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2º Ano
Universidade Pedagógica
Maputo, 2022
Darcia da Luz Pedro Mausse
2ºAno
Universidade Pedagógica
Maputo, 2022
Índice
1. Introdução............................................................................................................................1
1.1. Objectivos........................................................................................................................1
1.1.1. Geral.............................................................................................................................1
1.1.2. Específicos...................................................................................................................1
1.2. Metodologia.....................................................................................................................1
3. Referencias Bibliográficas...................................................................................................8
1. Introdução
Faz-se necessário analisar como essas relações acontecem, qual a postura dos membros da
equipe e a comunidade escolar como um todo, que concepção tem de si enquanto profissional
e de seu próprio trabalho; outro aspeto importante é a verificação de como se processa a
relação professor-alunoe quais as diferenças ou melhorias estas relações podem promover no
contexto escolar e no processo de ensino aprendizagem.
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
1.1.2. Específicos
As relações interpessoais são processos que envolvem o convívio e trocas entre os indivíduos,
e são intensamente mediadas pelos sentimentos, tanto de um, como de outro. (Pinho &
Santos, 2007 apud Garcia 2010).
Antunes (2008 apud SANTANA, 2008) entende que as relações interpessoais são conjuntos
de procedimentos que facilitam a comunicação e a linguagem entre as pessoas e assim
estabelece laços sólidos nas relações humanas.
Conforme Pizolotto e Drews (2008) olhando para a diversidade contida nos grupos ou
equipes que compõem as empresas ou organizações públicas é possível perceber que ali se
constituem ou não laços de afinidades que são denominados como relações interpessoais.
A não motivação está relacionada a várias causas como exaustão, falta de carinho, amor, e até
mesmo necessidades fisiológicas como fome. Cabe ao professor guiar o aluno a experimentar
a importância da aprendizagem para sua vida.
Para Muller (2002), entre os caminhos a serem percorridos para a promoção do ensino e da
aprendizagem está a relação entre o professor e aluno, mesmo se submetendo as regras,
prazos, objetivos, esta interação transforma-se no ponto central deste processo de ensino
aprendizagem.
Desse modo, abordar relações em uma sala de aula leva à impossibilidade de separar
professores-alunos-ensino-aprendizagem, sendo impossível refletir sobre um sem relacionar
os demais. Portanto, o ensino e a aprendizagem qualificam os sujeitos, mas que somente
existem porque eles estão envolvidos e tem algo a buscar. A identificação que o professor faz
do aluno compreendendo a sua personalidade é também, fator importante para a aquisição do
conhecimento.
Segundo Muller (2002) buscar possibilidades, discussões de temas resgatando para dias
atuais, no convívio dos alunos faz a relação ser proveitosa. A interação professor-aluno
submete ao meio convencionado pelo professor, em saber ouvir, dialogar, compreender os
alunos e primordialmente saber interligar o conhecimento a ser transmitido sem descartar o
conhecimento dos alunos (Silva, 2007).
A Aprendizagem é efetivada pelas trocas sociais, onde a mediação torna-se relevante. Quanto
mais profícua for essa ligação, maiores serão as condições de o estudante desenvolver-se. A
ação do mediador não é a de facilitar porque mediar processos de aprendizagem é, sem
sombras de dúvidas, provocar, trazer desafios, motivar quem vai aprender. Um dos princípios
escopos da mediação é criar vínculos entre educando, o professor e o espaço escolar (Cunha,
2012).
Para Rosa (2006) sentimentos de menos-valia ou inferioridade existentes nos estudantes
prejudicam a aprendizagem, na construção da autenticidade do aluno e quanto mais cedo
ocorre o fracasso maior as consequências na vida do individuo. Segundo Vasconcelos et al.
(2005), o professor deve evitar críticas negativas que geram insegurança pois a maneira de
falar e o que se fala, acarreta a incapacidade no aluno, o professor deve fazer o aluno sentir
confiança, apoiá-lo e respeitar as limitações.
Para Coutinho e Moreira (2004, p.183) “atitudes e práticas repressoras instalam e reforçam
medos e ansiedades irracionais que dificultam a aprendizagem, isso se dá, quando não se
propicia ao aluno a oportunidade de tornar racional e compreensível”.
A minha abertura ao querer bem significa a minha disponibilidade à alegria de viver. Justa
alegria de viver, que, assumida plenamente, não permite que me transforme num ser
“adocicado”, nem tampouco num ser arestoso e amargo. A atividade docente de que a
discente não se separa, é uma experiência alegre por natureza. (Freire, 2011,). Para este autor
ensinar requer querer o bem, a alegria, não ter medo de expressar o que sente, ser autentico,
na magia das palavras, no agir, tocar o intimo do educando possibilitando a ele novas
oportunidades de aprendizagem. O processo de ensino aprendizado é um decurso que requer
prontidões neurobiológicas, cognitivas, emocionais e pedagógicas mediante estímulos, a
aprendizagem só é significativa quando gera transformações no individuo que aprende.
