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Eusália Francisco Malombe

Francisco Marcos Maoco


Ilda Paiva Moiane
Inėa Januario Jorge

Vertentes da Gestão e Organização Escolar:


Gestão pedagógica, Gestão Administrativa e gestão do Espaço

Licenciatura em Historia com habilitações a Ensino

Universidade Save
Massinga
2023
Eusália Francisco Malombe
Francisco Marcos Maoco
Ilda Paiva Moiane
Inėa Januario Jorge

Vertentes da Gestão e Organização Escolar:


Gestão pedagógica, Gestão Administrativa e gestão do Espaço

Trabalho da Cadeira de O.G.E.


A Ser apresentado ao Departamento de
Letras e Ciências Sociais para efeitos de
Avaliação

Msc. Jonas Manhice

Massinga

2023
Índice
2. Objectivos ................................................................................................................................ 4

1. Discussão de conceitos ............................................................................................................ 5

1.1. Vertente ................................................................................................................................ 5

1.2. Gestão .................................................................................................................................. 5

1.4. VERTENTE PEDAGÓGICO-DIDÁCTICA....................................................................... 6

1.5. Dar assistência pedagógica sistematizada aos professores .................................................. 6

1.6. Desenvolver acções de formação continua .......................................................................... 7

1.7. Apoio e potenciação dos actos pedagógicos ........................................................................ 9

1.8. Funcionamento do sector pedagógico .................................................................................. 9

1.9. Órgão de gestão pedagógico e de apoio pedagógico e seu funcionamento ......................... 9

2. VERTENTE ADMINISTRATIVA ....................................................................................... 10

2.1. Compreender e aplicar a legislação escolar e as normas administrativas:......................... 10

2.2. Gerir os recursos físicos, materiais didácticos e financeiros: ............................................ 11

2.4. Administrar a secretaria escolar e os serviços gerais: ........................................................ 11

2.5. Mobilização de recursos financeiros .................................................................................. 12

2.6. Gestão de Recursos Humanos e materiais ......................................................................... 12

3. VERTENTE DA GESTÃO DO ESPAÇO ESCOLAR ......................................................... 13

4. Conclusão .............................................................................................................................. 15

5. Bibliográficas......................................................................................................................... 16
1. Introdução
O Fenômeno educativo é anterior ao seu estudo e sistematização. Partindo desse pressuposto
cabe agora apresentar o tema do tema do trabalho, Vertentes da Gestão e Organização Escolar-
Gestão pedagógica, Gestão Administrativa e Vertentes da Gestão do Espaço.
O estudo dessas temáticas tornasse relevante visto que, é o processo de transmissão da
cultura, mas também de perpetuação e construção da mesma; através dela, o homem produz
conhecimentos, técnicas, inova e renova sua história. A organização escolar passou ao longo dos
séculos por diversas mudanças, onde inicialmente era realizada de forma individual e exclusiva á
nobreza, sendo aos poucos se tornando acessível às demais classes sociais. Abaixo um pouco de
sua história. A organização escolar passou ao longo dos séculos por diversas mudanças, onde
inicialmente era realizada de forma individual e exclusiva á nobreza, sendo aos poucos se
tornando acessível às demais classes sociais. Abaixo um pouco de sua história.

1.1. Objectivos

Geral
 Compreender as vertentes da Gestão e Organização Escolar
Específicos
 Descrever as vertentes Pedagógico-Didáctica;
 Explicar as vertentes Pedagógico-Administrativa.
 Caracterizar vertentes da gestão do Espaço escolar

2. Metodologia
Em termos metodológicos, a pesquisa processou-se em três estágios de investigação: o
primeiro estágio da pesquisa bibliográfica consistiu na seleção das obras literárias, temas de
dissertações, artigos e mais elementos didáticos que gravitam em torno do tema. O segundo
estágio foi a fase da leitura, compreensão, interpretação e elaboração das fichas de Leitura
orientado através da técnica de elaboração de resumo, e Por fim, o terceiro estágio consistiu na
análise crítica, sistematização e compilação dos dados recolhidos, que tornarão possível a
produção do presente trabalho.
1. Discussão de conceitos

1.1. Vertente

Segundo Amaral (2005), Vertente é um termo empregado no sentido figurado, que se


refere a uma determinada perspectiva, a um dos lados de um determinado tema, caso especifico
neste trabalho, que é a vertente de gestão escolar.

