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A ATIVIDADE FÍSICA PARA PESSOAS QUE JOGAM JOGOS ONLINE

Aarão Banckert Telles, Lázaro Oliveira Anjo, Luan Freitas Honorato1, Roberto
Passos Pellegrini2

1- Acadêmicos do curso de Educação Física Bacharelado


2- Professor - Docente Multivix - Vitória

RESUMO
O número de jogadores que jogam jogos online cresceu muito nos últimos tempos e
com isso, muitos comportamentos sedentários foram adotados por parte desse
público. Esse estudo objetivou investigar a relação da atividade física com o nível de
estresse dos players. Foi realizado uma pesquisa em periódicos nacionais e
internacionais onde se conclui que os problemas relacionados aos jogos estão
principalmente ligados aos excessos somados à pouca prática da atividade física, que
se mostra importante na promoção da saúde física e mental, prevenindo assim
doenças psicológicas.

Palavras-chave: estresse, jogos online, exercícios físicos

ABSTRACT
The number of players who play online games has grown a lot in recent times and with
that, many sedentary behaviors have been adopted by this public. This study aimed to
investigate the relationship between physical activity and players' stress level. A survey
was carried out in national and international journals where it was concluded that the
problems related to games are mainly linked to excesses added to the little practice of
physical activity, which is important in promoting physical and mental health, thus
preventing psychological diseases.

Keywords: stress, online games, physical exercises

1 INTRODUÇÃO
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A atividade física se consolida cada vez mais como um agente na redução,


tratamento e controle de vários problemas relacionados à saúde do ser humano. De
acordo com as Diretrizes da OMS sobre atividade física e comportamento sedentário
publicado em 2020, um estilo de vida que contempla a prática regular de atividades
físicas está diretamente relacionado ao combate de síndromes metabólicas
provenientes de hábitos inadequados como sedentarismo, e enfermidades como:
diabetes, dislipidemias, obesidade, hipertensão e estresse.
Segundo NUNOMURA (2004), o estresse, considerado a “doença do século”,
é uma consequência do somatório de fatores intrínsecos e extrínsecos ao indivíduo
que se não controlados, podem desencadear uma série de complicações à saúde.
CORBIN E LINDSEY (1994) definiram o estresse como uma resposta não específica
(adaptação generalizada) do corpo a qualquer demanda com o intuito de manter o
equilíbrio fisiológico. Nesse cenário o corpo estaria em constante “pressão”. É nesse
contexto que a atividade física auxilia na intervenção dos fatores que causam estresse
no cotidiano.
Existe vários fatores que somados, podem ocasionar situações de estresses
nas pessoas, como nos casos de estresse ocupacional, que atinge a maior parte dos
trabalhadores, suas causas podem partir desde o conjunto e a divisão de tarefas que
compõem a carga de trabalho do profissional a estímulos do ambiente de trabalho e
entre outros, e juntos dessas causas podem surgir outras síndromes, como a de
burnout (síndrome do esgotamento profissional), que é considerada como uma
resposta prolongada a estressores emocionais e interpessoais crônicos no trabalho,
sendo classificada como exaustão emocional, despersonalização e ineficácia
(PRADO, 2016).
Hoje em dia, o estresse ainda é muito presente na vida de muitas pessoas,
Boller (2003, p. 40) coloca que:
Somente algumas formas selecionadas de evitar o estresse têm o potencial de reduzi-
lo. Uma delas é aprender a relaxar o corpo, baixando a reação ao estresse a níveis
suportáveis. Outra é reesquematizando a situação de pressão ou simplesmente se
afastando dela o tempo suficiente para relaxar, soltar-se e conseguir um estado de
espírito tranquilo. Viver criativamente e com pouco estresse requer uma orientação
consciente, no sentido de somente algumas formas selecionadas de evitar o estresse
têm o potencial o de organizar as atividades e experiências de modo a atingir um
equilíbrio aceitável entre o estresse e as recompensas da vida.