Hoje, não se pede um professor que seja mero transmissor de informações, ou que aprende no
ambiente acadêmico o que vai ser ensinado aos alunos, mas um professor que produza o
conhecimento em sintonia com o aluno.
Não é suficiente que ele saiba o conteúdo de sua disciplina. Ele precisa não só interagir com
outras disciplinas, como também conhecer o aluno. Conhecer o aluno faz parte do papel
desempenhado pelo professor pelo fato de que ele necessita saber o que ensinar, para que e
para quem, ou seja, como o aluno vai utilizar o que aprendeu na escola em sua prática social.
Dessa forma, Libâneo (1998, p.29) afirma que o professor medeia à relação ativa do aluno
com a matéria, inclusive com os conteúdos próprios de sua disciplina, mas considerando o
conhecimento, a experiência e o significado que o aluno traz à sala de aula, seu potencial
cognitivo, sua capacidade e interesse, seu procedimento de pensar, seu modo de trabalhar.
Nesse sentido o conhecimento de mundo ou o conhecimento prévio do aluno tem de ser
respeitado e ampliado.
Ensinar bem não significa repassar os conteúdos, mas levar o aluno a pensar, criticar.
Percebe-se que o professor tem a responsabilidade de preparar o aluno para se tornar um
cidadão ativo dentro da sociedade, apto a questionar, debater e romper paradigmas.
Numa sociedade que está sempre em transformação, o professor contribui com seu
conhecimento e sua experiência, tornando o aluno crítico e criativo. Deve estar voltado ao
ensino dialógico, uma vez que os seres humanos aprendem interagindo com os outros. É o
processo aprender a aprender. O professor deve provocar o aluno passivo para que se torne
num aluno sujeito da ação.
O professor desempenha uma série de tarefas no meio escolar de extrema importância, esse
profissional deve ter diversos tipos de atividades em desenvolvimento para atingir um índice
cada vez maior de aprendizado.
Despertar nos alunos o interesse e vontade de buscar seus objetivos com seus próprios
esforços, o professor deve ser um mero orientador do processo.
Elaborar atividades que valorizam o potencial de cada aluno e que sejam planejadas e
ofereça desafios aos alunos.
Instituir pesquisas que force os alunos a realizar estudos argumentativos e que haja
inter-relação entre os temas do passado e do presente. Quando a pesquisa é feita pela
internet o professor deve ficar atento e orientar os alunos para que não aconteça
simplesmente cópia.
Sempre que possível dialogar com os pais e propor algumas recomendações acerca de
como agir com os filhos em casa para que esse tenha um rendimento escolar
satisfatório.
Na medida do possível, realizar uma correção menos punitiva e que valorize aquilo
que é feito pelos alunos.
A docência requer qualidades profissionais por parte do professor e a formação deve habilitá -
lo a ter consciência plena destas qualidades e sua relação com a comunidade escolar e a
sociedade em geral. A formação psicopedagógica é o alicerce para o desenvolvimento das
competências que caracterizam o perfil do professor.
Com efeito, um bom professor é aquele que devotadamente se entrega à nobre causa do
ensino. É aquele que se empenha, muito mais do que ensinar, em fazer nascer e manter
sempre vivo o desejo de aprender do aluno, para que possa descobrir por si próprio algo de
novo.
Houssaye (2000) argumenta ainda que na aresta “ensinar”, aresta somativa, são trabalhadas as
teorias, as orientações e a pedagogia do programa. Na aresta “formar”, aresta formativa, são
trabalhados o ambiente e a transmissão de valores e na aresta “aprender”, aresta cognitiva, são
trabalhados a metacognição, os conflitos sócio-cognitivos, a situação problema, a Zona de
Desenvolvimento Proximal (ZDP) e a explicitação. Estudar o processo ensino aprendizagem é
sem dúvida estudar todas estas relações entre os elementos do triângulo pedagógico, de
maneira a considerar as particularidades de cada elemento e de cada relação.
Com esta definição, Houssaye (1998) faz referência ao processo de mediação, onde a relação
“ensinar” é realizada pelo professor, que busca integrar o aluno, que foi excluído no processo
“formar”. A mediação passa pelo elemento “saber” e pela relação “aprender”. O educador é
um organizador e deve garantir a situação de aprendizagem, o que quer dizer que ele é o
mestre das técnicas de aprendizagem.
O triângulo a seguir faz referência ao triângulo didático que Régnier (2000) elabora para
demonstrar que no processo de ensino, é necessário um constante equilíbrio entre as
concepções pedagógicas e didáticas.
3. Referencias Bibliográficas
Amorim, A. (2007). Escola: Uma instituição Social, Complexa e Plural. São Paulo: Viena
Editora.
Antunes, I. (2003). Aula de Português: Encontro e interação. São Paulo: Parábola Editorial.
Esteban, M. (2002). O que sabe quem erra? Reflexões sobre avaliação e fracasso escolar.
Rio de Janeiro: DP&A Editora.
Ferreira, N. & Syria C. (2008). Gestão Democrática da Educação: Atuais tendências, novos
desafios. 6ª Edição. São Paulo, Cortez Editora.