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É o ramo da medicina que trata das aplicações forenses da psiquiatria quando estes conhecimentos servem às ciências
jurídicas (Heber Soares Vargas). Uma avaliação especializada em psiquiatria e será solicitada pelo juiz em situações
que escapam ao seu entendimento técnico-jurídico, com a finalidade de esclarecer um fato de interesse da Justiça.
Perícia psiquiátrica: um documento de caráter clínico- psiquiátrico, solicitado pela justiça com objetivo de atestar a
condição mental de uma pessoa e assessorar tecnicamente justiça em duas situações básicas:
Na avaliação da interdição civil por razões mentais;
Na avaliação de inimputabilidade.
Além da imparcialidade, espera-se que o perito seja o mais didático possível, traduzindo da melhor maneira os
conceitos médicos e os diagnósticos em linguagem acessível ao juiz, jamais se limitando denominação simples do
diagnóstico psiquiátrico.
É INDISPENSÁVEL CONHECER-SE ATÉ QUE PONTO O AGENTE EM ESTUDO POSSUIA O DOMÍNIO DA VONTADEE DA
CONSCIÊNCIA NA OCASIÃO EM QUE PRATICOU A CONDUTA QUE SERÁ JULGADA.
Imputabilidade
MODIFICADORES DA IMPUTABILIDADE medicina ensina que há inúmeros fatores capazes de alterar, em níveis
significativos, os graus de consciência ou/e de vontade de uma pessoa humana em situações que envolvem infrações
penais.
IMPUTABILIDADE entende-se por imputabilidade a capacidade que o indivíduo possui para suportar a pena cominada
pela lei. É imputável o indivíduo que tem liberdade para decidir se vai ou não executar a conduta que sabe ser ilícita
em termos penais.
Segundo o artigo 26 do C.P. os psiquiatras forenses avaliam quando realmente das capacidades de entender ou de
autodeterminar-se do agente, foi afetado pelo transtorno mental, ao tempo da ação ou da omissão ilícita em questão.
Critério da análise da imputabilidade no artigo 26 do C.P. a base da avaliação é mista ou biopsicológica. Bio-presença
da doença psicológica no momento da ação ou omissão ilícita praticada.
A equipa multidisciplinar é constituída por diferentes profissionais, que se criticam mutuamente, de modo a alcançar
a colaboração de todos, facilitando a concretização dos objetivos delineados.
A partilha de informação clínica relevante no seio de uma equipa de prestação de cuidados de saúde é imprescindível.
Dela depende a integração e continuidade dos cuidados, que no seu todo garantem um bom nível de prestação, a
segurança e a eficácia dos procedimentos.
OBJETIVOS DA EQUIPA MULTIDISCIPLINAR:
Manter os padrões de profissionalismo num patamar elevado;
Integrar adequadamente os doentes no meio hospitalar;
Assegurar máxima qualidade nos cuidados prestados;
Assegurar o melhor profissional de acordo com a situação clínica e de forma a satisfazer todas as suas
necessidades;
Auxiliar o doente na evolução do seu tratamento e avaliar se este tratamento é o mais eficaz;
Identificar quais as necessidades humanas básicas afetadas no doente;
Investigar todos os meios que sejam passíveis de satisfazer essas mesmas necessidades;
O doente deve ser visto por esta equipa como um ser holístico, englobando todas as suas dimensões:
económico-social, espiritual, física, cultural, psíquica, etc;
Trabalhar em equipa de forma a encontrar soluções para a reabilitação e integração na sociedade;
Diagnosticar corretamente a situação do doente não só a nível da patologia, mas também a nível económico-
social, de forma a dar resposta a todas as necessidades inerentes manifestadas pelo doente e pela família.
Transmitir confiança, segurança e satisfação aos doentes e familiares, englobando-os, como uma mais valia
para a equipa multidisciplinar.
A equipa multidisciplinar em psiquiatria é constituída por vários profissionais, sendo que consideramos ser mais
pertinente, abordar os seguintes: médico (psiquiatra), enfermeiro, psicólogo clínico e assistente social.
Papel do enfermeiro
A atuação do enfermeiro psiquiátrico possui um carácter diferente do tratamento concedido ao paciente que tem
apenas doença física.
A conceção do cuidar do paciente com doença mental remete-se a uma atuação holística, ou seja, que envolve o
paciente por inteiro sendo a comunicação o elemento chave nesse tratamento.
O Enfermeiro deve:
Abordar determinadas qualidades, como por exemplo: consideração positiva, não fazer juízos de valor,
aceitação, empatia, autenticidade e congruência na comunicação verbal e não verbal.
Encorajar o doente a expressar as suas ideias, as suas experiências passadas, as suas expectativas, as suas
esperanças e os seus objetivos para o futuro
Incentivar o paciente a revelar sentimentos, como o medo, o desamparo, a desesperança, a culpa e a solidão.
Respeitar os valores culturais e crenças religiosas do paciente.
Encarar o doente como uma pessoa importante e significativa.
Ajudar o doente a encontrar um significativo e finalidade para a sua vida.
Cabe ao enfermeiro ajudar o paciente a desenvolver senso de auto estima e valor pessoal, melhorar a sua
capacidade de relacionar-se com os outros e ajudá-lo a aprender a confiar nas pessoas possibilitando assim o seu
regresso ao trabalho e à convivência familiar.
O enfermeiro deve demonstrar interesse pelo paciente de modo a que este se sinta importante, colaborando na sua
recuperação.
PAPEIS DO ENFERMEIRO:
PESSOA DESCONHECIDA
Enfermeiro e paciente são desconhecidos.
O enfermeiro deve aceitar o paciente com a sua personalidade.
PESSOA DE RECURSO
Fornece informações necessárias e especificas. Tentando dar resposta às dúvidas dos pacientes
relacionadas com o seu problema ou situação nova.
ESPECIALISTA TÉCNICO
Utiliza habilidades técnicas e os equipamentos necessários disponíveis para proporcionar o atendimento
físico.
CONSELHEIRA
Através de certas habilidades e atitudes ajuda o paciente a reconhecer, enfrentar, aceitar e resolver os
problemas que interferem na sua capacidade de ser feliz.
SUBSTITUTA
Aquela que ocupa o lugar de outro.
LÍDER
A Enfermeira realiza o processo de iniciação e manutenção das metas de um grupo através da interação
com o paciente.
PROFESSOR
Aquele que transmite conhecimentos relativos a uma necessidade ou interesse.
DETERMINANTES DE SAÚDE:
Sociais;
Género;
Condição de saúde;
Experiencias traumáticas;
Acontecimentos geradores de stress;
Socioeconómicos;
Pobreza;
Exclusão social e estigma
Condições de habitação
Educação.