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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

PEDAGOGIA LICENCIATURA PLENA – EAD

TAMARA PRADO FERREIRA

QUAL O PAPEL DO COORDENADOR PEDAGÓGICO NA ESCOLA DE


EDUCAÇÃO BÁSICA E SUA RELEVÂNCIA NO TRABALHO PEDAGÓGICO

SÃO PAULO
2022
TAMARA PRADO FERREIRA

QUAL O PAPEL DO COORDENADO PEDAGÓGICO NA ESCOLA DE


EDUCAÇÃO BÁSICA E SUA RELEVÂNCIA NO TRABALHO PEDAGÓGICO

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Curso de Pedagogia –
Licenciatura Plena EAD da
Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Orientador: Profª. Draª. Milena


Colazingari da Silva.

SÃO PAULO
2022

SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 4

2 MATERIAIS E MÉTODOS........................................................................................ 7

3 O COORDENADOR PEDAGÓGICO....................................................................... 8

3.1 O QUE FAZ UM CP?.......................................................................................... 8

4 REFERENCIAL - CAPITULO 3 SOBRE O TEMA .................................................... 9

5 REFERENCIAL - CAPITULO N SOBRE O TEMA ................................................... 9

5.1 REFERENCIAL - SUBCAPITULO ...................................................................... 9

6 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................ 9

7 CONCLUSÃO......................................................................................................... 10
1 INTRODUÇÃO

O coordenador pedagógico tem um trabalho importante e transformador na


prática docente. Sua atividade no âmbito escolar é voltada essencialmente à
organização, compreensão e transformação nas atividades pedagógicas dos
professores. Sendo assim, a responsabilidade do coordenador pedagógico é
proporcionalizar espaços, tempos e processos que orientem os docentes a assumir
uma postura crítica e reflexiva diante de suas práticas pedagógicas e ofereçam aos
discentes uma educação transformadora.

Conforme verificado por Franco (2016), os coordenadores entendem as


escolas como um espaço de muita improvisação e pouquíssima organização. Trata-
se inegavelmente de que o trabalho do coordenador pedagógico não vem sendo
executado como deveria, seria um erro, porém, atribuir essa disfunção à apenas um
fator. Assim, reveste-se de particular importância a clara compreensão de quem é
coordenador pedagógico e o que ele de fato coordena. Sob essa ótica, ganha
importância um estudo para contribuir na construção social da identidade dos
coordenadores e sua relevância no trabalho pedagógico dentro das escolas.

O trabalho pedagógico é a essência das instituições escolares e


acompanhado com o desenvolvimento humano, tem-se o objetivo de colaborar com
a autonomia e construção de projeto de vida dos discentes. Logo, esse trabalho
precisa ser coordenado de maneira séria, coletiva, contínua e articulada. De acordo
com o seu papel, o coordenador pedagógico deve ter autonomia para organizar e
orientar o trabalho pedagógico nas escolas, no entanto, ele enfrenta certas
dificuldades que podem ser nocivas para valer a sua função e dar sentido para as
práticas educativas. Essa pesquisa foca, longe de esgotar o assunto, principalmente
na função do coordenador pedagógico, considerando sua relevância no trabalho
pedagógico.

No segundo semestre do curso d e Pedagogia, sob a disciplina de Docência


na Contemporaneidade, tive a oportunidade de estagiar em uma escola pública. Fui
convidada por uma professora para frequentar a sala dos professores e assim, poder
me inteirar um pouco mais sobre o cotidiano delas na escola. Em um desses dias, a
coordenadora pedagógica entrou na sala, apressada e ofegante, informando que a
reunião daquela data estava sendo adiada, pois o diretor havia se ausentado, por
motivos de piora na saúde de sua mãe. Quando ela saiu do ambiente, boa parte
das professoras agradeceram o ocorrido, algumas enfatizando que se referiam à
reunião, pois não aguentavam mais reuniões sobre a Base Nacional Comum
Curricular – BNCC.

Eu fiquei curiosa em saber quem era aquela profissional que havia cancelado
a reunião e o que ela fazia na escola. Algumas professoras presentes me
responderam que se tratava da coordenado pedagógica, no entanto, ao serem
questionadas sobre sua função, as respostas em suma foram que ela fazia de tudo
na escola, além de se dedicar no acompanhamento dos professores em suas
práticas pedagógicas. Levantei uma pequena pesquisa sobre quem era o
coordenador pedagógico na escola e o que fazia, para me inteirar um pouco mais e
nos dias que seguiram do estágio, questionei as professoras individualmente sobre o
trabalho dela. “Ela faz reuniões sobre as atualizações de ensino”; “ela ajuda o
diretor”; “ela supervisiona o nosso trabalho” etc. Diante da atividade de “supervisão”,
e um caso em sala de aula que havia me chamado a atenção, conversei com a
coordenadora pedagógica e perguntei se ela tinha conhecimento de um aluno, do
primeiro ano do ensino fundamental, com possíveis limitações intelectuais e que não
estava sendo inserido nos planos de aula da professora – que por sua vez, justificou
que havia feito de tudo por ele, mas nada adiantava (devo enfatizar que estávamos
no mês de agosto e a criança estava em seu primeiro ano do ensino fundamental) –
e ela desconhecia o caso. Nossa conversa finalizou com a garantia de que ela iria
averiguar, porém passadas três semanas, voltamos a conversar e o caso ainda não
tinha sido analisado.

