanhos (10 cm x 6,5 cm);
1 – Fita isolante ou fita adesiva;
1 – Tinta preta;
2 – Papel color set;
1 – Papelão (1,20m x 51,0 cm);
82

1 – Tesoura ou estilete.

PROCEDIMENTO

Faça a divisão do papelão em quatro faixas ou partes iguais e uma faixa com dimensão
menor, cada faixa igual deverá ter as seguintes medidas de 120 cm de comprimento por 11 cm
de largura e a faixa menor com 120 cm de comprimento com 3 cm de largura. Após as
demarcações, pinte a parte interna do papelão com tinta preta, espere secar e depois dobre o
papelão nas demarcações feitas, para que forme um cubo de base retangular, passe a fita
isolante ao redor para fixar o papelão. Em seguida, faça um recorte retangular na parte inferior
esquerdo, onde será colocado um espelho com inclinação de 45° e na outra extremidade
superior direita, faça outro recorte retangular e fixe o espelho dentro com a mesma inclinação
do outro. Finalize a montagem do periscópio encapando-o com o papel color set de sua
preferência.

CAMERA ESCURA

MATERIAIS

1 – Lata de leite em pó;


1 – Papel vegetal;
1 – Papel color set preto;
1 – Tesoura;
1 – Prego;
1 – Martelo;
1 – Fita adesiva.

PROCEDIMENTO

Faça um furo com o prego no fundo da lata. Em seguida, recorte o papel vegetal com
diâmetro de aproximadamente 1,0 cm maior do que o diâmetro da abertura da lata, depois
cole o papel vegetal na abertura, onde fica a tampa da lata. Use a fita adesiva para enrolar o
papel escuro na lata, formando um tubo. Finalize a câmera escura, realizando um teste, com o
furo para uma paisagem bem iluminada observe a imagem refletida no papel vegetal. Atente-
se em utilizar um prego bem fino para furar a lata, pois assim a imagem formada pela câmera
terá uma melhor nitidez.
83

REFRAÇÃO E REFLEXÃO DA LUZ

MATERIAIS

1 – Recipiente de vidro;
1 – Laser;
1 – Porção de água, óleo e açúcar (misturados).

PROCEDIMENTO

Coloque no recipiente de vidro a água com o óleo e açúcar misturados e aponte o laser
para o mesmo. Observe os fenômenos que irão ocorrer com o feixe de luz do laser.

7 UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA COMO PROPOSTA PEDAGÓGICA POR MEIO


DE ABORDAGENS EXPERIMENTAIS SOBRE REFLEXÃO E REFRAÇÃO DA LUZ

A presente pesquisa apresenta uma proposta de sequência didática para o ensino de


Física por meio do objeto de conhecimento óptica geométrica com a análise da mediação
pedagógica no seu desenvolvimento na sala de aula, visando promover uma aprendizagem
potencialmente significativa nos estudantes. A escolha pela temática se deu pelo baixo
quantitativo de trabalhos, como apontou a pesquisa de Ribeiro e Verdeaux (2012), assim
como quando abordada, ainda persistir ações tradicionais, como simples exercícios propostos
ou meras descrições de fenômenos (JUNIOR, 2018).
Segundo Batista (2016), a sequência didática pode ser compreendida como uma
proposta metodológica que oportuniza um conjunto de atividades planejadas e articuladas
entre si. Nessa perspectiva, a sequência se propõe a apresentar a óptica geométrica não apenas
como um conjunto de informações ou curiosidades sobre os fenômenos e conceitos
associados a luz, mas como um processo sistematizado sobre a temática, uma tentativa de
subsidiar a ação do professor por um ensino que gere sentido, desejo e prazer em aprender nos
estudantes.
Nesse contexto, a sequência didática terá como fundamento o Ensino por Processo da
Equação Pedagógica (ENPEP) interpretado como uma proposta metodológica estabelecida
por um conjunto de atividades sistematizadas e articuladas entre si com o objetivo de
promover o ensino de física (NASCIMENTO, 2022).
84

