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BIBLIOGRAFIA .................................................................................................... 48
1 PSICOLOGIA E PENSAMENTO SISTÊMICO
Fonte: www.iaperforma.com.br
Aqui a lógica do “SE isso, então aquilo” não se aplica, pois, as variáveis
envolvidas no processo farão com que cada situação seja única, de acordo com seu
contexto. O interesse do pensamento sistêmico não está exclusivamente em examinar
as partes em si, mas sim na forma como elas se relacionam-nas relações parte/parte,
parte/todo e todo/todo. Volta seu olhar, assim, para a dinâmica e a integração das
relações que se constituem em redes interconectadas.
Não há, assim, verdades absolutas, apenas descrições qualitativas
intersubjetivas aproximadas dos processos, pois toda descrição fala das relações. O
objetivo maior não está, assim, no controle e na competição, mas sim na cooperação,
influenciação e ação não violenta. Na possibilidade de ser e vir a ser com o apoio e
respeito aos outros e dos outros, ampliando o horizonte para além do linear.
A partir do pensamento sistêmico entendemos que: sistema é um conjunto de
elementos complexos que se relacionam em determinado contexto. E todo sistema é
subsistema de um sistema maior.
Fonte: www.4.bp.blogspot.com
Fonte: www.advocaciasistemica.com.br
Uma grande parte dos valores básicos que fundamentam nossas organizações,
cidades, a ciência e a sociedade ocidental é influenciada pelo chamado “paradigma
mecanicista”. Usamos aqui o termo paradigma no sentido usado no estudo das culturas
e na ciência, como modelos ou estruturas de valores fundamentais. O paradigma
mecanicista é um conjunto básico de valores da ciência e da sociedade que foi
concebido nos últimos 300 anos, tendo origem nos séculos XVI e XVII com os filósofos
Descartes, Bacon, Copérnico, Galileu e Newton.
A partir dessas concepções filosóficas e da transformação delas em
ciência hard e depois em tecnologias e inovações adotadas pela sociedade, o
paradigma mecanicista passa a tornar-se predominante, em substituição à visão
orgânica da Idade Média.
O elemento fundamental do paradigma mecanicista é o método de investigação,
o processo de conhecimento proposto por Descartes e Bacon. Ele envolve a descrição
matemática da natureza e o método analítico de raciocínio. Por esse motivo, o
paradigma mecanicista também é chamado paradigma cartesiano. Implica a
concentração da investigação sobre propriedades essenciais dos corpos materiais que
pudessem ser medidas, como formas, quantidades e movimento. Outras propriedades,
como som, sabor, cor ou cheiro deveriam ser excluídas do domínio da ciência, assim
como também foram a estética, a ética, os valores, a qualidade, os sentimentos, os
motivos, as intenções, a alma, a consciência e o espírito.
Apesar do vasto sucesso alcançado pela visão mecanicista, que penetrou não só
as ciências naturais, como também as ciências sociais e a própria cultura, este
paradigma começa a apresentar seus primeiros sinais de crise com as descobertas nos
campos da eletrodinâmica, da teoria da evolução de Darwin e, principalmente, nos
desdobramentos da física moderna.
Com a relatividade de Einstein e a física quântica, parte do paradigma
mecanicista é posto à prova. A linguagem analítica já não é capaz de explicar novos
fenômenos de características surpreendentes, como a natureza da luz e das partículas
atômicas e subatômicas.
Fenômenos como estes ocorrem também na biologia, psicologia, medicina,
economia e sociologia, onde a complexidade exige novas maneiras de conceber o
mundo. Por fim, a própria administração encontra, no final do século XX, seu limite
dentro do paradigma mecanicista, pois este é incapaz de gerar organizações
suficientemente flexíveis, inteligentes e saudáveis.
Fonte: www.appacgen.org
Fonte: www.mundoeducacao.bol.uol.com.br
Fonte: www.dcomercio.com.br
A convivência destes dois sistemas diferentes cria constantemente a
superposições de papéis: o papel profissional e o papel familiar. Quando esta
convivência intersistêmica funciona bem ela pode ser uma mola propulsora do sucesso
da organização, mas quando à confusão dos papéis se somam às dinâmicas familiares,
isto traz efeitos indesejáveis para a organização.
Além disto a família-empresa passará inexoravelmente por momentos cruciais à
sua sobrevivência. Um dos mais decisivos é a transição da liderança da empresa, ou
seja, quando se deve substituir o pai como CEO (chief executive officer). Este talvez
seja o maior de todos os riscos de uma empresa familiar.
