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Teórica 01

SAÚDE MENTAL E HABILIDADES DE COMUNICAÇÃO


Comunicação: É muito além do ato de falar. Toda a linguagem corporal

 A origem da palavra comunicar está no latim comunicare, que tem por significado por em
comum
 Não existe naturalidade nas trocas de mensagens feitas entre as pessoas, toda comunicação
possui duas partes: o conteúdo, o fato, a informação que queremos transmitir, o que
sentimento quando estamos interagindo com o outro.
 O conteúdo está ligado ao nosso referencial cultural ( que é diferente entre o leigo e o
profisisonal) e o sentimento que demonstramos ao interagir, que é percebido ( mais ou
menos conscientemente) pelo outro, porque as emoções/sentimentos são expressos da
mesma maneira ( com variações de intensidade em todas as culturas humanas.
O aprendizado e o treinamento das habilidades de comunicação

 A qualidade da entrevista e da relação entre o profissional e paciente é amplamente


dependente das habilidades do profissional para conhecer e manejar o paciente)
 A história da pessoa é fundamental de ser entendida para a melhor comunicação
COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL
1- Paralinguagem
 Estas se refere às qualidades da emissão vocal ( altura, intesnsidade, ritmo e etc) que
fornecem informação sobre o estado afetivo do emissor, bem como outras produções vocais,
como o riso, o grito, o bocejo, a tosse e outros
 Qualidade da voz, que inclui a altura do tom de voz, a qualidade de articulação e o ritmo
 Qualificadores vocais, que incluem a forma como as palavras são emitidas
 Caracterizadores vocais, que incluen sons que participam do fluxo da fala sem que as
palavras signifiquem alguma coisa
2- Proxêmica
 Esta se refere ao uso do espaço, envolvendo as dimensões de distância, território e ordem na
comunicação humana, é o jogo de distâncias e proximidades que se entretecem entre as
pessoas e o espaço, traduzindo as formas como se colocam e movem em relação aos outros,
como gerenciam e ocupam o espaço.
 Define a relação entre os comunicantes estabelecem entre si, a distância espacial , à
orientação do corpo e do rosto, a forma como se tocam ou se evitam, o modo como dispõem
e se posicionam entre os objetos e os espaços.
 Devemos estar atentos: a forma como nos aproximamos do paciente ( contanto corporal,
angulação do corpo, a utilização e distribuição dos espaços, propociando um trabalho em
campo tenso ou campo relaxado)
3- Cinésia
 Refere-se aos gestos e movimentos corporais e estende-se por 5 áreas: contato visual,
getsos, expressões faciais, postura e movimentos da cabeça
 Apresenta diferenças significativas dependendo do ciclo de vida e da sociedade e cultura
A ENTREVISTA

 Como acolhemos o paciente?


 Que qualidades podemos desenvolver?
 Qualidades de superfície: calidez, respeito e cordialidade
 Qualidades produndas: empatia, continência emocional e assertividade
 O que podemos observar?
 A comunicação não verbal: aspectos do paciente e seu eventual acompanhante: a aparência,
a forma de vestir, a postura corporal, o estilo e a postura na marcha, a forma de
cumprimentar, o timing..
 O ambiente com equacionamneto de interferência e ruídos
TÉCNICAS DE APOIO NARRATIVO

 Baixa reatividade
 Silêncio funcional: ausência de comunicação verbal com o intuito de proporcionar um
tempo de meditação ao paciente, ajudar sua concentração, ou atuar como catalisador de
determinadas reações emocionais no curso da entrevista
 Facilitação: conduta verbal ou não verbal para ajudar o paciente a prosseguir ou iniciar seu
relato, sem indicar ne sugerir os conteúdos do mesmo
 Empatia
 Frases de repetição
 Assinalamento: explicitação de emoções ou condutas
LIDAR COM CONFLITOS: A COMPLEMENTARIEDADE ENTRE O VERBAL E NÃO
VERBAL

 Divergência de opiniões
 Pontos de vista diferentes
 Diferentes percepções de mundo
 Estar inteiro: o que falo e como falo são complementares (sentir, pensar e agir em harmonia)

ATENÇÃO
 Às nossas emoções quando estamos juntos de alguém
 Aos esteriótipos que criamos sobre os pacientes
 Aos sinais
 Às nossas limitações físicas e fisiológicas

