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INTRODUÇÃO

Antígenos eritrocitários são substâncias presentes nas membranas de glóbulos


vermelhos, herdados geneticamente e que bioquimicamente podem apresentar estruturas
proteicas ou de carboidratos. O conjunto de antígenos sanguíneos está presente nas
membranas dos eritrócitos e é formado a partir da expressão de alelos de mesmo locus gênico.
O sistema ABO representa, portanto, a convenção de presença ou não de dados antígenos.
Este foi o primeiro experimento realizado: pesquisa de antígeno em membranas de eritrócitos.
Indivíduos que possuem o grupo sanguíneo A, possuem em sua membrana o antígeno
A e em seu plasma anticorpos anti-B. Dessa forma, ao entrarem em contato com eritrócitos
com antígenos B, aglutinam.
Indivíduos que possuem o grupo sanguíneo B, possuem em sua membrana o antígeno B e em
seu plasma anticorpos anti-A. Dessa forma, ao entrarem em contato com eritrócitos com
antígenos A, aglutinam.
Indivíduos que possuem o grupo sanguíneo AB, possuem em sua membrana o
antígeno A e o antígeno B e o seu plasma não possui anticorpos anti-A ou anti-B. Dessa
forma, analisando exclusivamente a interação antígeno-anticorpo de membranas para o grupo
ABO, ao entrarem em contato com qualquer eritrócito, não aglutinam.
E por fim, indivíduos que possuem o grupo sanguíneo O, não possuem em sua
membrana o antígenos A ou B, porém, em seu plasma estão contidos anticorpos anti-A e
anticorpos anti-B. Assim, ao entrarem em contato com eritrócitos de qualquer tipagem
sanguínea, exceto o tipo O, aglutinam.
Nesta interação antígeno-anticorpo não está sendo considerado o antígeno D e sua
relação com o fator Rh.
A seguir, uma tabela esquemática que busca representar a presença de antígenos na
membrana eritrocitária e a presença de anticorpos no plasma sanguíneo:

TIPO AA
Antígenos TIPO B
Antígenos B TIPOAAB
Antígenos eB AusênciaTIPO O AeB
de Antígeno

M
E Antígenos A Antígenos B Antígenos A e B Ausência de Antígeno A e B
M
B
R
A
N
A
TIPO A TIPO B TIPO AB TIPO O

P
L
A
S
M
A

Anticorpo Anti-B Anticorpo Anti-A Sem Anticorpos A ou B Anticorpos Anti- A e B


Tabela 1: Tipos sanguíneos e seus constituintes de membrana e plasma
Acerca do segundo experimento, pesquisa de anticorpos anti-estreptolisina “O”. Os
sintomas da infecção aparecem após 10 a 14 dias e incluem: comprometimento do tecido
conjuntivo das articulações e do coração, resultante de uma reação imunológica cruzada.
Assim, parede celular do Streptococcus tem importância fundamental na patogenia da
doença já que a proteína M tem semelhança estrutural com a tropomiosina do miocárdio. Há
também semelhança estrutural da molécula da N-acetil glucosamina da parede celular da
bactéria com as glicoproteínas das válvulas, daí a valvulite. A mucoproteína da parede celular
é semelhante a componentes do tecido conjuntivo da sinóvia, explicando a artrite. Alguns
componentes da membrana protoplasmática da bactéria fazem reação cruzada com
componentes do sarcolema dos vasos, explicando a vasculite.
Os antígenos liberados pelo Streptococcus são: estreptolisina O (ASLO), toxina
eritrogênica, estreptoquinase (SK), hialuronidase(H), proteinase, esterase, nicotinamida-
adenina-dinucleotidase (NADase), estreptolisina O (ASO), desoxirribonuclease (DNAase).
O organismo infectado produz anticorpos específicos contra estas exotoxinas,
destacando-se entre elas a Anti-Estreptolisina “O”. A determinação do título de Anti-
Estreptolisina “O” no soro de um paciente, permitirá estabelecer o grau de infecção devido ao
estreptococo Beta-hemolítico.
O procedimento básico para a determinação do título de Anti-Estreptolisina “O” se
baseia no efeito inibitório que o soro de um paciente produz sobre o poder hemolítico de uma
Estreptolisina “O”previamente titulada e reduzida.
No entanto, a reação antígeno-anticorpo ocorre independentemente da atividade
hemolítica da Estreptolisina “O”, o que facilita o desenvolvimento de um teste qualitativo
para a determinação do título de Anti-Estreptolisina “O” por aglutinação de partículas de látex
em placa.