O ENPEP parte da premissa que para aprender se tem algumas variáveis importantes
na construção do processo de ensino e aprendizagem, “aprender = atividade intelectual +
sentido + prazer”, a chamada equação pedagógica, formulada por Charlot (2020, p. 303).
Essas são algumas orientações importantes para o professor perceber se suas ações estão no
caminho de uma aprendizagem significativa. Essa escolha ganha robustez a partir das
experiências e vivências de Nascimento (2023) com a teoria da Relação com o Saber no
ensino de Física.
Para planejar suas ações didáticas, o ENPEP orienta o professor a refletir sobre alguns
momentos importantes:
1-Aprender a perceber a Ciência: aqui o professor pensará na discussão e reflexão
sobre as ideias dos estudantes, construir e desenvolver o conhecimento conceitual e as teorias
científicas, ligado a I- ação de motivar para mobilizar os estudantes- apresentando uma
situação em que os conceitos estarão presentes e se espera que o estudante exponha suas
concepções prévias a partir de suas experiências identitárias;
2-Aprender a explorar a natureza da Ciência: compreender a natureza da ciência,
para além do saber sobre seu método; compreender as características da investigação
científica, articulada a ação II-exploração motivadora para a mobilizadora- Estudantes irão
explorar um problema ou situação por meio de caminhos direcionados pelo professor;
3- Construir um sentido sobre a Ciência: o professor pensará no engajamento dos
estudantes ao desenvolvimento da experiência na investigação científica e na resolução de
problemas científicos, utilizando-se como recurso para se envolver na sua atividade
intelectual, associado a III- exploração interpretativa em que os estudantes serão
incentivados a trazerem seus sentidos construídos a partir dos conteúdos abordados;
4-Abordar questões do mundo na ciência: possibilita que os estudantes concluam os
vínculos da ciência com a tecnologia, contribuições do conhecimento científico para a cultura
e crescimento da sociedade-, vinculado a IV-exploração mobilizadora, os estudantes serão
estimulados pelo professor a explorarem questões que eles mesmos formulam.
Diante do exposto, o ENPEP pode contribuir com o planejamento de ações
conscientes, intencionais e planejadas de acordo com objetivos bem definidos no processo de
ensino e aprendizagem no ensino de ciências.
A seguir, a relação sequencial didática com base no ENPEP.

AULA 1: APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO E DISCUSSÃO INICIAL


85

Objeto de conhecimento (conteúdo): Óptica Geométrica: Reflexão e Refração.


Objetivo: Discutir o questionário e as respostas apresentadas, observando as
concepções dos alunos sobre óptica geométrica, buscando o entendimento sobre o
fenômeno da luz.
Tempo de estimado: Aproximadamente de 45 a 55 minutos.

No primeiro momento, o(a) professor(a) aplicará um questionário para avaliar o


conhecimento dos alunos sobre óptica geométrica: Reflexão e Refração (Anexo 01 –
Questionário). Os alunos deverão responder o questionário individualmente. O professor fará
a leitura do questionário junto com os discentes (1-Aprender a perceber a Ciência).
Após responder os questionários o professor irá propor uma roda de conversa para
discutir os principais pontos do questionário e desmitificar algumas concepções dos
estudantes sobre a temática (I- ação de motivar para mobilizar os estudantes) a partir de
situações do cotidiano.
Para o primeiro momento, o professor irá utilizar o material do questionário como
recurso didático durante a sua aula. Nesse momento, para iniciar as discussões sobre os
questionários e ajudar os estudantes a refletirem sobre suas respostas, o professor(a) irá
apresentar os seguintes vídeos:
Vídeo 1: Vingadores: Guerra infinita
https://www.youtube.com/watch?v=BDFpWc_0WxI
-O que esse vídeo tem a ver com as propriedades da luz?
-O que acontece com a raio de luz emitido pelo Homem de Ferro no Thanos no
momento 1:33?

Vídeo 2: Arco e Flecha indígena


https://www.youtube.com/watch?v=04o6-iJXhig
- O que o ato milenar de pescar dos povos indígenas tem a ver com a física, a
óptica geométrica?

AULA 2: AULA EXPOSITIVA E DIALOGADA ABORDANDO CONCEITOS


ESSENCIAIS DO TEMA SOBRE REFLEXÃO E REFRAÇÃO

Objeto de conhecimento (conteúdo): conceitos sobre reflexão e refração.


Objetivo: discutir os fenômenos relacionados à reflexão da luz e suas aplicações em
situações do cotidiano; discutir as leis de refração e o caminho feito pela luz.
86

Tempo de estimado: Aproximadamente de 45 a 55 minutos.