AULA 02 – 13/02/2023

ANSIEDADE E DEPRESSÃO: CONCEITOS E PROPOSTAS TERPÊUTICAS

O que são transtornos de ansiedade? Medo e ansiedade excessivo e perturbacoes


comportamentais relacionadas.
Medo é a resposta emocional a ameaça eminente, REAL OU PERCEBIDA. Periodo de
excitabilidade autonomica aumentada, necessaria para luta ou fuga, pensamentos de perigo
imediato e comportametos de fuga.
Ansiedade é a antecipação de ameaça futura. Tensão muscular e vigilância em preparação para
perigo futuro.
Individuos com transtorno de ansiedade em geral superestimam o perigo nas situacoes que
temem ou evitam.
Muitas se desenvolvem na infancia e tendem a persistir se não forem tratadas.
A maioria ocorre com mais frequencia em individuos do sexo feminino do que no masculino
(proporção de aproximadamente 2:1).
Cada transtorno de ansiedade é diagnosticado somente quando os sintomas não são
consequencia dos efeitos fisiologicos.
O que são transtornos depressivos? A caracteristica comum dos transtornos depressivos é a
presença de humor triste, vazio ou irritavel, acompanhado de alteracoes somaticas e cognitivas
que afetam significativamente a capacidade de funcionamento do individuo. O que difere entre
eles são os aspectos de duração, momento ou etiologia presumida.
Um grande numero de substancias de abuso, alguns medicamentos e diversas condicoes
medicas podem estar associados a fenomenos semelhantes a depressao. Esse fato é reconehcido
nos diagnosticos de transtono depressivo induzido por subtancia/medicamento e de transtorno
depressivo devido a outra condicoes medica.
SAÚDE MENTAL NAS RESIDÊNCIAS TERAPÊUTICAS 06/03 – TALYTA
A politica da saude mental pressupõe o tratamento em comunidade e não mais em hospitais
psiquiátricos. É uma politica governamental que prevê o tratamento domiciliar e premite a
pessoas que sejam inseridas em sociedade novamente.
CAPES – aserviço territorialização e alternativa a internação, com objetivo a saude mental.
Loucura: não é descontrole ou ausência de razão.
Palavra-chave: incapacidade e periculosidade.
Campo de atuação da política nacional de saude mental;
1- Desospitalização
2- Planejamento e integração
3- Projeto terapêutico singular
Respeitar a humanidade do outro é a chave para o tratamento efetivo.
Projeto terpeutico engloba aspecto físico, psicológico, sociais, entre outros.
Mensagem básica:

 Escuta clinica
 Vínculo/afeto
 Autonomia
 Desinstitucionalizaçao
A internação psiquiátrica é parte de um tratamento e não uma sentença de morte.
O tratamento precisa ser humanizado, sigiloso.
13/03 – PRESCRIÇÃO DE PSICOFARMACOS NA APS
Imagem no grupo fotos
27/03 – ESPIRITUALIDADE E SAÚDE (Luciano)
Grupo de trabalho saúde e espiritualidade
Por que estudar religiosidade/espiritualidade e saúde?
Pois o cuidado é centrado no paciente. Ele é bio, psico, sócio e espiritual.

Conceitos
• Religião é o sistema organizado de crenças, práticas, rituais e símbolos designados para
facilitar o acesso ao sagrado....
• Religiosidade é o quanto um indivíduo segue e pratica uma religião.
Pode ser organizacional (participação na igreja ou templo religioso) ou não-organizacional
(rezar, ler livros, assistir programas religiosos na televisão).
• Espiritualidade é uma busca pessoal para entender questões relacionadas à vida, ao seu
sentido, sobre as relações com o sagrado ou transcendente que podem ou não levar ao
desenvolvimento de práticas religiosas ou formações de comunidades religiosas.

FICA
• F (Fé) - (e.g. "Você tem alguma fé ou crença? O que te dá significado na vida?").
• I (Importância, Influência) - (e.g. Que importância você dá para a fe ou crenças religiosas em
sua vida? Você tem alguma crença especifica que pode afetar decisões médicas ou o seu
tratamento?).
• C (Comunidade) - (e.g. Você faz parte de alguma comunidade religiosa ou espiritual?).
• A (Ação no tratamento) - (e.g. Como você gostaria que o seu médico ou profissional da área da
saúde considerasse a questão religiosidade / espiritualidade no seu tratamento?).

27/03 – SAÚDE MENTAL DE GRUPOS VULNERÁVEIS (deruchette)


Percurso: idosos, crianças e adolescentes, indígenas, população em situação de rua.
Saúde Mental - um estado de bem-estar mental que permite às pessoas lidar com os momentos
estressantes da vida e desenvolver todas as suas habilidades
[..]. OMS 

VULNERABILIDADE
Preconceitos/estigmas que esses grupos são assolados 
Naturalização
Relações de poder
Marcadores sociais da diferença

INTERSECCIONALIDADE
Dinâmica entre gênero, raça, classe, sexualidade, idade, deficiência, e outras que aparecem
como desiguais/vulneráveis nas relações sociais

Resolução C N S n° 569, de 8 de dezembro de 2017.