O reagente látex é uma suspensão de partículas de látex de poliestireno de tamanho


uniforme sensibilizadas com Estreptolisina “O”. As partículas de látex permitem a
visualização da reação antígeno-anticorpo.
Devido à presença de Anti-Estreptolisina “O” no soro, se desenvolve esta reação e a
suspensão de látex perde seu aspecto uniforme, tornando-se evidente uma clara aglutinação.
Isto se deve a Anti- Estreptolisina “O” presente no soro, que reage com a Estreptolisina “O”
aderida às partículas de látex.
Já a cromatografia em papel é uma técnica que utiliza para a separação e identificação
das substâncias ou componentes da mistura, a migração diferencial sobre a superfície de um
papel de filtro de qualidade especial (fase estacionária, podendo ser sólida ou líquida). O
experimento possui outra fase a móvel que pode ser um solvente puro ou uma mistura de
solventes. À medida que a solução passa através da fase sólida, os solutos vão sendo
sucessivamente adsorvidos e dessorvidos, cada qual com uma característica específica. Por
isso, no processo de escoamento da solução os que são mais adsorvidos atrasam-se em relação
aos menos adsorvidos, e consegue-se a reparação uns dos outros.
Quando a fase estacionária é líquida, o mecanismo da separação é baseado na diferente
repartição dos solutos entre o solvente da solução e o líquido estacionário (cromatografia por
repartição).
Neste método tem sempre uma substância capaz de fixar em sua superfície a
substância que está sendo separada, e um solvente fluido que “arrasta” o material a ser
isolado. As substâncias a serem separadas costumam interagir com a celulose do papel, sendo
que em razão das suas diferentes constituições, uns migram com maior e outros com menor
velocidade.
Segundo Braga, a cromatografia em papel, desenvolvida por Consden, Gordon e
Martin, apresenta boa capacidade de resolução e aplica-se principalmente na separação e
identificação de compostos polares. É uma técnica de análise muito versátil e com extensa e
corrente aplicação em bioquímica, em química analítica, etc. As primeiras cromatografias
foram realizadas com substâncias coradas e daí provém o nome associado à técnica.
No experimento da biologia molecular, a análise da eletroforese foi realizada após
hipoteticamente identificado o trecho desejado e realizado o PCR (Reação da cadeia
polimerase). A eletroforese foi inicialmente proposta por Arne Teselius (1937) como técnica
empregada para visualização de proteínas de acordo com as diferenças de comprimento dos
fragmentos de aminoácidos e cargas elétricas. A simplicidade e rapidez da técnica
impulsionaram seu aprimoramento e uso, atualmente, para separar, identificar e purificar
fragmentos de DNA.
A visualização do DNA por eletroforese baseia-se na carga negativa que os fosfatos
conferem ao DNA. Um gel é preparado com pequenos poços- utiliza-se um pente antes de o
gel secar- para a deposição do material. O gel então é submetido a uma diferença de potencial
elétrico. A presença da carga negativa deve ser combinada com a adição de solução salina
para maior eficiência na condução elétrica. Posteriormente há um deslocamento dos ácidos
desoxirribonucleicos de acordo com o tamanho das moléculas, as de menor massa apresentam
maior velocidade de migração enquanto que as de maior massa são mais lentas.
A eletroforese se mostra mais eficiente para determinas fragmentos de DNA do que
outros processos como a centrifugação de gradientes de concentração e é utilizada em teste de
paternidade, identificação de criminosos.
As técnicas de biologia molecular permitem a caracterização das variabilidades do
genoma humano ajudando assim, na identificação de indivíduos que possam estar
relacionados direto ou indiretamente à cena de um crime, por meio da analise do seu material
biológico deixado na cena do crime, como também pode ser utilizado em testes de
paternidade.
A atividade proposta para este estudo foi uma simulação de identificação de pessoas
envolvidas em um crime e um teste de paternidade, ambos pela análise da identificação
genética de cada individuo ao comparar resultados de uma eletroforese. Obteve-se um gráfico
em que os fragmentos de DNA encontram-se distribuídos em faixas.