1.2. Gestão

Segundo Teixeira (1998), Gestão é o processo de se conseguir obter resultados (bens ou


serviços) com o esforço dos outros”. O mesmo subdivide a gestão em quatro funções essenciais
e interligadas: o planeamento, a organização, a direcção e o controlo. (p. 3).
Pode-se entender ainda que, Gestão é o estabelecimento de objectivos e metas de carácter táctico
e de curto prazo (um dia/ um ano) tendo em conta os recursos disponíveis de maneira a obter o
melhor resultado.
Para Bertrand e Guillemet (1988), Gestão é definida como o conjunto das decisões que
são precisas tomar nas relações dinâmicas entre uma organização e o seu meio.
1.3. Vertentes de Gestão escolar
Segundo Brito (1994), à Escola apresenta três vertentes fundamentais que coincidem com as
principais áreas de gestão escolar, nomeadamente:
 Gestão Pedagógico-Didáctica,
 Gestão Administrativa e Financeira, e;
 Gestão Funcional e dos espaços.
Todos os projectos da escola, actividades, serviços e órgãos deverão estar enquadrados nestas
vertentes. Não raras vezes, os principais "actores” do processo educativo descuram da sua
vocação e seu papel na escola, o que resulta, muitas vezes em situações que levam a privilegiar
algumas destas vertentes em detrimento de outras. Para o desenvolvimento equilibrado das três
vertentes de gestão escolar é necessária uma visão holística.
1.4.VERTENTE PEDAGÓGICO-DIDÁCTICA

Segundo Amaral (2005), As Funções Pedagógicas respondem pela viabilização do


trabalho Pedagógico-Didáctico e por sua integração e articulação com os professores em função
de qualidade de ensino.
Na escola, as funções pedagógicas estão relacionadas a actividades-fim, enquanto as
administrativas estão relacionadas a actividades-meio, mas ambas estão impregnadas do carácter
educativo formativo próprio das instituições educacionais. (Armaral, 2005).
No exercício da Gestão Pedagógica, cabe ao director realizar as seguintes funções:
Diagnosticar problemas de ensino aprendizagem estimulando a adopção de medidas
pedagógicas preventivas, a adequação de conteúdos, metodologias e práticas avaliativas nesta
tarefa, o gestor não deverá tomar para si o papel de professor, porém tem responsabilidades sobre
a questão e deve ter sempre em mão, relatórios que digam como está o desempenho de todos
alunos da escola a fim de organizar o grupo para tomarem as medidas necessárias.
Segundo Brito (1994), Esta função deve ser exercida juntamente com a coordenação
pedagógica, porém nas escolas onde não existe esta figura, o director deve buscar o apoio directo
dos professores. Para acompanhar a aprendizagem de todos alunos da escola, o director precisa
ter relatórios organizados em forma de fichas, tabelas ou quadros, onde constem informações
gerais sobre o desempenho das turmas. Juntamente com a coordenação pedagógica, deve
acompanhar o processo de elaboração e execução do plano de ensino, uso de metodologias e
procedimentos adequados á matéria e as condições de aprendizagem dos alunos, as práticas
avaliativas, o relacionamento professor-aluno, a organização dos níveis escolares, os horários, a
distribuição dos alunos por turma entre outras situações. Deve também acompanhar o
desenvolvimento das acções educativas realizadas fora da sala de aulas que também estão
direccionadas para a formação dos alunos

1.5. Dar assistência pedagógica sistematizada aos professores

Para Reis (2007).Além de orientar a realização de diagnósticos da situação dos alunos,


deve o director apoiar os professores através de desenvolvimento1 de um sistema de assistência

1
Foi só no século XIX, quando a educação deixou de ser exclusivamente comandada por ordens religiosas e se
tornou assunto de interesse do Estado, que o ensino foi aberto à maioria da população através do método de ensino
mútuo, quando o conteúdo era passado para classes de pessoas de modo simultâneo
pedagógico didáctica que forneça subsídios para a concepção, construção e administração de
situações de aprendizagem adequadas às necessidades educacionais dos alunos e que ajude os
professores a cumprir o programa de ensino, dando apoio para que eles consigam um melhor
envolvimento dos alunos, sua participação activa, o desenvolvimento de habilidades,
capacidades intelectuais e valores