Portanto, busco reunir dados/informações com o propósito de responder ao


seguinte problema de pesquisa: quais são as implicações no trabalho pedagógico
qaundo o coordenador pedagógico não consegue exercer o seu papel?

Segundo a formadora de coordenadores, Beatriz Gouveia, em sua entrevista


concedida ao programa “Salto para o Futuro”, sob o tema: Os dilemas da rotina do
coordenador pedagógico, a principal atribuição do coordenador é ser formador de
professores. Essa formação não diz respeito à formação pontual que as Secretarias
de Educação, Redes Municipais e demais órgãos fornecem às escolas, em que o
cenário se configura em contratar especialistas para realizar palestras, seminários
etc., em eventos realizados duas vezes por ano; mas a formação ligada à reflexão
permanente dos professores, através de diálogos, trocas de ideias, trabalhos, entre
outras atividades, que sejam conduzidas pelo coordenador pedagógico, no cotidiano
da comunidade escolar. Nas palavras de Oliveira e Guimarães (2013, p.95): “Por
meio do desenvolvimento de um trabalho coletivo pautado na ação-reflexão-ação,
acreditamos que poderá romper barreiras que dificultam um ensino de qualidade
para todos os alunos”.

O objetivo de se compreender o trabalho dos coordenadores oedagógicos nas


escolas de educação básica visa colaborar com o avanço da prática no interior da
sala de aula e da escola. Isso porque à medida que as concepções de práticas
educativas vão se transformando com o passar do tempo, um trabalho bem
coordenado materializa as reformas na prática de sala de aula. Um dos passos a ser
realizado para alcançar o objetivo geral da pesquisa é abordar professores e
coordenadores com alguns questionamentos que nos ajudarão a refletir sobre o
presente trabalho. Em segundo é conceituar o papel do coordenador pedagógico na
educação básica e em terceiro é relacionar o seu trabalho com a comunidade
escolar, de modo que se entenda o seu benefício no ensino e aprendizagem dos
alunos.

Diante de uma ampla esfera de atuação, os coordenadores pedagógicos


enfrentam algumas dificuldades para executar suas atribuições. Sabe-se que no
cotidiano na escola nem sempre os processos funcionam conforme o planejamento
de cada um na comunidade escolar; acontecem brigas entre alunos, alunos se
acidentam, faltam materiais, equipamentos quebram, pais aparecem na escola,
professores faltam etc.; e diante de toda as necessidades, o coordenador
pedagógico é solicitado para resolver muitas questões, deixando naturalmente suas
responsabilidades principais em segundo plano. Para tanto, é necessário levantar
questionamentos e possibilidades para pensarmos a importância do coordenador
pedagógico estar focado em suas atribuições e os prejuízos de estarem distanciados
delas.

Para levantar resultados sobre o tema foi realizada pesquisa exploratória na


literatura, além de pesquisa qualitativa, em que se entrevistou coordenadores e
professores que atuam no Ensino Fundamental I. A pesquisa bibliográfica baseou-se
em publicações científicas. A pesquisa qualitativa foi desenvolvida em questionário
para coletar dados de coordenadores pedagógicos e professores para avaliar o
entendimento que há sobre o trabalho da coordenação.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

Para Zanella (2006) a pesquisa gera novo conhecimento e respostas para


problemas existentes na teoria e na prática, e através dela e da ciência é que temos
a realidade manifestada.

O método qualitativo de pesquisa "preocupa-se em conhecer a realidade


segundo a perspectiva dos sujeitos participantes da pesquisa, sem medir ou utilizar
elementos estatísticos para análise dos dados." (Zanella, 2006, p. 99). Devido a
utilização de questionário para desenvolver o estudo, será utilizada a abordagem
qualitativa.

A pesquisa básica "permite articular conceitos e sistematizar a produção de


uma determinada área de conhecimento." (Zanella, 2006, p. 32, apud Minayo, 2002,
p.52) p. 52). Para fins conceituais do desenvolvimento do trabalho foi utilizada como
natureza a pesquisa básica.