MATERIAIS E MÉTODOS

Experimento 1:

 Amostra de sangue com a tipagem sanguínea desconhecida;


 3 Tubos de vidro (um para suspensão de hemácias 5% e dois para transferir gotas da
suspensão e adicionar soros de anticorpos);
 Conta-gotas;
 Anticorpo anti-A e Anticorpo anti-B;
 Centrífuga;
 Visor de Aglutinação VP20 Phoenix®;
 Pipeta;
 Ponteira;

Da amostra de sangue coletada com tipagem sanguínea desconhecida, foi realizada uma
suspensão de hemácias a 5%: em 1mL de soro fisiológico e acrescentou-se 0,1mL de sangue
total separado por pipeta em um tubo de vidro. Com um conta-gotas, transferiram-se duas
gotas desta suspensão para dois tubos de vidros identificados com caneta de retroprojetor
como tubo “A” e tubo “B”. A estes tubos identificados, foi adicionada uma gota de soro anti-
A no tubo A e uma gota de soro anti-B no tubo B. Não foi separado um tubo de vidro de
suspensão para análise do Rh, pois não havia soro anti-D.
Os tubos identificados foram delicada e mecanicamente homogeneizados e
transferidos para a centrífuga, pelo tempo de um minuto a 1500 rpm.
Após este processo, os tubos foram retirados da centrífuga e observados no visor de
aglutinação VP20 Phoenix®. À aglutinação aparente, o tubo era delicadamente
homogeneizado de forma mecânica, para observar se havia suspensão. Quando a suspensão
não ocorria, confirmava-se a aglutinação: reação antígeno-anticorpo.

Experimento 2:

 Reagente Látex;
 Placa de leitura;
 Bastonete de plástico;

Em uma placa com área demarcada escura, colocou-se uma gota do soro a pesquisar
Ac.
Em seguida, adicionou-se uma gota de reagente látex (antígeno adsorvido a partículas
de látex).
Um bastonete de plástico foi usado para homogeneizar a amostra, imprimido
movimento rotatório por 3 minutos. Observou-se se havia a presença ou ausência de
aglutinação.

Experimento 3:

 4 tiras de papel de filtro;

 2 beckers de capacidade 80mL ;

 Água; álcool 70%;

 Pincel marcador nas cores disponíveis;

 Canetas hidrocor (de preferência, as mesmas cores dos pinceis);

Foram utilizados dois Beckers de capacidade volumétrica 80 ml cada e que


chamaremos de 1 e 2. No Becker 1 utilizou-se 20 ml de água, já no Becker 2 utilizou 20 ml de
álcool etílico a 70%. Para a fase estacionária utilizou-se quatro tiras de papel filtro. Além
disso, foram usados 3 pinceis marcadores nas cores: preto, azul e amarelo e 3 canetas hidrocor
nas cores: preto, azul e amarelo.
Em duas tiras papel identificadas: hidrocor e pincel foram feitos três pontos do mesmo
tamanho a 1,5 cm de uma das extremidades do papel com os pincéis marcadores, já nas outras
duas tiras, também identificadas, utilizou-se do mesmo método, entretanto com pinceis
hidrocor, como indicado na figura 1.

Figura 1: Beckers de 80ml identificados com H 2O e Álcool com as duas tiras de papel com os
pontos de pincel marcador e de hidrocor também identificadas. Ainda não havia sido
colocada a fase móvel do experimento.

Preparados os Beckers e as tiras de papel, uma com os pontos feitos de pinceis


marcadores e outra de pincel hidrocor foram mergulhadas no Becker 1 com água e as outras
duas fitas no Becker 2 com álcool etilitco a 70%. As tiras de papel foram deixadas dentro dos
recipientes por 5 min e depois foram tiradas e secadas para serem analisadas.

Experimento 4: (Experimento hipotético)


 Restos de pele encontrados sob as unhas de uma pessoa assassinada, de onde foi
extraído o DNA;
 Fio de cabelo de 1 criança e 2 homens, de onde foi extraído o DNA;
 Enzima de restrição;
 Termocilador;
 Gel de Agarose (polissacarídeo que forma uma rede para segurar as moléculas
maiores durante a migração na eletroforese);
 Uma cuba de eletroforese e uma fonte de força;
 Bandejas de Gel, em diferentes tamanhos de plástico transparente à UV
(As extremidades são abertas para montar o gel e depois removidas na eletroforese);
 Pentes para fazer poços onde as amostras serão aplicadas ;
 Tampão de eletroforese (corrida), Tris-acetato-EDTA (TAE) ou Tris-borato-EDTA
(TBE);
 Tampão de amostra material denso (glicerol por ex.) e com cor para ver a amostra
Migração: Azul de bromofenol (300bp) e xileno cianol (4000bp);
 Brometo de Etídeo, corante fluorescente usado para corar ácidos nucléicos;
 Transiluminador (caixa de luz UV), usado para visualizar o DNA corado com EtBr;

