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Matéria:
TERAPIA E TÉCNICAS DE GRUPO
Para Zimerman e Osório (1997), o grupo no campo da saúde mental (ou grupo
psicoterápico) tem o objetivo voltado para que seus integrantes adquiram insight dos aspectos
inconscientes, tanto individuais como coletivos.
Psicoterapia de Grupo
Pratt foi o fundador da Psicoterapia de Grupo, que em 1905 pela primeira vez foi empregada
com pacientes tuberculosos, no Massachussetts General Hospital (Boston). Pratt observou que
enquanto os pacientes aguardavam atendimento na sala de espera desenvolviam relações emocionais
que tornavam os pacientes mais animados.
Nos encontros era falado das atitudes dos pacientes em consequência da doença, da relação
familiar, das diferentes formas com que cada um enfrentava a doença e também eram dados conselhos
e esperanças de cura. Os encontros eram considerados proveitoso, pois, os pacientes sempre
melhoravam se apresentando mais otimistas e corajosos e depositando confiança no terapeuta.
CARACTERIZAÇÃO DE UM GRUPO
• O tamanho do grupo não pode exceder o indispensável para a preservação da comunicação (visual e
auditiva), verbal e a conceitual; deve existir um enquadre (setting) e o cumprimento das combinações;
• Forças coexistentes: coesão e desintegração. Pertinência (vestir a camisa) e Pertencência (fazer parte).
• Formação do campo grupal dinâmico em que gravitam fantasias, ansiedades, identificações, papeis, etc.
Modalidades Grupais
As modalidades Grupais são diferentes formas de se oferecer atendimentos a grupos.
Portanto, estão referenciadas às áreas de atendimento do psicólogo.
Jurídica
Clinica
Escolar
Hospitalar
Comunitária
Organizacional
Abordagens
Psicanálise
Gestalt
Cognitivo comportamental
Existencial
Sistêmica
Psicodrama
e outros
Classificação dos Grupos
Podendo ser:
• Abertos (quantidade de pessoas, tempo de execução);
• fechados;
• e mistos.
Modalidades Grupais
Gestantes
Idosos
Obesos
Casais Alcoolistas
Famílias Treinamentos Reabilitação
Crianças Vivências Reflexão
Adolescentes Discussão Ensino
Diagnósticos Dramatização aprendizagem
... ... ...
Quanto aos Tipos
(Modo de funcionar e critérios da finalidade a que se destina o
grupo), sendo eles:
Operativos e Psicoterápicos
Operativos: Conceito em que abrange todos os gêneros de grupo.
Executar uma tarefa a apresentar. A atividade do coordenador do grupo operativo deve ficar centrado
unicamente na tarefa proposta e especifica. Ensino - aprendizagem – aprender a aprender.
Psicoterápicos: Visam a conquista de algum insight, que pode ser de natureza inconsciente tanto do individuo
como do grupo, o auto conhecimento, a ampliação da consciência.
Relações Humanas
A expressão "relações humanas" significa, literalmente, o estabelecimento e/ou a manutenção de contatos entre seres
humanos. Como tal, ocorrem, diária e frequentemente, na vida de todos nós. Acontecem em casa, com familiares;
quando integramos uma equipe de futebol; no bar da esquina, com o rapaz que nos serve um refresco no dia de calor; no
ônibus, com o cobrador a quem pagamos a passagem; e, principalmente, no ambiente de trabalho - onde passamos a
maior parte de nosso tempo útil -, com nossos colegas, superiores e subordinados. Temos, então, que, no seu sentido
estritamente literal, a expressão "relações humanas" quer dizer todos aqueles contatos entre os seres humanos que se
processam em todas as situações.