Isso mostra que existem formas de contornar situações estressantes, se


distraindo ou procurando manter o foco em outras coisas, e um desses meios de se
distrair que cresceu muito nesses últimos anos de pandemia, foi o consumo de jogos,
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tanto online, quanto offline, como mostrado pela PGB (Pesquisa Game Brasil), já no
ano de 2020, ano que se deu início da pandemia, o Brasil já contava com 73,4% da
população jogando jogos eletrônicos, sendo que atualmente no ano de 2022, 74,5%
da população jogam jogos eletrônicos regularmente (Pesquisa Game Brasil, 2022).
Em jogos online, além da interação virtual com o próprio jogo, um dos aspectos
fundamentais é a interação com outros jogadores. Ambas as interações quando não
prazerosas ou carregadas de afetos negativos desencadeiam patologias mentais,
como transtorno depressivo, que quanto sintoma, faz parte do quadro clínico do
Transtorno por Estresse Pós-Traumático (CARVALHO et al, 2020).
É o que podemos observar já que, a troca de mensagens entre os participantes
é fundamental durante o jogo para que estes possam organizar suas estratégias,
porém, jogadores denominados de tóxicos, utilizam dos meios de comunicação dentro
das partidas, para transmitir ofensas racistas, homofóbicas, machistas e entre várias
outras, podendo transformar o que era pra ser um momento de diversão, em uma
experiência estressante (FLORES,2018; REAL, 2018).
Muitas pessoas que jogam, acabam deixando de lado os cuidados com a saúde
do próprio corpo por passar tempo de mais dentro do jogo, como por exemplo os
jogadores profissionais. Em um estudo publicado na Revista Científica da
Universidade de Mogi das Cruzes, concluiu que a maioria dos atletas de e-sports não
praticam atividades físicas, levando-os a um estado de sedentarismo. Além disso, o
estudo revela que hábitos saudáveis como a qualidade do sono e refeições corretas
não recebem a devida importância por eles (JESUS, 2018; SILVA, 2018;
THEODÓRIO, 2018).
O jogo online tem um público de jovens e adultos elevado. Nos últimos anos,
obtivemos pesquisas que nos mostram em números reais essa evolução. Na
pandemia o nível de pessoas sedentárias cresceu consideravelmente, o que acarretou
problemas como estresse elevado, ansiedade e outros transtornos psicológicos.
Pode-se observar que praticantes dos jogos online em sua grande maioria estão
inseridos nesse meio, uma vez que acabam desenvolvendo estresses agudos em
suas partidas online. Os jogadores têm criado dependência psicológica por jogos
online, um vício que pode ocasionar o sedentarismo na faixa etária.
A partir de uma experiência vivenciada por um dos autores que joga jogos
online e que pratica exercícios físicos, houve uma percepção sobre uma tendência
dos jogadores que não praticavam exercícios físicos a apresentarem sintomas de
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estresse e frustração com mais facilidade. Com o aumento do público que joga jogos
online e com o percebimento desse problema que o acompanha, esse estudo se
mostra relevante para a investigação do impacto que o exercício físico causa sob os
jogadores de jogos online, dando origem ao seguinte questionamento: Quais os
benefícios observáveis em relação à diminuição do estresse cotidiano de indivíduos
que praticam atividades físicas?
Assim o objetivo desse estudo é investigar se há diferença no nível de estresse
entre players de jogos online que praticam exercícios físicos e quem não praticam.