No segundo momento, o professor tomará como parte da problematização inicial, uma


situação do cotidiano para que os alunos possam compreender e refletir sobre os seus
conhecimentos acerca do tema o qual será abordado (2- Aprender a explorar a natureza da
Ciência). O professor fará indagações de questões problematizadoras, tais como: vocês sabem
o que acontece quando vem um carro com luz alta atrás de outro veículo? O que acontece
quando apontamos um laser para o espelho? Como é possível um marinheiro que está dentro
de um submarino submerso conseguir observar o que está na superfície do mar? Por que uma
colher parece estar quebrada quando mergulhada em um copo com água?
A partir desses questionamentos, os alunos deverão investigar e descobrir como os
fenômenos da luz são aplicados nessas situações. Com o auxílio do professor, eles deverão
construir e discutir suas respostas em cima dos seus conhecimentos prévios sobre a reflexão e
refração da luz (II-exploração motivadora para a mobilizadora).
Em seguida, o professor deverá abordar os conceitos básicos da reflexão e refração da
luz, realizar a compreensão sobre as leis da reflexão e refração, analisar junto aos alunos a
incidência da luz em instrumentos de superfícies lisas/polidas e irregulares apresentando
características do fenômeno e também descrever o que acontece com a luz quando encontra
obstáculos em seu caminho a fim de discutir as aplicações da óptica geométrica nos
instrumentos ópticos.
Problemática 1:
Por que ocorre reflexo da paisagem na superfície da água?

Figura 5 – Reflexo da paisagem na superfície da água


87

Fonte: site CREF (2010)1.

Figura 6 – Reflexo da paisagem na superfície da água do Rio Mearim no município de


Vitória do Mearim -MA

Fonte: Canal do Youtube “Partiu Br” (2018)2.

Problemática 2: Quais seriam os conceitos físicos que poderíamos abordar ao tratar da pesca
realizada pelos povos indígenas?
Figura 7 – Indígena enxergando o peixe em uma posição aparente, devido ao desvio sofrido
pela luz durante a refração

1
Disponível em: https://cref.if.ufrgs.br/?contact-pergunta=por-que-ocorre-reflexo-da-paisagem-na-superficie-da-
agua.
2
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=XGVPg4tClvs.
88

Fonte: site Azeheb (2023)3.

Figura 8 – Campo de visão do observador ou pescador

Fonte: Felipe Science (2023)4.

3
Disponível em: https://azeheb.com.br/blog/entenda-a-refracao-da-luz/.
4
Disponível em: https://blogdfelipemoliveira.webnode.page/l/almadopeixe/.
89

Nesse contexto, para que o professor possa oferecer um exemplo prático dessas
situações em avaliações ou provas, torna-se necessário apresentar aos estudantes uma questão
elaborada pela Universidade Federal do Pará sobre a temática.

Figura 9 – Vista do pescador e da presa em meios diferentes

Fonte: Canal YIZ9 Física (2019)5.

A partir dessa questão o professor poderá abordar os primais conceitos sobre reflexão
e refração da luz, bem como valorizar a cultura indígena.
Os recursos didáticos e digitais que poderão ser utilizados pelo professor para este
segundo momento serão: computador e datashow para apresentação de slides com as questões
problemáticas sobre o assunto abordado, imagens dos fenômenos da reflexão e refração e a
aula sobre o tema.

AULA 3: EXPERIMENTO DIGITAL – PHET COLORADO (DESVIO DA LUZ)

Objeto de conhecimento (conteúdo): desvio da luz.


Objetivo: explicar como a luz se desvia na interface entre dois meios e o que
determina o ângulo.
Tempo de estimado: aproximadamente de 45 a 55 minutos.

No primeiro momento o professor levará os estudantes para sala de multimídia no qual


irão utilizar simuladores virtuais, neste caso, Phet (Physics Education Technology Project)6.

5
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ZdMmngpBS8o.
6
Disponível em: https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulations/filter?subjects=physics&type=html,prototype.
90

O PhET é um simulador virtual desenvolvido pela Universidade do Colorado (EUA)


que disponibiliza grande quantidade de simulações para o uso educativo nas ciências naturais
e exatas. Neste caso, o interesse é nos objetos de conhecimentos da área da Física,
especificamente as simulações que tratam de conceitos básicos da óptica geométrica. O
simulador explora com riqueza de detalhes e com boa interatividade a temática, inclusive,
possibilita ao usuário a alteração dos parâmetros da simulação (CARRARO; PERREIRA,
2014).
Caso a escola não tenha uma sala multimídia, o professor poderá, dentro da sua sala de
aula, com auxílio de recursos tecnológicos, datashow e um notebook, organizar a exposição
do Phet (3- Construir um sentido sobre ciência).
Nesse momento, após acessar o Phet, selecionar a área de interesse “Física”, o eixo
temático “Luz & Radiação”, e o objeto de conhecimento “desvio da luz”; o professor poderá
questionar os estudantes com a intenção de provocá-los a se mobilizarem, o que vai acontecer
quando ele acionar o disparador do laser (Figura 10).

