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INTERPESSOAL
72701UF001_TAF
Manual de Apoio
Relacionamento interpessoal
1. Relacionamento interpessoal
Podemos definir relacionamento interpessoal com a relação estabelecida entre dois ou mais
intervenientes num processo de comunicação, ou a relação entre duas ou mais pessoas nos diferentes
contextos de vida (pessoal, profissional, familiar ... )
O processo de comunicação prevê, obrigatoriamente, a existência mínima de um emissor e de
um recetor. Uma vez transmitida a informação, o recetor processa-a e, segundo os seus
objetivos transforma-a em conhecimento.
O importante na comunicação interpessoal é o cuidado e a preocupação dos interlocutores na
transmissão dos dados ou das informações em questão para que se obtenha o sucesso no
processo desejado.
Como o simples ato de receber a mensagem não garante que o recetor vá interpretá-la
corretamente (ou seja, como se pretendia), convém considerar:
- Quem comunica a quem, em termos de papéis que essas pessoas desempenham (por exemplo,
administração e funcionários, gerente e subordinado).
- A linguagem ou o(s) símbolo(s) usados para a comunicação, e a respetiva capacidade de levar a
informação e esta ser entendida por ambas as partes.
- O canal de comunicação, ou o meio empregado e como as informações são recebidas através
dos diversos canais (tais como comunicação falada ou escrita).
- O conteúdo da comunicação (boas ou más notícias, relevantes ou irrelevantes, familiares ou
estranhas)
- As características interpessoais do transmissor e as relações interpessoais entre transmissor e o
recetor (em termos de confiança, influência etc.).
- O contexto no qual a comunicação ocorre, em termos de estrutura organizacional.
Linguagem corporal
A Comunicação não-verbal realiza-se através de códigos apresentativos (os códigos usados para
produzir textos são os códigos representativos).
É a comunicação que não é feita com sinais verbais, nem com a fala ou com a escrita e é possível
na medida em que as pessoas não se comunicam apenas por palavras. Os movimentos faciais e
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corporais, os gestos, os olhares, as entoações são também importantes: são os elementos não-
verbais da comunicação.
Esta limitada à comunicação “frente-a-frente”, sendo que os significados de determinados gestos
e comportamentos variam muito de uma cultura para outra e de época para época.
Podemos identificar dez códigos como sendo os mais importantes:
1. Contacto corporal
2. Proximidade
3. Orientação
4. Aparência
5. Movimentos da cabeça
6. Expressão facial
7. Gestos (ou quinese)
8. Postura
9. Movimento dos olhos e contacto visual
10. Aspetos não-verbais do discurso
Contacto corporal
O contacto corporal é a forma mais primitiva de ação social e pode traduzir os mais diversos
gestos; abraços, carícias, beijos, apertos, pancadas, etc.
Tem duas vertentes: o ato de tocar e o ato de ser tocado. No ato ativo predomina a dimensão
exploratória, ao passo que no ato passivo predomina a receção dos sinais provenientes de um
agente exterior.
Este sinal não-verbal assume usos e significados diversos consoante as diferenças interculturais:
por exemplo, na cultura inglesa e japonesa o contacto corporal é escasso, ao passo que nas
culturas africanas e árabe o vemos muito mais amplamente utilizado.
Em termos gerais, poder-se-á considerar que a frequência do contacto físico transmite,
habitualmente, um sentido de intimidade, uma vez que em grande parte das culturas ele é usado
nas mais diversas efusões de afeto entre membros de uma família.
Proximidade ou Distância interpessoal
Algumas teorias defendem que existe um grau ótimo de distância física entre as pessoas. É o caso
da teoria do equilíbrio, que defende que o espaço pessoal varia com a intimidade entre os
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A orientação “cara a cara” e “lado a lado” são as mais utilizadas no decurso de uma interação.
Numa relação íntima haverá uma orientação “lado a lado” enquanto que numa relação
hierarquizada a orientação será “cara a cara”.
Aparência
Este código é dividido em duas partes: os aspetos de controlo voluntário (cabelo, vestuário, pele)
e os menos controláveis (altura, peso). A aparência é utilizada para enviar mensagens sobre a
personalidade e o estatuto social.
Movimentos da cabeça
Estes têm a ver, principalmente, com a gestão da interação.
Um assentimento pode dar licença para se continuar a falar enquanto movimentos rápidos da
cabeça podem significar desejo de falar.
Expressão facial
Esta pode dividir-se em subcódigos de posição das sobrancelhas, formato dos olhos, formato da
boca e tamanho das narinas.
Estes elementos, em diferentes combinações, determinam a expressão do rosto. A expressão
facial revela menos variações interculturais do que a maioria dos códigos apresentativos.
Comportamento mímico do rosto
O rosto é o canal privilegiado da comunicação e da expressão das emoções. A mímica facial
desempenha, por isso, diversas funções:
Expressa as emoções e as atitudes interpessoais; Envia sinais inerentes à interação em curso;
Manifesta aspetos típicos da personalidade do indivíduo.
Durante a interação social, o rosto participa ativamente nas tocas interpessoais em estreita
combinação com a linguagem: aquele que fala acompanha as palavras com expressões faciais
que têm o fim de sublinhar, acentuar e modular os significados; o ouvinte, por sua vez, exprime
as suas reações por meio de pequenos e rápidos movimentos dos lábios, dos sobrolhos, etc.