Esta é uma convivência intersistêmica diferente do que ocorre numa empresa
não familiar.
Não é simples e muito menos fácil para estas famílias e para suas empresas se
questionarem e administrarem estas áreas de conflitos potenciais, principalmente
quando crises de mercado ameaçam a rentabilidade da empresa ou quando surgem
tensões no interior do sistema familiar.
Por mais que o CEO seja profissionalmente preparado, ele faz parte do sistema
e não conseguirá encontrar saídas. Isto é necessário porque normalmente um sistema
não consegue se automodificar pela ação de um dos seus elementos. Uma vez
estabelecido um padrão de funcionamento do sistema ele só se modificará por estímulo
externo.
Vou usar uma metáfora para justificar o que estou dizendo.
Imagine uma pessoa que está tendo um pesadelo. Ela pode fazer muitas coisas
no seu sonho: correr, esconder, lutar, gritar, saltar de um precipício, etc., mas nenhuma
modificação de qualquer um destes comportamentos, passando por exemplo de correr
a lutar, poria fim ao pesadelo. O único modo de sair de um sonho implica na mudança
do sistema do sonho para o sistema de vigília (acordar). O sistema de vigília (estar
acordado) não faz parte do sonho, mas é uma mudança para um estado
completamente diferente.
Este é o motivo de por que um CEO de uma empresa familiar, que começa a
perceber riscos em seu percurso, deve buscar uma ajuda especializada que esteja fora
deste específico sistema família/empresa.
Como reduzir então os riscos de que certos conflitos familiares-empresariais
evoluam para desentendimentos desestabilizadores? Isto requer uma ajuda externa
que não esteja comprometida pelo envolvimento emocional das relações familiares-
empresariais. Daí passamos para a segunda pergunta: por que as “consultorias” já
disponíveis não conseguem reverter este quadro estático mundial?
Fonte:www.psico.srv.br
Fonte: www.strangenotions.com
2 PSICOLOGIA ESCOLAR
Fonte: www.psicologiaacessiveldotnet.files.wordpress.com
A psicologia escolar é uma área que vem se desenvolvendo cada vez mais ao
longo do tempo, desde sua inserção no espaço educacional até os dias atuais, a
atuação do psicólogo vem se modificando e nesse contexto, de mudanças em um curto
espaço de tempo, é natural que surjam dúvidas a respeito de quais são as atribuições
desse profissional.
A inclusão do trabalho do psicólogo nas escolas começou no Brasil no século
XX. Contribuindo com teorias do desenvolvimento, as atribuições que cabiam ao
profissional de psicologia eram: avaliar e diagnosticar alunos em relação à
aprendizagem. Inicialmente, a ideia era solucionar os problemas que impediam a
aprendizagem do aluno ou do grupo, ou seja, ajustar os alunos às condições de
aprendizagem que a escola proporcionava e diagnosticar e encaminhar aqueles que
não acompanhavam a rotina escolar.
Em 1970 a função do psicólogo escolar passou a sofrer transformações,
resultado da lei nº 5692/71, que determinou a obrigatoriedade e gratuidade do ensino
escolar para a população, o número de estudantes cresceu e consequentemente a
demanda por atendimento às crianças que apresentavam problemas de aprendizagem
também. A partir daí, observou-se que solucionar queixas escolares por meio do
atendimento individualizado ao aluno, realizando testes e avaliando a capacidade de
aprendizado, não estava trazendo resultados satisfatórios para as diversas questões
escolares que surgiram.
Fonte: www.psicologiaexplica.com.br
A atuação do psicólogo escolar então foi se modificando, pois se instaurou um
olhar ampliado para o cenário escolar, através da ideia principal de que as pessoas que
atuam na instituição, funcionários, professores, diretores, e a inter-relação desses
atores tem influência direta ou indireta na sala de aula. Todos os envolvidos na
educação escolar têm suas subjetividades e estas estão necessariamente implicadas
no dia a dia. Essa foi a visão que possibilitou a expansão do trabalho do psicólogo
escolar, que passou a atuar também nas inter-relações existentes no âmbito escolar.
Esse novo cenário possibilitou um entendimento ampliado dos problemas escolares,
trazendo maior eficácia na resolução destes.