Primeiramente deve-se extrair o DNA do material coletado dos envolvidos na análise,


é adicionado este a uma mistura que contém os dNTPS, primers e enzima DNA polimerase
em uma solução tampão. Toda essa mistura é colocada no termocilador pré-estabelecidos com
tempos exatos específicos para cada reação (fragmento a ser a amplificado- PCR). A
eletroforese é então feita adicionando-se o material extraído a pequenos poços, contendo gel
de agarose utiliza-se um pente antes de o gel secar- para a deposição do material e sobre esses
é adicionada uma solução tampão ionizada. Em seguida, coloca-se sobre essa solução uma
corrente elétrica. Como se observa na figura 2. Partículas menores tem maior velocidade até o
polo positivo, ocorrendo-se assim a eletroforese.

Remove-se o gel da câmara e cora-se com brometo de etídeo e fotografa sob


iluminação UV.

Figura 2: Esquema básico de eletroforese.


RESULTADOS E DISCUSSÃO

Dos resultados do teste para a pesquisa de antígeno

A B em membranas de eritrócitos, obtivemos que a


suspensão inicial dos tubos A e B aglutinaram após o
tempo de um minuto em centrífuga a 1.500rpm e
embora o procedimento de homogeneização mecânica
fosse realizado, não houve ressuspensão.

Figura 3: Tubos A e B e resultado de aglutinação

Na figura 3, a aglutinação está esquematicamente demonstrada. “A” e “B” identificam


tubos que receberam soro anti-A e anti-B, respectivamente. A aglutinação foi observada no
visor de aglutinação VP20 Phoenix®, no entanto, a aglutinação era tão intensa entre antígeno-
anticorpo que não necessitaria a observação no visor.
Na clínica, a caracterização do sistema ABO se mostra de extrema importância para
pacientes que necessitam de transfusão sanguínea, já que a compatibilidade doador-receptor
permite ao receptor a capacidade de reposição para perdas sanguíneas, não apenas em
cirurgias, ou em acidentes, como também em situação de baixa volemia em geral, de baixa
produção de hemácias, etc. A técnica de aglutinação sanguínea possui grande especificidade e
grande sensibilidade segundo a literatura.
Dos resultados para a o teste de Pesquisa de Anticorpos anti-estreptolisina “O”, a
figura 4 expressa os achados.

Figura 4: Aglutinação e Não aglutinação na pesquisa de anticorpos anti-estreptolisina O

Examinar macroscopicamente a presença ou ausência de aglutinação após 3 minutos.


A presença de aglutinação indica um conteúdo de Anti-Estreptolisina “O” no soro igual ou
superior a 200 Ul/ml.

No entanto, podem aparecer falsas positividades em outras doenças distintas da febre


reumática e da glomerulonefrite, como a reumatóide, escarlatina, amigdalite e infecções
estreptocócicas diversas. Também podem aparecer falsas negatividades, em infecções
precoces e em crianças com idades compreendidas entre 6 meses e 2 anos.

Vale lembrar ainda que se as reações forem lidas muito tempo após 3 minutos da
adição da amostra de soro é possível haver falsos, devido efeitos de secagem.

Sobre o experimento cromatográfico, no Becker 1 (Figura 5) com H 2O os resultados


obtidos foram:
1. Papel com pontos feitos com caneta hidrocor: a substância que mais foi “arrastada”
pela água foi a do pigmento preto.
2. Papel com pontos feitos com pincel marcador: as três substâncias dos pinceis
utilizados basicamente não conseguiram ser arrastadas pela fase móvel (H2O), sendo um pouco
arrastado o pigmento amarelo.
No Becker 2 (Figura 5) com álcool etílico a 70% os resultados foram:
1. Papel com pontos feitos com caneta hidrocor: os pigmentos azul e amarelo atingiram o
mesmo nível, já o pigmento preto não foi arrastado, acredita-se que pelo fato dele estar um
pouco ressecado o que prejudicou um pouco sua análise.
2. Papel com pontos feitos com pincel marcador: os três pigmentos chegaram a alturas parecidas
com o pigmento preto deixando mais “rastros” e subindo mais a fita de papel filtro. Os
pigmentos amarelo e azul deixaram “rastros” menores que quando comparadas a mesma fita
colocada em água.