1.6. Desenvolver acções de formação continua

Segundo Brito (1994), A realidade é altamente dinâmica e mutável pelo que se tome
necessária uma actualização constante. Trata-se do aprimoramento profissional do pessoal
docente, técnico e administrativo, de preferência no próprio local de trabalho. A ideia de tomar a
própria escola como local de formação profissional, deve-se ao facto de, por ser no contexto de
trabalho, os professores e demais funcionários poderem construir suas práticas resultando em
mudanças pessoais e profissionais.
Para Reis (2007).Uma das estratégias que tem trazido resultados positivos nos processos
de formação no local de trabalho, é a prática reflexiva que se baseia na premissa de que a
experiência no ambiente organizacional é, potencialmente, uma das principais formas de
aprendizado e, por outro lado, na de que o exercício da reflexão, é estratégia que maximiza o
aprendizado a partir da experiência
Não existe consenso definitivo quanto ao conceito de reflexão, porém a maioria dos
autores convergem em tomo da ideia de que ela consiste no exame e questionamento de
experiencias. Trata-se de uma reflexão que questiona pontos de vista pessoais e que tem um
carácter emancipatório, transformador. Ainda segundo Dewey (1979), citado por Reis (2007), a
prática reflexiva envolve um exame cuidadoso e questionador de conhecimentos, pressupostos e
conclusões.
Segundo Teixeira (1998), O gestor escolar não deverá decidir sozinho o tipo de formação
nem os conteúdos a serem desenvolvidos. Deve faze-lo em conjunto com profissionais baseando-
se nas informações sobre as necessidades da escola. Se um levantamento feito na escola aponta
que a conduta dos funcionários está marcada por desentendimentos ou descortesias entre eles
mesmos ou entre funcionários e alunos, esta é uma evidência de que o tipo de curso que precisam
é um que favoreça as relações humanas no trabalho. O director não precisa ser profundo
conhecedor de temas pedagógicos para administrar pedagogicamente a escola. O que ele precisa
é ter visão, ter clareza e firmeza de objectivos, inspirar o grupo escutar as ideias conhecer as
necessidades e expectativas de alunos e professores e liderar as pessoas para fazerem o que lhes
cabe de maneira mais eficiente e humana possível.
Organizar actividades que assegurem a relação entre a escola e a comunidade implica
desenvolver acções que envolvam a escola e suas reacções externas, tais como os níveis os pais,
as organizações políticas e comunitárias, a superiores de gestão do sistema escolar, cidade
localidade e os equipamentos urbanos.
Para Reis (2007). Ao desempenhar este papel, o director está buscando as possibilidades
de cooperação e apoio oferecidas pelas diferentes instituições, que contribuem para o
aprimoramento do trabalho da escola. O director deve favorecer a participação dos pais na gestão
escolar mediante, mediante canais de participação bem definidos e estreitar o relacionamento
especialmente no que se refere ao funcionamento pedagógico-curricular e didáctico da escola, á
comunicação das avaliações dos alunos e a interpretação que delas se faz.
Segundo Amaral (2005), Fazem parte da gestão pedagógico-didáctica todas actividades,
projectos, recursos, órgãos e serviços directamente relacionados com ensino e a educação.
Geralmente na escola existem órgãos próprios com competências e atribuições de indole-
didáctico-pedagógica. No entanto o acto educativo e o acto de aprender e ensinar não podem ser
exclusivos deste ou daquele serviço ou órgão da escola. Nem a acção educativa ou momento de
aprendizagem poderão ter hora marcada para concorrerem. Assim, numa escola, todos tem
responsabilidades na área da educação e do ensino, perante o cliente quer seja olhando apenas
para o aluno quer seja para a sociedade como um todo.
Segundo Brito (1994), Todos os intervenientes da escola são chamados a contribuir na
elaboração do projecto educativo e plano anual da escola, que deve ser baseado nas carências,
preocupações e anseios da escola. Se estas premissas forem pensadas e sentidas por todos os
intervenientes do processo educativo (pais, alunos, professores e funcionários), o êxito da
concretização desse projecto educativo e do plano anual de actividades será certo e seguro. O
envolvimento de todos na inventariação de problemas e partilha de responsabilidades na sua
resolução, é o único caminho viável para a criação duma dinâmica pedagógica rica e saudável.
Para que este envolvimento seja efectivo, é necessário que sejam levados a reflectir e participar
activamente
1.7. Apoio e potenciação dos actos pedagógicos