Assim como afirmam Araújo & Almeida, 2006: A psicologia escolar passa a ser
entendida numa perspectiva relacional e institucional, uma vez que considera para além
do atendimento individualizado a alunos com dificuldades de aprendizagem a
compreensão do funcionamento da instituição, considerando de que forma a complexa
rede de interações no âmbito da instituição contribui ou não para a situação de queixa
escolar.
Fonte: www.faxaju.com.br
Fonte: www.3.bp.blogspot.com
Segundo Maluf (1999) que apresenta reflexões na área da Psicologia da
Educação e do Desenvolvimento nos últimos anos, uma das razões para a fragilidade
da formação está relacionado ao fato de existirem cursos de graduação que são
mantidos à margem de avaliações que lhes garantissem qualidade, fazendo sua
expansão de modo desenfreado, aliados em sua maioria a interesses puramente
econômicos. Na nossa sociedade cultuamos os direitos individuais e comunitários,
entretanto convivemos com a problemática da exclusão de grande parcela da
população na participação dos bens.
Fonte: www.mundodapsi.com
O direito à educação formal com todos os seus efeitos na vida social, ainda não
se concretizou para uma boa parte da população. Esta realidade faz parte do cotidiano
e dos problemas com os quais se deparam os psicólogos e as psicólogas escolares. O
discurso crítico não é hegemônico, embora nos últimos anos tenha começado a surgir
algumas práticas inovadoras, que de maneira geral, são construídas em bases e
expectativas mais realistas. E assim se propõe a pensar a Psicologia Escolar como uma
possibilidade de favorecer a criação de condições apropriadas ao desenvolvimento e à
aprendizagem, colocando no campo das preocupações a ética individual e social.
A nomenclatura da área também passou a ser foco de reflexão, quando se fala
de Psicologia Educacional, não está se referindo unicamente as atuações nas
instituições de ensino, mas sua possibilidade em diversos locais em que possa se
pensar o caráter preventivo e educativo em saúde mental, seja nas comunidades, seja
nas empresas, ou ainda nas diversas organizações não governamentais que
desenvolvem trabalhos socioeducativos.
Entretanto isto não é um consenso, existe também a visão de alguns que partem
do princípio de que Psicologia Educacional seria uma ciência multidisciplinar, enquanto
considera a Psicologia Escolar mais como disciplina aplicada. Concordamos aqui com
Maluf (2003), que defende que a Psicologia Educacional possui uma concepção mais
ampla como ciência dos fundamentos do processo educacional, com a qual se
relaciona a Psicologia Escolar, que tem lugar na escola e em outras instituições
associadas com o processo de criar, educar e instruir.
Fonte: www.psicologosepsicologias.files.wordpress.com
Fonte: www.apsicologa.net.br
Nessa realidade, a Psicopedagogia surgiu como a grande solução, ou seja, uma
área do conhecimento que se constitui na interface da Pedagogia e da Psicologia, e se
propõe a auxiliar as crianças principalmente nas “dificuldades de aprendizagem”. O fato
de que na nossa realidade brasileira o quantitativo de crianças que não acompanham o
ritmo escolar tem se multiplicado de forma gigantesca e assim a Psicopedagogia
tornou-se um campo de trabalho promissor. Ressaltamos aqui que, na nossa visão, a
Psicopedagogia isoladamente não dá conta de solucionar os impasses gerados num
processo educacional desconcentrado.
Não estamos neste estudo aprofundando os impasses próprios da relação
profissional entre a Psicopedagogia e a Psicologia, que se constituíram em fortes
debates quanto ao campo de trabalho. O Conselho Federal de Psicologia se posiciona
formalmente contra a regulamentação da primeira como profissão, por entender que
esta se refere apenas a uma prática especializada de dois campos, quais sejam a
Pedagogia e a Psicologia. Salientamos inclusive que o caminho trilhado pelo
psicopedagogo clínico (profissional liberal) caminha na contramão do que a Psicologia
Escolar e Educacional vem se desenvolvendo, pois termina por reafirmar e manter o
foco no processo individualizado no aluno, quando na verdade existe uma gama de
variáveis contribuindo para o fenômeno.
