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Pelotas - 2023/2
Adriele de Avila Soares
Pelotas. 2023/2
Comunicação Química entre Plantas: Explorando as Propriedades
Aleloquímicas
Resumo:
1. Introdução.............................................................................................................. 4
1.1. Desvendando a Comunicação Química entre Plantas....................................4
2. Desenvolvimento................................................................................................... 5
2.1. Mecanismos Bioquímicos da Alelopatia..........................................................5
2.2. Papel da Alelopatia na Ecologia:.....................................................................6
2.3. Desafios e Limitações no Uso de Aleloquímicos:........................................... 7
2.4. Aplicações Práticas da Alelopatia na Agricultura e Horticultura:.....................8
3. Conclusão.............................................................................................................. 9
4. Referências.......................................................................................................... 10
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1. Introdução
Definindo alelopatia, Rice (1984) a descreve como "qualquer efeito direto ou indireto
danoso ou benéfico que uma planta, incluindo microrganismos, exerce sobre outra
pela produção de compostos químicos liberados no ambiente." Este fenômeno
revela-se como uma forma sofisticada de comunicação química entre plantas, onde
moléculas cuidadosamente elaboradas desempenham papéis cruciais na dinâmica
ecológica.
A ação dos aleloquímicos vai além do reino vegetal, sendo explorada como uma
alternativa promissora aos tradicionais herbicidas, inseticidas e nematicidas na
agricultura. Originárias do metabolismo secundário das plantas, essas substâncias
oferecem vantagens evolutivas ao longo do tempo, desafiando a ação de
microrganismos, vírus, insetos e outros agentes patogênicos ou predadores.
2. Desenvolvimento
A alelopatia tem sido explorada como uma alternativa aos herbicidas e pesticidas
tradicionais na agricultura e horticultura. Algumas das principais aplicações práticas
incluem:
- Uso de plantas de cobertura: as plantas de cobertura são utilizadas para proteger
o solo e melhorar sua qualidade, além de reduzir a competição de plantas daninhas.
Algumas plantas de cobertura, como a aveia-preta e o nabo-forrageiro, possuem
compostos alelopáticos que podem inibir o crescimento de plantas daninhas.
- Uso de extratos vegetais: os extratos vegetais são obtidos a partir de plantas que
possuem compostos alelopáticos e podem ser utilizados como herbicidas naturais.
Alguns exemplos incluem o extrato de folhas de eucalipto e o extrato de sementes
de mamona.
- Uso de resíduos vegetais: os resíduos vegetais, como folhas, caules e raízes,
podem ser utilizados como cobertura morta para reduzir a germinação e o
crescimento de plantas daninhas. Além disso, a decomposição desses resíduos
pode liberar compostos alelopáticos que inibem o crescimento de plantas daninhas.
- Uso de rotação de culturas: a rotação de culturas é uma prática agrícola que
consiste em alternar as culturas plantadas em uma determinada área ao longo do
tempo. Essa prática pode reduzir a incidência de pragas e doenças, além de
melhorar a qualidade do solo. Alguns estudos sugerem que a rotação de culturas
pode também reduzir a incidência de plantas daninhas, possivelmente devido à
liberação de compostos alelopáticos pelas plantas cultivadas anteriormente.
- Uso de biofumigação: a biofumigação é uma técnica que consiste na utilização de
plantas que liberam compostos voláteis que podem inibir a germinação e o
crescimento de plantas daninhas e patógenos do solo. Algumas plantas utilizadas
para biofumigação incluem a mostarda e o rabanete.
Essas são apenas algumas das aplicações práticas da alelopatia na agricultura e
horticultura. O uso de aleloquímicos como alternativas aos herbicidas e pesticidas
tradicionais pode contribuir para a redução do impacto ambiental desses produtos e
para a promoção de práticas agrícolas mais sustentáveis.
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3. Conclusão
4. Referências
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