Figura 10 – Desvio da luz e laser não acionado

Fonte: Site Phet7.

Após ouvir as sugestões dos estudantes, acionar o laser (Figura 2)

Figura 11–Laser acionado

7
Disponível em: https://phet.colorado.edu/sims/html/bending-light/latest/bending-light_all.html?locale=pt_BR .
91

Fonte: Site Phet8

A partir desse momento, o professor poderá discutir com os estudantes algumas


propriedades da luz, conceitos de reflexão e refração, questionar os alunos sobre as mudanças
nos parâmetros do simulador, por exemplo, mudando o material, vidro, nos quadros a direita
da figura (Figura 3).
Figura 12 – Mudança de parâmetros no material: água e vidro

Fonte: Site Phet9.

Logo em seguida, o professor orientará os alunos a confeccionar um experimento que


abordem os conceitos utilizados na aula teórica e prática para melhor desenvolver o
conhecimento aplicado (III – Exploração Interpretativa). Para aplicação da aula prática, o
professor utilizará recursos como, internet, data show, site/aplicativo (Phet colorado),
notebook e celular.
Figura 13 – Simulador Phet Colorado

8
Disponível em: https://phet.colorado.edu/sims/html/bending-light/latest/bending-light_all.html?locale=pt_BR .
9
Disponível em: https://phet.colorado.edu/sims/html/bending-light/latest/bending-light_all.html?locale=pt_BR
92

Fonte: Phet Colorado.

AULA 4: CONSTRUÇÃO DE EXPERIMENTO


Objeto de conhecimento (conteúdo): propagação da luz.
Objetivo: comprovar o princípio da propagação da luz.
Tempo estimado: aproximadamente de 45 a 55 minutos.

Na aula 4, construiremos dois experimentos: a câmera escura e o caleidoscópio. Assim, os


alunos poderão ser divididos em grupo para a realização das construções.
O principal objetivo da câmera é comprovar o princípio da propagação retilínea da luz.
Esse princípio permite que a luz entre pelo orifício e atinja o anteparo da câmara. A princípio,
foi desenvolvida pelos inventores da câmera fotográfica, sendo a primeira grande descoberta
da fotografia. Muitas câmaras escuras foram produzidas ao longo da história, desde câmaras
enormes, do tamanho de quartos, até câmaras pequenas.
Diante disto, estimularemos os alunos a perceberem as contribuições do conhecimento
científico para a cultura e crescimento da sociedade, vinculados a (IV- exploração
mobilizadora).

MATERIAIS
1 - Folha de papel guache;
1 – Estilete;
1 – Tesoura;
1 – Tubo de cola;
1 – Régua;
1 - Fita durex;
1 – Prego;
93

1 - Lata de leite em pó vazia.


Figura 14 – Materiais da câmera escura

Fonte: Arquivo pessoal dos autores (2023).

Passo 1 - Na parte inferior da lata de leite em pó, faz-se um furo com o prego, para isso utilizaremos
uma régua para marcamos o centro.

Figura 15 – Marcação do furo no centro da lata


94

Fonte: Arquivo pessoal dos autores (2023).

Passo 2 – Utilizando um o prego, faz-se um furo na marcação.

Figura 16 – Furo no centro da lata

Fonte: Arquivo pessoal dos autores (2023).

Passo 3 – Forra-se a parte interna da lata com o guache preto, pois o objetivo é deixar o interior da lata
bem escuro, sem tapar o furo.

Figura 17– Colagem do papel guache preta no interior da lata


95

Fonte: Arquivo pessoal dos autores (2023).

Passo 4 – É necessário fixar com a fita adesiva a folha de papel vegetal no lugar da tampa que foi
retirada.

Figura 18 – Fixação do papel vegetal na abertura da lata

Fonte: Arquivo pessoal dos autores (2023).

Passo 5 – Usa-se o restante do guache e colaremos na parte externa da lata de modo que
forme um pequeno túnel entre o papel vegetal e o rosto do observador.