Figura 5: Papel a esquerda foi retirado após o fim do experimento mostrando o resultado usando a
água como fase móvel. A primeira tira (esquerda) corresponde às canetas hidrocores com os
pigmentos da direita pra esquerda: azul, preto e amarelo. Já a segunda tira (direita) corresponde ao
pincel marcador com os pigmentos da esquerda para direita azul, amarelo e preto. O papel da direita
mostra o resultado utilizando o álcool como fase móvel. A tira do álcool que utilizou a caneta
hidrocor (H), e a tira que utilizou pincel marcador (P). Ambas da esquerda para direita são:
pigmentos azul, amarelo e preto.

Assim podemos perceber que a medida que a água sobe pelo papel, a tinta é dissolvida
e se espalha. As cores escalam o papel – algumas avançando mais rápido que as outras. Isso
acontece porque as fibras de celulose do papel interagem com a água e os pigmentos. Os
corantes das canetas hidrocores têm composição química diferente, e é o tipo de interação do
corante com o papel que irá determinar o quanto ele subirá. Quanto mais forte for a interação,
mais lento será o processo.
Quando o papel de filtro é mergulhado no álcool, este líquido começa a subir
molhando o papel e arrastando os componentes da tinta que são solúveis em álcool. Cada
componente é arrastado com uma velocidade diferente ocorrendo, assim, a separação.
Para executar o experimento de cromatografia em papel, deve-se escolher o solvente
mais adequado para cada tipo de amostra, quanto à polaridade dos mesmos. Há também
outros tipos de papel para realizar o procedimento. Como mostra o quadro a seguir, a maioria
pigmentos tiveram o seu alcance muito maior quando a fase móvel utilizada foi o álcool
etílico 70%. Logo, podemos pensar que os componentes desses pigmentos têm substancias
apolares que facilitam a sua diluição e arraste pelo álcool (polar e apolar) já não acontece com
a água que se trata de uma substância unicamente polar. O pigmento preto do hidrocor não
deve ser levado em consideração, pois o mesmo estava ressecado o que pode ser um viés
desse experimento.

Fase móvel Azul Amarelo Preto Azul Amarelo Preto


Pigmentos (Hidrocor) (Hidrocor) (Hidrocor) (Pincel) (Pincel) (Pincel)
H2O 2 vezes 2 vezes 1 vez 0 2 vezes 0 vez
Alcoo etílico 10 vezes 10 vezes 0 10 vezes 10 vezes 10 vezes
70%
Quadro 1- Pigmentos das canetas e pinceis comparados com a fase móvel utilizada no
experimento. O número de vezes significa cerca de quantas vezes o pigmento andou em comparação
com a fase inicial de cada pigmento.

Sobre o experimento da eletroforese, a análise do gráfico obtido (Figura 6), onde


foram separados os fragmentos de acordo com o número de pares de bases por fragmento,
encontra-se um padrão eletroforético de cada indivíduo que nada mais é do que a sua
identidade genética.
Figura 6 - Gráfico que simula o padrão
Esta figura 6 foi construída com uma numeração
eletroforético de uma pessoa. Os
que vai de 1 (fileira mais baixa) a 22 (fileira mais
fragmentos de DNA se distribuem em alta).Os valores de 1 a 22, indicam o número de
faixas por ordem de tamanho. pares de bases por fragmento de DNA seccionado
por uma enzima de restrição que reconhece dois
pares de bases C-G adjacentes (2C em uma cadeia
e 2G na outra). Após as ''sequências de corte'',
organizou-se os fragmentos obtido por ordem de
tamanho, para isso, neste experimento, contou-se o
número de pares de bases de cada fragmento e
completou-se o preenchimento do gráfico mostrado
nesta figura 6. Cada coluna do gráfico simula o
padrão eletroforético de uma pessoa.