ESTRESSE
O termo estresse foi utilizado pela primeira vez na área da saúde em 1926 por
Selye para assentar um conjunto de reações específicas observado em pacientes que
estavam sofrendo das mais variadas patologias. Em 1936, Hans definiu a reação do
estresse como uma síndrome geral de adaptação, e, em 1974, ele redefiniu estresse
como uma resposta não específica do corpo a qualquer exigência (SEYLE, 1956).
No âmbito da Biologia, estressor é qualquer tipo de estímulo ou evento capaz
de provocar estresse sendo um processo reativo que tem como finalidade adaptar o
organismo ao estressor, ou às mudanças advindas da sua presença (CORTEZ, 2007;
SILVA, 2007), tendo o cortisol como principal hormônio secretado durante esses
eventos.
Katsu e Baker (2021, p. 947) explicam que:
O cortisol é um dos principais glicocorticóides sintetizados na zona
fasciculada do córtex adrenal. A secreção de cortisol é regulada pelo
hormônio hipotalâmico, CRH, e pelo hormônio hipofisário, ACTH, no eixo
hipotálamo-hipófise-adrenal. O cortisol é conhecido como um hormônio do
estresse envolvido na resposta ao estresse físico e/ou emocional. O cortisol
também participa de várias ações de manutenção homeostática, como
pressão arterial, sistema imunológico, ação anti-inflamatória e metabolismo
de proteínas, carboidratos e adiposo. Uma diminuição do cortisol induz a
doença de Addison, enquanto a superprodução de cortisol está relacionada
à síndrome de Cushing.
É de conhecimento nosso que cerca de 75% a 90% das doenças humanas
estão relacionadas à ativação do sistema de estresse, os caminhos comuns entre a
exposição ao estresse e os processos fisiopatológicos subjacentes à doença ainda
são discutíveis (LIU, 2017; WANG, 2017; CHIANG, 2017).
Sabendo que o estresse, vivenciado de maneira crônica, pode ser o percussor
de inúmeras doenças genéticas, as quais permanecem dormente na ausência do
estresse, e de doenças que se aproveitam da queda da imunidade para instalar-se no
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organismo (SILVA, 2015), ter níveis elevados de cortisol por um grande período de
tempo pode gerar inúmeros riscos à saúde do indivíduo afetando de maneiras
variadas cada parte do nosso corpo dependo do tipo de estressor que nos deparamos
ao decorrer da jornada diária enfrentada pelo indivíduo.
Estressores são fatores que podem surgir em qualquer ocasião vivenciada no
dia a dia, dentre deles, eventos como, brigar com pessoas (sejam elas família, cônjuge
ou amigos), mudar-se de ambiente (escola, residência) ou qualquer fase nova iniciada
na vida das pessoas, podem trazer um tipo de estresse denominado de estresse
psicológico que de modo geral, um fator de risco importante para o desenvolvimento
de inúmeras doenças (BIANCA, 2002).
Doenças como a irregularidade e o encurtamento no tempo de sono também
conhecido como insônia, mudanças de humor e comportamentais (ex.: ansiedade),
aumento da acidez gástrica podendo levar a uma úlcera ou gastrite, em situações
mais complicadas pode-se contribuir para o comportamento compulsivo de uso e
dependência de drogas (álcool, nicotina ou psicoativas), e em casos de maior
complicação ainda, vários estudos apoiam com a hipótese de que o estresse
cumulativo possa desencadear distúrbios psicóticos transitórios em indivíduos
vulneráveis (CORTEZ, 2007; SILVA, 2007).
Já outro tipo de estresse, é o estresse físico, tendo como fonte, o esforço feito
para realizar alguma tarefa que nos exija força, ou o uso do nosso corpo ou que entram
em contato direto com o corpo físico, como praticar exercícios físicos ou esportes,
mudanças de temperaturas climáticas, esportes radicais e entre situações parecidas
(BIANCA, 2002).
Esse tipo de estresse não é necessariamente ruim, já que para alcançá-lo
devemos colocar nosso corpo em movimento a fim de estimulá-lo a prática de
atividade física, e mantendo uma prática regular, pode-se reduzir os níveis de
ansiedade, depressão e estresse significativamente levando ao indivíduo, uma
melhora de humor, maior disposição, e melhora de seu condicionamento físico
(SILVA, 2019).
Antunes et al. (2006, p. 237) concorda em partes com tais argumentos, porém
adiciona que:
Diversos estudos têm demonstrado ao longo dos anos que a prática
do exercício físico agudo e/ou crônico produz benefícios nas esferas física e
cognitiva, elevando a qualidade de vida do praticante. Entretanto, em alguns
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indivíduos essa prática pode levar a um sentimento de obsessão-compulsão,


conhecido como dependência de exercício.
Há ainda um tipo de estresse que é causado por enfermidades ou infecções
advindas de bactérias, parasitas, vírus ou fungos que infectam o ser humano
induzindo a liberação de citocinas pelos macrófagos que ativam mecanismos
endócrinos importantes do nosso corpo relacionado ao nosso controle imunológico e
glóbulos brancos especializados na destruição de micróbios através do processo de
fagocitose (BIANCA, 2002).
Porém, o tipo de estresse que atinge a grande maioria das pessoas durante o
dia a dia, é o estresse ocupacional que pode se definir a estressores encontrados na
jornada de trabalho e tarefas que compõem a carga horária do(a) profissional onde
podem ser agravados de acordo com péssimas gestões salariais, desvalorização,
desconformes entre as tarefas prescritas em comparação com as tarefas realizadas,
problemas de infraestrutura e entre uma série de adversidades que podem ser
encontradas (PRADO, 2016).
Indivíduo estressados ou “fadigados” com sua ocupação podem ter uma maior
exposição a riscos ao exercer suas atividades, podendo ser mais improdutíveis,
perdendo versatilidade mental, gerando frustrações podendo trazer sentimentos de
inutilidade e indignidade oque em um contexto clínico, pode trazer traumas que ao ver
do indivíduo e as vezes do próprio clínico que o examinar, não necessitam de
tratamento uma vez em que não existe a tradição de se estabelecer nexo casual com
a atividade ocupacional (FEIX, 1998; PONTALTI, 1998; FERNANDES, 1998).