Fonte: www.psipre.com
Conforme podemos verificar a Psicopedagogia poderia perfeitamente estar
incluída na especialidade do Psicólogo Escolar e Educacional, até porque diz respeito a
um mesmo campo de atuação, ou seja, a intervenção psicológica na educação,
diferenciando-se enquanto técnica. Embora reconheçamos que as dificuldades
impostas às nossas crianças pelo processo educativo, careçam atualmente de solução,
e que as técnicas da psicopedagogia oferecem certa contribuição neste sentido,
poderíamos inclusive afirmar que o desejável para a educação seria que a intervenção
corretiva da psicopedagogia fosse completamente desnecessária e que a contribuição
da psicologia na educação estivesse centrada no fortalecimento e promoção do
desenvolvimento harmonioso e saudável de nossas crianças e adolescentes.
Segundo Cruces (2003), na área escolar “convivem, lado a lado, modelos de
atuações e práticas extremamente críticas e inovadoras e atuações permeadas pela
visão curativa e individualizadas, que é denunciada por ser estigmatizadora”.
Provocando assim, a partir da década de noventa, estudos que buscam encontrar as
condições e o preparo necessários ao profissional da Psicologia Escolar e Educacional,
e das Políticas Educacionais de forma a privilegiar uma prática que atenda aos
interesses da educação para a cidadania.
Se o homem é o produto de sua história, considerando história sua realidade
concreta, realística e verdadeira, ele é também fruto de suas experiências, suas
construções, seus anseios, sonhos, desejos e ilusões; e considerando ainda que a
aprendizagem se constitua um valor na educação tanto escolar como familiar, está se
torna um qualificante da criança; e que como tal contribui na estruturação de seu
funcionamento.
Fonte: www.itesus.edu.mx
Fonte: www.images.comunidades.net
Fonte: www.psicologo-porto.com
Com o grau de mudanças em que o século XXI está mergulhado, a liquidez das
relações tornou-se muito presente e a relação escola-família não ficou fora desta nova
dinâmica. O afastamento da família do ambiente escolar é cada vez mais frequente.
Para exemplificar este fato podemos citar as simples reuniões de pais que cada vez
mais não contam com o público a qual é destinada.
No contexto que vivemos a terceirização da educação está crescendo, deixando-
a cargo apenas da escola. Neste aspecto, cabe a família tornar-se mais presente na
vida escolar de seus filhos, bem como a própria escola abrir espaços para um
verdadeiro diálogo entre estes dois lados. Para que esta relação dê certo, todos devem
estar dispostos a isso.
A importância do trabalho do psicólogo escolar também se encontra nesta
relação. Uma das atribuições deste profissional deve ser a estimulação do contato mais
próximo entre família e escola, assumindo um papel de mediador, estimulando a
comunicação e troca de informações entre as partes.
Qualquer trabalho desenvolvido pela Psicologia Escolar e Educacional deve
perpassar a figura do aluno como meta, assim como a postura clínica tida como
referencial há algumas décadas atrás. A relação família-escola, direta ou indiretamente,
deve ser trabalhada em conjunto, possuindo como objetivo o melhoramento do
ambiente escolar e das atividades ali desenvolvidas. Não se deve esquecer que a
escola é um corpo, e como tal deve ser trabalhado sistematicamente como um todo.
Através das atividades físicas a criança pode adquirir confiança nas suas
capacidades, melhorar autoestima, interagir socialmente e aprender a expressar suas
emoções. Ou seja, a atividade não tem apenas benefícios para a saúde física da
criança, mas também para a saúde mental, desenvolvimento cognitivo e social.
Os benefícios físicos da pratica de esportes incluem: aumento de força e
resistência muscular, desenvolvimento de ossos saudáveis, redução de ansiedade e
estresse, controle de peso e de níveis pressóricos e de colesterol. Crianças que fazem
atividade física tem menos chance de se tornarem adultos com obesidade, hipertensão,
diabetes ou doenças cardíacas.
Qual a recomendação para a prática de esportes na infância?
O departamento de saúde americano recomenda atividade física diária com
duração de pelo menos 60 minutos em crianças entre 6 e 17 anos.
Exercícios que trabalham condicionamento físico, coordenação motora e
flexibilidade são os mais indicados. Exemplos são: futebol, natação, basquete, vôlei,
dança dentre outros.
Brincadeiras em parques, como correr, escalar brinquedos ou andar de bicicleta
também são válidas. Devem ser estimuladas como prática regular a partir dos 2 anos
de idade. Crianças abaixo dessa idade também podem ser estimuladas com sons,
brinquedos e músicas além do incentivo para engatinhar e andar.
Até que a criança passe pelos estirões de crescimento (por volta dos 14 anos)
não é indicada atividade com carga elevada para ganho de massa muscular pois pode
haver lesão da placa epifisária dos ossos e prejuízo no crescimento.