A pesquisa exploratória busca amplificar o conhecimento de um fato, mesmo


parecendo ser simples. (ZANELLA, 2006, p.33 apud GIL, 2007). Portanto,
a presente pesquisa é do tipo exploratória pelo uso de fontes bibliográficas.

Como instrumento para coleta de dados utilizou-se o questionário


disponibilizado pelo Google Forms, a fim de se obter uma melhor percepção do
conteúdo apresentado no trabalho. Para manter o sigilo da identidade dos
participantes (conforme mencionado no questionário) os professores foram
identificados pelas siglas P1, P2, P3 e P4.

A pesquisa contou com a participação de coordenadores e professores que


atuam e atuaram no Ensino Fundamental I, de escolas públicas e particulares, a qual
buscou levantar informações sobre a graduação efetuada, analisar as atribuições
dos coordenadores e o relacionamento entre os coordenadores e professores, para
considerar a relevância no trabalho pedagógico com os alunos.
CONTINUAR

3 O COORDENADOR PEDAGÓGICO

É de suma importância destacar que, antes de qualquer coisa, o coordenador


pedagógico é um educador. Entre o trio gestor de uma instituição escolar, é ele
quem é o responsável pela formação dos professores e acompanhá-los e direcioná-
los no trabalho pedagógico.

O educador surge da função educativa, e mediante às necessidades sociais,


assume inúmeros perfis, que se constroem com o cotidiano. Assim, esse profissional
tem ramificações em diferentes posições, contudo, nunca perdendo a atribuição
principal que é a formação de si mesmo e do outro (LIMA e SANTOS, 2007).

Na hierarquia da gestão escolar, o coordenador pedagógico é muitas vezes,


entendido como supervisor - embora haja a figura do supervisor escolar, que é
representante da Secretaria Educação . Essa ideia parte do histórico desse
profissional, criado no período da Ditadura Militar (1964):

Sabe-se que a Supervisão Educacional foi criada num contexto de ditadura.


A Lei n. 5692/71 a instituiu como serviço específico da Escola de 1o e 2°
Graus (embora já existisse anteriormente). Sua função era, então,
predominantemente tecnicista e controladora e, de certa forma,
correspondia à militarização Escolar. No contexto da Doutrina de Segurança
Nacional adotada em 1967 e no espírito do AI-5 (Ato Institucional n.5) de
1968, foi feita a reforma universitária. Nela situa-se a reformulação do Curso
de Pedagogia. Em 1969era regulamentada a Reforma Universitária e
aprovado o parecer reformulador do Curso de Pedagogia. O mesmo
prepara predominantemente, desde então, "generalistas", com o título de
especialistas da educação, mas pouco prepara para a prática da educação
(VASCONCELLOS, 2007 apud URBAN, 1985, p. 5).

Conforme explicado acima, mesmo a função do coordenador pedagógico ter


passado por reformulação no decorrer dos anos, e embora nosso país seja um país
democrático, as escolas ainda funcionam de forma muito autoritária. Nesse contexto,
o coordenador pedagógico tem dificuldades de exercer e ser visto como
alguém favorável para colaborar na prática pedagógica.

3.1 O QUE FAZ UM CP?

Se considerarmos um satisfatório ensino e aprendizagem dos alunos como o


objetivo da escola (e é), o coordenador pedagógico é mais um agente para contribuir
no processo dessa educação. Em classe, o professor deve trabalhar com
planejamento de aulas de aulas, e partindo da definição que o coordenador
pedagógico é um orientador das práticas pedagógicas dos professores, ao ter
acesso aos planejamentos, seu intuito é sugerir o aprimoramento desses planos.

Nessa posição, o coordenador consegue ter acesso a muitos planos de aulas


e de diferentes disciplinas, que além de aumentar materiais para contribuir com as
ações pedagógicas dos professores, lhe dá uma visão ampla de
interdisciplinaridade. (SILVA, 2017).

Conforme explicado acima é interessante notar a figura de um supervisor,


sem o viés negativo que temos culturalmente no ambiente escolar, que
descaracteriza a identidade do coordenador pedagógico, mas de uma supervisão
que através do acompanhamento consegue ampliar os horizontes do processo de
aprendizagem na educação de cada educando.

Nesse sentido, a própria concepção de supervisão se transforma, na


medida em que não se centra na figura supervisor, mas na função
supervisora, que, inclusive, pode, e deve, circular entre os elementos do
grupo, cabendo à coordenação a sistematização e integração do trabalho no
conjunto, caminhando na linha da interdisciplinaridade . (VASCONCELLOS,
2002, p. 87).

CONTINUAR

4 REFERENCIAL - CAPITULO 3 SOBRE O TEMA

5 REFERENCIAL - CAPITULO N SOBRE O TEMA

5.1 REFERENCIAL - SUBCAPITULO

6 RESULTADOS E DISCUSSÃO
6

7 CONCLUSÃO

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