A partir do construtivismo pedagógico da transformação, poderíamos dizer que o acto


pedagógico é um conjunto de acções, comportamento e relações que aparecem na interacção de
um professor ou professores com os alunos médios sobre os componentes do processo educativo
e uma intenção claramente definida.
Acto Pedagógico é a arte de alcançar os alunos através de estratégias de aprendizagem.
Este processo, envolve a internalização do aluno a respeito de um corpo de conhecimento
oferecido por um professor cuja cobertura da mídia é estabelecida pela heurística ou estratégias
simples. O acto pedagógico resultando em aprendizagem significativa para o aluno. (Idem)

1.8. Funcionamento do sector pedagógico

Segundo Teixeira (1998), O sector pedagógico é de vital importância para o sucesso da


aprendizagem. De entre tantas atribuições, destacam-se:
 Elaboração, controle e avaliação dos projectos pedagógicos, visando continuidade de
acções e aprofundamento dos conteúdos para a boa formação académica;
 Acompanhamento das tarefas e avaliações propostas pelos professores;
 Atendimento dos pais nas duvidas em relação ao processo de ensino e aprendizagem, e;
 Orientação direita do aluno.
Em suma, tem a responsabilidade de coordenar, orientar, supervisionar e avaliar o
desenvolvimento da actividade pedagógica e académica, mobilizando as unidades para oferecer
uma educação de excelência, objectivando a formação integral das pessoas e compromisso
social.

1.9. Órgão de gestão pedagógico e de apoio pedagógico e seu funcionamento

Segundo Amaral (2005), Os órgãos de gestão e apoio pedagógicos onde podemos


destacar o conselho pedagógico, onde envolve a participação dos professores, pais e
encarregados de educação e a comunidade na tomada de decisão para o funcionamento integro
da instituição.
A. Assembleia da Escola;
B. Conselho Directivo;
C. Conselho Pedagógica;
D. Conselho de Disciplina.

2. VERTENTE ADMINISTRATIVA

Segundo Amaral (2005), O director escolar é o responsável pelo funcionamento


administrativo e pedagógico da escola, portanto precisa de conhecimentos tanto administrativos
quanto pedagógicos. A gestão financeira e administrativa compreende fundamentalmente a
gestão de recursos humanos, materiais e financeiros. É importante salientar que na escola todas
acções devem favorecer as actividades pedagógicas, sendo que nenhuma actividade-meio deve
sobrepor a este rumo. Nas acções de cunho administrativo, estão incluídas as tarefas para dar o
apoio necessário ao trabalho do professor em sala de aula. Envolvem as actividades-meio que
asseguram o atendimento dos objectivos e funções da escola, são elas

2.1. Compreender e aplicar a legislação escolar e as normas administrativas:

Segundo Brito (1994), O Director deve terá sua disposição as leis e regulamentos oficiais
relacionados com a escola. A correcta compreensão e aplicação da legislação escolar concorrem
para um bom ambiente de trabalho pois orientam a acção do director na tomada de decisões para
vários assuntos do dia-a-dia da escola. Por exemplo, evita que haja dualidade de critérios no
julgamento de assuntos disciplinares. Do acervo existente, considera-se importante para o
professor a consulta de documentos que lhe dizem respeito, como é o caso do estatuto do
professor, regulamento interno da escola e outros.
No exercício desta função, o director da escola deve organizar momentos de divulga
conteúdo desses documentos á equipa escolar e assegurar o seu cumprimento. O conhecimento e
domínio do conteúdo dos documentos normativos, transmite a comunidade educativa, um
sentido de identidade, uma vez que a sua actuação pressupõe uma base comum. Uma das
vantagens da divulgação destes documentos é libertar o director da escola de uma série de rotinas
administrativas, que pode m ser delegadas aos seus colaboradores directos, permitindo que eles
se ocupe mais de assuntos de carácter estratégicos d vida da escola, como investir n diagnóstico,
no planeamento e propor programas de avaliação institucional e a introdução de inovações.
2.2. Gerir os recursos físicos, materiais didácticos e financeiros:

