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Gerir uma escola é, também, uma questão política, muito além da pura acção técnico burocrático.
Isso indica que não se exclui a técnica, a burocracia, mas esta deve andar lado a lado com a
dimensão ético-política da Administração Escolar. Ela está vinculada aos projectos, políticas
públicas e tendências metodológicas e epistemológicas, Paro (2008), afirma que as actividades
sejam administrativas, sejam pedagógicas, carecem de um exame minucioso do ponto de vista
ético-político, no sentido de verificar qual perfil e cosmovisão está presente na formulação,
operacionalização e avaliação de projectos, programas e políticas educacionais.
Na actualidade, muito se comenta a respeito da Gestão Escolar, porque é através dela que todos
os segmentos da escola convergem. Ela tem a função de unir, direccionar e tornar coerentes as
acções da escola. Pensar a Gestão Escolar é lutar contra mecanismos neoliberais que permeiam
os meios de comunicação social para superar o individualismo e formar no interior da escola
uma cultura de participação.
O presente trabalho de pesquisa tem como tema: Importância da administração na gestão escolar
para o desenvolvimento pedagógico da escola
No que tange a estrutura o presente trabalho encontra-se dividido em três partes (introdução,
desenvolvimento e conclusão). Na introdução são apresentados os objectivos, e a metodologia
usada ara a materialização do trabalho, no desenvolvimento apresenta-se o referencial teórico
que aborda a importância da administração na gestão escolar para o desenvolvimento pedagógico
da escola. A terceira parte apresenta a conclusão e referências bibliográficas.
1.1.Objectivos
1.1.1Objectivo geral
1.1.2.Objectivos Específicos
Conceituar a Administração Escolar;
Conceituar gestão Escolar;
Descrever a importância da administração na gestão escolar para o desenvolvimento
pedagógico da escola
1.2.Metodologia
O estudo foi desenvolvido através da pesquisa bibliográfica, de forma exploratória, através da
leitura de obras de vários autores relacionados ao tema.
2.0.Referencial teórico
Nesta secção, será fornecida a fundamentação teórica que embasará todo o assunto desse estudo,
que dará suporte e irá justificar a proposta desse estudo, além de definir, com mais precisão, os
objectivos de sua pesquisa, evitando a repetição, na íntegra, de estudos anteriores, já bem
estabelecidos pela comunidade científica.
2. 1.1 Escola
Segundo Guedes (2009), o termo escola provém do grego “scholé”, cujo significado é lugar de
ócio, espaço em que os homens livres se juntavam para pensarem e reflectirem.
Para Libâneo (1986), como citado em Ferreira e Aguiar (2004:132), “Escola é uma instituição
orientada para a preparação do aluno para o mundo adulto e suas contradições, fornecendo-lhe
instrumentos por meio da aquisição de conteúdos e da socialização, para uma participação
organizada e activa na democratização da sociedade”
2. 1.2 Educação
A palavra educação tem origem Latina E-duceree e significa conduzir para fora. Ainda na
terminologia Latina, a palavra educação também quer dizer educare, que significa a acção de
formar, instruir, guiar.
Os próprios funcionários;
Os recursos financeiros;
Os materiais e insumos;
O tempo;
Em A.E., o objectivo é educar as crianças, os jovens e até mesmo os adultos. É tarefa diferente
de qualquer outra, muito mais complexa, pois envolve elementos humanos e materiais, sem
comparação possível com os da indústria. A A.E. é um meio para alcançar o fim e não um fim
em si. Não devemos exagerar a importância da técnica, atitude muitas vezes contraproducente,
justamente porque o entusiasmo em seu emprego pode levar um novato a considerá-la como
principal. Ela deve favorecer a obtenção de melhores resultados, sem exigir esforços demasiados.
É a parte mais importante da administração pública, serviço a que chamaríamos “básico”, porque
da educação do povo advêm todas as melhorias sociais e económicas. Ela envolve não só
crianças, pais, mestres e funcionários, mas toda a colectividade e até os próprios interesses
nacionais. (Martins, 2000, citado por Lambane, 2020)
No campo educacional e considerando a sua origem, a gestão seria a geração de um novo modo
de administrar uma escola sendo então, por si mesma, democrática, pois traduz a ideia de
comunicação pelo envolvimento colectivo, por meio da discussão e do diálogo (Cury 2002,
citado em Freitas, 2007).
Rumble (2003), ao abordar a mesma temática, sublinha que gestão como processo deve permitir
o desenvolvimento de actividades com eficiência e eficácia, a tomada de decisões com respeito
às acções que se fizerem necessárias, a escolha e verificação da melhor forma de executá-las.
Em suas reflexões, Gracindo e KenskiI (2001), como citados em Drabach e Mousquer (2009),
chamam-nos a atenção para o cuidado que deve-se ter com relação aos termos gestão e
administração da educação, pois os mesmos, são utilizados na literatura educacional ora como
sinónimos, ora como termos distintos.
Algumas vezes, gestão é apresentada como ”processo dentro da acção administrativa; outras
vezes, seu uso denota apenas a intenção de politizar a acção administrativa; noutras apresenta-se
como sinónimo de “gerência”, mas também, a gestão aparece como alternativa para o processo
político - administrativo de educação”.
No meio desta polémica, Santos (s/d), refere que o termo administração escolar tem sido sempre
associado aos processos verticalizados de poder, afastando-se, portanto de uma perspectiva
histórica democrática.
A palavra Administração vem do latim, ad – que significa direcção, tendência para, e minister –
que significa subordinação ou obediência, ou seja, quem realiza uma função sob comando de
outra ou presta serviço a outro, (CHIAVENATO, 2003).
A característica de um gestor é participar dos processos os quais estão articulados com o seu
contexto, interactuando de forma subjectiva com os demais envolvidos, como base para orientar
e insuflar seus processos para que alcancem resultados significativos, de modo que se sinta parte
do movimento de gestão amparada e centrada em seu conhecimento e liderança. O termo gestão
ganha mais abrangência que administração e organização porque é proposto dentro de uma visão
sistémica, que concebe o sistema de ensino como um todo: políticas e directrizes educacionais às
escolas, gestão de sistemas de ensino e escolas, autonomia, processos participativos (LIBÂNEO,
2007, p.15).
Nessa perspectiva de gestão escolar pode-se citar que o director, professores, supervisores, pais,
alunos e comunidade escolar são vistos como sujeitos activos desse processo, de maneira que a
sua participação ocorra com clareza e com responsabilidade, ou seja, a colectividade permite a
tomada de decisões e consequentemente o controle dessas decisões. E é importante destacar
como características fundamentais da gestão escolar a autonomia e a participação colectiva. O
conceito de gestão na escola concebe a possibilidade de transformação do ato de administrar,
pensando o gestor como um educador que se interessa pela organização escolar e que requer o
respaldo da acção participativa de todos os envolvidos no processo de ensino, o gestor necessita
pensar de acordo com a realidade educacional, voltado sempre para a promoção da melhoria do
ensino, empenhado no exercício da democracia e na aprendizagem significativa do
educando(LIBÂNEO, 2007, p.15).
3.0.Conclusão
Administração Escolar (A.E.) é o estudo da organização e do funcionamento de uma escola ou
de um sistema escolar, de acordo com uma finalidade, de modo a satisfazer as exigências da
Política de Educação e aos requisitos da moderna Pedagogia.
Gestão escolar como processo deve permitir o desenvolvimento de actividades com eficiência e
eficácia, a tomada de decisões com respeito às acções que se fizerem necessárias, a escolha e
verificação da melhor forma de executá-las.