Figura 19 – Criação de um túnel entre o papel vegetal e os olhos do observador


96

Fonte: Arquivo pessoal dos autores (2023).

Passo 6 – Utilizaremos a câmera para observar objetos bem iluminados.

Discutiremos com os estudantes o motivo das imagens aparecerem invertidas no papel


vegetal, explicando que cada objeto iluminado emite ou reflete luz em todas as direções e,
portanto, na direção do pequeno orifício, com esse modelo de imagem invertida,
estabeleceremos relações geométricas envolvendo tamanho da câmera escura, tamanho do
objeto e da imagem distância do objeto observado.
Caleidoscópio
Para a realização do experimento, utilizaremos 3 réguas escolares transparentes novas,
fita adesiva, papel cartão na cor desejada, papel vegetal ou outro que tenha um pouco de
transparência, plástico transparente, lantejoulas, miçangas ou outros materiais coloridos.

Figura 20 – Materiais para confecção do caleidoscópio

Fonte: Arquivo pessoal dos autores (2023).


97

Passo 1– Uniremos as réguas em formato de triângulo, passaremos a fita adesiva em pelo


menos 3 pontos da régua para uni-las de forma segura. Envolveremos o triângulo no papel
cartão e deixaremos uma sobra do papel de mais ou menos 2 cm na extremidade (a fim de dar
espaço as lantejoulas), por fim, fixaremos o papel com fita.

Figura 21– Junção das réguas para formar um prisma e a cobertura com o papel guache preta

Fonte: Arquivo pessoal dos autores (2023).

Passo 2 – Em uma das extremidades do triângulo, fixaremos um pedaço de plástico


transparente, cortado em formato também triangular (isso evitará que as lantejoulas caiam).

Figura 22 – Fixação de plástico transparente em uma das extremidades

Fonte: Arquivo pessoal dos autores (2023)


98

Passo 3 – colocaremos as lantejoulas, miçangas no espaço entre a ponta plastificada e a sobra


de papel, no entanto, não é necessário encher muito o espaço com pecinhas, em decorrência
da necessidade de que a luz penetre para fazer o efeito geométrico.

Figura 23 – Adicionando as lantejoulas e miçangas na ponta plastificada

Fonte: Arquivo pessoal dos autores (2023).

Passo 4 – Para não escaparem as peças, cobriremos essa ponta com papel vegetal e fixaremos
com fita.
Figura 24 – Cobrindo a extremidade com papel vegetal

Fonte: Arquivo pessoal dos autores (2023).

Passo 5 – Na outra extremidade, limitaremos a abertura do caleidoscópio colocando um


pedaço de papel cartão com um furo no meio. Assim, a experiência de olhar o caleidoscópio
ficará mais interessante.
99

Figura 25 – Furo na extremidade onde será feita as observações das imagens

Fonte: Arquivo pessoal dos autores (2023).

Passo – Utilizaremos o instrumento construído.


Figura 26 – Imagens observadas

Fonte: Arquivo pessoal dos autores (2023).

Ao utilizar o instrumento contra a luz, as miçangas se movem, e é possível observar


várias formas irregulares, repetidas, ou semelhantes algumas com características geometria
euclidiana, outras com as características da geometria fractal. Chamaremos atenção dos
alunos a observarem que a forma triangular se constitui como a melhor realizada no processo
de reflexão; a soma interna dos triângulos resulta em 180°, a reflexão ocorre de maneira
intensa.
100

AULA 5: CONSTRUÇÃO DOS EXPERIMENTOS DO PERISCÓPIO E REFRAÇÃO NA


ÁGUA.

Objeto de conhecimento (conteúdo): associação de espelhos planos, refração e


reflexão da luz.
Objetivo: discutir a formação de imagem e a relação do ângulo formado pela
associação de dois espelhos plano; compreender o fenômeno da reflexão; verificar a
mudança de refração da luz ao passar de um meio para o outro e definir o ângulo de
refração.
Tempo estimado: Aproximadamente de 45 a 55 minutos.

Para o quinto momento, o professor construirá com os alunos o experimento do


periscópio e da refração na água, para compreensão dos conteúdos: associação de dois
espelhos plano, refração e reflexão da luz, respectivamente. A construção poderá ser feita em
grupo.