Porém, paralelamente ao significado literal, surgiu um outro significado para a expressão "relações humanas",
que é mais amplo do que o primeiro. Modernamente, entende-se por relações humanas uma atitude que deve
prevalecer no estabelecimento e na manutenção dos contatos entre pessoas. Essa atitude deve estar assentada no
princípio do reconhecimento dos seres humanos como entes possuidores de uma personalidade própria que merece ser
respeitada. Isso implica numa compreensão sadia de que toda pessoa traz consigo, em todas as situações, necessidades
materiais, sociais e psicológicas que procura satisfazer e que dirigem seu comportamento neste ou naquele sentido.
Assim como as pessoas são diferentes entre si, também a composição e estruturadas necessidades variam de indivíduo
para indivíduo.
Praticar relações humanas significa, portanto, muito mais do que estabelecermos e/ou mantermos
contatos com outros indivíduos. Significa estarmos condicionados, nessas nossas relações, por uma atitude,
um estado de espírito ou uma maneira de ver as coisas, que nos permita compreender o nosso interlocutor,
respeitando a sua personalidade, cuja estrutura é, sem dúvida, diferente da nossa. Isto quer dizer que
praticar relações humanas não equivale simplesmente a "amar ao próximo como a nós mesmos" pois o que
é bom para uns não é necessàriamente válido para outros, em decorrência das diferenças de composição e
estrutura de suas necessidades.
De tal forma que a linguagem simbólica permite antecipar os eventos e também evitar a ansiedade ou
comportamentos inadequados. Através da linguagem simbólica, é possível desenvolver as habilidades e aprendizados
da vida cotidiana, relacionamentos consigo mesmo, relacionamentos com os outros.
Temos uma linguagem simbólica quando há um excesso de vida que necessita de uma expressão, mas ainda
contém o desconhecido, ou melhor, o indizível. Mesmo havendo excesso de palavras, não se consegue expressar o
que se quer, o que se sente.
A Interdependência Humana
Rousseau diz, no início do Contrato social, que pretende tomar “os homens tais como são” e “as leis tais
como podem ser”. Tomando os indivíduos como interdependentes e ambivalentes (entre cooperação e competição) e
as leis (e a política) como uma “tecnologia de cooperação”.
Interdependência”, tal como entendida aqui, remete para uma situação que envolve a necessidade de uma
forma de “colaboração mutualista”, ou seja, uma colaboração entre indivíduos em que ambos obtêm vantagens.
Tomasello (2012), propõe a ideia de interdependência como “colaboração mutualista” contrastando-a com a “ajuda
altruísta”. A referência imediata de Tomasello é a discussão em torno da evolução da cooperação, na qual, em geral, os
conceitos de “altruísmo” e de “reciprocidade” desempenham o papel central.
A partir do “fato da interdependência”, podemos introduzir um outro aspecto que caracteriza “os homens
como são”: indivíduos são essencialmente ambivalentes (entre cooperar e competir), e essa ambivalência tem amplas
consequências para a sociabilidade tipicamente humana.
O Valor da Empatia
Capacidade de assumir a perspectiva de outra pessoa; de afastar-se do julgamento; de reconhecer
a emoção nos outros como se estivesse vivendo a mesma situação.
A partir da empatia é possível entender o sentimentos e as emoções do outro, ela ajuda a olhar
para um problema sob diversos pontos de vista diferentes.
Os Tipos de Silêncio nos Grupos
CASTILHO, Áurea. A dinâmica do trabalho de grupo.
2ª Ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1994.
Silêncio de tensão: Expresso pela ansiedade, se manifesta por postura corporal tensa,
respiração ofegante, expressões faciais, tamborilar dos dedos, etc.
Silêncio de expectativa: caracterizado pela espera, é a parada para ouvir o outro. Pode
ser tanto uma cobrança quanto um estímulo. O visual é muito frequente aqui.
Silêncio de solidão: É mais comum um único indivíduo o viver dentro do ambiente
grupal. É um silêncio amargo, cheio de pesar e vazio. Varia muito de pessoa para
pessoa.
Silêncio de respeito: Aparece quando não se sabe exatamente o que dizer. Caracterizado
pelo respeito ao outro, sendo que aparece em momentos sentimentais.