"VI- Projetos Pedagógicos de Cursos (PPC) e  componentes curriculares coerentes com as
necessidades sociais em saúde
a) que as DCN considerem os fundamentos das principais políticas públicas que contribuem
para a redução das desigualdades para a consolidação do SUS como sistema universal, integral
e equitativo;

Resolução CNE nº 3, 20 de julho de 2014 


Art. 5° ° Na Atenção à Saúde, o graduando será formad para considerar sempre as dimensões da
diversidad siológica, subjetiva, étnico-racial, de géniero, orientaça
sexual, socioeconômica, política, ambiental, cultural, ética demais aspectos que compõem o
escectro da diversidad jumana que singularizam cada pessoa ou cada grupo social
EQUIDADE 
“acesso universal e equidade como direito à cidadania, sem privilégios nem preconceitos de
qualquer espécie, tratando as desigualdades com equidade e atendendo as necessidades pessoais
específicas, segundo as prioridades definidas pela vulnerabilidade e pelo risco à saúde e à vida,
observado o que determina o Sistema Unico de Saúde
(SUS);"

SAÚDE MENTAL DO IDOSO 


O Brasil passou por um processo de envelhecimento populacional no Brasil
(CENSO 2011), além do aumento da expectativa de vida.

A Política Nacional do Idoso assegura direitos sociais à pessoa idosa, criando condições para
promover sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade e reafirmando o direito
à saúde nos diversos níveis de atendimento do SUS (Lei n° 8.842/94
e Decreto n° 1948/96).

A ação-chave é a identificação de
Necessidades de Saúde
Realização da História Clínica
Linguagem compreensível;
Aspectos psicológicos, culturais e contextuais;
Privacidade e o conforto.

Prevalência geral de 55,8% de idosos com transtornos mentais.


Sintomas mais relatados: assustar-secom facilidade e sentir-se nervoso, tenso ou preocupado, o
que se relaciona ao humor depressivo.

plano internacional de ações sobre o envelhecimento (PIAE)


Prevenção + recuperação de agravos +  promoção de saúde 
Ações de educação e conscientização a fim de promover o envelhecimento saudável e fortalecer
a rede de cuidados apoio aos idosos envolvendo a família e a comunidade.

SAÚDE MENTAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES 

20% das crianças e adolescentes têm um transtorno mental diagnosticável;


75% dos transtornos de saúde mental em adultos começam na infância e na adolescência.

SAÚDE MENTAL DOS INDÍGENAS 


Impacto epidemiológico: a população indígena decresceu 

Corresponde 0,4% da população 


240 etnias 
683 terras (além de áreas urbanas) 
200 variações de língua 

FUNAE: cuidado e atenção aos indígenas. 

Intervenção com indígenas:


Apoio e respeito à comunidade
Intervenção consensual
Conhecimento da medicina e do território
Atenção as doenças crônicas
Principais queixas 
• Esquizofrenias, transtornos delirantes, psicoses induzidas por drogas e psicoses enxertadas
(aproximadamente 10% são psicóticos);
• Agressões, crimes gerados pelo preconceito racial/classe;
• Pessoas que levam uma vida solitária, desamparada. com baixa condição higiênica
• Transtornos depressivos e transtornos de personalidade

PLANO DE AÇÃO
Articular RAPS + acolher e intervir

AULA 03/04 – CUIDADOS PALIATIVOS NA APS


Paliativo = proteção (latim: manto).
CONCEITO
• Segundo a definição da Organização Mundial de Saúde - OMS, atualizada em 2018, Cuidado
Paliativo é uma abordagem que melhora a qualidade de vida dos pacientes (adultos e crianças) e
de suas familias. que enfrentam problemas associados a doenças com risco de vida. E uma
abordagem que previne e alivia o sofrimento por meio da identificação precoce, da avaliação e
do tratamento corretos da dor e de outros problemas fisicos, psicossociais ou espirituais.
FILOSOFIA E FUNDAMENTOS ÉTICOS
Dr Ribert T. fala sobre a dificuldade do médico em dizer a vendado ao pacienta, quando esta
verdade desnuda a terminalidade da vida o a ausênca de perspectiva de cura. Coloca-se em jogo
o seu próprio medo de morte e as pressões culturais associadas.
Fica a ideia de que, com a verdada dolorosa, podemos destruir a esperança e levar o pacienta
irreversivelmente ao desespero e depressão.
Conclui que a mentira e a evasão são o que realmente isolam o paciente atrás de um muro de
palavras ou no silencio que impede o adesão terapeutica e de compartilhar seus medos,
angústias e preocupações
PRINCIPIOS BIOÉTICA
Autonomia – consentimento informado – pode tomar proprias decisoes
Beneficiencia – sempre vou pensar no bem estar do paciente e não maleficiencia.
Não maleficiencia.
CUIDADO PACIENTE AO PACIENTE VISA a qualidade de vida e a manutenção da dignidade
humana no decorrer da doença, na terminalidade da vida, na morte e no período de luto.
O cuidado paliativo não se baseia em protocolos, mas sim em principios. Não se fala mais em
terminalidade, mas em doença que ameaça a vida. Indica-se o cuidado desde o diagnóstico,
expandindo nosso campo de atuação. Não falaremos também em impossibilidade de cura, mas
na possibilidade ou não de tratamento modificador da doença, desta forma afastando a ideia de
“não ter mais nada a fazer”.
PRINCIPIOS DOS CUIDADOS PALIATIVOS

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