MATERIAIS
2 – Espelhos de mesmos tamanhos (10 cm x 6,5 cm);
1 – Fita isolante ou fita adesiva;
1 – Papel Color set;
2 – Papel Cartão preto;
1 – Papelão (1,20m x 51,0 cm);
1 – Tesoura ou estilete.
1 – Tubo de cola.
1 – Régua.
1 – Lápis.

Figura 27 – Materiais para construção do Periscópio


101

Fonte: Arquivo pessoal dos autores (2023).

A montagem deverá iniciar com o papelão sendo dividido em 5 partes, onde 4 delas
terão as medidas de 11 cm, deixando a última parte com o tamanho de 5 cm, conforme a
figura abaixo mostra.
Figura 28 – Marcações no papelão

Fonte: Arquivo pessoal dos autores (2023).

Serão feitas as demarcações no papelão, identificando cada parte com letras para
serem recortadas posteriormente. Na coluna da letra D será feito a demarcação das medidas de
8x8 cm, deixando 1,5 cm de borda para a abertura onde será visualizado a imagem do espelho
1 e os recortes deverão ser feitos nas partes riscadas, conforme mostra a figura abaixo.
102

Figura 29 – Marcações e recortes das áreas identificadas com letras

Fonte: Arquivo pessoal dos autores (2023).

Em seguida, deverá virar o papelão para fazer as demarcações identificando com


letras. Na coluna da letra I será feita a demarcação com medidas de 6x6 cm, deixando a borda
com 2,5 cm para a abertura onde será visualizado a imagem do espelho 2 e riscadas nas partes
onde será feito o recorte, como mostra a Figura 30.

Figura 30 – Marcações e recortes na outra extremidade do papelão nas áreas identificadas


com letras

Fonte: Arquivo pessoal dos autores (2023).

Após o recorte de todas as partes riscadas, o papelão deverá ficar conforme a Figura 31.

Figura 31– Recortes finalizados das marcações


103

Fonte: Arquivo pessoal dos autores, 2023

Depois, deverá passar a cola em toda a superfície do papelão, conforme a Figura 32.
Figura 32 – Passagem da cola na superfície do papelão

Fonte: Arquivo pessoal dos autores (2023).

Após a passagem da cola na superfície do papelão será feita a colagem do papel color
set preta, conforme a Figura 33.

Figura 33 – Colagem do papel color set preta na superfície do papelão

Fonte: Arquivo pessoal dos autores (2023).


104

Em seguida será feita a montagem da caixa dobrando nas marcações colando as abas,
o lado preto da caixa deverá ficar na parte interna da mesma e a tampa não poderá ser fechada
até a inserção dos espelhos (ver Figura 34).

Figura 34 – Montagem da caixa

Fonte: Arquivo pessoal dos autores (2023).

Os espelhos deverão ser posicionados em um ângulo de 45º de frente para as aberturas


e será necessário fixá-los com fita adesiva na base e nas laterais.

Figura 35 – Posicionamento dos espelhos

Fonte: Arquivo pessoal dos autores (2023).

Em seguida, ao finalizar a fixação dos espelhos, deverá fechar a caixa para conclusão
do equipamento e se preferir poderá encapar o equipamento com o papel color set.
105

Figura 36 – Equipamento concluído

Fonte: Arquivo pessoal dos autores, 2023

Com a finalização do aparato óptico, o professor poderá fazer a demonstração do uso


do instrumento, explicando o seu funcionamento em observar as coisas as quais estão fora do
alcance da visão acima ou abaixo de nós. Além disso, deverá também explanar de que forma
a imagem ausente do nosso campo de visão é obtida na outra ponta do espelho e a ligação do
ângulo de fixação dos espelhos com o fenômeno da reflexão.
Continuando com os mesmos grupos formados, o professor seguirá a montagem do
próximo experimento da refração na água.
Por meio do experimento da refração da água, o professor poderá abordar os conceitos
de refração e também o de reflexão. Para a confecção do experimento será necessário utilizar
os materiais listados abaixo:

MATERIAIS
1 – Recipiente de vidro;
1 – Jarra com aproximadamente 1,5 litros de água;
1 – Laser.
106

Figura 37 – Materiais para o experimento da refração da água

Fonte: Arquivo pessoal dos autores (2023).

O professor deverá demonstrar aos seus alunos o passo a passo para realização
do experimento. Primeiramente, deve-se colocar 1,5 litros de água no recipiente de vidro,
conforme a Figura 38 abaixo.
Figura 38 – Adicionando água no recipiente de vidro

Fonte: Arquivo pessoal dos autores (2023).

