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Os ambientes das empresas podem ser sinónimo de longas horas de trabalho, pressão para
obter resultados e do chamado «never offline».
O stress e a fadiga são as consequências deste ambiente, sendo que a performance, tal
como explica, não melhora.
«Os atletas conhecem bem este estado. Apesar de aumentarem a intensidade e até a
duração dos treinos, a sua performance não melhora e acaba por se deteriorar. O mesmo
se passa nas organizações: mesmo aumentando as horas de trabalho e até adicionando
meios de maximização da produtividade, nomeadamente meios eletrónicos, a
performance fica inalterada ou acaba mesmo por sofrer decréscimos significativos», pode
ler-se no livro.
«52 por cento dos inquiridos aumentaram de peso após terem entrado para o
presente emprego»;
«Cerca de metade dos 10 000 participantes afirmaram não ter tempo no dia a
dia para praticar exercício físico»;
«7 em 10 participantes referem que se tornaram mais sedentários a partir do
momento em que foram admitidos»;
«Cerca de 70 por cento afirmam que o comportamento ‘menos saudável’ no
emprego passa por estarem muito tempo sentados, fazerem refeições na
secretária ou mesmo não almoçarem»;
«Cerca de 85 por cento deslocam-se para o emprego de carro», sendo que os
participantes que «caminham menos são que os apresentam os níveis
de stress mais elevados».
Assim, José Soares relaciona os níveis de stress e fadiga com a performance (ou, como
se diz no mundo corporativo, produtividade). Para o professor catedrático, a chave para
uma boa performance depende «de um conjunto de fatores que podem ser resumidos» em
quatro «R». São eles:
EXISTEM DOIS TIPOS DE STRESS QUE DEVE TER EM ATENÇÃO: STRESS AGUDO
E STRESS CRÓNICO
«Tal como o atleta, também no mundo das empresas temos de aprender a valorizar a nossa
capacidade de recuperar, de repor as nossa energias e de repensar a forma como temos
trabalhado no nosso dia-a-dia».
Os dados alarmantes do stress
De acordo com o autor, o Instituto Americano do Stress (IAS) estima que 80 por cento
dos americanos tenham sinais e sintomas de stress, sendo que «esse facto contribui para
uma perda de produtividade acima dos 300 mil milhões de dólares».
Estatísticas de 2014 (ver em baixo) mostram que a pressão no trabalho e o dinheiro são
as razões que levam a este estado.
Existem dois tipos de stress a ter em conta, tal como se explica no livro Reload, «o stress
agudo é a resposta imediata a algo que perturba o nosso equilíbrio físico ou psíquico.
Quando esse agente de perturbação se prolonga no tempo é designado destress crónico».
«No primeiro R, recover, irá aprender a recuperar entre tarefas e entre dias», indica o
livro, mostrando que o deve fazer com intervalos – em que deve recuperar a motivação e
concentração, mudar de posição, caminhar ou comer e hidratar-se.
É também importante dormir bem e ter um sono regular, bem como procurar momentos
de «descarga» física e psicológica. Este último pode ser feito através de caminhadas,
meditação, leitura ou convívio.
No segundo R, o refuel, o autor explica qual a melhor forma de se alimentar para ter uma
boa performance.
Neste capítulo, José Soares enumera os nutrientes mais importantes para o cérebro. São
eles: ómega-3, vitaminas do complexo B (carne, ovos, marisco, entre outros), vitamina D
(salmão, leite, iogurtes, etc.), selénio (frango, nozes, gema de ovo e milho) e, finalmente,
alimentos ricos em triptofano, como o atum, a sardinha, nozes ou soja.
https://life.dn.pt/never-offline-saiba-como-o-stress-e-a-fadiga-afetam/