Em uma suposta investigação de um criminoso avaliou-se o DNA de 3 suspeitos


(P1,P2,P3) para comparar ao padrão encontrado em uma amostra colhida nos restos de pele
encontradas sob a unha da vítima, observou-se maior identidade nos fragmentos (pares de
base do sujeito) encontrados entre a amostra e o suspeito P2. Acreditando-se ser esse o
possível criminoso, muito embora não tenha havido exata identidade entre a amostra e o DNA
de P-2. Contudo, pode ser que tenha havido um comprometimento na coleta imprópria,
quantidade de material genético insuficiente na amostra coletada ou comprometimento da
amostra durante a manipulação do material para a presente análise.
Uma segunda investigação foi feita com aquela figura 6. Foi realizado um teste de
paternidade de uma criança P-4, para com dois homens P-2 e P-3, que disputam a paternidade
desta criança. A mãe é P-3. É sabido, geneticamente, que os o material genético de uma
criança é estabelecido para combinação do material genético dos pais, ou seja, num
experimento em que se análise os diferentes fragmentos de DNA formados pelos pares de
bases de uma criança, por exemplo, os fragmentos encontrados devem ser encontrados
obrigatoriamente no pai ou na mãe, caso contrário há uma possibilidade de algum dos
progenitores não serem biologicamente pai ou mãe. Estudos comprovam que a chance de
acerto na eletroforese é de 99,9%.
Pela análise dos padrões eletroforéticos observa-se uma identidade nos fragmento de DNA
apresentados pela criança para com o homem P-2, complementando os fragmentos
encontrados na criança que não se encontravam na mãe. Padrão que não se observa para com
P-3. Comprovando-se assim que o indivíduo P-2 é o progenitor da criança.

CONCLUSÕES:

Na experiência de pesquisa de antígeno em membranas de eritrócitos, obtivemos como


resultado a aglutinação da suspensão de hemácias a 5% quando em contato com soro anti-A e
com soro anti-B separadamente. Dessa forma, concluímos que a tipagem sanguínea da
amostra ofertada era de um indivíduo do tipo AB. O fator Rh não pode ser analisado, pois na
ocasião não havia soro anti-D. Esta experiência se mostra útil para o conhecimento do aluno
frente às possíveis complicações que um paciente enfrentaria caso fosse ofertado a ele grande
volume sanguíneo por transfusão com tipagem sanguínea incorreta ou se este indivíduo já
tivesse sido sensibilizado por antígenos anteriormente.
Para a pesquisa de anticorpos, o método é eficiente para determinar a presença de
anticorpos anti-estreptolisina “O” e de acordo com o resultado é possível determinar a melhor
conduta. Uma elevação da dosagem do anticorpo anti-estreptolisina “O” é um achado
indicativo que houve um contato (nos últimos dois meses) com estreptococo beta-hemolítico
do grupo A. Os anticorpos elevam-se a partir de 7 até 14 dias após o contato com a bactéria.
Para o resultado positivo deve-se considerar que essa bactéria está envolvida no
aparecimento de certas doenças, como a amigalite, faringite, escarlatina, erisipela.
Certas doenças de caráter imunológico podem ser desencadeadas pela ação do
estreptococo, como é o caso da febre reumática e da glomerulonefrite aguda, contudo, cerca
de 20% dos pacientes com febre reumática não apresentam níveis elevados de anticorpos anti-
estreptolisina “O”.
Algumas doenças como a tuberculose podem elevar os anticorpos anti-estreptolisina
“O” sem que tenha havido algum contato com o estreptococo.
Sobre a cromatografia, outros critérios mais detalhados acerca da técnica devem ser
levados em consideração para analises onde se exige um resultado mais rigoroso
tecnicamente. O experimento, por mais simples que tenha sido a sua realização, cumpriu os
objetivos educativos propostos no programa da disciplina.

Por fim, a conclusão do experimento da eletroforese, é de que a molécula de DNA possui


regiões polimórficas que são utilizadas como marcadores genéticos, determinando a
identidade genética de cada pessoa e estabelecem um vínculo entre indivíduos (SILVA,
2009). A tipagem de polimorfismos humanos ao nível do DNA é hoje considerada um dos
métodos mais sensíveis, específicos e informativos para a identificação humana (PENA,
2005). Apenas 0,1% das regiões da molécula de DNA apresentam variações na sequência de
nucleotídeos, são os polimorfismos do DNA. As técnicas de identificação humana se apoiam
na análise dessas regiões variáveis, de acordo com estudos de variabilidade não existem duas
pessoas que apresentem a mesma sequência de DNA, com exceção dos gêmeos univitelinos,
sendo, portanto, um bom método de pesquisa.

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