Portanto, a escolha da atividade deve levar em conta além das preferências da
criança, fatores econômicos e aptidão física a idade e desenvolvimento puberal.
Fonte: www.blog.terapiadebolso.com.br
Fonte: www.i1.wp.com
Fonte: www.vivomaissaudavel.com.br
Fonte: www.sitedemulher.net
Fonte: www.casule.com
Em pesquisas realizadas com jovens alemães, Seybold (1974) salienta que eles
valorizam os esportes assim como o cinema e a televisão, desde que lhes tragam
prazer. Talvez, os indivíduos estejam reencontrando o sentido original do esporte, o
qual vem do latim disportare (i.e., distrair-se, divertir-se). Essa autora afirma que os
exercícios e atividades não adquirem valor pelo que são, mas sim, pelo que trazem,
como o aprimoramento da amizade, a espiritualização do físico e a encarnação do
espiritual.
Neste sentido, propõe que a educação física, atividade com maior teor de
ligação com a temática esportiva, deve aperfeiçoar o jovem a ser humano e não apenas
técnicas de exercício. Se o privilégio recai sobre a super. Valorização do aspecto
técnico, a atividade esportiva passa a exigir dos praticantes condutas altamente
competitivas, as quais o submetem a interesses e regras metódicas rígidas, fazendo
com que o indivíduo busque exceder seus próprios limites.
Essas condutas reforçam os aspectos de agressividade, competitividade
exacerbada, tornando o indivíduo suscetível aos intensos fatores estressantes e que
podem abreviar sua participação nessa atividade, interferindo na qualidade de sua vida.
A atividade esportiva tem na cooperação possibilidades de formação de seres íntegros,
equilibrados, alegres, solidários, criativos, críticos, cientes de suas qualidades e
dificuldades, respeitadores dos menos habilidosos, sensíveis, com identidade pessoal
preservada e cooperativa no coletivo, entre outras.
Na introdução do livro de Brown (1994), Barrera ressalta a subversividade
característica dos jogos cooperativos, os quais permitem emoções positivas no
relacionamento com o outro, sem necessidade de derrotá-lo, ou seja, onde um
somasse ao outro e não o exclui, salientando no jogo o valor da vitória inerente ao
prazer de jogar. O esporte pode fortalecer os laços no grupo, fabricar símbolos, criar
identidade com os outros e formar comunidades.
Nas atividades prazerosas, salientadas por Santin (1998), há uma ação que
parte do corpo para o próprio corpo e o aspecto educacional não está circunscrito aos
domínios da escola. Ao contrário, atividades prazerosas tomam o ser vivo com uma
sabedoria inscrita em si mesmo, permitindo-lhe usufruir a vida e construí-la a partir de
parâmetros qualitativos. “Qualidade, representa o desafio de fazer história humana com
o objetivo de humanizar a realidade e a convivência social. Não se trata apenas de
intervir na natureza e na sociedade, mas de intervir com sentido humano, ou seja,
dentro de valores e fins historicamente considerados desejáveis e necessários,
eticamente sustentáveis. A intensidade não é a força (som intenso, por exemplo), mas
da profundidade, da sensibilidade e da criatividade.”
O importante, então, é a qualidade de vida voltada para a profundidade, para a
perfeição do ser, para o atendimento das reais necessidades humanas e, nesse caso,
do adolescente enquanto sujeito construtor de sua própria vida. Definir qualidade de
vida não é tarefa simples, dada a complexidade da abrangência dessa expressão.
Rittner (1994) define qualidade de vida como um processo de busca de vivência plena,
de desenvolvimento de potencialidades e evidencia o compromisso de otimização da
condição humana em busca do que denomina ecologia interior. Torna-se instigante,
pelo exposto, investigar como o adolescente nesta sociedade percebe as relações entre
sua condição adolescente e o papel do esporte no âmbito de sua qualidade de vida.
Fonte: www.aprender.buzzero.com
PAULO, Caio Felipe T., MARIA, Gabriela de F., SANTOS, Georgiano J. P. A. dos,
FERREIRA, Leticia C., PICCOLO, Patrícia B., Sofia S. V. Covre, AZEVEDO, Antonia
Cristina P.de. Psicologia Escolar: a Importância da Relação Escola-Família
no Desenvolvimento do Educando. Disponível em
<http://www.psicopedagogia.com.br/index.php/3218-psicologia-escolar> Acesso dia
08/05/2017.