As seis emoções básicas serão a felicidade, a surpresa, a tristeza, o receio, o desgosto e a raiva
que se associam aos movimentos musculares do rosto, constituindo os sinais inatos, e
compreendidos universalmente.
Gestos (ou quinese)
A comunicação gestual é responsável pela primeira impressão de uma pessoa. Estudos concluem
que 55% da mensagem é transmitida via linguagem corporal, a voz é responsável por 38% e as
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Fatores pessoais
Inteligência Emocional
A capacidade de reconhecer, entender e gerir as próprias emoções, bem como reconhecer
entender e influenciar as emoções das outras pessoas (Goleman).
As competências que se relacionam com a inteligência emocional são:
Empatia
Competências sociais
Autoconsciência
Autorregulação
Motivação
Empatia
A empatia é a capacidade para se colocar na "pele" da outra pessoa e identificar e compreender
os seus sentimentos.
Se reconhecemos sempre motivos para nós termos agido de uma dada forma, os outros também
devem beneficiar da mesma premissa - por muito que o seu comportamento nos pareça
criticável ou sem sentido.
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Por vezes, a empatia é confundida com concordar, desculpar ou dar razão à outra pessoa. Este é
um equívoco: quando empatizamos com alguém, compreendemos o seu comportamento, mas
não implica que concordemos com ele.
A empatia não implica uma perspetiva passiva face ao comportamento do outro; pelo contrário,
depois de empatizarmos com alguém e compreendermos a sua perspetiva, estamos em
melhores condições de fazer a nossa avaliação do seu comportamento.
É nesta altura que podemos emitir a nossa opinião e/ou crítica. Por isso, muitas vezes, devemos
ser primeiro empáticos e depois assertivos.
Competências Sociais
Uso de habilidades em contactos sociais;
Comportamentos que promovem um bom relacionamento com os outros (respeito, negociação,
resiliência...)
Autoconsciência
A autoconsciência é vista como sendo o conhecimento que temos de nós próprios.
“A autoconsciência faz com que consigamos compreender, mais facilmente, as nossas próprias
necessidades e probabilidade de certas coisas acontecerem, o que acaba por facilitar a avaliação
de soluções alternativas” Gary Yukl
Autorregulação
A autorregulação refere-se à competência do indivíduo para planear, monitorizar e avaliar os
seus pensamentos, sentimentos e comportamentos.
Quando é capaz de se autorregular, o indivíduo responde a uma determinada situação através
de processos e recursos internos.
Motivação
O termo motivação designa um conjunto de fatores psicológicos, de ordem afetiva, intelectual
ou fisiológica, e que determinam o comportamento, as decisões e as ações do indivíduo para
atingir os seus objetivos.
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Rigor / objetividade
A realização de qualquer tarefa no exercício da atividade normal de uma empresa gera fluxos
reais, documentais e de informação.
O exercício da atividade de cada um dos órgãos funcionais da organização e a movimentação da
documentação de suporte aos fluxos reais gerados interna e externamente, proporciona troca
de informações e esclarecimentos, obrigando ao estabelecimento permanente de comunicação
entre os intervenientes.
Releva então que a comunicação é peça chave na engrenagem da empresa e, entre esta e o seu
meio envolvente. Será tão mais relevante quanto mais simples e objetiva os interlocutores a
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Fatores Organizacionais
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Qualquer tipo de comunicação é servido por uma determinada linguagem, conceito entendido,
de um modo geral, enquanto comunicação de ideias, experiências e sentimentos.
As linguagens dão inúmeras formas às mensagens, funcionam ao nível da emissão e da receção,
exercem-se por referência a um código social e são o instrumento de adaptação do indivíduo ao
grupo.
Devemos adaptar a linguagem às diversas situações sociais com que nos confrontamos.
A linguagem pode ser formal ou informal. Na vida profissional, emprega-se a linguagem formal,
mais neutra e adequada ao contexto. Atenção: utilizar a linguagem formal não significa falar de
modo elaborado, ao contrário, deve- se falar de modo educado, mas simples.
Quanto ao vocabulário, deve-se ter o cuidado de empregar as palavras com exatidão. A
linguagem ideal no atendimento deve ser simples, aquela que emprega o termo mais conhecido
e o sinónimo mais comum.
Devem-se evitar os termos técnicos, restritos aos profissionais da área, mas, se sua utilização for
inevitável, deve-se explicar o sentido em seguida. Também não se usam gírias, siglas ou termos
afetuosos.
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O título:
É o resumo do texto, deve incitar à leitura; ter entre seis a doze palavras; fazê -lo no final; apelar
à ação.
Os subtítulos:
Destacarem-se no meio do texto; escolhê-los depois do texto; articularem- se entre si, dando
uma perspetiva do conjunto do texto; em cada folha A4 utilizar dois ou três subtítulos.
O texto:
Começar com um parágrafo destacado (lead); utilizar colunas para permitir melhor e mais rápida
leitura; salientar palavras, frases ou parágrafos com caixas, sublinhados, etc.
Os parágrafos:
Deixar espaço dobrado entre parágrafos; Utilizar espaçamento para melhor leitura; o primeiro
parágrafo não deve ultrapassar cerca de dez linhas.
As frases:
Cerca de quinze palavras por frase; estrutura gramatical simples.
As palavras:
Evitar palavras difíceis, muito grandes ou demasiado técnicas; descodificar siglas; utilizar os
tempos verbais no presente, por estimular a ação; usar a primeira pessoa do plural para implicar
o leitor.
As letras:
Usar letras de corpo doze.
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Bibliografia
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