Em seguida, com o recipiente cheio, o laser deverá ser acionado de diferentes ângulos
para que os alunos possam perceber se ocorrerá o desvio da luz quando o raio incidente passar
de um meio, de menor refringência (o ar), para outro meio de maior refringência (a água),
como mostra a Figura 39 abaixo.
107

Figura 39 –Recipiente de vidro com água e acionamento do laser na água

Fonte: Arquivo pessoal dos autores (2023).

Com o raio acionado, espera-se que o professor direcione o laser em diferentes


ângulos para que os alunos possam verificar os desvios que o feixe de luz sofrerá ao
atravessar um meio com maior refringência. Além disso, o professor também poderá
adicionar na água outras substâncias, a exemplo, a maisena, para a melhor visualização do
raio refratado.
Figura 40 –Visualização do desvio na luz

Fonte: Arquivo pessoal dos autores (2023).

Ao final do experimento, o professor deverá explicar na sala de aula o fenômeno da


refração e reflexão, discutindo os desvios que o raio luminoso pode sofrer na mudança de
108

velocidade e possível mudança de direção ao atravessar uma interface entre dois meios
ópticos diferentes. É importante fazer uma abordagem sobre a mudança da velocidade da luz
em cada meio óptico com seus índices de refração, explicando que quanto menor o índice de
refração de um meio, maior será a propagação da luz e quanto maior o índice de refração do
meio óptico, menor será sua propagação. Adicionalmente, o professor também poderá definir
o ângulo de refração e concluir com as leis de reflexão e refração da luz.
A avaliação dos alunos será a última etapa da sequência didática, esta será feita por
meio da participação, confecção e apresentação dos experimentos. Como sugestão, o
professor deverá propor aos alunos que seja feita uma exposição dos seus experimentos
produzidos em sala de aula para toda a comunidade escolar, explicando os conceitos
estudados sobre Óptica Geométrica.

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nesta proposta pedagógica, utiliza-se a sequência didática como uma possibilidade de


auxiliar os professores no desenvolvimento de um ensino de física que promova o sentido,
desejo e o prazer em uma aprendizagem significativa. Acredita-se que estudos como os
apresentados neste trabalho, direcionados para a experimentação no ensino de Física, podem
contribuir de forma significativa para o ensino e aprendizado dos conceitos de refração e
reflexão, ao passo que sua compreensão é facilitada consideravelmente.
De modo geral, as atividades experimentais propostas aparecem com bastante
promessa de sucesso, com as tendências a se tornarem ótimas ferramentas tanto para os alunos
quantos para os professores. Isso porque os experimentos utilizados somam-se como
importantes contribuições da teoria da aprendizagem em busca da formação do conhecimento.
Assim, os conteúdos de reflexão e refração são assimilados pelos alunos de forma
significativa quando relacionados a outras ideias e conceitos. A prática experimental proposta
neste trabalho auxilia na busca de outros conhecimentos. Dessa forma, podemos observar a
importância da interação prática e teórica no ensino de Física. Segundo Ausubel (1980), para
que ocorra a aprendizagem é necessário partir daquilo que o aluno já sabe. Com o olhar para
essa perspectiva, criamos a sequência didática com a finalidade de descobrir esse
conhecimento, definido previamente a partir da realidade dos estudantes no intuito de criar
suportes para facilitar os conhecimentos adquiridos ou construídos.
É de grande importância alunos se defrontarem com situações reais, relacionando
teoria e prática, tendo como finalidade descobrir mais sobre o assunto estudado,
109

principalmente, compreender determinado conteúdo. Os temas de reflexão e refração são


abordados de maneira prática por meio de uma experiência o aluno passa a ver tal assunto de
uma maneira mais clara, muitas vezes, relacionando com fenômenos presentes no seu dia a
dia. Tal percepção é de grande importância, pois é por meio dela que barreiras são quebradas
e expandem a visão sobre o conhecimento, transcendendo o que apenas a teoria conseguiria
fazer.
 Portanto, as aulas apontadas neste trabalho têm como objetivo implementar ações que
melhorem o interesse dos estudantes pela disciplina de Física e mostrem as possibilidades de
utilizar essas aulas como lócus para raciocinar, compreender as causas e os efeitos dos
fenômenos do nosso cotidiano relacionado a luz.

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demonstração de formação de imagens em sala de aula. Caderno brasileiro de ensino de
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