Envolve as acções de manutenções e conservação do edifício e suas instalações e a garantia de


adequação destes aos objectivos escolares. É o director quem deve dar garantia aos alunos, aos
serviços administrativos e pedagógicos e aos professores, das condições necessárias para o
desenvolvimento do trabalho e a garantia do trabalho, através da adequação e suficiência do
mobiliário e material didáctico.
Segundo Brito (1994), Em outras palavras, o director é quem vai zelar pela
disponibilização de equipamentos e materiais que os alunos vão precisar para aprender, que o
professor precisa para ministrar suas aulas e que o pessoal técnico-administrativo usa em suas
tarefas. Ainda no desempenho desta função. Cabe ao director responsabilizar-se pela previsão
das despesas e receitas da escola, escrituração avaliação e controle dos recursos recebido e pelos
gastos efectuados.
Segundo Teixeira (1998), As escolas públicas recebem recursos para os quais tem regras
de aplicação. Com estes recursos, o director pode adquirir bens e contratar serviços que atendam
ao interesse colectivo. Ele é responsável pela e supervisão organização financeira e o controle
das despesas da escola, mas isso deve ser feito em comum acordo com conselho da escola e os
membros da sua equipa, além de seguir as normas que determinam as áreas da sua aplicação e
como proceder a prestação de contas.

2.3.Gerir e administrar as rotinas organizacionais e administrativas:


Segundo Teixeira (1998), Refere-se a todas as actividades de coordenação e
acompanhamento do trabalho das pessoas, envolvendo o cumprimento das atribuições de cada
membro da equipa e realização do trabalho em equipa, a manutenção do clima de trabalho e a
avaliação do desempenho. Cabe ainda ao director, aplicar directrizes de funcionamento da
instituição, assim como as normas disciplinares. Cabe aqui ressaltar que o director deve ser
profundo conhecedor da legislação que regula as relações laborais.

2.4. Administrar a secretaria escolar e os serviços gerais:

Segundo Brito (1994), O director deve coordenar as acções da secretaria escolar que entre
outras reúne as funções de recepção e de contacto com as pessoas e atribuições administrativas
propriamente ditas relativas ao registo escolar de alunos e professores registos, arquivos e outros.
Neste papel de coordenador, o director deverá procederá conferência e assinatura de documentos
escola encaminhamentos de processos e correspondências da escola.
Dada a complexidade do contexto actual, e a multiplicidade de tarefas aqui arroladas, é
praticamente impossível o director assumir sozinho a direcção de uma escola. Assim, ele deve
desenvolver um trabalho em equipa e estabelecer um processo de gestão compartilhada, baseada
num planeamento aberto as inovações e mudanças necessárias para se adaptar num ambiente
turbulento.
Segundo Amaral (2005), É importante entender a escola como um sistema, para que haja
equilíbrio permanente entre as acções pedagógicas e administrativas. Para conseguir este
equilíbrio, o gestor deverá:
 Ter em mente e com bastante precisão o objectivo da escola. parece absurda uma
afirmação desta natureza, porém na maioria das vezes a escola não tem bem claro o
porquê da sua existência, portanto, dar rumo a escola é a maior responsabilidade do
director;
 Lembrar-se que todas as decisões são interdependentes. Uma mudança implica numa
avalanche de alterações. Se o director não tomar a peito esta interdependência entre as
áreas de gestão, passará grande parte do seu tempo"apagando incêndios;
 Reconhecer que as falhas decorrem das acções de gestão. Se algo vai mal na escola
mesmo que se apresentem várias justificativas, nada ilibará a direcção da sua
responsabilidade.

2.5. Mobilização de recursos financeiros

Para Reis (2007)., As escolas podem mobilizar os recursos através de desenvolvimento


de actividades remuneráveis para a sua sustentabilidade, campanha de angariação de fundos
entre outras actividades dentro dos limites plasmados nos regulamentos do funcionamento das
instituições públicas.