JOGOS ONLINE
Jogos são plataformas digitais que utilizam um tipo de tecnologia (comumente
chamado de servidor) onde conectam um grande número de jogadores ao mesmo
tempo, sendo que, nos últimos anos ganharam espaço e se desenvolveram muito com
os avanços da tecnologia e de softwares (TRINCA et al., 2010).
Esses jogos possuem certos tipos de categorias dependendo dos elementos
que encontramos dentro deles, como no caso dos MMOGs que se dividem em RPG
(MOBAS entram nessa classificação também), FPS e RTS (Real time strategy), e se
diferenciam pela jogabilidade, objetivos a serem alcançados, armas usadas, classe
de personagens e entre outros aspectos (CUNHA, 2014).
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É importante lembrar que não são todos os jogos que possibilitam todas essas
interações, porém Lesnieski (2008, p. 7) discorre algumas ações que podem ser feitas
em jogos MMOGs:
As relações dentro do mundo virtual criado por esses jogos buscam o máximo
de semelhança com a realidade, dentro dos cibermundos é possível, por
exemplo, negociar produtos, construir casas, ter empregos, namorar e casar.
E Luiz Adolfo de Andrade (2005) complementa que “A configuração espaço-
temporal dos MMORPG permite que seus usuários troquem experiências em tempo
real, imersos em um mesmo ambiente virtual, apontando para uma nova forma de vida
social.” (ANDRADE, 2005, p.11).
Utilizando a independência que os smartphones junto a tecnologias de redes
sem fio trazem, como uma forma de novas plataformas de jogos online e off-line, a fim
de trazer novas experiências de jogos e de relacionamentos (GUERRA, 2017;
NASCIMENTO, 2017), o uso do celular tanto para outras funções do dia a dia quanto
para fins de lazer, vem se tornando cada vez mais comuns.
Nos dias atuais, os smartphones representam a essência da convergência
tecnológica, estimulando a inclusão a inclusão digital com sua capacidade de estar
quase sempre online e agregando várias utilidades em um único dispositivo, ou seja,
os smartphones mudaram o modo como a sociedade interage entre si e tornaram as
distâncias um problema pouco expressivo (DOMINGUES, 2013).
A troca de mensagens entre os integrantes da equipe é de suma importância
para que estes possam organizar suas estratégias dentro de jogo, e muitos jogadores
utilizam as ferramentas de bate papo e chat de voz para trocar coordenadas e elaborar
jogadas em equipe. Porém, grande parte das vezes essa ferramenta acaba por ser
tornar uma fonte de discussões e ofensas, pois existe muitos jogadores que utilizam
deste meio para proferir ofensas e palavras de cunho machistas, homofóbicas,
racistas para outros jogadores que estão na mesma partida, agindo de forma
antiesportiva e com a intenção de prejudicar a partida como um todo e os outros
jogadores (FLORES, 2018; REAL, 2018).
Pereira et al. (2017), salienta que as mulheres mesmo sendo a maioria dentro
dos jogos online, ainda são os alvos mais típicos desse tipo de violência e coloca que:
A ampliação da possibilidade de interação entre os jogadores propiciou o
aparecimento de comportamentos hostis considerados inadequados, o que
no mundo dos jogos é conhecido por comportamento tóxico. Essa toxicidade
passou a impactar consideravelmente a experiência de jogo, fazendo com
que a própria comunidade problematizasse a questão.
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A maioria dos jogos online possuem ferramentas de denúncias dentro do


próprio jogo para reportar condutas antiesportivas e ofensas. Esse tipo de ferramenta
de denúncia, são essenciais para manutenção do ambiente dos jogos online, e podem
levar ao silenciamento de contas de jogadores, baixa prioridade em buscas de partida,
e até banimento da conta, entretanto, a toxicidade ainda continua e pode se estender
para fora do jogo, através da exposição ao de perfis pessoais nas redes e
perseguições na internet. Embora exista uma série de medidas para abrandar que
identificam, punem, ou reeducam jogadores com comportamento toxico, pouco se
sabe a respeito das influências desses elementos de jogo na realidade desses
indivíduos (PIMENTEL, 2021; MELO, 2021).

EXERCÍCIO FÍSICO
As atividades físicas, principalmente as direcionadas para a educação corporal,
com interesses voltados para a prática, com o pedagógico, o belo, a eficiência motriz,
saúde, ludicidade, competição, entretenimento, dentre outras, diferenciam-se e
tomam forma e conteúdo autônomos, particulares, transformando-se em exercícios
físicos Pereira (2013, p. 71) ainda complementa suas definições discorrendo que:
A exercitação física é concebida como uma objetivação prático-pedagógica,
como variação quantitativa/qualitativa dos movimentos humanos. O caráter
de prática da exercitação física pode ser notado quando indivíduos aplicam
objetivamente o que foi aprendido anteriormente, como quando do jogo de
futebol recreativo ou de exercitação de ginástica utilitária, com exercícios de
força flexibilidade e corridas de rua.
A atividade física tem sido aprovada e propagada há séculos como um potente
fator de incremento à saúde, atualmente há um consistente e crescente corpo de
conhecimento que consolida o exercício físico como ferramenta crucial no estímulo a
saúde (GUALANO, 2011; TINUCCI, 2011).
A prática de exercício físico (EF) pode ministrar benefícios à saúde, melhorando
o sistema imunológico, à composição corporal reduzindo o peso, melhorando a
qualidade de vida diminuindo o estresse, na literatura científica defende-se que a
atividade física é uma forma eficaz de acorrer para a redução das mortes evitáveis
(GONÇALVES, 2014).
Exercícios físicos também são altamente recomendados para que a população
mais nova envelheça com mais saúde e a geração mais velha mantenha um certo
nível de saúde já que essa população vem crescendo nos últimos anos já que a
ciência moderna permitiu um envelhecimento mais saudável juntamente com os
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exercícios físicos que são de extrema importância na vida de todas as pessoas


visando uma melhor expectativa de vida (CIVINSKI, 2011; MONTIBELLER, 2011;
BRAZ, 2011).

EXERCÍCIO FÍSICO E O ESTRESSE


Nilson (et al., 2011) discute que:
Estudos demonstraram que a atividade física regular reduz a ansiedade e a
depressão em indivíduos com altos níveis de estresse, além de reduzir o risco
de doença cardíaca coronariana, hipertensão, intolerância à glicose e o risco
de morte súbita.

Há muitas estratégias que ajudam no controle e na diminuição do estresse, e


ao longo dos anos, especialistas de diversas áreas do conhecimento têm procurado
desenvolver técnicas para ajudar os indivíduos a controlar seus níveis de estresse e
dentre elas, podemos destacar a psicoterapia, as técnicas corporais de relaxamento
e alívio das tensões, o uso de medicamentos alopáticos ou homeopáticos, a prática
de atividades físicas e dentre outros métodos. Pesquisas recentes mostram que a
prática habitual de atividades físicas é uma estratégia muito utilizada para conter os
níveis de estresse e tem sido muito divulgada por mídias sociais e outros meios de
comunicação e se tornou alvo de investigações, mesmo que, não seja a cura definitiva
na luta contra ao estresse, estudos têm revelado a influência positiva da atividade
física praticada de maneira regular (NUMOMURA, 2004; TEIXEIRA, 2004; CARUSO,
2004).

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Jogos eletrônicos e categoria online, podem sim, ser uma ótima proposta de
lazer para quem utiliza desses meios de forma controlada, podendo afetar indivíduos
de todas as idades, principalmente, adolescentes e adultos em uma faixa etária de
idade não tão avançada, que utilizam estas máquinas para estudo, comunicação e
entretenimento, porém, a dependência em jogos eletrônicos se tornou oficialmente um
transtorno mental há pouco tempo, sendo que a prática excessiva de jogos
eletrônicos, pode acarretar na vida do indivíduo, a substituição de atividades sociais
por jogos eletrônicos (DIAS, 2019).
Isso mostra que praticar alguma atividade física, se mostra importante hoje em
dia, pois o exercício e o condicionamento físico, exercem uma função importante na
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promoção de saúde mental e na prevenção das consequências negativas do estresse,


ansiedade, depressão e outros doenças que podem afetar o psicológico e em casos
piores, o físico das pessoas. Além de influenciar diretamente a saúde física e o humor,
e a princípio, colabora indiretamente para a vida social (NILSON et al., 2011) na qual
hoje em dia, está diretamente ligada à internet e as redes sociais.
Hoje, estudos apontam que crianças e jovens principalmente, realizam menos
atividade física, pois dão preferência a se divertir por meio da tecnologia, o que não
implica a elas, um gasto energético e um gasto calórico considerável, as colocando
em um estado de sedentarismo, que infelizmente está em cada vez em todo o mundo,
e por isso, as atividades físicas se mostram como principal fator para se reverter esse
quadro (MATAMOROS, 2019).

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