2.6. Gestão de Recursos Humanos e materiais

Segundo Amaral (2005), Não menos importante que a vertente/gestão Pedagógica, a


gestão de pessoal (alunos, equipe escolar, comunidade) constitui a parte mais sensível de toda a
gestão. O que sem dúvida, lidar com pessoas, mantê-las trabalhando satisfeitas, rendendo o
máximo em suas actividades, contornar problemas e questões de relacionamento humano fazem
da gestão de recursos humanos o fiel da balança, em termos de fracasso ou sucesso de toda
formulação educacional a que se pretenda dar consecução na escola.
Segundo Teixeira (1998), Direitos, deveres, atribuições de professores, corpo técnico,
pessoal administrativo, alunos, pais e comunidades estão previstos no Regimento Escolar.
Quando o Regimento Escolar é elaborado de modo equilibrado, não tolhendo demais a
autonomia das pessoas envolvidas com o trabalho escolar, nem deixando lacunas e vazios
sujeitos a interpretações ambíguas, a gestão de recursos humanos se torna mais simples e mais
justa.

3. VERTENTE DA GESTÃO DO ESPAÇO ESCOLAR


Conjunto de normas que determinam a ocupação e construção dos espaços escolares,
deveriam existir como forças para possibilitar ao ser humano o acesso ao conhecimento e
informações necessárias para produção destes novos espaços e produção da sua própria cultura
escolar.
Segundo Amaral (2005), As escolas públicas apresentam-se cada vez mais sem infra-
estrutura e as ações políticas e medidas tomadas de decisão pelo poder público para sua
manutenção, construção e conservação, cada vez mais dependem de subsídios do Estado para o
capital privado manter sua própria escola, Organizações não Governamentais ou comunitárias,
que retiram do estado o peso da educação.
O espaço escolar educa, pois a relação entre usuários e espaço físico vai além do formal,
nele estão representado sua dimensão simbólica e pedagógica e através da sua arquitectura
podemos ler e interpretar a História da Educação e que ao mesmo tempo podemos ler a própria
história dos poderes. A este espaço que comunica, mostra a quem sabe ler, o emprego que o ser
humano faz dele mesmo, que varia em cada cultura e que é um produto cultural específico, não
só das relações interpessoais, mas também dos ritos sociais, à simbologia das disposições dos
objectos e dos corpos, à sua hierarquia e relações.
Segundo Brito (1994), O gestor e as políticas públicas são elos fundamentais na
construção e na transformação dos ambientes escolares, as condições físicas dos espaços
escolares e a infra-estrutura adequada contribuem para melhoramento significativo da qualidade
educacional, porém, temos a consciência de que os espaços escolares no decorrer da história
externam e explicitam os poderes económicos-político-social vigente.

Ao falar da observação da escola como espaço sociocultural e sua organização dos


espaços, deixa claro na reflexão sobre a escola transformada que, as edificações compõem
significados múltiplos na investigação sobre a cultura escolar e coloca que estudo desta natureza
pode surpreender, pois quando se pensa em achar o inusitado e o extraordinário, depara-se com o
prosaico, os lugares comuns, quase sempre negligenciados por comporem a estrutura habitual de
nossa percepção da realidade.
4. Conclusão

Concluindo o trabalho, percebe-se que a gestão escolar é um processo que envolve três
áreas de intervenção como é caso da acção Pedagógica-didáctica; financeira e gestão funcional
dos espaços. Em que estas se comunicam entre si para o bom funcionamento de uma escola.
Neste processo também envolve a participação da população, dos funcionários e dos estudantes.
Em relação ao funcionamento, O conceito de Organização Escolar está ligado com modelos de
ensino onde os alunos se organizam tal como se estivessem em uma fábrica e/ou uma linha de
produção, sendo estes postos enfileirados uns atrás dos outros em uma sala fechada sem
distrações exteriores e à frente de uma figura de autoridade que é responsável pela gestão das
atividades da classe. Esse modelo se assemelha em muito com as disposições criadas por
pensadores da administração na disposição de itens e funcionários em fábricas com o foco na
otimização de tempo, espaço e recursos
5. Bibliográficas

Amaral C. (2005), Funções Administrativas, Pedagógicas e Sociais do director da escola. São


Paulo,
Brito, C. (1994). Gestão escolar participativa – Na Escola todos somos gestores. 3ª Edição.
Lisboa Porto Editora,
Reis, G.G. (2007). Da Experiência ao aprendizado a prática reflectiva como recurso no
processo de coaching de executivos. AMPAD, Rio de Janeiro/RJ-
Teixeira (1998). Gestão Escolar: cadernos de estudos. Rio de Janeiro
Bertrand e Guillemet (1988). Filosofia da Educação. 2. Ed. São Paulo

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